VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)
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Conforme vai avançando pelo mundo, a epidemia do coronavírus encontra, em cada país que adentra, condições específicas para turbinar, ainda mais, os problemas locais vividos nessas nações, aumentando o pânico nas pessoas, paralisando a economia, arruinando investimentos, reascendendo o temor de quebradeira generalizada nas Bolsas e, o que é pior, obrigando esses Estados a fecharem suas fronteiras, mantendo o grosso de sua população em regime de quarentena severa.
Não é pouca coisa para um vírus que se acreditava, no início, restrito à uma província chinesa longínqua e sem ligações com o restante do mundo. Nesse ponto, a tradicional paranoia que as autoridades daquele País comunista de economia de mercado, sempre demonstraram em não dar conhecimento ao mundo de seus problemas internos, resultou num recrudescimento dessa doença, à ponto de ela atingir proporções impossíveis de camuflagem ou desprezo.
Quando o alarme finalmente soou, o vírus já tinha embarcado rumo a outros continentes e a situação, literalmente fugiu ao controle. Especialistas nesse tipo de epidemia concordam em que as medidas sanitárias e de controle assumidas em cada país pelo mundo, são importantes, mas não são suficientes para deter o prosseguimento do alastramento do vírus pelo planeta.
Parece que o Ocidente acordou para esse pesadelo somente após a Itália, um país pertencente ao clube dos ricos, ter decretado quarentena em todo o seu território, colocando, literalmente todos os seus cidadãos em regime compulsório de prisão domiciliar. A esperança para uns poucos otimistas na Europa está sendo depositada à chegada da primavera e do verão, quando se acredita, possa haver uma atenuação na ação do vírus. Tudo ainda é incerto.
Em nosso país, já tradicionalmente assolado pelas mortíferas doenças da Dengue, do Zika vírus, da Chikungunya e de outras como o sarampo, febre amarela, aguarda a chegada de mais esse vírus, sob o olhar pouco confiável das autoridades, acostumadas a menosprezar nossas doenças e qualquer outras vindas de fora. Os brasileiros bem sabem que, com a qualidade de atendimento já conhecido de nossos sistemas de saúde, principalmente para a população de menor renda, o possível alastramento desse vírus entre nós, trará consequências imprevisíveis.
Aumenta o temor quando a população passa a ouvir o bordão “tudo está sob controle”, o que indica, na realidade, que a situação ganhou proporções alarmantes. Caso venha se instalar no Brasil também, o coronavírus encontrará internamente um país em séria crise econômica, com ainda grande número de desempregados e com as instituições da República em aberta e conflagrada disputa por hegemonias, por recursos e Deus sabe o que mais. Para os otimistas a aguardada vinda do coronavírus pode ser um ponto de inflexão, unindo a nação contra um inimigo real. É esperar para ver.
A frase que foi pronunciada:
“Não há vencedores aqui. Apenas graus de perda.”
Charlie O’Shea, analista de varejo líder da Moody’s sobre o coronavírus
Leitor
Missiva do leitor Renato Prestes: Moradores de Águas Claras sofrem com o descaso da Caixa Econômica Federal com a falta de manutenção dos caixas eletrônicos instalados no Shopping Águas Claras e no Metrópole Shopping, ambos localizados na Av. Araucárias. Os equipamentos seguidamente estão inoperantes, reclamações foram inúmeras junto à Ouvidoria, porém sem resultados.
Alívio para a população
Com o quadro de efetivos longe do satisfatório, o governador Ibaneis autorizou a chamada dos candidatos aprovados no último concurso da Polícia Militar e dos Bombeiros. Na solenidade transmitida pelo Instagram, presentes: Cel Julian Rocha Pontes, da PM, Del Anderson Torres, da SSP/DF, e o Cel Lisandro Paixão, do CBM/DF, que, com uma memória impressionante, lembrou de todas as categorias que serão admitidas nos Bombeiros. As autoridades parabenizaram os novos integrantes do quadro e avisaram que até hoje os nomes serão publicados.
Desumano
Atenção legisladores. Algo precisa ser feito imediatamente para que empresários não proíbam funcionários de se sentar. Em um passeio rápido por qualquer shopping de Brasília, é possível conversar com vendedores em vários quiosques e lojas. Hora de sentar, só no intervalo.
Lei
Por falar em lei, Vanessa Graziotin, Esperidião Amin, Alessandro Vieira, Confúcio Moura, Kátia Abreu e Rogério de Carvalho trabalharam para que também as mulheres possam se candidatar ao serviço militar ao completar 18 anos. A proposta foi aprovada ontem na Comissão de Assuntos Sociais do Senado.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Uma boa parte dessa importância foi gasta no pagamento adiantado por trabalho a firmas que deveriam tratar de acabamento, pintura, esquadrias, etc. quando os blocos mal saíram das fundações. (Publicado em 17/12/1961)