A estatal que é uma esfinge

Publicado em ÍNTEGRA

ARI CUNHA

Visto, lido e ouvido

Desde 1960

com Circe Cunha e Mamfil

colunadoaricunha@gmail.com;

Fonte: Charge do Zé Dassilva
Fonte: Charge do Zé Dassilva

         Com a greve dos caminhoneiros um fato ficou evidente: a Petrobras, fundada no antigo molde do “petróleo é nosso”, se equilibra hoje sobre um limbo delicado . O pior, é que para qualquer lado da fronteira que venha pender, seja do mercado, ou do Estado, ainda assim não será possível seu retorno à uma posição de equilíbrio duradouro, sem ferir um lado ou outro . O certo é que parece ter chegado o tempo de mudanças de rumo. A questão é como fazê-las sem afetar, ainda mais uma economia que se arrasta.

           Obviamente que essa é uma questão a envolver num mesmo caldeirão, elementos técnicos financeiros e fatores políticos. E é nessa mistura de ingredientes que não se dissolvem um no outro, que está o cerne do problema. Observada do ponto de vista dos partidos políticos , a Petrobras se mostra como um latifúndio de oportunidades inesgotáveis, de onde se pode extrair tudo, inclusive petróleo. Para a população em geral, açoitada por crises contínuas, a estatal é uma madrasta insensível e mesquinha. Na visão do governo, a estatal é uma espécie de trunfo político que permite ao Executivo disputar ,a partir de uma posição vantajosa, seja contra o mercado de combustível, os partidos políticos ou mesmo contra a população.

          Pudesse optar pelos ensinamentos do budismo, melhor seria para a estatal seguir o caminho do meio ou o nobre caminho. Claro que diante de um governo que muitos avaliam como fraco e em fim de mandato, qualquer alteração de rota, resultaria em mais desastre.

         Diante de um quadro nacional em que a falta de ideias e de imaginação é patente, talvez o melhor a fazer é esperar nova estação. O estatismo elevado aos píncaros tanto nos governos militares como nos governos petistas, produziu nessa estatal, e nas demais, uma política de preços nos produtos ofertados do tipo bipolar ,que embora não atendendo as necessidades do consumidor interno, serviu, por muito , para remendar o descontrole nos gastos públicos.

            O problema com estatais, de todo o gênero, é que elas são estruturadas para não entrarem em falência, mesmo sofrendo um processo de escalpe que as deixe só no osso. Nesses casos , agindo como zumbis, prosseguem sua dança macabra. No caso da Petrobras, o fato de estar com o pé em um poço do pré-sal dentro das fronteiras nacionais e outro fincado no mercado internacional, onde o preço do produto é fixado, faz dela uma espécie de camaleão, nem verde, nem amarela e que, ao fim, ao cabo não satisfaz ninguém, nem mesmo aos acionistas, desconfiados dessa volúpia.

A frase que foi pronunciada:

“A Petrobras não é apenas uma empresa. Ela é uma Nação. Um conceito. Uma bandeira. E por isso, seu valor é tão grande, incomensurável, insubstituível. Esta é a crença que impulsiona os que a defendem. E, sem dúvida alguma, também, a abjeta motivação que está por trás dos canalhas que pretendem destruí-la.”   

Mauro Santayana

Advertência
Não deixe resto no prato quando comer no Molho de Tomate da 408 Norte. Custa R$ 10,00 se o prato não voltar vazio.
Foto: yelp.com.br
Foto: yelp.com.br

Abuso

Teve gente reclamando do preço da gasolina Podium no posto da 113 Norte, do eixinho. R$ 6.99/litro.

Nacional

Alexandre Parola cumprimenta funcionários da Rádio Nacional de Brasília, criada por Juscelino Kubitschek, há 60 anos. Para muitos jornalistas na ativa hoje, a Rádio Nacional foi um laboratório. Profissionais pacientes apoiando os focas. Luiz Mendonça e Edgar Tavares  estavam lá, na década de 80 quando foi a minha vez. A eles a minha gratidão.

Fonte: http://agenciabrasil.ebc.com.br
Fonte: http://agenciabrasil.ebc.com.br

PM

Iniciativa do GDF orienta a população de Brasília. Através de um informativo da Polícia Militar do DF uma tabela com o horário do abastecimento do posto, o local, se há gasolina, etanol, diesel ou glp.

–> Clique AQUI para visualizar as tabelas divulgadas.

Pauta da paz

Em uma apresentação do Coro Sinfônico Comunitário da UnB na Bahia, o regente Henrique Morelenbaum nos ensinou que o acorde final atravessa as salas de concerto e leva a energia do bem para o mundo. Se isso for verdade, na África do Sul, teremos o Coral Cantus Firmus, comandado por Isabela Skeff, levando acordes brasileiros em um dos mais importantes encontros mundiais de coros: X World Choir Games, o maior evento do canto coral mundial. A décima edição do encontro será sediada em Tshwane, na África do Sul, e irá reunir cerca de 300 coros de mais de 50 países. Sua importância no canto coral se compara a dos Jogos Olímpicos no esporte. Uma honra para o Cantus Firmus e para Brasília, que será a única cidade brasileira a representar o Brasil no evento.

HISTÓRIA DE BRASÍLIA 

Nós havíamos comentado, aqui, que o Banco da Lavoura era o único banco de Brasília a não aceitar cheques preenchidos com canetas esferográficas. (Publicado em 21.10.1961)

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