À luz da palavra

Publicado em ÍNTEGRA

VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)

Desde 1960, com Circe Cunha e Mamfil

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Com o tema “Fraternidade e vida: dom e compromisso”, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) lançou, na quarta-feira de cinzas, mais uma edição da tradicional campanha da fraternidade. Como acontece todos os anos, a CNBB buscou, em comum acordo com todos os bispos do país e de forma ecumênica com outras religiões cristãs, trazer para a campanha realizada em cada ano temas que melhor traduzam as preocupações e as angústias da sociedade e da família brasileira em determinado momento, de modo a despertar nos cidadãos um sentido maior de solidariedade e de busca de soluções para os muitos problemas que afligem o homem contemporâneo.

Criada em 1962, visando a adoção de ação pastoral evangelizadora mais prática e fincada na realidade do mundo, a campanha logo foi adotada por todo o país. Eram tempos em que o mundo católico e a América do Sul, especialmente, respiravam os ares renovadores vindos do Concílio Vaticano II, época em que a instituição fundada há dois milênios pelo apóstolo Pedro, intencionava, sob a liderança de João XXIII, atualizar a Igreja, revendo suas relações com o mundo, sobretudo no pós-guerra, quando as mudanças radicais experimentadas pelas sociedades daquela ocasião ameaçavam seriamente a hegemonia da Igreja. Daquelas primeiras edições até o dia de hoje, o mundo e particularmente o Brasil mudaram, como dizia o filósofo de Mondubim, da água para o vinho e desse para o vinagre, tanto nas relações sociais, econômicas e políticas como, e principalmente, no seio das famílias do mundo Ocidental.

Os temas abordados a cada ano demonstram, na prática, que a Igreja, a despeito de seus dogmas e crenças seculares, não está alheia as vicissitudes e a tudo que pertence ao mundo e aos homens. Obviamente que os clérigos reconhecem que, para a Igreja, em especial, a cada novo ciclo de vida e de gerações, é preciso aumentar, em proporção sobre-humana, os esforços para que não perca o homem de vista, tragado pela velocidade e pela voracidade do materialismo e suas consequências maiores, que são o egoísmo e a arrogância, que o faz erroneamente crer ser possível viver apartado do espírito de Deus e da Luz.

Nesse ano a Irmã Dulce, a Santa Dulce dos Pobres, canonizada em 13 de outubro passado, é a grande homenageada, ao lado também do Papa Francisco com modelos de bons samaritanos a serem observados por todos. Toda essa cerimônia anual é, de certa forma e guardadas as devidas proporções, também um momento político da igreja Católica no Brasil. Não no sentido ideológico e pragmático, praticados normalmente pelos partidos políticos, mas no seu sentido mais profundo de organização da sociedade a partir de seu núcleo formador que é a família, nesse caso específico, todas as famílias cristãs.

O lema “fraternidade e vida: dom e compromisso, inspirado em (Lucas 10,33-34) “viu, sentiu compaixão e cuidou dele”, faz referência a parábola do bom samaritano que age em solidariedade com seus irmãos, certos de que somos uma imensa família, vivendo nessa casa comum e comunitária que é esse nosso planeta Terra.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Liberdade política significa ausência de coerção de um homem pelo seu compatriota. A ameaça fundamental à liberdade é o poder de coagir, esteja ele nas mãos de um monarca, de um ditador, de uma oligarquia ou de uma maioria momentânea.”

Milton Friedman

Foto: wikipedia.org

 

Como antigamente

Veja a seguir as fotos da missa realizada debaixo de um bloco no Noroeste no ano passado. A imagem parece Brasília das antigas, a que amamos muito.

Foto: Celebração da Santa Missa no Noroeste presidida pelo frei Pedro, do Santuário São Francisco de Assis.

 

Justiça seja feita

Por falar em antigamente, corre nas mídias sociais uma matéria do Jornal do Brasil, datada da década de 90, onde o então vereador Jair Bolsonaro (1989-1991) rejeitou o Opala, carro de luxo na época, oferecido pela Câmara carioca. Na justificativa disse que sua casa era perto dali e que não havia necessidade desse gasto.

 

Eficiência

Lá estava o caminhão do DER (veja a foto logo abaixo) na operação tapa-buracos da Barragem do Paranoá. A coluna reclama quando tem que reclamar e agradece quando tem que agradecer. Os milhares de motoristas que passam por ali estão mais seguros agora.

 

Educação

A especialista, consultora, e advogadas penal, Débora Veneral, distribui um texto que mostra a situação do Acre como Estado com maior número de detentos do Brasil. Dra. Débora, que é diretora universitária e consultora de unidades penais, diz que a situação é alarmante e aponta soluções. Leia a seguir.

Foto: Divulgação/Iapen

Acre é o Estado com maior número de detentos do Brasil

Diretora universitária e consultora de unidades penais diz que a situação é alarmante, e aponta soluções

O Brasil é o vigésimo sexto país com a maior população carcerária do mundo. A média de detentos é de 338 para cada 100 mil habitantes. Os dados são do Monitor da Violência, levantamento feito pelo portal G1. Apesar de o país não estar no top 10 do mundo com as maiores médias de população carcerária, um de seus estados tem, há 11 anos, a maior taxa de aprisionamento entre os demais países do mundo: o Acre.

Se comparado com o ano de 2019, o percentual é ainda mais preocupante, houve um aumento de 897 para 927 detentos para cada 100 mil habitantes do estado.

Para a diretora da Escola Superior de Gestão Pública, Política, Jurídica e Segurança do Centro Universitário Internacional Uninter, Débora Veneral, a situação do Acre é alarmante. ‘‘A superlotação dos presídios é preocupante, bem como a taxa de encarceramento, levando-se em conta a proporção em relação à população que o estado possui’’, diz.

Além dos números, uma das maiores preocupações é com a propagação do crime dentro das penitenciárias. ‘‘É sabido que a ociosidade, além de fomentar a criminalidade, impossibilita qualquer recuperação do preso, que sai do sistema penitenciário pior do que entrou, reincidindo e retornando’’, afirma Débora, que também é consultora de unidades penais.

Detentos provisórios

Além da população carcerária total, há 8.174 detentos no Acre esperando por julgamento, quase o dobro da capacidade que é para 4.548 detentos nas penitenciárias do Estado.

Como resolver esse problema?

Além de mudanças nas políticas públicas do Acre, outras alternativas estão sendo postas em prática para que esse problema diminua e seja resolvido.

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ), por exemplo, aprovou, em 2019, duas atualizações de resoluções sobre o tema para tentar diminuir o encarceramento não só no estado acreano, mas em todo Brasil. As atualizações previam a construção de parcerias entre o Poder Judiciário e o Poder Executivo para a estruturação de serviços de acompanhamento das alternativas penais.

‘‘Ao contrário do que a sociedade às vezes pensa, não se trata de impunidade, mas sim de substituição da prisão clássica por penas restritivas de direitos em casos de crimes que não envolvam violência ou grave ameaça ou, ainda, nos casos de crimes culposos. Dentre as penas alternativas podemos citar a limitação do fim de semana, a prestação de serviços à comunidade ou a entidades públicas, a perda de bens e valores, a interdição temporária de direitos e a prestação pecuniária’’, destaca a diretora.

Para que a situação se resolva por definitivo, é preciso ainda que as autoridades estejam conscientes da situação jurídica dos apenados. Além de melhorar a situação penitenciária no Acre e no Brasil e a qualidade de vida dos detentos, possibilitando uma ressocialização melhor implementada, as penas alternativas, as revisões das leis e tomadas de decisões dos poderes Judiciário e Executivo podem fazer com que o país ganhe também em economia, já que os gastos direcionados a essa área da sociedade seriam revertidos com o estudo incentivado e pela mão de obra dos detentos.

Sobre o Grupo Uninter

O Grupo Uninter está entre os maiores players do segmento educacional, e é a única instituição de ensino a distância do Brasil recredenciada com nota máxima pelo Ministério da Educação (MEC). Além disso, o centro universitário conquistou o conceito 4 no Índice Geral de Cursos (IGC), divulgado pelo MEC.  O resultado aliado à nota máxima de seu programa de educação a distância (EAD), consolida a Uninter como a melhor instituição EAD no Brasil, à frente dos outros cinco maiores grupos educacionais que atuam na modalidade.

Sediado em Curitiba (PR), já formou mais de 500 mil alunos e, hoje, tem mais de 250 mil alunos ativos nos mais de 200 cursos ofertados entre graduação, pós-graduação, mestrado e extensão, nas modalidades presencial, semipresencial e a distância. Com polos de apoio presencial, estrategicamente localizados em todo o território brasileiro, mantém cinco campi no coração de Curitiba. São 2 mil funcionários trabalhando todos os dias para transformar a educação brasileira em realidade.

 

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

No que se refere a obras de Brasília há um verdadeiro escândalo. O IAPM já gastou no DF 485 milhões de cruzeiros e não construiu um único bloco de apartamentos. (Publicado em 17/12/1961)

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