A pandemia mostrou a todo mundo quem é quem

Publicado em ÍNTEGRA

VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)

Desde 1960, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade

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Foto: Joédson Alves/EFE

 

Em qualquer governo – ontem, hoje e sempre e em todo o tempo e lugar –, o que se colhe, pela falta de ação e inanição, é a reação da sociedade. Povo algum tolera que suas lideranças não ajam quando devem agir. Muito menos em tempos adversos, quando o povo espera que seus governantes assumam as rédeas e o comando nas crises. Por todo o mundo, as maiores lideranças políticas, sobretudo nos países democráticos, foram submetidas à prova de fogo imposta pela pandemia, ocasião em que tiveram, forçosamente, que mostrar ao que vieram.

Nesse difícil teste em âmbito mundial, os governantes das diversas nações do planeta encontraram-se, de repente, em meio a uma espécie de guerra, com populações inteiras e indefesas sendo, subitamente, bombardeadas por uma perigosíssima arma biológica. É em tempos adversos como este que não apenas os verdadeiros governantes são revelados e se tornam essenciais, mas que também são postos a nu os farsantes e impostores de toda a natureza.

Durante os períodos mais críticos da pandemia da Covid-19, justamente quando ainda não se tinha uma vacina segura para combater o vírus, e quando ainda havia muitas dúvidas de como debelar essa doença, que o mundo passou a se familiarizar com as ações afirmativas, mesmo duras, daqueles verdadeiros líderes que, muito mais do que popularidade instantânea, perseguiam as melhores e mais racionais estratégias para livrar sua gente da nova peste.

Da mesma forma, mas em sentido contrário, muitos desses falsos guias também serão lembrados pela covardia e pelo medo de que a pandemia, por seus reflexos negativos nos números da economia, e não pelo número de mortes, acabaria por prejudicar suas carreiras políticas, encurtando-lhes o mandato.

Nesse particular, o desempenho do atual governo, se é que pode ser classificado desse modo, sua apatia belicosa durante todo o processo da primeira e segunda onda da virose, é para não ser esquecido e, com certeza, ficará registrado na história desse triste trópico. Muito mais do que o despreparo flagrante frente à crise sanitária, o que se viu, todo o tempo e de forma a camuflar sua inaptidão executiva, foi um presidente perdido em suas funções, insuflando a população contra os outros Poderes e contra os governadores dos estados, encorajando, de modo cínico, a população a enfrentar “de peito aberto” a doença, desestimulando o uso de equipamento de proteção individual e outros procedimentos aconselhados pelos médicos, mudando as equipes do Ministério da Saúde, por interesses meramente políticos, recomendando medicamentos de ação não comprovada cientificamente e, a toda hora, frisando não ter culpa pelo desenrolar dos acontecimentos, num claro sentimento de fuga da realidade.

O que restou, até aqui, desse somatório de trapalhadas pode ser conferido agora, numa Comissão Parlamentar de Inquérito, na sucessão de pedidos de impeachment, nos protestos de rua e muitos outros efeitos colaterais decorrentes de um governo que ainda não disse a que veio, e pior: está pavimentando, por suas tonterias, a volta do lulopetismo ao poder. Quer mais?

A frase que foi pronunciada:

Todos os dias devíamos ouvir um pouco de música, ler uma boa poesia, ver um quadro bonito e, se possível, dizer algumas palavras sensatas.”

Johann Goethe

Goethe in the Roman Campagna (1786) by Johann Heinrich Wilhelm Tischbein | Reprodução

Game

Enfim, o Ministério da Educação disponibiliza um game educativo para crianças jogarem no celular. Por enquanto, só letrinhas e sons, mas já é um bom começo. Sem brigas, sem sangue, sem violência. Com ciência e conhecimento.

 

Escolas

Volta e meia, uma escola particular ou outra suspende as aulas por causa do Covid. A professora, de licença médica, passa alguns dias fora e depois volta com as aulas online, para depois retomar a aula presencial.

Foto: Colégio Little Kids/Reprodução

Severos

No Brasil, os pais levam os filhos para vacinar com carteirinha e mantém todo o processo em dia. Nos Estados Unidos, se uma criança voltar depois de uma vacina com febre ou inchaço no local da aplicação, os pais não ficam satisfeitos e registram reclamação.

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Union

Aliança Francesa e Instituto Goethe juntos prometem oferecer mais cultura à Brasília. Veja, a seguir, quais são as últimas novidades.

História de Brasília

Falando em táxi, não se sabe quem autorizou, mas os carros particulares não podem parar em frente à lavanderia Ouro Fino, porque os motoristas colocaram um “ponto” de taxi, interditando a área aos particulares. (Publicado em 02.02.1962)

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