Natureza: usar e preservar é possível

Publicado em ÍNTEGRA

ARI CUNHA – In memoriam

Visto, lido e ouvido

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Foto: Henrik Montgomery (nytimes.com)
Foto: Henrik Montgomery (nytimes.com)

        “Muitas pessoas acreditam que proteger o meio ambiente será tão caro e difícil que querem ignorá-lo”. A afirmação foi feita pelo vencedor do Prêmio Nobel de Economia de 2018, Paul Romer, professor da Stern School of Business da New York University. Para ele, é possível realizar um progresso substancial protegendo o meio ambiente, e fazê-lo sem desistir da chance de sustentar o crescimento.

         A lição serve como uma luva para o Brasil, principalmente por sua insistência em permanecer, desde a época da colônia, como um país essencialmente exportador de matérias-primas, produzidas em larga escala, de forma predatória em grandes latifúndios, sem o menor cuidado com o meio e em proveito de uma minoria poderosa e pouco letrada, que despreza tudo o que não gera lucro imediato.

     O alerta de que é possível produzir sem destruir a natureza em volta, preservando rios, espécies animais e vegetais, há muito vem sendo feita por ambientalistas daqui e de toda a parte do planeta, mas parece não ter sensibilizado ainda o setor do agronegócio nacional, encantado com a possibilidade de transformar enormes extensões de matas nativas em campos para o plantio de transgênicos de soja, milho e algodão para abastecer o mundo. William D. Nordhaus de 77 anos, também ganhador do Nobel de Economia desse ano, vem desenvolvendo há anos teorias que tratam de modelos para favorecer o crescimento sustentável e a relação entre economia e clima. Para esses cientistas, é perfeitamente aceitável conciliar teorias econômicas e questões ambientais, aliando essas duas variáveis ao progresso tecnológico. Cientistas que se dedicam ao estudo das rápidas mudanças climáticas e suas consequências sobre a economia mundial, são unânimes em reconhecer que o aquecimento global, decorrente da queima de combustíveis fósseis, da excessiva poluição, da devastação das florestas, da superpopulação, da escassez cada vez maior de água potável poderão empurrar o planeta e a humanidade para um impasse insolúvel e sem precedentes.

        A perspectiva que se abre para a população, para tamanho desafio, só poderá vir da mudança drástica na relação entre produção e consumo em âmbito mundial, de acordo com uma aliança estreita entre as diversas ciências e os indivíduos, fazendo a humanidade compreender que a destruição do planeta significa também o fim de todos, indistintamente.

      A economia sustentável, aliada a um crescimento econômico de longo prazo, com a garantia de um bem-estar para todos, só se transformará em realidade com o assentimento de todos os países, ricos e pobres, o quanto antes, de preferência antes que seja tarde demais.

A frase que foi pronunciada:

“A água de boa qualidade é como a saúde ou a liberdade, só tem valor quando acaba”.

Guimarães Rosa

Tirinha do Calvin
Tirinha do Calvin

Aconteceu

Paranoá estava coberto por um tapete de lixo. E mais. Pessoas estão se infiltrando nas filas de votação para fazer boca de urna.

Quatro anos

Não haveria problema algum em imprimir os votos. Não foi por falta de dinheiro, nem pensando na administração do tempo. A pergunta do ministro do STF disse tudo: e se os votos impressos não correspondessem aos votos eletrônicos. Certo é que o próximo Congresso precisa ser mais combativo no assunto.

Contra-marketing

A grande perda para o Senado foi a saída da jornalista e senadora Ana Amélia. Em uma jogada de marketing completamente sem sentido, o titular Alckmin deixou de dizer tudo o que já fez como administrador. Entrou numa seara estranha ao seu modo de ser. Uma lástima.

Foto: brasil.elpais.com
Foto: brasil.elpais.com

Máscara

Institutos de Pesquisa precisam ser responsabilizados pela divulgação de dados errados. “Com margem de erro de 4%?”

Charge do Ivan Cabral
Charge do Ivan Cabral

Estranho

Vários eleitores que fizeram a biometria, mas não foram reconhecidos pelo terminal do mesário. Depois de 4 tentativas, bastava colocar o ano de nascimento que o equipamento aceitava imediatamente.

Artes

Eliete de Pinho Araújo, arquiteta, é conselheira do Iate Clube de Brasília e está movimentando o local pelo projeto Encontro das Artes. Com professores de primeira linha, os sócios e convidados participam de várias oficinas de música e artes plásticas. Os eventos são super badalados como apresentações de orquestras, exposições, coral, teatro, poesia, músicas e shows.

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Doutor Vasco, o pessoal do pré-misturado está trabalhando devagar demais. Com as chuvas, as valetas têm afundado tanto, que no trevo de distribuição sul, principalmente, há trechos horríveis. (Publicado em 31.10.1961)

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