Ecologia, economia e comércio em volta da Amazônia

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VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)

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Foto: Reuters/Ricardo Moraes/Direitos Reservados

 

Enganam-se as autoridades brasileiras caso acreditem que o governo americano, que parece lhe servir de modelo, fará vistas grossas aos incidentes que vêm ocorrendo na região amazônica. Principalmente com relação à leniência com que o atual governo vem tratando essa questão. Não existe a tão almejada amizade fraterna entre governos, como erradamente sonham alguns dentro e fora do Palácio do Planalto.

O mundo move-se pelo interesse, em nome do qual não hesita fazer a guerra. Prova disso é que assim que retomaram seus trabalhos, os congressistas americanos focaram seus debates sobre os últimos acontecimentos havidos na região amazônica, principalmente na parte brasileira. Tido por muitos políticos daquele país como uma espécie de quintal próprio, a Amazônia vem tomando lugar entre as preocupações de americanos e de europeus, receosos que de essa região venha, conforme advertem os cientistas, entrar num processo irreversível de destruição, com sérios prejuízos para todo o planeta.

A bancada democrática americana vem pressionando para que o governo adote uma postura mais dura com relação aos produtos brasileiros, sugerindo, inclusive, que se adote uma proibição às importações de determinados itens. A punição se estenderia também aos acordos de livre comércio. Entre os itens que poderiam sofrer restrições estão o petróleo, o milho, o papel, o tabaco, o açúcar, a madeira, o couro, a soja e a carne, ou seja os principais produtos da pauta de exportação brasileira destinados para aquele país.

Do desmatamento que segue sem restrições, inclusive impulsionado pelo mercado chinês, as preocupações se estenderam às queimadas descontroladas que varrem parte significativa do bioma da região. Curioso notar que esses embargos poderiam englobar também a assistência militar, assunto de grande interesse para o governo brasileiro.

Durante os debates que se seguiram, foi aberta ainda uma oportunidade para que a pesquisadora brasileira do Peterson Institute for International Economics e diretora do Programa de Estudos Latino Americanos da Johns Hopkins University, Monica De Bolle, apresentasse sua visão sobre a questão amazônica. Em sua avaliação, o governo brasileiro precisa entender que o comércio no século XXI exige uma estreita simbiose entre ecologia, economia, principalmente na área comercial. “sob Bolsonaro e sua guerra ideológica contra o clima e o ambientalismo, muitos predadores passaram a se sentir confortáveis em depredar a Amazônia”, afirmou a pesquisadora, para quem é preciso que o governo reveja, o mais urgente possível, o desmonte das regulações e das agências ambientais como o Ibama e o Inpe.

Bolle criticou também a atuação do governo Trump em não aderir, de forma racional, à agenda ambientalista. “O fogo na Amazônia não é só uma tragédia, mas também uma oportunidade para que os governos do Brasil e dos Estados Unidos parem de negar as mudanças climáticas e passem a cooperar em estratégias para preservar a floresta e o meio ambiente” afirmou.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Aos amigos, tudo. Aos inimigos, a força da lei.

Mas quem são mesmo os amigos e os inimigos? ”

Alguém na Praça dos Três Poderes, bastante confuso.

Foto: EBC

 

 

Cuidados

Não é só por causa da seca que a conjuntivite aumenta. Uma vistoria nas grandes clínicas dos olhos em Brasília seria interessante. De um paciente para o outro, o que se passa nos equipamentos é um papel seco. Nada mais.

Foto: hojeemdia.com

 

 

Anjos inocentes

Fica, em Samambaia Norte, a instituição Santos Inocentes. Na QR 425, Conj. 5. Essa casa, além de rejeitar o aborto, recebe as adolescentes e mulheres que resolveram manter a vida da criança, apesar das dificuldades. Esse é um bom lugar para se investir. Veja como no link Como colaborar.

 

 

Receitas

Quase um terço de todos os alimentos que produzimos, 1,3 bilhão de toneladas por ano, é perdido ou desperdiçado. A informação é da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO). Veja, no link Sete receitas com cascas e bagaço de alimentos, as publicações sobre o uso de cascas de alimentos em receitas deliciosas.

Brigadeiro de casca de banana

 

 

História

Escrita por Ari Cunha em 1961, a notinha da história de Brasília de hoje comenta sobre as aves da região nos primeiros anos da cidade. Ontem, foi publicada uma matéria no El Pais com a informação de que a metade das aves mais comuns da Europa e da América do Norte desapareceram. Os estudos dizem que, nos últimos 50 anos, há três bilhões de pássaros a menos.

 

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

O Lago está bonito. Está na cota mil, e cheio de garças. A nossa Lagoa do Jaburu, também. Vou pedir ao Anapolino para me mandar duas sacas de arroz em semente, para plantar lá, e conservar as aves que poderão desaparecer. (Publicado em 30/11/1961)

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