“O imposto que você paga, paga o progresso que você vê”

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VISTO, LIDO E OUVIDO, criada desde 1960 por Ari Cunha (In memoriam)

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Foto: Sérgio Lima/Poder360

 

           Tem razão parcial, o leitor Renato Mendes Prestes, quando, em carta à coluna Sr. Redator do Correio Braziliense dessa terça-feira (28), afirma que, a cada eleição, o eleitor brasileiro se vê como um personagem irrelevante para o funcionamento da democracia e que isso vai produzindo, no cidadão, um sentimento de desprezo pelo sistema.

         Na realidade, o que se observa, olhando essa situação com lupa grossa, é uma situação inversa, em que o chamado “sistema”, por razões e ardis que só o tempo revelará, isso é, se vier a revelar, há muito considera o eleitor brasileiro como um personagem totalmente irrelevante em todo esse processo. É o comparecimento obrigatório do eleitor em frente às urnas, que dá esse verniz de democracia que o sistema precisa, para tornar as eleições cristalinas e, como dizem, “absolutamente inexpugnáveis”.

         O eleitor entra em todo esse processo como coadjuvante de uma pantomima, ou como um marido fiel a uma esposa cheia de segredos. O sistema, com a ajuda ou não dos partidos, mas com o braço poderoso e longo do Judiciário, entroniza o candidato sob medida e a vida segue nessa que é considerada a maior, em termos quantitativos, democracia do planeta. O salutar é observar que nem todos os eleitores estão desatentos para essa situação. Quando pesquisas isentas de opinião pública dão conta, como aponta o leitor em sua missiva, de que quase 90% dos entrevistados se declaram não se sentir representados por nenhum partido político, o que ocorre de fato é a explosão coletiva de um sentimento de desilusão, que enxerga toda essa distopia democrática apenas na atuação medíocre das legendas.

         Ocorre que, por trás dos partidos, há todo um trabalho intenso, feito por um complexo sistema que, atuando longe do palco da política, transforma em realidade, não a vontade do eleitor, mas a vontade do próprio sistema. A questão aqui é saber por que os partidos, que integram perifericamente esse sistema, não reagem à essa situação? Para as legendas, em forma de cala a boca, foram oferecidos todos os tipos de benesses. A começar pelos bilhões destinados aos Fundo Partidário e Eleitoral. Ninguém reclama diante de tanto dinheiro. Depois vêm as chamadas emendas secretas, onde os partidos e suas lideranças abocanham fatias grossas do Orçamento da União, tudo com pouca ou nenhuma transparência e controle externo, dinheiro supostamente para ser investido em suas bases eleitorais. Também o grande número de parlamentares enrolados com a Justiça não deixa brechas para que se posicionem contra o que quer o sistema.

         O leitor afirma ainda em sua carta que outras pesquisas indicam que, diante dessa falsa representação, metade dos cidadãos acreditam ser possível no país o funcionamento de uma “democracia” sem a participação dos partidos e do Congresso Nacional. Esquece o digníssimo leitor desse jornal que é exatamente isso que o sistema quer e trabalha, para se apresentar em sua inteireza.

          Pensar que toda essa fantasia democrática poderia ser desfeita, bastando apenas a adição, nas urnas eletrônicas, do voto impresso, como a esmagadora maioria dos países sérios fazem. Mas já foi dito que não há verba para isso.

A frase que foi pronunciada:

“A extensão da caça às bruxas revela o tamanho do medo. O medo revela fragilidade.”

R. Rodrigues

 

Ari Cunha

Nos anos 90, a Câmara Legislativa aprovou um projeto que introduzia o Esperanto como disciplina optativa no ensino médio da rede pública do DF. Ari Cunha criticou a iniciativa. Segundo ele, ninguém falava essa língua e a Câmara devia cuidar de coisas mais sérias. Houve vigorosa reação dos esperantistas. Vieram centenas de correspondências do Brasil e do exterior. Ari reagiu com bom-humor. “Eu me rendo, não precisa mandar mais cartas ou cartões postais.” A revelação veio na carta do leitor Eurípedes Alves Barbosa.

Foto: arquivo pessoal

 

Em falta

Vasco Vasconcelos conta que foi mordido por um cachorro em Águas Claras e encaminhado de hospital para hospital para tomar a vacina antirrábica. Do posto de Saúde local, ao HRT e HRAN, foi informado que não havia a vacina disponível. Que aguardasse o chamado da Vigilância Sanitária.

Foto: tuasaude.com

 

Qual a razão?

Em viagens internacionais, nossas autoridades ficam encantadas com os teatros, parques e bibliotecas. Mas, com os pés no Brasil, não mostram interesse algum em melhorar o lazer dos brasileiros.

Teatro Nacional, em Brasília. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil/Agência Brasil

História de Brasília

Dr. Jânio Quadros não apresentou em nenhum momento uma razão plausível para o seu gesto. As dificuldades pelas quais passa o país, são as mesmas, e nem assim se justifica a hora do desespero. (Publicada em 17.03.1962)

RELAÇÕES INTRIGANTES – Os textos desse blog não traduzem a opinião do jornal

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Charge do Cazo

Não fosse a exiguidade de tempo, cinco meses, a boa lógica recomendaria a instalação de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar, em profundidade, que relações, diretas e indiretas, poderiam haver entre o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), as urnas eletrônicas e os institutos de pesquisa de opinião, que aferem a colocação dos candidatos à presidência da República, na tabela de preferência da população.

Alguma coisa cheira mal nesse conjunto todo. Por outro lado, uma vez apuradas todas as possibilidades plausíveis e havendo consenso de que todo esse conjunto segue, rigorosamente, nos trilhos da lei, quem sairia ganhando seria a própria população.

O problema com esse trio de entidades, físicas e mecânicas, é que, dada a realidade dos fatos atuais, em que o TSE, quanto à defesa da votação eletrônica, não apenas vem impedindo a instalação do voto impresso, um recurso simplório diante da importância de uma eleição dessa natureza, como tem movido céus e terra, junto com o próprio STF, para coibir e ameaçar qualquer um que venha apresentar dúvidas quanto à lisura e à inviolabilidade do voto computadorizado.

Há suspeitas no ar! Hackers e outros entendidos no assunto, bisbilhotices eletrônicas, afirmam a possibilidade de interferência nesse processo. Por outro lado, países desenvolvidos, em sua maioria, não utilizam esse sistema e possuem suas razões para não fazê-lo. Melhor passar uma semana apurando voto do que ter que aturar por anos alguém que não foi eleito legitimamente, diria o filósofo de Mondubim.

Há ainda o problema premente da divulgação das pesquisas de opinião, feitas por um pool de agências que mostram, por incrível que pareça, a dianteira do candidato da esquerda, com toda a sua imensa carga de crimes, com alguns institutos afirmando, categoricamente, que esse pleiteante ganhará logo no primeiro turno, com larga vantagem.

Ocorre que a tal personagem sequer transita em a dedo. Nos poucos vídeos em que esse triste personagem aparece, o que se veem e ouvem, são gritos e xingamentos com palavras impronunciáveis nos ambientes familiares. De ambientes sofisticados a feiras. Não por outra razão, o próprio pretendente à presidência já externou sua preocupação com possíveis atentados nesses ambientes abertos.

Mesmo sua assessoria não esconde a preocupação com essa possibilidade. Há uma animosidade latente no ar a indicar que essas eleições não serão pacíficas. A questão aqui é posta da seguinte maneira: como pode um candidato, fabricado na undécima hora por decisão altamente polêmica, estar na dianteira das pesquisas, se sequer ousa sair às ruas? Pode existir uma popularidade política que prescinda do povo ao vivo?

Pode ser que não exista uma relação, digamos, mal cheirosa, entre TSE, voto eletrônico de institutos de pesquisa, mas ninguém pode negar que as coincidências surreais entre esse trio levam cidadãos atentos a coçarem as barbas e fazerem bicos de desconfiança.

É nesse enredo de novela, a misturar realidade e ficção, que qualquer resultado que venha a confirmar a vitória do passado poderá, por incúria das autoridades, degenerar numa guerra fratricida a gerar perdedores dos dois lados.

 

 

A frase que foi pronunciada:
“Nós, a comunidade de segurança de computadores, estamos analisando os sistemas de votação online há décadas(…) mesmo que existam empresas que vendem produtos neste espaço, absolutamente nenhum especialista em segurança de computadores lhe dirá que eles são seguros, porque simplesmente não sabemos como construir uma votação online segura ainda”.

Dan Wallach, professor de ciência da computação da Rice University, Huston, Texas.

Dan Wallach. Foto do perfil oficial no LinkedIn

 

Leitura

Leia, no link Salve-se quem puder, o texto completo de Miguel Gustavo de Paiva Torres, publicado no Contexto Alagoas sobre Rússia, China, seus líderes e o futuro do planeta.

Foto: contextoalagoas.com

 

Caixinha, obrigado

O IPTU que é emitido pelo GDF considera o valor do imóvel atualizado. Ninguém sabe o critério de avaliação, mas o contribuinte paga um valor mais alto a cada ano, dada essa atualização no IPTU. Ao declarar o Imposto de Renda, essa atualização no valor do imóvel não é considerada. No Imposto de Renda o valor histórico é lançado. Quando há a venda desse imóvel, o “ganho de capital” é cobrado com a diferença do valor histórico e o valor venal do imóvel. Não houve ganho, houve o veto à informação da valorização do imóvel que durante anos acompanha o valor da moeda ou inflação.

Foto: correiobraziliense.com

 

História de Brasília

Quem quiser mais detalhes, procure, ao GTB, as notas taquigráficas dessa reunião. Efetivamente, não quisemos atribuir ao sr. Caldas a posição de “denunciante” como ele dá a entender. Denunciar o que está errado é mais do que nobre, e mais do que justo. E fique satisfeito o sr. Caldas pelo fato de após 42 anos de serviço político, denunciar com absoluta razão, com a tranquilidade de quem cumpre com o dever. AC. (Publicada em 20.02.1962)

Aposta no caos

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Foto: Sérgio Lima/Poder360

 

Cada dia com sua agonia, repetia o filósofo de Mondubim. O problema é quando a agonia de todos os lados começa a ficar cada vez mais intensa com o passar dos dias. Nesse caso o que se obtém é a formação, no horizonte, de uma tempestade perfeita, prestes a precipitar igualmente sobre todos. É justamente essa armação de um intenso temporal que vamos aguardando, aparvalhados, abater-se sobre o país, suas instituições e, por extensão, em cima da nação, com ameaças veladas de um retrocesso desejado por uns poucos que, dessa tormenta, sonham em colher os frutos da dissipação da democracia. Não se trata aqui de alarmismos sem fundamentos.

A antevisão de fissuras, que agora surgem estampadas e em uníssono, chama a atenção para uma sequência de fatos, muitos oriundos do destempero verbal do chefe do Executivo, das iniciativas do Judiciário e do desespero do Legislativo. Os grupos parecem ter atingido um perigoso ponto de ebulição. De um lado, um cipoal de denúncias que vão emergindo na CPI do Covid do Senado, de outro, senadores exaltados fugindo das suas atribuições e, mais para a direita, na Praça dos Três Poderes, ministros do judiciário arbitrando como no julgamento final.

As repetidas pilherias e outras troças continuam dirigidas aos fantasmas que parecem assombrar esse momento brasileiro. Tentaram evitar o futuro com uma faca afiada rodada no bucho do mais votado. A liturgia do cargo começou a sangrar aí. Sem apoio para divulgar os responsáveis pela tentativa de homicídio, Bolsonaro, amparado por seus eleitores, não consegue a grande mídia nem o Congresso como apoiadores por razões que a própria razão conhece. Poucas figuras do poder dignificam a posição ao criar no imaginário daqueles que prezam pela seriedade e liturgia de tão importante cargo.

A intenção de todos os lados, de enviar recados intimidatórios aos muitos inimigos, revelam  personagens que parecem perdidos e amedrontados, em meio a mata escura, e, por isso, acionam a metralhadora verbal para todos os lados. O problema é quando esse temperamento ciclotímico, que mais lembra um arremedo da figura de Jânio Quadros, sai das raias da caricatura e passa a causar danos às instituições do Estado e a gerar crises sistêmicas, colocando em risco o próprio Estado Democrático de Direito.

Dessa vez, as ameaças de diferentes matizes que vêm surgindo de todos os lados ganharam um status de ataque frontal. Basta acompanhar o desprezo pelo voto impresso. Mais cara que a implementação da impressão do voto é a dúvida. A segurança é total, já que o voto não sai da urna, para quem zela pela democracia e a Carta Magna, a construção das justificativas contra a certeza do voto é frágil. Inimigos da Nação, ninguém mais sabe quem são.

Por outro lado, ao afirmar taxativamente que não haverá eleições em 2022, caso o voto impresso não seja instituído como deseja, Bolsonaro açulou os outros Poderes. Bolsonaro conseguiu a unanimidade de juntar, contra si, os ministros do STF e do TSE, além do presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco. Os primeiros garantiram que as eleições acontecerão. O segundo afirmou não compactuar e aceitar retrocessos à democracia. Até mesmo onze partidos com assento do Legislativo já bateram o martelo, dizendo não apoiar a introdução do voto impresso nessas próximas eleições. Se seria mais seguro que os brasileiros pudessem ver a urna auditada, não há como compreender essa teimosia.

Qualquer um, de qualquer dos Poderes, que possa a vir a ser apontado, por sua performance, como inimigo da Nação, perde, nesse campo, o poder, a capacidade e o direito de comandá-la.

A frase que foi pronunciada:

Não se interpreta a Constituição em tiras, aos pedaços”.

Eros Roberto Grau

Eros Roberto Grau. Foto: stf.jus

Mais segurança

Já acontece há muito tempo noutros países, e agora o Senado acaba de aprovar o programa Sinal Vermelho Contra a Violência Doméstica. A iniciativa é da Associação dos Magistrados Brasileiros, foi apresentado ao Congresso pela deputada federal Margarete Coelho e contou com o apoio da bancada feminina. No Senado, a relatora da matéria foi Rose de Freitas. Trata-se de uma parceria entre o comércio e instituições públicas que trabalharão em conjunto para identificar os casos de abuso com casais que se comportem estranhamente em público.

Foto: senado.leg

Loucura

Uma prova da paciência e conivência com absurdos é o consumidor que paga mais de R$ 4 mil por um celular da marca mais cara do mundo e aceitar que venha sem carregador, obrigando a compra do dispositivo em separado.

Imagem: abolukbas/Shutterstock

Muito estranho

Por falar nisso, alguém encontrou uma explicação plausível para o horário de atendimento ao público feito pelos bancos? Se os supermercados ficam abertos 24h, a pandemia não é exatamente a razão.

Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília

Mais respeito

Lá está a obra inacabada no asfalto do Lago Norte. De repente a pista raspada, um degrau abaixo, é o que se tem para a passagem dos carros pela esquerda. O nome da empresa deve estar em sigilo máximo. Nenhuma placa identifica os responsáveis por esse serviço mal prestado.

História de Brasília

Está na comissão de revisão do Dasp o processo relativo ao reconhecimento de nível universitário, para os redatores do serviço público. No que valha a justiça que prega em alguns casos é simplesmente imoral a proposição. E mais: abre brechas para novas proposições tão perigosas quanto as atuais. (Publicada em 04.02.1962)

Calar e ser cúmplice

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Ilustração: Carlos Muller

 

PEC aprovada pelo Congresso prevê primeiro turno das eleições em 15 de novembro, e o segundo em 29 de novembro, neste ano de 2020. O avivamento das discussões sobre os escândalos da Lava Jato e suas consequências para a vida política do país estão, até o presente momento, completamente apagadas. Não se vê ou ouve, por parte dos postulantes, qualquer menção a esses crimes, seus personagens e, principalmente, as nefastas consequências decorrentes dessa sucessão de delitos que arrastou o Brasil para a mais profunda crise econômica e política de toda a sua história.

O mutismo em relação a esse mega fato se explica, em parte, porque ficou constatado que, além do Partido dos Trabalhadores, que organizou com método todo esse esquema, praticamente todos os partidos estiveram, direta ou indiretamente, envolvidos nessa maracutaia. Custa a crer que os candidatos não façam qualquer referência, até mesmo para mostrar que esses fatos não irão mais se repetir.

O silêncio sepulcral sobre os mais graves crimes de corrupção precisa vir à tona e ser debatido à exaustão, até que não sobre mais a mínima chance de que venha a ocorrer novamente. A razão ensina que não se pode falar em projetos futuros, quando um assunto dessa gravidade, enredando os principais personagens e dirigentes do Estado, jogando o nome e o prestígio do país na lama e gerando mais miséria e insegurança, não for devidamente discutido e encerrado.

Não chega a ser surpresa para ninguém que esse silêncio obsequioso faz parte de uma manobra que visa, sobretudo, reeleger os principais personagens desses crimes, na busca desesperada por prerrogativa de foro. Outros acreditam, e com boas razões, que haverá um grande acordo que será denominado de pacificação nacional, em que todos esses crimes serão esquecidos em nome de uma pressuposta união do país.

O que esse silêncio ou branco na memória em torno desses crimes revela, aos ouvidos daqueles que sabem escutar, é que o que está em marcha não são apenas as eleições de outubro sem voto impresso, auditável, mas um amplo movimento que visa construir uma falsa nova república, erguida sobre os mesmos pilares corroídos pela ética.

O que se está a fazer nessas eleições é a reforma de fachada de um velho prédio condenado a ruir. O estrondo provocado pelo colapso desse enorme edifício que ameaça, em breve, vir a baixo será a resposta natural a esse silêncio dos cúmplices.

 

A frase que foi pronunciada:

“Há silêncios que são mentiras.”

De Vogue

 

Quem pode? Quem não pode?

Está bem estranha a divulgação, de forma negativa, de autoridades recebendo amigos em jantares ou churrascos, sendo que e a mesma origem divulga fotos de verdadeira multidão nas praias pelo país. Aqui em Brasília mesmo, o piscinão é um exemplo de que todos estão cansados do assunto Coronavírus. Cervejinha gelada, sem máscara, churrasco e muita alegria.

Foto: DF Legal/Divulgação
Participe
Estou velho demais para isso. Se essa frase foi pronunciada por você, não perca a live de hoje às 19h. O psicólogo clinico Gregório de Sordi vai conversar com a psicóloga do trabalho Juliana Seidl, consultora da Aposentadoria Plena e parceira da Maturi, sobre preconceito etário: o que é, como se manifesta, como combatê-lo. Os links do Gregório, inclusive do canal, estão aqui: Gregorio De Sordi

Início: 19h

Efeitos

Literalmente surdos. O barulho no Plenário é tanto que funcionários antigos, principalmente da Câmara dos Deputados, começam a sentir os efeitos do trabalho naquele local. Seria interessante uma pesquisa mais profunda sobre esse assunto.

 

Pedido

Basta uma volta pelas superquadras da cidade para ver o perigo constante que são os bujões de gás do comércio em áreas públicas. A comercial da 213 Norte, bloco D.

Reprodução: Google Maps

 

Carinho

Foi Erica Coelho quem esteve presente no evento dedicado ao pai, o plantador de árvores em Brasília, Ozanan Coelho. Inaugurada, no CA1, a praça Francisco Ozanan, com o busto do homenageado.

 

Engordou?

Um estudo feito pelo farmacologista clínico e fármaco-nutricionista Dr. Paul Clayton, da Universidade de Middlesex, discorre sobre a relação do estado de espírito e a comida. Ele diz que optar por alimentos ricos em carboidratos deixam o indivíduo mais feliz e a opção por alimentos ricos em proteínas trazem mais foco e atenção.

 

Social

Toma posse da diretoria da Ação Social Caminheiros Antônio de Pádua, Salvelina Pereira Roldão Cabral. O projeto M + H, que trata de jovens vulneráveis, é o maior desafio,

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Quem fez a gente respirar no aeroporto não foi o sr. Bressan, coisa nenhuma. Foi o novo prefeito, foi sua esposa, que passaram a olhar para um logradouro que estava abandonado, empoeirado, com postes se acender (ainda está) e com poltronas acochadas.

Acorda, gigante brasileiro!

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Foto: blogdoeliomar.com.br

 

Com a aproximação das eleições municipais, marcadas para 15 de novembro, em primeiro turno, e 29 do mesmo mês, em segundo turno, mais uma vez, voltam à cena a questão e a dúvida sobre o voto impresso feito de forma complementar ao voto eletrônico, conforme entendimento divulgado ainda em 2015, durante a minirreforma eleitoral.

Naquela ocasião, ficou decidido que o voto eletrônico fosse feito concomitantemente com o voto impresso, depositado de forma automática e sem contato manual do eleitor em local previamente lacrado. As dúvidas que pairam sobre a possibilidade de fraudes no sistema puramente eletrônico ainda são muito fortes em todo o país, principalmente por parte de profissionais das áreas de tecnologia, que entendem e enxergam inúmeras fragilidades desse tipo de urna.

Se, para muitos entendidos nessa matéria, ainda pairam diversas suspeitas sobre a inviolabilidade desse sistema, para a maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), aquele mesmo que tem a prerrogativa de errar por último, já foi batido o martelo sobre a questão. Por maioria, os ministros dessa Corte decidiram, nessa última segunda-feira, dia 14, que a impressão dos votos pelas urnas eletrônicas é inconstitucional, mesmo que o voto eletrônico não possa ser auditado. Cogita-se que, na opinião da Corte Suprema, transparência nada tem a ver com democracia. Obviamente, a decisão, que chega com um atraso de cinco anos, decepcionou muita gente que acreditava que, mesmo parcialmente, o voto impresso seria adotado, já nessas próximas eleições municipais.

Com isso, mais uma bandeira política, erguida pelo atual presidente da República, em 2018, é derrubada, sem que ele mesmo esboce qualquer contrariedade sobre o assunto. Para o eleitor comum e contrariado, de nada adianta ir em busca de explicações razoáveis para essa decisão, feita na undécima hora, quando se sabe que essa corte trafega entre o sim e o não, pelas vias labirínticas do Direito, encontrando amparo legal, até mesmo, em assuntos que desafiam a onisciência de Deus.

O cidadão comum que quiser obter algum ganho, em qualquer ação judicial de reparação econômica, e que não apresentar recibos impressos comprobatórios que assegurem sua defesa, de forma material, pode estar certo que perderá a disputa por ausência de provas. Se até mesmo em procedimentos simples, como conta de luz, água e outras, exige-se a apresentação de provas impressas, que dirá nas eleições, onde a vida e o futuro de milhões estão em permanente jogo?

Sabendo, como todos nós sabemos, da índole duvidosa que move boa parte de nossa classe política, a segurança do voto impresso, mesmo que não seja absoluta, é mais uma proteção contra a ação de maus candidatos e contra as infinitas possibilidades da mente humana de burlar o que é certo.

O que os ministros do STF entenderam como “Inadmissível retrocesso nos avanços que o Brasil tem realizado para garantir eleições realmente livres”, trazidos pelo voto impresso, outros países, até mesmo muito mais populosos como o nosso, tais como os Estados Unidos, Índia e outros, já perceberam que o pleito eleitoral com base apenas em dispositivos e ferramentas tecnológicas ainda apresenta falhas e brechas que precisam ser sanadas.

O mesmo acontece com os argumentos de que o voto impresso acrescentaria um alto custo às eleições. Parece pueril diante de tantos outros gastos decididos pelo Estado e que a Nação entende como verdadeiros desperdícios de recursos.

Contra o entendimento da Corte, que considera que os “potenciais benefícios” trazidos pelo voto impresso seriam “ínfimos”, comparados aos prejuízos econômicos provocados, o senso comum do cidadão poderia argumentar, invertendo o raciocínio, que os benefícios do voto impresso seriam potenciais à democracia, o que tornaria seus custos uma questão “ínfima”.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Ética é o conjunto de valores e princípios que usamos para responder a três grandes questões da vida: (1) quero?; (2) devo?; (3) posso?

Nem tudo que eu quero eu posso; nem tudo que eu posso eu devo; e nem tudo que eu devo eu quero. Você tem paz de espírito quando aquilo que você quer é ao mesmo tempo o que você pode e o que você deve.”

Mario Sérgio Cortella, filósofo, palestrante, educador brasileiro

Mario Sergio Cortella. Foto: página oficial no Facebook

 

UnB

Já escolhida a líder da lista tríplice que será apresentada ao presidente Jair Bolsonaro para ocupar a reitoria da Universidade de Brasília. Márcia Abrahão Moura é a vencedora pela opinião da comunidade acadêmica. Mas freio nos ânimos. No Rio Grande do Sul, Carlos André Bulhões Mendes foi nomeado o novo reitor da UFRGS e era o último da lista.

Foto: correiobraziliense.com

 

Admiração

José Afonso Braga lançou um livro contando sua caminhada na vida depois de diagnosticado com Esclerose Lateral Amiotrófica. Para companhia nessa jornada, Braga conta com o apoio da família,  de muitos amigos e, principalmente, com o otimismo que o ajuda nos próximos passos. O sucesso do livro foi tão grande que a versão impressa acabou em 24h.

Capa do livro. Foto: joseafonsobraga.com

 

Dúvida

Quem vem antes? As Fakenews ou os Institutos de Pesquisa? A estudar as eleições passadas, com divulgações de preferência do eleitorado totalmente fora do esquadro, há que se esclarecer.

Charge do Sinfrônio

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Os outros, comodamente, cruzaram os braços e anunciaram que a responsabilidade, é da Novacap ou da Prefeitura. Agora, com o ajardinamento da W-3, não é possível que o fato não venha tomar de brios os responsáveis. (Publicado em 17/01/1962)

Urna eletrônica ou arapuca?

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Foto: tse.jus

 

De tanto estranhar a posição dos Tribunais Superiores sobre um assunto que diz respeito direto e vital aos interesses dos legítimos representantes da população, é que os políticos têm insistido nesse assunto, inclusive com a apresentação de Proposta de Emenda à Constituição (PEC 135/19), exigindo a impressão de cédulas em papel na votação e na apuração de eleições, plebiscitos e referendos no Brasil. Trata-se na avaliação de deputados e senadores de uma solução internacionalmente recomendada para que as votações eletrônicas possam ser devidamente auditadas de forma transparente e independente.

A representante do Instituto Resgata Brasil, a advogada e deputada Bia Kicis (PSL-DF) considera que existe hoje uma crescente desconfiança em relação à apuração eletrônica dos votos, o que, sua opinião, tem afastado os um grande número de eleitores das eleições. Também a Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais tem defendido o voto impresso em complemento ao voto eletrônico, como forma de garantir a segurança ao processo eleitoral. Mesmo reconhecendo que a implantação do voto eletrônico trouxe rapidez e eficiência na contagem dos votos, muitos especialistas no assunto tem alertado que todo o qualquer sistema computacional possui vulnerabilidades e jamais estão 100% a salvo de ingerências internas e externas e de ações de hackers e outros interessados em adulterar o processo eletivo. Cabe o questionamento do que teria mais peso. O resultado na mesma noite do pleito com dúvidas e quatro anos suportando um eleito sem auditoria ou uma semana de atraso para a contagem fazendo valer a vontade popular para levar ao poder seu legítimo representante?

O mundo digital, onde o processo eletrônico de votação, necessariamente se insere, mesmo resguardados todos os sistemas de segurança, num vasto universo de possibilidades de invasões e outros mecanismos de intromissão indevida. O próprio TSE, em seus testes para estudar a vulnerabilidade desse tipo de urna, já constatou que alguns ataques simulados obtiveram êxito. Portanto, alerta o integrante da Associação dos Peritos, Marcos Camargo, o sistema precisa de auditoria analógica o que se pode ser feito com o registro impresso do voto, colocando o sistema eleitoral à salvo e independente dos softwares. Existe ainda pareceres dados por Amílcar Brunazo, representante do Comitê Multidisciplinar Independente, mostrando a necessidade de impressão do voto, para o eleitor possa conferir se votou corretamente na urna eletrônica. Para ele, a urna eletrônica é um retrocesso.

Para parlamentares como o deputado Goulart (PSD-SP) o STF tem ido longe demais, legislando ao mudar decisões do Congresso. Outros críticos do processo eletrônico criticam a postura do TSE em insistir em não debater a questão, se ausentando propositadamente das audiências públicas. Talvez o depoimento mais incisivo e esclarecedor sobre esse assunto tenha sido dado na Comissão do Senado que analisa o assunto pelo procurador do Mato Grosso do Sul, Felipe Gimenes, como representante da Associação Pátria Brasil.

Em sua opinião, o povo brasileiro vem sendo sistematicamente enganado pelas urnas eletrônicas, que chama de verdadeira “arapuca”, principalmente porque as eleições passaram a ser enxergadas apenas pela ótica da tecnologia e não pela luz da lei. Para ele, antes da ferramenta, deve prevalecer a ordem jurídica. “A ferramenta deve servir a ordem jurídica e não de modo inverso”, disse. Dessa forma acredita o procurador que a ordem jurídica não pode ser posta de joelhos. Nesse sentido ele destacou o fato de o ministro Gilmar Mendes, do STF, ter protelado por mais de dois anos o cumprimento da lei da minirreforma, o que acabou gerando um pedido de impeachment contra o ministro por conduta considerada como crime de prevaricação.

Na avaliação de Gimenes, um dos pilares da República está sendo quebrado, violando com isso a democracia e a cidadania do povo brasileiro. O procurador ressaltou que se essa questão fosse em sentido contrário, ninguém teria o direito ao não cumprimento de uma ordem judicial. No entanto esse Tribunal insiste em não cumprir uma lei feita e aprovada pelo Legislativo: “somente o exercício do voto é secreto para garantir ao cidadão a liberdade de escolha, o ato seguinte é um ato administrativo. A contagem de um voto é um ato administrativo e se submete à um requisito de validade sob a pena de ser nulo, que é o princípio da publicidade. Qualquer ato administrativo deve ser público. Portanto a sociedade exige auditar o fato jurídico e não a máquina. Não nos interessa o software ao a máquina, interessa a sociedade auditar o fato que por sua natureza é um evento que por isso se perde. Daí a necessidade de dar um corpo físico ao fato da contagem de votos, para que se conheça e se cumpra o princípio da publicidade que é um tema erga hominis, ou seja, para todos os cidadãos, não apenas e tão somente para o eleitor, mas para que todos os cidadãos tenham condições de fiscalizá-la.”

Em seu depoimento na Comissão de Constituição e Justiça, no Senado Federal em audiência pública realizada no ano passado, o procurador lembrou que se não for esse o processo natural, todo o processo será nulo. Entende ele que desde que impuseram a urna eletrônica os princípios constitucionais vêm sendo quebrados sistematicamente, pelo que qualifica de arapuca eletrônica. Segundo ele, a cidadania, a moralidade, a publicidade, e a própria República vem sendo desrespeitados. O exercício do voto deve ser secreto, mas a contagem do voto deve ser pública, disse. Embora o Brasil venha sendo considerado referência na utilização de urna eletrônica, com a universalização do sistema, muitos especialistas avaliam que esse método ganharia ainda mais em confiabilidade caso fosse implantado de modo definitivo o voto impresso em paralelo ao voto eletrônico, acabando , de uma vez por todas com as desconfianças, o que não é bom para o processo democrático de nenhum país, principalmente no caso do Brasil onde a inventividade e os movimentos pouco transparentes encontrados em todos os Poderes da República são fatos históricos e contra o quais não há dúvida alguma.

A relutância das cortes em não resolver essa questão, a tempo de atingir as eleições de 2020, só agrava e empurra esse problema para um futuro incerto, colocando em suspense nossa democracia, criando descrédito junto aos eleitores e afinal depondo contra a própria aplicação da urna eletrônica, posta como algo acima de qualquer suspeita, mas que não pode ser avaliada por um simples papel impresso.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“O voto é um sacramento cívico”.

Reverendo Theodore Martin Hesburgh

Foto: britannica.com

 

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Volta o nome do deputado Aniceto Rocha, do Ceará, ao noticiário policial, como contrabandista do café. Há mais de três anos, este senhor é conhecido como o maior contrabandista, e a Assembléia ainda não mediu a importância do seu decoro, para cassar-lhe o mandato. (Publicado em 04.11.1961)

 

O dilema das urnas eletrônicas persiste e aumenta a cada dia

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Em onze meses os moradores de 5.570 municípios, onde muitos acreditam estar a sede do Brasil real, irão voltar às urnas para escolher prefeitos, vice-prefeitos e vereadores. Serão milhares de candidatos, com os partidos podendo lançar até 150% do número de vagas existentes nas Câmaras Municipais.

Legendas prometem fazer chover candidatos, mesmo com o estabelecimento do fim das coligações. Com um pleito dessa magnitude, talvez um dos maiores do mundo, é claro que as atenções de todos se voltam, mais uma vez, para a questão central, e ainda não estabelecida, de modo definitivo, pelo Supremo Tribunal Federal, do uso do voto impresso pelas urnas eletrônicas. Convenhamos que a lei sobre o assunto já existe, mas não é obedecida.

Trata-se de uma questão que ainda divide os brasileiros, principalmente pela falta de informação e pelos argumentos delicados como falta de verba e sigilo do voto. Não falta verba e o sigilo do voto será mantido, já que não terá identificação e será depositado na urna para posterior contagem.

Em votação ocorrida em 6 de junho de 2018, o plenário do Supremo Tribunal Federal decidiu, por oito votos a dois, acabar com o voto impresso, sob o argumento de esse modelo implicaria em invasão indevida do sigilo.

“Poderíamos estar permitindo acordos espúrios para a votação, aonde a pessoa exigiria que determinados mesários conferissem ou tivessem a prova do voto escrito. Uma potencialidade, um risco muito grande ao sigilo e à liberdade do voto”, disse o ministro Alexandre de Moraes e o argumento do ministro Barroso foi “evidência de fraude ou risco à lisura das eleições, que justifiquem o risco da adoção desse voto impresso”. “É questão de razoabilidade”. Ninguém além do eleitor segurará o voto impresso, que deverá ser depositado na urna. Se há possibilidade de haver divergência entre o voto e a impressão, é a prova de que o sistema é frágil. Além disso o voto impresso é parte da contagem dos votos, já que se trata de um ato administrativo, um ato público e não pode ser feito sem a publicidade necessária, dando apenas ao Boletim Único, um artifício eletrônico, o poder de divulgar os vencedores.

Já a ministra Cármen Lúcia afirmou que “Seria um retrocesso e não um avanço. A democracia deve propiciar o progresso das instituições e não o retrocesso”. Se fosse mesmo um avanço, o sistema eleitoral brasileiro chamaria a atenção do mundo para adotá-lo. Mas com pareceres de universidades e especialistas em auditoria, quem tem poderes com discernimento logo torceu o nariz para o “avanço”, para manter intocável o exercício da cidadania de seus eleitores. Sentencia ainda a ministra Cármen Lúcia: “Não é livre para votar quem pode ser chamado a prestar contas do seu voto, e o cidadão não deve nada a ninguém, a não ser a sua própria consciência”. Fala como se os auditores fossem em busca do eleitor, como se o voto impresso tivesse o nome e o número do título do cidadão, como se o eleitor fosse se apoderar do seu voto impresso, guardando-o na carteira. Nada disso está previsto na legislação. O voto impresso permanece secreto e é depositado na urna.

Já o ministro Gilmar Mendes fundamentou seu voto com base na verificação dos partidos. Na verdade, o que os partidos aguardam ao final das eleições é justamente a impressão do Boletim Único, da maneira que sai da urna. Sem a menor possibilidade de auditoria ou de contagem. Em manobra vernacular conhecida, mais um argumento: “a impressão aprovada pelo Congresso não contraria nenhum dispositivo da Constituição, mas deve ser implantada gradualmente, à medida em que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) instalar as impressoras. ” Atrela a vontade do povo, à iniciativa do TSE em fazer valer essa vontade através da impressora acoplada nas urnas. Como se cumprir a lei fosse um pagamento em prestações.

Na verdade, a intenção é sempre desviar a ordem da Constituição sobre vários princípios, como bem lembrado pelo procurador Felipe Gimenez. As eleições são um serviço público. Nossos ministros do TSE se despem da toga para se transformar em administradores públicos ao dedicar tempo às eleições. Daí a importância de fazerem valer a Lei. Os princípios Constitucionais precisam ser protegidos, como a cidadania, legalidade, publicidade e a moralidade.

Assim, a maioria dos ministros vetaram o artigo 2º contido na minirreforma eleitoral de 2015 (Lei 13.165) que exigia, no processo de votação eletrônica, a impressão do registro de cada um dos votos que foram depositados nas urnas. Os legisladores entenderam e consignaram isso em lei, que era necessário que todo e qualquer voto fosse impresso, de forma automática e sem contato manual do eleitor, em local previamente lacrado. O Supremo entendeu que a mídia, embora não contrariasse nenhuma norma constitucional, implicaria em fraude ou à lisura das eleições, além de se constituir num gasto extra e, portanto, deveria ser implantada de forma gradual e à longo prazo.

Dessa forma uma lei constitucional, julgada por um tribunal que deveria cuidar exclusivamente de questões dessa ordem, resolveu, na opinião de muitos parlamentares, decidir em conjunto com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de forma “juristocrática” impedindo que o eleitor, ainda dentro da cabine de votação, pudesse ver e conferir o conteúdo da sua escolha, num documento físico durável, imutável e inalterável onde estaria registrado seu voto, para uma futura conferência. Ocorre que desde decisão tomada pelo STF até hoje, só tem aumentado o número de pessoas que passaram a desconfiar do modelo eleitoral feito exclusivamente pelas urnas eletrônicas, sem impressão de voto físico e sem possibilidade de eventual averiguação posterior, ainda mais em se tratando de eleições realizadas num país continental e onde, historicamente tem havido eventos de fraudes e outras violações eleitorais, muitas delas registradas nos locais das eleições e divulgadas na Internet.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Se a votação mudasse alguma coisa, eles a tornariam ilegal.”

Emma Goldman, filósofa lituana

Foto: britannica.com

 

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

E há mais, no IAPFESP: custa um dinheirão a manutenção e abastecimento do gerador da 304, apenas para fornecer luz à residência do Delegado e dos engenheiros das empresas contratantes. (Publicado em 04.11.1961)

Os germes da coalizão

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Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

Um mundo novo parece se descortinar para os governantes que assumirão a partir de 2019. Com uma renovação significativa de nomes nos poderes Legislativo e Executivo, o que os cidadãos aguardam agora é a decolagem do avião Brasil para longe dessa que foi a mais longa e prolongada crise já experimentada por todos os cidadãos.

Obviamente que ainda falta um bom percurso a seguir. Como as reformas necessárias ao país, principalmente a política, ficaram no meio do caminho, o jeito é encontrar mecanismos de governança que fujam do velho padrão dos balcões de negócios, tão prejudiciais ao país.

O presidencialismo de coalizão, que dentro de um sistema republicano serviria para integrar esforços entre Executivo e Legislativo, foi tão distorcido e corrompido entre nós ao longo desses anos que persistir nesse modelo é rota certa para novos impasses institucionais, talvez até mais graves e insolúveis. Nesse sentido, tanto o presidente Bolsonaro, como o governador eleito pelo Distrito Federal, Ibaneis Rocha, necessitam atuar com o máximo de prudência. Ceder a esses impulsos, por menores que sejam, é dar um reinício a um ciclo sem fim. O que torna a governabilidade cada vez mais delicada, no plano federal e no plano local, é que ao lado da quantidade de legendas disputando espaço no poder, os próprios partidos parecem estar sendo engolidos pelo fenômeno das bancadas de interesse, muito mais organizadas e sedentas.

À esse fato, já em si preocupante, o que parece estar acontecendo é o surgimento, ainda embrionário, de uma bancada formada por políticos militares, uma espécie de bancada das Forças Armadas. Com o aparecimento desses novos grupos políticos acima dos partidos, a governabilidade de coesão adentra num novo patamar.

A melhor estratégia para enfrentar essa Hidra de Lerna moderna parece estar na luz saneadora da transparência pública absoluta, capaz de eliminar os conchavos à meia luz e impedir a proliferação desses germes perigosos. No caso específico do Distrito Federal, o que preocupa aqueles que acompanham o dia a dia da política é a frenética movimentação de bastidores dos mesmos partidos atolados, até a orelha, nos mais escandalosos casos de corrupção.

Quem observa, com atenção, as figuras que surgem nos fundos das imagens nesses encontros, nota, aqui e ali, rostos sorridentes que, na realidade, deveriam estar, há muito, hospedados nos presídios. Para esses, a eleição de um correligionário pode ser entendida como uma absolvição das faltas pretéritas, e quem sabe a oportunidade de voltar a delinquir.

Aos olhos do cidadão fica a dúvida. Com a justiça, sempre lenta e obsequiosa com os poderosos, fica a resposta.

 

A frase que foi pronunciada:

“Um falso amigo e uma sombra assistem apenas enquanto o sol brilha.”

Benjamin Franklin

 

Contradição

Um dos argumentos da Suprema Corte, para rejeitar e desobedecer a lei que instituiu o voto impresso, foi a falta de verba que incrivelmente apareceu para turbinar o salário de seus ocupantes. A dúvida continua no ar.

Página Corrupção Brasileira Memes

Leitor

Sou aposentado, tenho 62 anos e resido na SHIGS 713 Sul – Bloco M. Nos últimos anos, não vemos serviço de limpeza, manutenção e varrição das áreas verdes das quadras residenciais de Brasília. Em particular, a nossa. O caso já virou problema de saúde pública, pois a falta de limpeza e manutenção tem provocado a proliferação de mosquitos, insetos de todos os tipos, inclusive com casos de dengue na família.

 

Continua

Já abri vários protocolos na Ouvidoria do GDF acionando o SLU e a Novacap, mas em vão. Eles não acompanham e nem cobram o atendimento desses protocolos. Já liguei várias vezes e já mandei e-mails e contatos para as Ouvidorias do SLU e Novacap que sequer respondem. É visível o total abandono de nossa cidade!

Foto: correioweb.com.br

Veredicto

A W3 Sul e as quadras residenciais 700 não têm qualquer limpeza e manutenção. Mas pagamos elevados impostos e o GDF paga a empresas terceirizadas por esses serviços. Por que não é feito? Por que não é cobrado e fiscalizado? Algo fede muito mais que o lixo que se acumula e nos traz doenças! Ou incompetência ou corrupção.

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Funcionários precipitados declararam, há meses, que em dezembro seria inaugurado o terceiro supermercado. Efetivamente, a obra estava em bom andamento, mas está completamente paralisada. (Publicado em 05.11.1961)

Natureza: usar e preservar é possível

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Foto: Henrik Montgomery (nytimes.com)
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        “Muitas pessoas acreditam que proteger o meio ambiente será tão caro e difícil que querem ignorá-lo”. A afirmação foi feita pelo vencedor do Prêmio Nobel de Economia de 2018, Paul Romer, professor da Stern School of Business da New York University. Para ele, é possível realizar um progresso substancial protegendo o meio ambiente, e fazê-lo sem desistir da chance de sustentar o crescimento.

         A lição serve como uma luva para o Brasil, principalmente por sua insistência em permanecer, desde a época da colônia, como um país essencialmente exportador de matérias-primas, produzidas em larga escala, de forma predatória em grandes latifúndios, sem o menor cuidado com o meio e em proveito de uma minoria poderosa e pouco letrada, que despreza tudo o que não gera lucro imediato.

     O alerta de que é possível produzir sem destruir a natureza em volta, preservando rios, espécies animais e vegetais, há muito vem sendo feita por ambientalistas daqui e de toda a parte do planeta, mas parece não ter sensibilizado ainda o setor do agronegócio nacional, encantado com a possibilidade de transformar enormes extensões de matas nativas em campos para o plantio de transgênicos de soja, milho e algodão para abastecer o mundo. William D. Nordhaus de 77 anos, também ganhador do Nobel de Economia desse ano, vem desenvolvendo há anos teorias que tratam de modelos para favorecer o crescimento sustentável e a relação entre economia e clima. Para esses cientistas, é perfeitamente aceitável conciliar teorias econômicas e questões ambientais, aliando essas duas variáveis ao progresso tecnológico. Cientistas que se dedicam ao estudo das rápidas mudanças climáticas e suas consequências sobre a economia mundial, são unânimes em reconhecer que o aquecimento global, decorrente da queima de combustíveis fósseis, da excessiva poluição, da devastação das florestas, da superpopulação, da escassez cada vez maior de água potável poderão empurrar o planeta e a humanidade para um impasse insolúvel e sem precedentes.

        A perspectiva que se abre para a população, para tamanho desafio, só poderá vir da mudança drástica na relação entre produção e consumo em âmbito mundial, de acordo com uma aliança estreita entre as diversas ciências e os indivíduos, fazendo a humanidade compreender que a destruição do planeta significa também o fim de todos, indistintamente.

      A economia sustentável, aliada a um crescimento econômico de longo prazo, com a garantia de um bem-estar para todos, só se transformará em realidade com o assentimento de todos os países, ricos e pobres, o quanto antes, de preferência antes que seja tarde demais.

A frase que foi pronunciada:

“A água de boa qualidade é como a saúde ou a liberdade, só tem valor quando acaba”.

Guimarães Rosa

Tirinha do Calvin
Tirinha do Calvin

Aconteceu

Paranoá estava coberto por um tapete de lixo. E mais. Pessoas estão se infiltrando nas filas de votação para fazer boca de urna.

Quatro anos

Não haveria problema algum em imprimir os votos. Não foi por falta de dinheiro, nem pensando na administração do tempo. A pergunta do ministro do STF disse tudo: e se os votos impressos não correspondessem aos votos eletrônicos. Certo é que o próximo Congresso precisa ser mais combativo no assunto.

Contra-marketing

A grande perda para o Senado foi a saída da jornalista e senadora Ana Amélia. Em uma jogada de marketing completamente sem sentido, o titular Alckmin deixou de dizer tudo o que já fez como administrador. Entrou numa seara estranha ao seu modo de ser. Uma lástima.

Foto: brasil.elpais.com
Foto: brasil.elpais.com

Máscara

Institutos de Pesquisa precisam ser responsabilizados pela divulgação de dados errados. “Com margem de erro de 4%?”

Charge do Ivan Cabral
Charge do Ivan Cabral

Estranho

Vários eleitores que fizeram a biometria, mas não foram reconhecidos pelo terminal do mesário. Depois de 4 tentativas, bastava colocar o ano de nascimento que o equipamento aceitava imediatamente.

Artes

Eliete de Pinho Araújo, arquiteta, é conselheira do Iate Clube de Brasília e está movimentando o local pelo projeto Encontro das Artes. Com professores de primeira linha, os sócios e convidados participam de várias oficinas de música e artes plásticas. Os eventos são super badalados como apresentações de orquestras, exposições, coral, teatro, poesia, músicas e shows.

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Doutor Vasco, o pessoal do pré-misturado está trabalhando devagar demais. Com as chuvas, as valetas têm afundado tanto, que no trevo de distribuição sul, principalmente, há trechos horríveis. (Publicado em 31.10.1961)

No final todos se acomodam

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ARI CUNHA

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Charge do Duke
Charge do Duke

         Com tantas variáveis possíveis envolvidas na atual equação eleitoral do Brasil, prognósticos, sejam eles dos mais balizados cientistas políticos, ou dos mais respeitáveis institutos de pesquisa de opinião, ao adentrar para o terreno movediço da nossa ficção, correm o risco de se ver reduzidos e transformados em gurus, videntes ou feiticeiros.

      O realismo fantástico da política nacional, forjado por nossa cultura e crenças ao longo da história da nação, extrapola e vai muito além da ciência ou mesmo da ficção. O fato é que no dia 8 de outubro o Brasil vai acordar para uma travessia de mais quatro anos, com um time de representantes da população formado em boa parte pelo mesmo conjunto de indivíduos que há décadas vem degradando a política, transformando-a numa espécie de arte da prestidigitação, manipuladas por mãos sempre hábeis de velozes, escondendo e fazendo desaparecer, como mágica, a democracia e a ética.

        Essa é pelo menos a única variável que se pode confirmar como uma constante em nossa equação. O retorno de parte desses caciques que direta ou indiretamente ajudaram a afundar o país na sua mais grave crise é, por enquanto, um dos resultados certos dessas eleições e que indicaria, por quaisquer outros meios, o prosseguimento, sem alteração, do modus operandi do Estado.

       A se confirmar essa tendência, pouca importância passam a ter as outras variáveis. Aumentam as incertezas quanto a desilusão da sociedade com o atual modelo de República, com os partidos políticos e com os próprios políticos. É preciso considerar, enquanto há tempo, o lado da questão da credibilidade das urnas eletrônicas, cada vez mais contestada pela própria população, por legisladores e várias instituições que repetiram a dúvida em relação às urnas durante audiência na CCJ no Senado.  Em uma delas, o procurador Felipe Gimenez, da Associação Pátria Brasil, deixou claro que os princípios republicanos estão sendo deixados de lado já que não há como contar os votos, isso significa a desconsideração à vontade do povo, diz o Procurador. Falta publicidade porque os votos não são impressos, legalidade porque nem a minirreforma nem a Constituição foram acatadas pelo STF. Falta moralidade e respeito à cidadania, disse o participante da audiência.

       Há ainda a tessitura de coligações regionais, feitas nos moldes de interesses pessoais inconfessáveis e que se apresentam, à luz da razão, como totalmente antagônicas. É óbvio que os arcos de alianças construídas dessa forma necessariamente terão que ser devidamente ajustados no novo balcão de negócios que se abrirá na nova legislatura.

       Bolsonaro, que até agora parece despontar na dianteira não teve o atentado político esclarecido, bem como a campanha comandada diretamente de dentro da cadeia pelo ex-presidente Lula, que usa uma espécie de marionete para voltar ao poder, são outros dados dessa que é a mais bizarra campanha de todos os tempos.

        Os efeitos dos escândalos do mensalão e do petrolão ainda não foram totalmente digeridos pela população e suas consequências para o próximo pleito ainda são incertas. O que é real, líquido e certo é que, passadas as eleições, virão de variadas direções os movimentos de acomodação de apaziguamento geral, instalando e reinstalando todos esses personagens nos fartos seios da viúva, chamada agora de União.

A frase que foi pronunciada:

“Não pode ser realizado ato administrativo [como a contagem de votos] em segredo, pois é como se fosse uma conta bancária sem extrato das movimentações”.

Procurador Felipe Gimenez

Charge: SAD (m.jornaldamanha.info)
Charge: SAD (m.jornaldamanha.info)

Inaceitável

Brasília é uma lástima em termos de serviços. Quem opta pelo Don Durica da Assefe paga por uma alimentação razoável. O que não se justifica é fazer com que a espera em fila para o pagamento leve 20 minutos.

Logo: dondurica.com.br
Logo: dondurica.com.br

Exemplo

Onde empreende, o sucesso é certo. Esse é o caso do cearense e ceilandense Francisco Nogueira. Com os negócios indo de vento em popa, já estendeu as lojas Beth e Lili (Elizabeth e Elisangela) para Planaltina, Gama e Águas Lindas, além da Ceilândia, onde tudo começou. Até agora, novidade nenhuma. A surpresa é a delícia de queijo que o Sr. Francisco faz. E vende.

Foto: facebook.com/pages/Beth-e-Lili-Confecções
Foto: facebook.com/pages/Beth-e-Lili-Confecções

Saude&Economia

New England Journal of Medicine publicou o argumento necessário para quem é contra brincar com o organismo humano em favor da nano economia. A privação do sono traz um aumento nos registros de acidentes cardiovasculares durante o horário de verão.

Quase

Eleitores preocupados com o silêncio do candidato esfaqueado receberam uma notícia preocupante. Nada de entrevistas ou postagens de vídeos. Os médicos do Albert Einstein proibiram esforços maiores.

Foto: veja.abril.com.br
Foto: veja.abril.com.br

Perigo

Tanto tempo para deixar a obra apresentável aos contribuintes e o que se vê no Trevo de Triagem Norte é barro numa curva que expele os carros, bifurcação submersa n’água durante as primeiras chuvas e sinalização tímida. Já na ponte JK há um ponto onde a água parada de uma margem a outra oferece perigo.

Foto: Breno Fortes/CB/D.A Press
Foto: Breno Fortes/CB/D.A Press

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Desde sexta-feira está paralisado o serviço de coleta de lixo de Brasília. Há ameaça de uma onda de moscas, e as chuvas caídas, ultimamente podem provocar sérios contratempos para as condições de higiene da nação. (Publicado em 31.10.1961)