Categoria: ÍNTEGRA
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com Mamfil e Circe Cunha
De frente para o espelho e de costas para a população. Essa continua ser a posição política perseguida com afinco pela maioria dos nossos parlamentares. Desde sempre, a sociedade tem apontado como prioridade máxima, dentro do universo de transformações de que o país necessita, a reforma política. Por esse motivo foi alcunhada de mãe de todas as reformas. O senador Fernando Collor delineou propostas interessantes sobre o assunto. Depois da caça aos marajás, a reforma política seria um tema interessante para o senador defender. Mesmo assim, por mais que se esforce, o parlamento não se move na mesma direção dos anseios populares.
Somente a partir da elaboração de um texto definitivo de reforma política, que atenda aos interesses da nação, será possível se pensar em partir para outras propostas de mudanças que resgatem o país da sua mais severa crise. E é aí que mora o perigo. O texto que avança, agora a passos largos, na Câmara dos Deputados, não só não vem de encontro dos reclamos da população, mas em muitos pontos demonstram o total desprezo e alienação de parte significativa dos legisladores sobre o que ocorre além-muros.
Na verdade, o texto que está sendo preparado a toque de caixa nas comissões, se enquadra muito mais na estratégia pensada para pôr a salvo centenas de cabeças coroadas que estão na mira da Justiça, anistiando uns e soerguendo outros para dentro da blindagem obtida nas urnas. A intenção é aprovar uma meia-sola até a data-limite de 7 de outubro próximo, para que o pacote todo tenha validade nas eleições de 2018.
Obviamente, propostas como o Distritão, ou mesmo o voto distrital misto, previsto para 2022, não são do interesse do eleitor que almeja apenas o voto distrital puro, no qual os eleitos são bem conhecidos da população e, com ela, mantém laços estreitos por serviços relevantes prestados. Para contornar a norma que determinou o fim do financiamento privado os políticos encontraram no chamado Fundão a cura para a ressaca com a perda do dinheiro fácil dos empresários amigos.
Chamada de Fundo Especial de Financiamento da Democracia, a medida prevê a destinação de nada menos do que R$ 3,6 bilhões do orçamento para bancar as despesas das campanhas bilionárias. O Fundão, por pretender arrancar do eleitor/contribuinte recursos que não possui, nasce sob o signo da maldição popular, e pode, a qualquer momento, desencadear reações imprevistas e indigestas na forma de manifestações virulentas pela insensibilidade com que nossos políticos enxergam a crise medonha.
O que o eleitor almeja, além de campanhas baratas, feitas pelo esforço sincero e próprio dos partidos, são legendas que abracem, como verdadeiras bandeiras, a defesa das necessidades básicas da população, e não o interesse mesquinho de meia dúzia de caciques, que fazem da política meio para enriquecimento rápido e fácil. O que a população deseja não aparece nas propostas em discussão, o que faz dessa reforma apenas um remendo para um tecido esgarçado e puído que não tem mais jeito de ser remendado. A reforma política que a nação aguarda com ansiedade, definitivamente, não é essa.
A frase que foi pronunciada
“Um voto é como um rifle: sua utilidade depende do caráter de quem usa”.
Theodore Roosevelt, 26º presidente dos Estados Unidos de 1901 a 1909
Celina
Nosso abraço afetuoso no amigo Celso Kaufman. Celina deixa a comunidade artística desolada. Além das instituições de caridade que ajudava, os artistas de Brasília recebiam o apoio, estímulo e o compartilhamento de um conhecimento vasto em arte. Fica o vazio, mas a lembrança da doçura e da amizade firme na alma.
Cariocas
Pode parecer romantismo, mas a atitude dos cariocas resume bem o clima da cidade. Ao ser hostilizado, o árabe que tem uma banca de salgados improvisada recebeu a proteção dos moradores de Copacabana. Protegeram o refugiado com a placa: “Não queremos guerra, queremos esfirras!” É coerente para um país crescido com a força da imigração.
Consideração
Se você é pioneiro, certamente já recebeu uma ligação do amigo Geraldo Vasconcelos. Prepare-se para retribuir anotando na sua agenda. O aniversário dele é em Novembro, dia 18.
Calma
Provocação ao governador Rollemberg não deve ter resposta. Começam as reclamações pelos megashows em Brasília. Tudo o que os contribuintes querem é ver a verba dos impostos bem usada. Só garantido o pão, deverá ser liberado o circo.
Pioneiros
Por falar em verbas, enfim, a comunidade do Gama pode comemorar. A Avenida dos Pioneiros receberá pavimento depois de décadas. Os recursos são do Banco do Brasil e a obra está orçada em pouco mais de R$ 3 milhões.
Nadar
Até 23 de agosto estarão abertas as inscrições para o 25h Nadando. É a 24ª edição do evento. No Centro Olímpico da UnB ou na 504 Sul, unidade do Sesc, garanta sua vaga. Mais importante que competir é estar presente.
História de Brasília
O subprefeito da Cidade Livre encontrou e fechou dois matadouros clandestinos de porcos. As condições de higiene eram de tal forma precárias que ameaçavam a saúde da vizinhança. (Publicada em 3/10/1961)
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Na terça-feira, o assassinato brutal da servidora Maria Vanessa, 55 anos, na SQN 408, trouxe, mais uma vez, à tona a questão da insegurança nas quadras residenciais do Plano Piloto. Nesse caso específico, o crime aguardava apenas a hora e os sujeitos para acontecer. Em situações idênticas, com tantos fatores concorrendo para o desfecho do fato, espera-se apenas saber quem vai ser a próxima vítima.
Da mesma forma, permanecendo as mesmas condições, outros crimes de igual impacto virão a qualquer momento. Enquanto as autoridades continuarem surdas aos insistentes apelos feitos diuturnamente pelos moradores daquela quadra, novos episódios de violência ocorrerão. Enquanto não forem adotadas medidas urgentes para deter o consumo e a venda desenfreada de drogas naquela região, rotineiramente denunciados pelos moradores, não haverá sossego nem paz.
Muitos moradores confessam que, quando a noite cai, o pavor de sair do apartamento para dar uma volta pela quadra é tamanho que o melhor é ficar dentro de casa. Nas madrugadas, as discussões e brigas violentas se repetem. Para os moradores, ficou a certeza de que não adianta acionar a polícia. Ela quase nunca aparece, uma vez que apelos semelhantes são feitos a cada minuto por moradores desesperados, principalmente aqueles que habitam nas cercanias de bares e biroscas.
Amedrontados e presos dentro de casa, os moradores daquela quadra assistem, desanimados, à transformação do endereço em um lugar perigoso para si e sua família. Uma das consequências desse abandono e insegurança é que os imóveis têm perdido a cada dia o valor de venda. Transformada em lugar seguro para o consumo de drogas, de sexo, de bebedeira, além de ser usada como banheiro público, a SQN 408, que, no passado, era um endereço tranquilo, próxima à Universidade de Brasília e, por isso mesmo, escolhida como morada por diversos estudantes, foi transformada no que é hoje: manchete de caso policial.
A região, como outras da cidade, ilhadas por bares e botecos de gosto e frequentadores duvidosos, caminha para se tornar mais um lugar onde a violência e o abandono estabeleceram morada fixa. Pior, com a anuência das autoridades. Solução para esse caso específico há. As autoridades e os moradores sabem muito bem o que fazer. Infelizmente, as providências corretas ainda não foram adotadas porque tragédia semelhante ainda não ocorreu com algum figurão da República. Mas ocorrerá. Não tenham dúvidas
A frase que foi pronunciada:
“Como a luz numa masmorra faz visível todo o seu horror, assim a sabedoria manifesta ao homem todos os defeitos e imperfeições da sua natureza.”
Marques de Maricá
Cientista
» Um braço da USP se estende até Montenegro, a 250 km de Rondônia. O infectologista Luís Marcelo Aranha Camargo foi o precursor dos estudos e obteve o apoio da universidade para instalar o Instituto de Ciências Biomédicas (ICB5) para realizar atendimentos e pesquisas sobre doenças tropicais.
Ação
» Partiu do senador Ricardo Ferraço um requerimento que pede voto de censura ao presidente do país, Nicolás Maduro. A democracia deve ser respeitada conforme tratados internacionais dos quais o Brasil é signatário.
Saída
» Multiplicam-se as clínicas médicas por todas as regiões administrativas, com preços mais acessíveis. Razão: a falta de atendimento nos hospitais públicos.
Cenário (ainda)
» Em pauta, o desemprego. Debaixo de um bloco, três rapazes conversavam. Um, formado em administração, só conseguiu lugar como corretor de imóveis. Outro, formado em marketing, trabalha em uma gráfica. O caçula da turma fala três idiomas, é formado em relações internacionais, está sem emprego e estuda para concurso.
Unanimidade
» Aprovado o projeto do senador Cássio Cunha Lima que permite a penalização de juízes que violem direitos ou prerrogativas de advogados. Para Jacques Veloso de Melo, a aprovação da proposta na Comissão de Constituição e Justiça do Senado (CCJ) “garantirá ao profissional da advocacia que o exercício da defesa do direito seja respeitado e realizado com todos recursos e instrumentos garantidos em lei”.
Para os gênios!
» Da Amazônia à Mata Atlântica, passando pelo cerrado, são inúmeras as oportunidades para tecnologias digitais que podem revolucionar o campo. Se você é estudante e gosta de desafios, conheça os temas do Hackathon Acadêmico Embrapa 2017. As inscrições estão abertas e os eventos acontecem simultaneamente em seis cidades brasileiras. Monte seu time e participe!
Exibição
» Novamente a calourada da UnB com consequências indesejáveis. Desta vez foi em um bar entre a 408/409 Norte, quando um rapaz resolveu subir em um semáforo e depois do exibicionismo despencou. A cena foi gravada. A garotada gritava: Cai, cai, cai. Foi o que aconteceu.
História de Brasília
Na Superquadra 208 Sul, a administração fez calçadas, para que, nas próximas chuvas, os moradores estejam resguardados da lama. Mas não adiantou nada, porque os próprios moradores estão destruindo essas calçadas, passando carros por cima. (Publicada em 3/10/1961)
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Dias atrás, numa escola classe do Varjão, o professor começou a aula escrevendo em letras maiúsculas num canto da lousa, FTVD. Os alunos automaticamente trataram de copiar no caderno aquelas iniciais misteriosas. Terminada a aula, uma aluna questionou a presença daquelas iniciais que pareciam não se encaixar muito bem no assunto ministrado em sala. O professor explicou, então, que, invariavelmente, iniciava suas aulas escrevendo aquelas letras num canto do quadro e que elas significavam apenas “Fora Temer, Volta Dilma”.
A turma caiu na risada e a história, aparentemente simplória acabaria aqui, não fossem por outras questões paralelas aí embutidas. Repercutem ainda, nos meios educacionais e na sociedade em geral, as propostas que visam estabelecer a chamada Escola Sem Partido. A ideia, cujo o DNA é desconhecido, ganhou força e vida tão logo ficaram patentes para todo o mundo as reais intenções dos governos petistas de aparelhar o Estado e transformá-lo em veículo para suas pretensões ilimitadas de poder.
O aparelhamento do sindicato dos professores, de um modo geral, marcou a ponta de lança, que passou a irradiar, para dentro das salas de aula, as teses de um socialismo do tipo caboclo, sem bases científicas ou teóricas sólidas, mas que ambicionava, a qualquer preço, introduzir no ambiente acadêmico e, principalmente, nas mentes em formação, o longo processo de doutrinação necessário para a propagação do ideário trazido pelo Fórum de São Paulo e pelo Bolivarianismo do século 21.
Na verdade, o que as viúvas e os órfãos do lulopetismo temem é que, nas discussões políticas feitas nas escolas públicas, o partidarismo e o falso apelo ideológico fiquem de fora dos debates, com a discussão do assunto sendo feita de modo puramente pedagógico, sem o falso brilhante das paixões irracionais. O maniqueísmo criado artificialmente para separar esquerda e direita, absolvendo uma e condenando a outra é o que se buscou desde o início, como estratégia para introduzir o ambiente de divisão, necessário para o processo inicial revolucionário.
A tragédia, em todos os seus aspectos, experimentada hoje pela Venezuela, expõe, como nenhum outro argumento, o exato sentido do que vem a ser a imposição de um ideário fantasioso e claramente fascista, antecipando e colocando ao vivo e a cores como seria o Brasil de amanhã, caso a nação aceitasse enveredar pelos mesmos e tortuosos caminhos do socialismo do tipo latino-americano.
Essa realidade ganha ainda maior materialidade e sentido à medida que se verifica o total apoio dado pelos partidos de esquerda do Brasil à ditadura mambembe e criminosa de Nicolas Maduro. O que se teme com a proposta de escolas sem partidos é que esses ambientes venham a ser apenas um lugar de ideias, discussões, uso da liberdade de expressão. Uma classe sem fórmulas preconcebidas, muito menos sem fórmulas comprovadamente ineficazes e infelizes.
A frase que foi pronunciada:
“Diga não à doutrinação!”
escolasempartido.org
Park Way
» Houve uma manifestação na reunião do grupo Pensar com os moradores do Park Way que vale replicar: “O Park Way está sendo espoliado pela nossa classe política. Os moradores vão perder a qualidade de vida, os recursos hídricos e a paz. Mas nós não descansaremos. Continuaremos correndo atrás dos políticos que estão arrancando as nossas penas esperando o dia em que vierem nos pedir um bocado de milho, nas eleições. A corrupção começa com os inocentes úteis e interesseiros gananciosos”.
Pela raiz
» A violência está se espalhando pelos quatro cantos de Brasília. É preciso compartilhar o telefone com os vizinhos para a prevenção pelo WhatsApp. Em casas, além disso, é preciso que os moradores se cotizem para pagar câmeras e empresas de seguranças. Estamos nas mãos da Secretaria de Segurança Pública. É preciso planejar proativamente para evitar o aumento dos assaltos e mortes. Ainda há tempo.
Qualidade
» Um trio de peso na Comunicação Social do Senado Federal. Ângela Brandão, que era da TV Senado, tem feito um trabalho de grande importância, sempre primando pela interação com a sociedade; Ana Lúcia Romero Novelli é a coordenadora-geral que, com competência, resolve o que parece sem solução, e Ester Monteiro é quem tem o trabalho de administrar o conteúdo.
Caminho
» Durante um evento na AGU, a ministra presidente do STF, Cármen Lúcia, reconheceu a conciliação como a melhor forma de evitar litígios na Justiça e fundamentou: “Todo litígio tem duas partes. Se pensarmos que o país tem 200 milhões de habitantes, não é possível conceber a prestação jurisdicional em tempo razoável como prevê a Constituição”.
História de Brasília
Os funcionários transferidos para Brasília desde a inauguração, em sua maioria, ainda não receberam as duas horas de extraordinário. (Publicada em 3/10/1961)
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Confirmadas as previsões sombrias de que a crise hídrica que assola Brasília e o resto do mundo, por suas dimensões e por diversos outros fatores envolvidos, tende a se intensificar ainda mais, a cada ano, poderemos chegar a vivenciar um tempo em que um quadro do pintor espanhol Pablo Picasso, precioso e cobiçado por muitos, valerá muito menos do que um litro de água fresca e cristalina.
Essa previsão que, à primeira vista, parece surreal, pode ser comprovada, bastando que se observe as inúmeras ruínas de antigas civilizações espalhadas por diversos lugares pelo planeta. Todo o esplendor de algumas dessas culturas desapareceu do dia para noite, quando a escassez de água se impôs, forçando seus habitantes a deixarem tudo para trás e migrarem em busca de outros sítios, onde o precioso mineral ainda existia em quantidade suficiente.
De todas as encruzilhadas deparadas ao longo da história da humanidade, nenhuma parece mais séria e desafiadora do que a presente escassez de água potável. Na capital do país, esse é hoje o maior problema que temos para resolver no presente. Um fato se impõe: somos todos responsáveis, direta e indiretamente, pela crise hídrica. Da mesma forma, temos que assumir que cabe a cada um, individualmente, parcela de esforço para minorar o problema.
Pelos dados fornecidos pela Agência Reguladora de águas, Energia e Saneamento do Distrito Federal (Adasa), nos dois dos principais reservatórios que abastecem a capital — Descoberto e Santa Maria —, os volumes úteis marcam, respectivamente, 32,52% e 41,95%. De acordo com os técnicos, isso indica que o racionamento deve ser mais rigoroso e por tempo ainda mais prolongado. O pior é que essa tendência de baixa nos reservatórios tende a se agravar nos próximos anos. A cada novo ciclo de estação, o volume de chuvas diminui acentuadamente. O mesmo ocorre com a média das temperaturas que tem aumentado ano após ano, agravando o processo de falta de água.
Para piorar esde cenário, o brasiliense, por diversas razões, afirma não confiar no trabalho da Companhia de Água e Esgoto (Caesb), justamente a empresa que tem a responsabilidade de administrar a crise hídrica. A redução significativa de pressão na rede, os rodízios, além do programado e suspensão do fornecimento , a água com a cor de leite dado o excesso de cloro, ou da cor do mel, devido ao barro. Tudo é resolvido sem que a população saiba exatamente o que está acontecendo.
Ligar para o serviço de atendimento é perder tempo. O aparelhamento político da empresa e a falta de sintonia com a população só agravam o problema da pouca água. Contribuindo para o agravamento do problema, o que se verifica é que a capital está completamente cercada por gigantescos latifúndios, totalmente mecanizados, onde se pratica um tipo de monocultura nociva e dissociada do equilíbrio ecológico e delicado do cerrado, assoreando rios e córregos, contaminando o solo, transformando o que, outrora, se denominava berço das águas em um vastíssimo e árido deserto. Nesse sentido, qualquer trabalho para minorar a crise hídrica da capital que não atente para o macroproblema do Entorno é como enxugar gelo. Se gelo ainda houver.
A frase que foi pronunciada
“A liberação do poder do átomo mudou tudo, exceto nosso modo de pensar. A solução para esse problema reside no coração da humanidade.”
Albert Einstein, físico teórico alemão
Passado
» Apenas para registrar. Diariamente, em São Paulo, carros-pipa lavam as ruas com jatos d’água. Noticiou-se que mendigos foram expulsos das calçadas por esses jatos. Na verdade, o que o prefeito Doria fez, quando a notícia foi veiculada na imprensa, foi protestar veementemente. Por ser inverdade e porque faltou boa vontade da imprensa para divulgar o Programa Emergencial de Inverno. Trata-se de um abrigo para moradores de rua com 460 lugares, com camas, cobertores, café da manhã e jantar. A Igreja Adventista entrou no circuito e doou kits de higiene pessoal.
Emergência médica
» Marcos Linhares informa a preocupação da presidente do Conselho Regional de Farmácia, drª. Gilcilene Chaer, quanto à falta dos reagentes que apontam a carga viral em pacientes portadores do vírus HIV em pacientes. Segundo a especialista em ciências médicas, o teste é fundamental para o seguimento e prognóstico dos portadores do HIV. Ajuda a prever o quanto a doença está em evolução ou até quanto tempo o indivíduo vai continuar sem doença ativa. Quanto maior a carga viral, mais rápida é a progressão da doença
Release
» O deputado Wellington Luiz convida a todos para participar da audiência pública, que acontecerá às 15h do próximo dia 14, no Plenário da Câmara Legislativa do Distrito Federal, a fim de debater as condições de trabalho e infraestrutura do Sistema Socioeducativo do Distrito Federal, bem como a carência de políticas públicas por parte do governo para a ressocialização de adolescentes infratores submetidos a regime de internação, como determina o Estatuto da Criança e do Adolescentes.
História de Brasília
A questão dos bombeiros no aeroporto será estudada pelas companhias particulares, onde não repercutiu muito bem, a nota da Aeronáutica. A hipótese de que os bombeiros existem só para salvar passageiros não foi bem-aceita, e as empresas estão inclusive dispostas a se aparelharem para novas emergências. (Publicada em 3/10/1961)
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Uma sociedade harmônica é aquela que funciona como relógio, em que cada uma das inúmeras partes que a compõem funcionam a contento, visando concorrer para um objetivo comum que pode ser resumido no binômio equilíbrio e paz social. Nesse sentido e diante do quadro geral de crise que, há anos, experimentamos, é perfeitamente possível identificar, em muitas das instituições que integram o conjunto da sociedade brasileira, a necessidade urgente de ajustes profundos e incisivos em muitos de seus elementos, sendo que, em determinados casos, seria preciso substituir alguns modelos por outros totalmente novos, de modo que o conjunto volte a atender aos objetivos para os quais foram criados.
O Estado existe em função da sociedade e não ao contrário, como nos encontramos na atualidade. Toda a organização obedece a um único propósito: atender às demandas do cidadão contribuinte que, afinal, é o provedor da máquina pública, via impostos, e orquestrador de seu funcionamento, por meio do voto nas eleições.
Qualquer outro motivo que tente submeter o cidadão às chamadas razões do Estado são arbitrárias e ferem os princípios básicos da harmonia e da paz social. A crise econômica, o desemprego, a violência urbana, a corrupção de pessoas e de instituições inteiras, a desigualdade social, a falta de ética, a decadência e o abandono das escolas e dos hospitais públicos e outras mazelas presentes por anos em nossa sociedade têm um ponto e uma origem em comum: o divórcio histórico entre o Estado leviatã e o restante da população.
Um bom exemplo desse descolamento entre Estado e sociedade pode ser aferido se observarmos o receituário pregado pelos seguidos governos para conter a crise e o que de fato entende grande parte da população sobre o que deve ser feito. Para o governo, faz-se necessário aumento de impostos, taxas e contribuições em geral. Para os brasileiros, contudo, esses ajustes só terão sentido e eficácia duradoura se forem feitos cortes nos gastos astronômicos da máquina pública, eliminando despesas desnecessárias, como supersalários, mordomias indecentes e privilégios inexplicáveis, além, é claro, do enxugamento e redução no tamanho do Estado.
Obviamente que essas medidas deveriam ser seguidas de outras como o combate, sem tréguas, à corrupção, com a Justiça agindo em sua plenitude. É entre o receituário justo sugerido pelos brasileiros e o que propõe o governo para manter o status quo que reside o impasse que nos mantém presos num passado de subdesenvolvimento, reféns de lideranças obtusas e sem escrúpulos.
A frase que não foi pronunciada
“Foi-se o tempo em que o trabalho dignificava alguém. Voltamos a ser engrenagens de um sistema perverso.”
Chaplin, tentando inspirar alguém para um filme
Imperdível
» Hoje, às 11h, palestra, no auditório da ADUnB, do cientista Aaron Ciechanover, que recebeu o Nobel de Química, em 2004, com Avram Hershko e Irwin Rose. O evento faz parte das comemorações de 55 anos da universidade.
Carta
» Nossos agradecimentos pelo carinho do leitor José Ribamar Pinheiro Filho, que nos acompanha por longos anos. Em sintonia com a coluna, ele elogia o papa dizendo que, “desde que se tornou líder da Igreja Católica, Francisco vem sendo apontado como um dos pontífices mais populares dos tempos modernos, sendo mais admirado até do que João Paulo II. Acho que os gestos humildes do papa Francisco conseguiram ajudar a imagem da Igreja como não acontecia havia muito tempo”.
Release
» No próximo dia 12, o Instituto Sociocultural Amigos do Bem (Isabem), localizado em Samambaia Sul, receberá uma grande ação de voluntariado do Itaú Social. A mobilização beneficiará cerca de 200 crianças e adolescentes. Oficinas de mediação de leitura e uso consciente do dinheiro, cortes de cabelo, atendimento odontológico e atividades recreativas. Das 9h às 13h, no Instituto Sociocultural Amigos do Bem (Isabem), na QS 106, Conjunto 2, Lote 2, Samambaia Sul (atrás do Superbom).
Viva o Detran!
» Detran é defendido com unhas e dentes pelos comerciantes do Shopping Popular. Cogitar a mudança do departamento para outro local gerou desespero entre os proprietários dos box.
Do Bem
» Quem quiser investir no MovSinfo fará uma boa ação que poderá se estender por todo o DF. Crianças e adolescentes das escolas púbicas de Brasília que fazem parte do projeto estão prontas para alçar voos mais altos pela arte. Vale conhecer. Peça informações pelo telefone 98121.3541
Que vergonha!
» Referência no tratamento de Aids, Brasília passa por uma situação constrangedora. Faltam os reagentes que apontam a carga viral dos pacientes. Os estoques do laboratório central da Secretaria de Saúde não têm o material. Imperícia ou negligência?
História de Brasília
O DCT (agência do Aeroporto) voltou ao seu antigo box, saindo da ala internacional. São acomodações também acanhadas, enquanto, em frente à administração do Aeroporto, há uma área envidraçada sem uso. (Publicada em 3/10/1961)
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O papa tem espírito pop
Instituições globais, como é o caso da Igreja Católica, por sua natureza, por seu gigantismo e principalmente por cuidarem de assuntos e interesses que se situam na fronteira entre o secular e o espiritual, têm por missão terrena ou por sacerdócio caminhar no delicado limbo entre a tradição milenar herdada de seus profetas e teóricos e as mudanças impostas por um mundo em acelerado processo de transformação, superpopuloso e largamente conectado.
Fechar os olhos para as grandes transformações que estão ocorrendo com a humanidade, principalmente no seio das famílias modernas, é perder espaço de atuação e, portanto, fiéis. Nesse sentido, a Igreja Católica buscou, desde sempre e com sabedoria, não embarcar em modismos passageiros do mundo secular e materialista, mantendo, com sabedoria, a mesma filosofia que lhe deu origem e que é baseada, segundo sua pregação, no amor incondicional ao próximo, não importando que vestes ele possa vergar neste mundo.
Ao reafirmar, por meio de seu principal mestre e mentor, que não existe lei ou mandamento maior do que o amor, a Igreja, por meio deste artifício, que é também o grande desejo perseguido por qualquer ser humano, em todo o tempo e em todo o lugar, conseguiu por séculos erguer e manter a imensa catedral de sua doutrina sobre a rocha sólida do amor.
Em boa hora a Igreja soube, nesses tempos de grandes aflições sobre o destino da humanidade, manter o princípio fundamental do amor ao próximo, escolhendo para conduzi-la, na figura do papa Francisco, um sacerdote capaz de ligar as coisas do mundo e do homem ao universo do espírito. É nessa missão de construtor de pontes (pontífice) que Francisco vem surpreendendo a todos a todo momento.
Não há discussões polêmicas e tabus para esse servidor dos céus. Sabedor das agruras diárias da Igreja e dos homens, Francisco, na melhor tradição dos missionários, tem empreendido enorme esforço para manter unido o grande rebanho composto por 18% da população do planeta sob a orientação de sua Igreja. Exemplos desse sacerdócio antenado às aflições e aos desejos humanos da atualidade são demonstrados todos os dias.
Agora mesmo, chega a notícia de que o papa Francisco, em carta enviada a um casal gay de Curitiba, viu com grande apreço a decisão desse casal de batizar seus cinco filhos adotivos na Igreja Católica. “Desejo felicidades, invocando para sua família a abundância das graças divinas, a fim de viverem, constante e fielmente, a condição de cristãos, como bons filhos de Deus e da Igreja. Envio-lhes a bênção apostólica e peço que rezem por mim”, afirmou Francisco, que, como poucos soube manter o que disse o profeta Lucas 11:23: “Quem comigo não ajunta, espalha”.
A frase que foi pronunciada
“O Rio de Janeiro e as outras cidades do país precisam ser ocupadas por professores federais, e não pelas Forças Armadas federais.”
Senador Cristovam Buarque
Futuro
» Opinião convergente entre Marco Antonio Villa e Armando Castelar. A política está se transformando em interesse nacional. A preocupação fica por conta da preferência nacional de quem não tem opinião própria. Esses são os que definem as eleições.
Novidade
» Promete a Agência Nacional de Saúde que, ainda em 2017, haverá a portabilidade de planos. A instituição disponibilizou o assunto para opiniões em consulta pública. A mudança não precisa obedecer aos 120 dias a partir do aniversário do contrato. Poderá ser feita a qualquer momento. A carência também terá alterações.
Informação
» Segundo a Organização Internacional do Trabalho, a pesquisa sobre o inchaço da máquina pública por mil habitantes é a seguinte: Finlândia, 251; Reino Unido, 198; Alemanha, 142; e Brasil, 60. Trata-se apenas dos servidores estáveis.
Consumidor
» Ferramentas de sites comerciais, por meio de algoritmos, estabelecem relações de preferências que traçam um conhecimento científico do comportamento do consumidor. Os dados podem trazer uma reviravolta aos novos métodos de abordagem e convencimento.
Release
» Termina, hoje, o I Fórum de Assédio Moral e Organizacional, organizado pelo TSE. O diretor-geral do Tribunal, Maurício Caldas, falou sobre a importância de se discutir esse assunto, que “tem tomado grande relevância na administração pública e que merece estudo e conhecimento dos gestores para encontrar um caminho de lidar com o assunto e enfrentar os desafios.
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com Circe Cunha e Mamfil
Com a homologação, feita pelo GDF, da licitação que escolheu as empresas que prestarão serviços de vigilância, por cinco anos, em diversos órgãos públicos da capital, algumas questões de viés ético e outras de natureza econômica se impõem de imediato e, portanto, necessitam ser esclarecidas para os contribuintes. A primeira delas diz respeito ao fato de a maioria das empresas pertencer a políticos com assento no Legislativo local. Apenas por esse critério, torna-se, no mínimo, preocupante e estranho que pessoas com influência dentro do Poder Legislativo e, portanto, com trânsito no governo, possuam empresas que atuam na prestação de serviço ao próprio governo.
Tal situação, por sua natureza peculiar, acaba provocando, na cabeça do cidadão comum, um sentimento de desalento com as instituições rendidas a interesses de grupos econômicos poderosos incrustados na máquina pública. Quem se der ao trabalho de ler as muitas manifestações dos leitores e mesmo de ouvi-las nas emissoras de rádio sobre esse assunto percebe que, absolutamente, todos se manifestam não só contrários à medida, mas a consideram inoportuna e lesiva aos cofres públicos.
Obviamente, o Tribunal de Contas, atrelado à Câmara Legislativa, não enxerga questão sob o mesmo prisma, tanto que deu seu aval aos contratos fabulosos. As empresas Brasfort, Confederal e Multiserv, vencedoras da licitação, vão embolsar R$ 305 milhões anualmente ou R$ 1,525 bilhão em cinco anos, apenas para preencher 1.780 postos de trabalho. Uma fábula se comparada com os valores gastos em outras áreas de interesse da população.
O que chama a atenção para o fato é que, ao longo dos anos, o que o público assiste e reclama, com razão, principalmente depois da Lei 11.079/2004, que estabeleceu as PPPs, são as licitações, os pregões públicos, as parcerias público-privadas e as outras modalidades de delegação de serviços que têm tido o condão até agora de melhorar os serviços prestados aos cidadãos, reduzindo os custos da prestação desse trabalho. O que se vê, por todo o país, são ambulâncias e viaturas policiais amontoadas e em processo de sucateamento em pátios superlotados à espera de licitações e outras formas de concessão de serviços necessários para sua manutenção.
Da mesma forma, escolas públicas sem pessoal para a limpeza e para o preparo de alimentos — todas à espera de contratação, via licitação, para essas tarefas corriqueiras. O mesmo se repete nos hospitais da capital, desfalcados de pessoal terceirizado. Para o escorchado contribuinte, o mais correto seria o GDF contratar diretamente esses serviços por meio de concurso público, preenchendo as vagas com pessoal próprio, de acordo com os novos parâmetros da legislação trabalhista, evitando que casos mal explicados como estes continuem a se perpetuar sob um verniz falso da modernidade.
A frase que foi pronunciada
“Quando percebes que a corrupção é recompensada e que a honestidade se torna autossacrifício, então podes afirmar que a tua sociedade está condenada.”
Ayn Rand, escritora e filósofa russo-americana
Calvície
» Tecnologia americana está no Brasil com total aval da Anvisa. Trata-se do robô Artas. Ele realiza o traço e a perfuração precisos, no transplante capilar. “Ele vai agilizar de forma assombrosa a realização das cirurgias e trazer ainda mais resultado”, explica o dermatologista João Carlos Pereira, especialista em transplante capilar pela Associação Brasileira de Cirurgia de Reconstrução Capilar (ABCRC)
Vontade política?
» Por falar em Anvisa, o Brasil precisa usar os impostos para a compra de medicamentos para a cura do câncer. Há uma defasagem nas modernas medicações dispostas no mundo e nos métodos adotados pelo país. Para o câncer de mama, há novidades com menos efeitos colaterais e com resultados animadores. Mas ainda não chegaram ao SUS.
Portal da PGN
» “Programa Especial de Regularização Tributária”, disponível no menu “Benefício Fiscal” do portal da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional. Poderá ser feito pelo devedor principal ou pelo corresponsável constante da inscrição em Dívida Ativa da União. No caso de devedor pessoa jurídica, o requerimento deverá ser formulado pelo responsável perante o Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ). Sem divulgação. O prazo foi encerrado.
Ideias para todos
» Amil Dental faz uma campanha interessante. Disponibiliza, na página da empresa, acesso aos clientes sobre os atendimentos realizados onde os beneficiários podem conferir em um histórico os atendimentos datados e procedimentos realizados. Qualquer discrepância é comunicada pelo usuário, que deve ter todos os comprovantes em mãos.
Dever do Estado
» Em julho, a notícia sobre o Complexo Penitenciário da Papuda, na ala dos mortais, era a pior possível: 2.600 detentos infectados. Agora outra informação: no Gama, na Penitenciária Feminina impetigo, tineas, furunculose, sarna e pitiríase.
História de Brasília
Há, também, diversas sacas de farinha de trigo, e o gorgulho começa a prejudicar o alimento vindo dos Estados Unidos para a Legião Brasileira de Assistência e Casa do Candango. (Publicada em 3/10/1961)
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com Circe Cunha e Mamfil
Falar em arte e cultura num país onde nem o básico para a sobrevivência de muitos brasileiros está disponível soa como alienação, despropósito ou assunto de interesse apenas das elites. O contingenciamento imposto pelos seguidos desgovernos local e federal só tem agravado ainda mais o problema da produção de arte no Brasil. Mesmo os poucos recursos oficiais disponíveis acabam sendo destinados para determinados nichos, de acordo com a vontade e gosto pessoal de cada governo, e nunca chegam onde são necessários e úteis.
Muitas galerias conhecem essa realidade e tratam de eleger artificialmente alguns artistas, inflando suas biografias e o valor de seus trabalhos. O grande mercado de arte, que existe em pequena quantidade aqui e ali no Brasil, não tem alma ou coração e segue o comportamento comum em todo o mundo, tratando a arte como um segmento da economia, no qual o lucro é a peça mais bela e fundamental a ser exposta.
Ainda assim, é possível afirmar que nunca faltou entusiasmo a muitos artistas e realizadores para seguir em frente, principalmente para aqueles que, desde logo, entenderam a arte como o ofício da paixão, em que o dinheiro, sempre escasso, nunca teve força suficiente para interromper o processo de criação. Esse tipo de gente é motivada muito mais pela largueza da imaginação do que pelo vil metal. Movem-se por um ideário que, às vezes, não sabem nem de onde vem.
O fato é que o que o público brasiliense tem apreciado costumeiramente nos principais teatros e galerias da cidade, nesses últimos anos, é sobretudo o resultado do esforço invisível de pessoas abnegadas, chamadas, com justiça, de quixotescas, tamanho é o esforço com que operam entre a realidade e o sonho. Um desses casos que chamam a atenção e que bem exemplifica, pelo volume e pela qualidade de realizações de sucesso, vem do Museu da República.
Dificilmente, um espaço cultural desse porte teria a efervescência que tem se não fosse o trabalho dedicado e a motivação de Wagner Barja. Na exposição aberta agora ao público, intitulada Não Matarás – Em Tempos de Crise é Preciso Estar com os Artistas, impressiona a todos como é possível realizar tanto com tão pouco ou nenhum recurso. A questão aqui é que, enquanto uns poucos fazem regime por conta dos banquetes pantagruélicos que sorvem com os recursos dos contribuintes, outros passam fome, mas, ainda assim, dividem o pouco que têm.
A frase que foi pronunciada
“Temos duas escolhas nesta vida: uma é aceitar as coisas como são; a outra é assumir a responsabilidade de mudá-las.”
Denis Waitley, escritor americano
Pauta
» O Coro Italiano da UnB faz um convite. Quem gosta da boa música italiana tem a chance de ingressar no grupo. Vagas para todas as vozes. Apenas às terças-feiras, até o dia 29, os candidatos serão recebidos para classificar a voz. Soprano, contralto, tenor ou baixo. Os ensaios e as audições serão sempre das 18h às 18h50 , na Sala BT – 240 – ICC Sul ( ao lado do Anfiteatro 10). Adriano Dantas informou que o local é iluminado e com segurança da UnB em ronda.
Busca
» Vai começar a CPI no Senado sobre os últimos 20 anos de atividades do BNDES. O senador Roberto Rocha, autor do pedido, será o relator. O senador João Alberto conduziu, à Presidência, Davi Alcolumbre e, como vice, o senador Sérgio Petecão. As conclusões desse trabalho dirão mais do que o que aparecerá no relatório. Vale acompanhar.
Superavit
» Sobre a CPI da Previdência, o senador Paim disse que os setores do patronato arrecadam por ano em torno de R$ 25 bilhões e não repassam à Previdência o que cabe ao trabalhador. Segundo o senador, isso é crime; apropriação indébita. Bancos, montadoras e grandes empresas devem mais de R$ 500 bilhões à Previdência.
Release
» Conhecer para gostar. A série #MinhaBrasília Entre Asas e Eixos, dirigida e apresentada por Zukko, teve como inspiração um espetáculo homônimo, do Instituto de Dança Juliana Castro (2009), que gentilmente cedeu a utilização da expressão, que agora batiza a série. Ela vai ao ar todas as segundas-feiras, às 11h, no seu canal do YouTube, #minhabrasilia
Pensamento
» Uma nota de apoio ao governo venezuelano foi publicada em 3/4/2017 e atualizada em 19/7/2017 no site do PT. O texto é assinado por Rui Falcão e afirma que a oposição ao governo venezuelano é maioritária no parlamento e justifica as ações do presidente da seguinte forma: “O que existe é uma situação de desobediência do parlamento no que tange a realizar novas eleições para definir três mandatos de deputados, impugnados pela Justiça Eleitoral, por terem comprado votos para se elegerem. Além disso, como o parlamento se recusou a votar determinadas propostas administrativas advindas do Executivo, o Tribunal decidiu sobre o mérito a pedido do governo. Neste aspecto, não há diferenças entre o que ocorre na Venezuela e o que se passa corriqueiramente no Brasil na relação entre o STF e o Congresso Nacional”, diz a nota.
História de Brasília
Dona Tereza Goulart deve saber que o governo americano mandou, há meses, centenas de sacas de fubá de milho, para serem distribuídos nos acampamentos, e até agora a pilha de sacas está mofando no galpão da Catedral de Brasília. (Publicada em 3/10/1961)
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Quando se fala no poder deletério e de longa duração causado pela maior crise econômica e política da história do Brasil de todos os tempos, é pela gravidade do assunto e, note-se, ainda está apenas em seus preâmbulos. O fechamento de lojas, fábricas, postos de trabalho e outros negócios formam apenas a parte visível e sentida pela população deste momento de recessão prolongada. Contudo, é por trás desse cenário de caos material que se avolumam, a cada dia, problemas centrais e ainda mais sérios, cujas soluções vão requerer providências múltiplas, urgentes e permanentes, sob pena de adiarmos, mais uma vez, a saída do país do ciclo perverso do subdesenvolvimento.
No iceberg da crise, a parte sob a linha d’água esconde o problema central e nervoso representado pelo sucateamento de laboratórios de pesquisa, pela fuga de cérebros para outros países, pelo emperramento da ciência e da tecnologia, pelo abandono e decadência das universidades e pela desmotivação dos professores diante da escassez de recursos.
A formação e a preparação de cientistas de ponta requer tempo e recursos abundantes. O mesmo ocorre com as pesquisas em diversas áreas. A maioria necessita de tempo, investimentos em larga escala e outros incentivos contínuos e de longo prazo para que os primeiros resultados comecem a aparecer.
A formação de pesquisadores e cientistas, nas diversas áreas do saber, é perseguida por todos os países do globo com grande interesse e afinco, pois se trata, na visão de muitos, de peça fundamental não só para a produtividade, mas, sobretudo, para alcançar o tão almejado desenvolvimento e bem-estar humano.
Ciência e tecnologia são mais que investimento, são fonte de riqueza. No entanto, o que leva tempo infinito e recursos suados de toda a nação para começar a produzir resultados pode muito bem ser desfeito da noite para o dia, embora isso nunca ocorra sem que diversos alertas tenham sido previamente emitidos a todo momento. Não se conhecem ainda os números exatos de cientistas que, nos últimos tempos, abandonaram os laboratórios das universidades e outros centros de pesquisa por todo o país.
Há quem fale em centenas de cérebros que simplesmente deixaram o Brasil depois de 2014 e foram se estabelecer em países como EUA, Austrália e Estados da União Europeia, em busca de melhores oportunidades e de segurança para as pesquisas, para si e para as famílias.
A maioria desses países oferecem múltiplas vantagens para profissionais altamente especializados e as ofertas de trabalho são realmente tentadoras. Difícil também é mensurar os prejuízos a longo prazo que as fugas de cérebros ocasionarão para o país, mas, por certo, trata-se de problema gravíssimo que trará repercussões mais sentidas justamente para as gerações futuras, porque o tempo da ciência não é igual ao tempo da política, ainda mais quando se nota que no Brasil o tempo político é preenchido e desperdiçado por pessoas obtusas, sem ética e sem compromisso com o futuro dos brasileiros.
A frase que foi pronunciada
“A vida é aquilo que acontece enquanto você está ocupado fazendo outros planos.”
John Lennon
Perdão
Quem não entende a razão da luz violeta durante o mês de agosto no Congresso Nacional e outros prédios e monumentos do país segue a explicação. Trata-se do Dia Nacional do Perdão. Masataka Ota teve o filho de 8 anos de idade assassinado com a ordem de dois PMs há exatos 20 anos. Os policiais trabalhavam como segurança numa loja de R$ 1,99. Masataka trouxe essa novidade para o Brasil e os negócios iam muito bem. Até o sequestro e morte de Ives. Perdoar os assassinos do filho é o que a mãe, Keiko, e o pai, Masataka, deixam de legado ao mundo depois da dor.
De volta ao passado I
Preocupado, o senador Jorge Viana busca soluções para a entrada de venezuelanos pelo Acre. Depois de receber 4 mil haitianos em anos anteriores, a situação pode se agravar com o andamento político da Venezuela.
De volta ao passado II
Em 2005, depois de os parlamentares brasileiros da oposição serem sitiados na Venezuela, os senadores Vanessa Grazziotin, Roberto Requião, Lindbergh Farias e Telmário da Mota estiveram naquele país. O discurso de moderação até agora não deu certo. À época, o senador Randolfe Rodrigues declarou que o grupo iria para ouvir os dois lados que disputavam o poder. Resta saber o que os senadores pensam agora.
Alerta laranja
Por falar em Venezuela, o PT tem responsabilidade pela situação do país vizinho. Depois do empoderamento do ditador com empréstimos, doações e perdão de dívidas de R$ 18 bi, o caos foi instalado.
Prevenção
Thiago de Andrade, secretário de Estado de Gestão do Território e Habitação, está juntando esforços para revitalizar o Setor Comercial Sul. A própria secretaria tem as instalações naquele local. A atenção maior e preventiva precisa atentar para a entrada e saída do maior caminhão de bombeiros.
História de Brasília
Com isto, os militares estão insatisfeitos porque perdem, dessa forma, uma rara oportunidade de poder comprar imóvel. (Publicada em 3/10/1961)
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com Circe Cunha e Mamfil
Por que será que a maioria dos políticos de bom comportamento, ética, com ficha limpa e respeitada por seus eleitores, quase nunca são lembrados ou indicados por seus respectivos partidos para ocupar cargos no governo? Não raro, deputados e senadores de boa índole moral são sempre alijados na hora de se apontar nomes para ocupar funções de relevância no governo ou dentro da própria legenda. E mais: quando votam com os eleitores e cumprem o preâmbulo da Carta Magna, a primeira providência do partido é a expulsão.
Por alguma razão misteriosa ficam no mais absoluto ostracismo, empurrados para o canto da sala, nem sequer participam das reuniões internas, exercendo o mandato numa espécie de gueto, distante do que chamam “grandes discussões”. A primeira explicação que aparece para clarear esse fenômeno talvez seja a sabedoria do filósofo de Mondubim: “Não se convocam ovelhas para a convenção de lobos”.
Por certo que esse dilema deixa à vista um comportamento que, com o tempo, se tornou padrão na maioria dos partidos. Pessoas absolutamente probas não brilham entre seus pares políticos, embora com eles convivam até de forma amigável. Os nomes e as situações em que esses fatos se verificam são numerosos e se repetem com certa monotonia desde o Brasil Império.
Qualquer pesquisa mostra que esse comportamento, além de comum, tem lógica dentro das primícias políticas que ganharam campo entre nós. Como ensinava Maquiavel: “Quero ir para o inferno, não para o céu. No inferno, gozarei da companhia de papas, reis e príncipes. No céu, só terei por companhias mendigos, monges, eremitas e apóstolos”.
A refinada ciência política, tão importante para as relações humanas e para a construção de uma sociedade justa, se degenerou a ponto de se transformar na arte do malabarismo e da prestidigitação malandra. Talvez, por esse motivo, vemos com frequência o desfile dos mesmos e indecifráveis rostos. Entra e sai governo e eles lá estão, com a mesma gravata da sorte e a pastinha sob os braços, repleta de pedidos inconfessáveis e dossiês comprometedores. Nem mesmo mestres do pensamento, como Norberto Bobbio, tinham explicação para o fenômeno que aflige também outros lugares do mundo. “Quando sinto ter chegado ao fim da vida, disse, sem ter encontrado uma resposta às perguntas últimas, a minha inteligência fica humilhada, e eu aceito esta humilhação, aceito-a e não procuro fugir desta humilhação com a fé, por meio de caminhos que não consigo percorrer. Continuo a ser homem, com minha razão limitada e humilhada: sei que não sei”.
Talvez uma explicação para este comportamento político entre nós esteja no fato de que 62% dos deputados na atual legislatura e 73% dos senadores possuem laços sanguíneos com outros políticos.
A frase que não foi pronunciada
“A melhor hora para formar o caráter de uma criança é uns cem anos antes de seu nascimento.”
William Ralph Inge, escritor inglês
Agefis
» Pouco a pouco, um setor improvisado de galpões na EPPN, altura do condomínio Porto Seguro, está tomando proporções incontroláveis. Colado ao pinheiral do Paranoá, dia a dia aparecem novas construções.
Acredite se quiser
» No Brasil, com a violência comparada à guerra de outros países em relação ao número de mortos, já poderiam haver parcerias que favorecessem a doação de órgãos. De acordo com o Ministério da Saúde, 87% dos transplantes de órgãos no país são realizados pelo SUS.
Realidade
» A falta de estrutura e de pessoal é tanta, que o IML, para atender a demanda do DF, deixa corpos assassinados mais de 24h expostos. Se morreu perto da família, a situação é mais sofrida.
Ah! Bom!
» Chegando 2018 e com ele as eleições é preciso redobrar a atenção nas pesquisas de opinião. As perguntas e porcentagem eram: O que é melhor para o país? Novas eleições, 62%; Temer continuar? 19%; Dilma voltar, 12%; e outras respostas/não sabe, 7%. A fonte da pesquisa é a CUT Vox Populi.
DataSenado
» Por falar em pesquisa, no DataSenado, coordenado por Marcos Rubem de Oliveira, a amostra é escolhida aleatoriamente e segue cada parâmetro estatístico, o que atribui a validade científica ao trabalho. Todos os estados do país são consultados nas pesquisas. Há várias enquetes na internet e pesquisas também são feitas por telefone.
Solidão
» Lá estava ele. Solitário, com um bambu segurando um cartaz de protesto. André Rhouglas, 56, morador de Ponte Nova, em Minas Gerais, foi o único manifestante na Esplanada na decisão sobre o destino do presidente Temer.
Exportação
» Asmarana é um remédio natural elaborado a partir do óleo de rã-touro. Cura a asma. Não é mais encontrado nas farmácias brasileiras. Ao que parece, medicamentos produzidos no Brasil e rejeitados pela Anvisa estão ganhando o mundo.
História de Brasília
A possibilidade da venda dos apartamentos aos atuais ocupantes está despertando uma campanha nos ministérios militares, pela qual esses ministérios adquiririam os apartamentos para seu próprio patrimônio e alugariam aos seus integrantes, posteriormente. (Publicada em 3/10/1961)