Soberania pela posse efetiva

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VISTO, LIDO E OUVIDO, criada desde 1960 por Ari Cunha (In memoriam)

hoje, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade

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Foto: BBC

 

        Na realidade, o mundo tem os olhos postos muito mais sobre a região da Amazônia Brasileira do que, propriamente, sobre os brasileiros. Interessam, aos estrangeiros, os destinos da Amazônia, como floresta tropical que abriga a maior biodiversidade do planeta. Nesse conjunto de interesses, há também um olhar, um tanto exótico e romântico, sobre os povos indígenas da região, descartando tudo mais que possa existir naquela parte do Brasil. Com isso, os estrangeiros que vêm a turismo para essa região ficam surpreendidos ao encontrar ali metrópoles imensas, com tudo que há em cidades de grande porte, sobretudo, milhões de não indígenas que ali vivem, em meio às turbulências de uma grande área urbana.

Fosse a Amazônia apenas uma grande e inexplorada floresta, sem a presença de outros brasileiros que ali nasceram, por certo, essa região tão rica e variada estaria nas mãos desses novíssimos defensores da natureza, descartando essa parte do país do restante e impondo sobre ela uma soberania estrangeira de fato, com regras próprias, e exigindo passaporte aos cidadãos brasileiros que desejassem visitar esse santuário natural.

O que tem impedido o avanço dessas forças alienígenas sobre essa área é justamente a presença, in loco, de milhões de brasileiros, que ali vivem com suas famílias há várias gerações. O que temos nessa questão de soberania sobre a Amazônia é dada pela população urbana que lá está e não pela presença de autóctones, erroneamente chamados de indígenas. A defesa dessa imensa porção de terras é feita por brasileiros, fardados ou não, e que ali estão em nome do restante da população.

Temos muito que investir nessa parte do Brasil, levando o progresso que se vê no Sul e Sudeste para a região. De acordo com um dos últimos dados do Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M), elaborado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), os estados da Região Amazônica têm os mais baixos níveis de qualidade de vida de todo o país.

A questão é curiosa já que se trata de uma região onde estão concentradas as maiores fontes de recursos naturais de todo o Brasil. Recursos abundantes como água, minérios diversos, madeira, produtos extrativos, ouro, nióbio, terras raras e diversos outros bens naturais de grande valor comercial em nada têm contribuído para fazer, das populações locais, cidadãos com uma razoável qualidade de vida. Pelo contrário: quanto mais essas regiões são exploradas e exauridas de seus bens, mais a população se vê na condição de pobreza e de esquecimento.

A questão central que pode explicar, em parte, essa contradição na qual brasileiros em situação de miséria caminham sobre as maiores riquezas naturais do país, pode ser entendida muito além do chamado determinismo geográfico, que coloca populações em regiões distantes do poder central, às margens do desenvolvimento. É fato que, por séculos, a Região Amazônica vem sendo deixada de lado por todos os governos, não apenas da esfera federal, mas, inclusive, pela maioria dos próprios governos locais.

Segundo o Fundo das Nações Unidas pra a Infância (Unicef), a Região Amazônica, onde vivem cerca de 9 milhões de crianças, é um dos piores lugares de todo o continente para a infância. Mato Grosso, Tocantins, Maranhão, Roraima, Rondônia, Amazonas, Pará, Amapá e Acre, estados que formam a grande Amazônia Legal, possuem praticamente os mesmos índices de desenvolvimento humano, carecendo de moradias, sistema de educação e saúde regular, saneamento, atendimento adequado aos direitos das crianças. Nessas regiões, a existência do trabalho infantil é uma constante em grande parte dos municípios. Esses brasileiros do Norte, deixados à própria sorte por séculos, sabem que agora o mundo todo está de olho da Amazônia, não exatamente em sua população, que continua explorada por nacionais e estrangeiros, mas em suas abundantes riquezas.

Sínodo e o caminho do meio

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Foto: HENRY ROMERO / Reuters/19-1-2018

 

Falar em caminho do meio para radicais soa como uma afronta. A recomendação, de muito bom senso, vem do budismo: uma religião filosófica, cujo entendimento ainda está muito além do que pode ser captado por nossas autoridades, seculares e religiosas.

Em tempos de radicalismo, induzido pela amarga experiência vivida pelos brasileiros, ao longo de mais de uma década, colocados sob o jugo de uma esquerda irresponsável e cleptocrata, é fácil entender a oposição do atual governo a uma Igreja Católica, historicamente aliada do petismo, quando o assunto é soberania da Amazônia. Para o governo, cuja a orientação e influências militares são visíveis, a realização do Sínodo da Amazônia, sob a liderança de uma ala da igreja ligada às teses do Conselho Indigenista Missionário, da Pastoral da Terra e outras vertentes abduzidas estrategicamente pelas esquerdas, é uma ameaça à soberania da região amazônica e uma porta aberta à internacionalização daquela vasta área. Nesse pseudo antagonismo, é possível afirmar que tanto o governo como a igreja possuem razão no assunto.

Um olhar distante e isento sobre as cabeças desses dois importantes protagonistas sobre o futuro da Amazônia, uma resposta salta de imediato à frente de todos: ambos, igreja e militares, possuem não só responsabilidades sobre o que pode acontecer naquela parte do Brasil, como devem atuar juntos para potencializar a resolução dos vários e sérios problemas locais. Visto de longe, é possível detectar que militares e religiosos possuem mais pontos em comum sobre essa questão do que dissensões. O problema é: como contornar um assunto quando se enxerga o problema sob o ponto de vista extremado?

Os militares precisam entender que muito antes da chegada de uma força armada nacional naquela região com a missão de salvaguardar aquele território, a igreja Católica, na forma de padres catequistas, já adentrava aquelas matas, cumprindo missões de fé determinadas pelo alto clero. A construção de fortificações naquelas remotas áreas foram obras do governo português e, portanto, se inserem no quadro do Brasil Colônia.

Dessas fortificações, surgiram cidades como Macapá, São Luís, Belém, Manaus. A presença de militares brasileiros naquelas paragens data apenas do início do século XX com o Marechal Cândido Rondon. Somente algumas décadas depois é que o governo militar, instalado em 1964, viria a se preocupar em desenvolver alguns projetos para a região. Portanto, em se tratando de interação e conhecimento da região, a Igreja leva uma certa vantagem temporal, pois permaneceu naquelas matas ininterruptamente desde meados do século XVI.

Mas foram os militares da Escola Superior de Guerra que, no tempo do Governo JK, realizaram aquela que foi a obra mais importante para manter a soberania do Brasil sobre a Amazônia: a rodovia Belém-Brasília, de 1961. Em 1966 os militares criaram a Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam). O lema era: “integrar para não entregar”. Mesmo a criação de Brasília, por JK, reforçaria o interesse sobre a Amazônia.

A Transamazônica (BR 230), inaugurada em 1972, marcaria também o interesse dos militares sobre a região. O problema é que a noção de ocupação rápida daquela localidade, com a concessão de vantajosos incentivos fiscais, deu início também a degradação acentuada daquelas áreas, desmatamento, doenças levadas pelos brancos às aldeias, hidroelétricas em áreas sensíveis e outros desastres provocados pela total falta de planejamento e conhecimento do equilíbrio delicado da região.

Foi apenas em 1985, já no final do ciclo militar, que a Amazônia passou a fazer parte das prioridades de defesa nacional, com o Programa Calha Norte (PCN). A desconfiança mútua deve ceder lugar para a colaboração e troca de informações e de projetos comuns para a Amazônia, que pertence igualmente a brasileiros de farda e de batina.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“O futuro da Amazônia, realidade viva e não de museu, está nas nossas mãos.”

Papa Francisco

 

 

Obdachlos

Em maio do ano que vem, os ocupantes da Embaixada Brasileira em Berlim, na Wallstrasse 57, estarão sem teto. Isso se o nosso governo não correr com as providências. O atual aluguel da embaixada brasileira em Berlim é de 200 mil euros mensais e mais 7.500 euros para a manutenção. O prédio, construído no ano 2000, onde o corpo diplomático brasileiro ocupa os 7 andares há décadas, acabou de ser comprado pela China. Com a reciprocidade em mente, sondou-se a possibilidade de receber como doação um terreno para a construção da nova embaixada em Berlim. A resposta já chegou: um sonoro não.

Foto: facebook.com/brasemb.berlim

 

 

Experiência

Uma das maiores vantagens dos carros elétricos, além da energia limpa, seria a falta de barulho. Andam pelas pistas como os flocos de neve caem no inverno: em silêncio. Por falta de segurança, já trataram de instalar um barulho nos veículos para que se façam presentes.

Foto: Renato Alves / Agência Brasília

 

 

Ibram

Por falar em barulho de veículos, as reclamações de moradores nas áreas de restaurantes e lanchonetes que fazem entrega aumentam a cada dia. Os motoqueiros modificam o escapamento e os insuportáveis decibéis incomodam madrugada a dentro.

 

 

Enigma

Não é segredo, mas poucos sabem disso. É proibido entrar no Congresso Nacional portando qualquer tipo de bandeira.

Foto: congressonacional.leg.br/visite

 

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

O discurso do sr. Aurélio Viana não transcrevemos. É cheio de verrima, de mágoa sem razão e, sobretudo, ofende aos deputados e ao Senado, quando se refere aos 300 bilhões de déficit no nosso orçamento, se fôssemos seguir as aprovações do Senado. (Publicado em 01/12/1961)

Ecologia, economia e comércio em volta da Amazônia

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Foto: Reuters/Ricardo Moraes/Direitos Reservados

 

Enganam-se as autoridades brasileiras caso acreditem que o governo americano, que parece lhe servir de modelo, fará vistas grossas aos incidentes que vêm ocorrendo na região amazônica. Principalmente com relação à leniência com que o atual governo vem tratando essa questão. Não existe a tão almejada amizade fraterna entre governos, como erradamente sonham alguns dentro e fora do Palácio do Planalto.

O mundo move-se pelo interesse, em nome do qual não hesita fazer a guerra. Prova disso é que assim que retomaram seus trabalhos, os congressistas americanos focaram seus debates sobre os últimos acontecimentos havidos na região amazônica, principalmente na parte brasileira. Tido por muitos políticos daquele país como uma espécie de quintal próprio, a Amazônia vem tomando lugar entre as preocupações de americanos e de europeus, receosos que de essa região venha, conforme advertem os cientistas, entrar num processo irreversível de destruição, com sérios prejuízos para todo o planeta.

A bancada democrática americana vem pressionando para que o governo adote uma postura mais dura com relação aos produtos brasileiros, sugerindo, inclusive, que se adote uma proibição às importações de determinados itens. A punição se estenderia também aos acordos de livre comércio. Entre os itens que poderiam sofrer restrições estão o petróleo, o milho, o papel, o tabaco, o açúcar, a madeira, o couro, a soja e a carne, ou seja os principais produtos da pauta de exportação brasileira destinados para aquele país.

Do desmatamento que segue sem restrições, inclusive impulsionado pelo mercado chinês, as preocupações se estenderam às queimadas descontroladas que varrem parte significativa do bioma da região. Curioso notar que esses embargos poderiam englobar também a assistência militar, assunto de grande interesse para o governo brasileiro.

Durante os debates que se seguiram, foi aberta ainda uma oportunidade para que a pesquisadora brasileira do Peterson Institute for International Economics e diretora do Programa de Estudos Latino Americanos da Johns Hopkins University, Monica De Bolle, apresentasse sua visão sobre a questão amazônica. Em sua avaliação, o governo brasileiro precisa entender que o comércio no século XXI exige uma estreita simbiose entre ecologia, economia, principalmente na área comercial. “sob Bolsonaro e sua guerra ideológica contra o clima e o ambientalismo, muitos predadores passaram a se sentir confortáveis em depredar a Amazônia”, afirmou a pesquisadora, para quem é preciso que o governo reveja, o mais urgente possível, o desmonte das regulações e das agências ambientais como o Ibama e o Inpe.

Bolle criticou também a atuação do governo Trump em não aderir, de forma racional, à agenda ambientalista. “O fogo na Amazônia não é só uma tragédia, mas também uma oportunidade para que os governos do Brasil e dos Estados Unidos parem de negar as mudanças climáticas e passem a cooperar em estratégias para preservar a floresta e o meio ambiente” afirmou.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Aos amigos, tudo. Aos inimigos, a força da lei.

Mas quem são mesmo os amigos e os inimigos? ”

Alguém na Praça dos Três Poderes, bastante confuso.

Foto: EBC

 

 

Cuidados

Não é só por causa da seca que a conjuntivite aumenta. Uma vistoria nas grandes clínicas dos olhos em Brasília seria interessante. De um paciente para o outro, o que se passa nos equipamentos é um papel seco. Nada mais.

Foto: hojeemdia.com

 

 

Anjos inocentes

Fica, em Samambaia Norte, a instituição Santos Inocentes. Na QR 425, Conj. 5. Essa casa, além de rejeitar o aborto, recebe as adolescentes e mulheres que resolveram manter a vida da criança, apesar das dificuldades. Esse é um bom lugar para se investir. Veja como no link Como colaborar.

 

 

Receitas

Quase um terço de todos os alimentos que produzimos, 1,3 bilhão de toneladas por ano, é perdido ou desperdiçado. A informação é da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO). Veja, no link Sete receitas com cascas e bagaço de alimentos, as publicações sobre o uso de cascas de alimentos em receitas deliciosas.

Brigadeiro de casca de banana

 

 

História

Escrita por Ari Cunha em 1961, a notinha da história de Brasília de hoje comenta sobre as aves da região nos primeiros anos da cidade. Ontem, foi publicada uma matéria no El Pais com a informação de que a metade das aves mais comuns da Europa e da América do Norte desapareceram. Os estudos dizem que, nos últimos 50 anos, há três bilhões de pássaros a menos.

 

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

O Lago está bonito. Está na cota mil, e cheio de garças. A nossa Lagoa do Jaburu, também. Vou pedir ao Anapolino para me mandar duas sacas de arroz em semente, para plantar lá, e conservar as aves que poderão desaparecer. (Publicado em 30/11/1961)

Amazônia, uma filha maltratada

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Foto: BBC

Soberania, com o sentido de domínio inconteste e irrenunciável sobre um determinado bem, um mantra tão caro as alas militares de todo o planeta ao longo da história, parece possuir, no mundo atual, que se pretende globalizado, uma outra semântica. Essa significância mais diluída e imprecisa, obviamente, põe de cabelos em pé todos aqueles grupos que acreditam que esse domínio e posse, antes de quaisquer outros sentidos, representa uma carta branca de alforria para, inclusive, pulverizar esse bem , transformando-o em cinzas.

Numa analogia mais aproximada, seria como se um pai, por sua autoridade de progenitor, possuísse também o direito de vida e morte sobre seu filho (ou a mãe, mas aí já é outra história). Não só para o mundo moderno, mas em todo o tempo e lugar, o sentido de domínio sempre foi imposto pelo poderio da força bélica. Ocorre que na atualidade essa posse também passou a ser encarada pela noção de responsabilidade e respeito por esse bem.

Da posse pelo uso, do passado, passou-se agora a posse pelo zelo. Dono, repetia o filósofo de Mondubim, é quem cuida, assim como pai é quem cria. A diluição de fronteiras, a conhecida escassez progressiva e alarmante de recursos naturais e sobretudo os efeitos indiscutíveis das mudanças climáticas, colocam a grande região amazônica no centro das atenções mundiais pelas mais diversas razões. Algumas coerentes e outras estratégicas, decorrentes das presentes e urgentes necessidades da espécie humana.

Com isso, o que se quer clarear aqui, é sobre a necessidade de o Estado brasileiro passar a ver aquela região, sempre deixada à margem, com um novo olhar, assumindo uma responsabilidade para além da retórica da força, considerando aquela metade do país, como um centro de atenção e cuidados permanentes. Para tanto, é preciso abandonar o passado extrativista, primitivo e predador, adotando agora uma moderna estratégia que possa, inclusive, servir de parâmetro para o restante do planeta.

Foi preciso que mundo desse um puxão de orelhas no novo governo para que ele se conscientizasse de que esse problema histórico do abandono a que sempre foi relegada aquela região, havia chegado ao limite do tolerável. Claro que essa situação atual resulta de um passado sistemático de descaso e desatenção, não só por parte do governo federal, mas sobretudo por parte das lideranças daquela região, tradicionalmente preocupadas mais em enriquecer a si a aos seus em detrimento da floresta e de seus habitantes. Pelo volume que tomou essa questão, é que os problemas da região amazônica, por complexidade e grandeza, representam hoje o maior desafio da atualidade para o país. Bravatas e outros gritos de guerra roucos, de nada adiantam. Dizer aos vizinhos que o filho é seu e você o castiga o quanto quer, pode ter um preço impagável.

Uma espécie de conselho tutelar do mundo se formou e pode deitar sua mão pesada sobre Estados irresponsáveis, como é hoje o nosso caso.

A frase que foi pronunciada:

Estamos nos afogando em informações, enquanto ansiamos por sabedoria. A partir de agora, o mundo será dirigido por sintetizadores, pessoas capazes de reunir as informações certas no momento certo, pensar criticamente sobre elas e fazer escolhas importantes com sabedoria.

Edward Osborne Wilson, entomologista norte americano e biólogo

Educação

Embrapa cria uma cartilha “Três famílias e o fogo – um encontro no Cerrado” onde a comunidade começa a aprender sobre as estratégias com o fogo para combater o próprio fogo, além de outras técnicas para o manejo de áreas. Alunos do quinto ano da Escola Classe 111 Sul foram os primeiros a receber a cartilha durante visita do grupo à Embrapa Cerrados.

 

Calor

Brasília alcançou os 34ºC, sendo o mais alto grau da história da cidade. A umidade parece menor que os 13% apontados pelos ponteiros. Onde estão as cigarras que em setembro chamavam as chuvas?

Charge: Pelicano

Boicote

Para denunciar o preço abusivo cobrado pelos postos de gasolina estão usando também o e-mail  151@procon.df.gov.br . Entende-se que mais de R$4,22 é valor acima do normal. A tecnologia ajuda no boicote aos altos preços.

foto: Rafaela Gonçalves/Esp. CB/D.A Press

Dilma

Espetacular a entrevista da ex-presidenta Dilma dada ao Juca Kfouri. Ela fala muito bem quando está entre 4 paredes. 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

E por falar nisto, doutor, seja contra a eleição para vereadores em Brasília. Mesmo que o senhor se desgaste, seja contra. Estão fazendo horrores, em matéria de política, nas cidades satélites. Parece São João Del Rey na campanha eleitoral. (Publicado em 30/11/1961)

Pós-verdade

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Foto: g1.globo.com

 

Quando um governo apela às emoções e às crenças pessoais da opinião pública, deixando de lado os fatos objetivos e a própria realidade em si, a verdade, obviamente, fica relegada a um plano secundário, como que escondida entre a fumaça e as cinzas que ninguém vê, ou dá a importância devida. Nesse caso, o que se tem é uma pós-verdade que, como mágica ou truque, oculta o que interessa. Os fatos deixam de ser um sujeito concreto e em seu lugar se elegem versões que melhor cabem na retórica dos governantes.

Esse tem sido, não só no Brasil, mas em grande parte das democracias ocidentais, o mecanismo usado pelos políticos para convencer a sociedade sobre as altas razões de Estado. Quando o presidente Jair Bolsonaro fala em pátria acima de todos, está, de antemão, justificando essas razões de Estado, a qual o cidadão, sequer, pode arguir.

No caso emblemático das queimadas na Região Amazônica, as primeiras versões do governo não foram, naturalmente, o que a população estava esperando, que seria o anúncio de um conjunto de providências emergenciais que seria adotado para resolver ou minorar o problema. Em seu lugar, o governo adotou um discurso raso do tipo nacionalista, afirmando que os cientistas do Inpe falsificavam e exageravam na divulgação dos incêndios que se alastravam. Em seguida, ainda sem tomar qualquer providência prática, resolveu, mais uma vez, recorrer a sua própria versão de que as ONGs estariam por detrás desses fatos, incendiando a região, já que teriam perdido recursos.

Quando a situação começou a chamar a atenção de todo mundo, dado o poder de divulgação de imagens de satélites e de outras tecnologias, novamente o presidente recorreu a pós-verdade, acusando os países europeus de planejarem uma ardilosa internacionalização da Amazônia. Até aquele momento, não havia, por parte do governo, nenhum anúncio sobre o tamanho do estrago, nem, tampouco, que medidas estavam sendo tomadas para o problema ser atacado de frente.

À medida em que a selva ardia, impulsionada pelo período de seca na região, as versões sobre a tragédia se sucediam por meio de bravatas do tipo “a Amazônia é dos brasileiros”. Somente quando a situação chegou ao seu auge, ameaçando o carro-chefe da economia nacional, representado pelo agronegócio que, por acaso, é também um dos pilares de apoio do próprio presidente, é que providências superficiais começaram a ser tomadas.

No cipoal de versões e bravatas desferidas, de modo impensadas pelo presidente, sobrou até para a primeira dama francesa, tratada de forma primitiva pelo governo e por seus apoiadores diretos. Durante todo o tempo do sinistro, o que prevaleceu foi a pós-verdade que deixava o incêndio de lado, enquanto apelava para a emoção da opinião pública, com incentivos a um nacionalismo e ufanismo fora de contexto.

De fato, não fosse a grande repercussão internacional com ameaças ao projeto do acordo Mercosul e União Europeia, possivelmente o problema e o fato em si passariam em brancas nuvens ou brancas cinzas.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Declarações de especialistas em Amazônia, como o general Heleno, demonstram que o formato definido na decisão do Supremo Tribunal Federal, no último dia 18 de março de 2009, em manter a demarcação em faixa contínua da reserva Raposa Serra do Sol, evidencia a vulnerabilidade do Brasil, diante de interesses externos, embora, tenho a absoluta certeza, o julgamento não tenha tido esse propósito.”

Zelite Andrade Carneiro, juíza

Foto: Vista aérea da Reserva Raposa Serra do Sol. Em 23/05/2008. (FAB/CCOM )

 

Burle Marx

Ministério da Cidadania, Iphan e Senado Federal apresentam A revolução do paisagismo, o legado de Burle Marx. O ciclo de palestras será no auditório do Interlegis, no Senado, no dia 29, quinta-feira, a partir das 13h30. Inscrições pelo e-mail senadoverde@senado.leg.br. Veja mais detalhes sobre o assunto no cartaz a seguir.

 

 

Simples assim

Ontem, no cafezinho da Câmara, o comentário era sobre a coincidência entre a sinceridade do general Figueiredo e Bolsonaro. Com um ponto favorável ao atual presidente. Bolsonaro sabe usar a mídia quando quem está por trás das câmeras são seus apoiadores. Portanto, se evitasse a mídia convencional e gravasse um programa sempre que precisasse esclarecer algum problema faria muito menos estrago como chefe da nação.

Foto: Marcos Corrêa/Planalto – 25.jul.2019

 

 

Retrato do NE

Na 5ª edição do ParlaNordeste houve a criação do Conselho dos idosos e a elaboração da Carta de Aracaju, que reuniu os problemas enfrentados pela região. O documento foi encaminhado aos presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal.

 

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Imediatamente o ônibus parou, o motorista e os passageiros socorreram os feridos, quando, a seguir, chega uma Rural da Polícia, chapa branca 2818, e seus ocupantes se negaram a transportar os feridos. (Publicado em 29/11/1961)