Ao povo brasileiro

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VISTO, LIDO E OUVIDO, criada desde 1960 por Ari Cunha (In memoriam)

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Foto: cnbb.org

Em mensagem dirigida ao povo brasileiro, por ocasião da 61ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), realizada entre 10 e 19 de abril último, os bispos católicos, citando Mateus 23,8, que ressalta: “Vós sois todos irmãos e irmãs”, lembraram, logo de saída, que as experiências adquiridas pelo nosso passado recente, nos ensinam a buscar, no diálogo, as soluções para o Brasil atual.

Para os bispos reunidos na assembleia, foi graças às articulações, entre agentes lúcidos e cidadãos, que superamos e deixamos para trás aqueles problemas. Segundo apontam nessa mensagem, cabe às instituições do país, no caso, aos três Poderes da República, resolverem os problemas que se apresentam hoje à nossa democracia. Por isso mesmo, conclamaram essas instituições e a sociedade civil a seguirem o que preconiza a Constituição de 1988. Nesse sentido, lembraram os bispos, que as questões relativas à independência e à harmonia entre os Poderes não são apenas opções de momento, mas, sim, deveres permanentes e irrenunciáveis, que, aliás, estão expressos na Carta de 1988. De acordo com esses prelados, lembrando o papa, “a paz, por ação da força mansa e santa dos que creem, deve ser buscada como forma de se opor ao ódio da guerra”.

Durante essa assembleia, foram mencionados os gastos militares, que, no ano passado, cresceram e foram os mais altos desde a Segunda Guerra Mundial, assim como a fome no mundo, que aumentou no mesmo ritmo. Em nosso país, segundo os bispos, verifica-se também um crescimento sem precedente do crime, das milícias, do narcotráfico, da violência nas cidades e no campo, do bullying, do vandalismo, do racismo, do feminicídio, do tráfico humano e da exploração sexual de crianças, adolescentes e vulneráveis.

Na avaliação desses religiosos, a realidade dos migrantes, do povo em situação de rua e da população encarcerada continua sendo um desafio, assim como a corrupção, o nepotismo e o tráfico de influência, que continuam a violentar nossa nação. Diante de uma situação calamitosa como essa apontada pelos bispos, a saída seria construir a paz, sobretudo aquela paz que nasce da justiça, segundo está escrito em Isaías 32,17. “Entendemos que o Brasil necessita de um novo marco legal que garanta a prioridade do trabalho, do bem-estar humano e da geração de emprego e renda, principalmente para os jovens Todos os segmentos da sociedade brasileira devem defender a vida na sua integralidade e agir, solidariamente, em prol de um país economicamente humanizado, politicamente democrático, socialmente justo e ecologicamente sustentável”, diz a mensagem.

Com relação aos novos desafios trazidos pelos problemas climáticos, os bispos assinalam a necessidade de uma transição rápida para as energias limpas. Também com relação à Amazônia, os bispos destacam que os povos que ali vivem não podem mais ser sacrificados por um modelo de exploração que não permite o bem viver. Também lembraram de outros biomas, como o Cerrado, a Mata Atlântica, a Caatinga, o Pampa e o Pantanal, que estão sofrendo pressões de todo o tipo, tornando a cada vez mais difícil a reversão dessa destruição. Para os bispos, “toda a casa comum sofre com a destruição”.

Na mensagem ao povo brasileiro, os bispos, reunidos na CNBB, destacaram a realização, em 2025, da Convenção das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30), em Belém do Pará. Na oportunidade, serão discutidas possíveis soluções para o aquecimento global, bem como alternativas sustentáveis para a vida no planeta. No encontro, segundo eles, deverá existir um sério compromisso dos governos com a obra da criação. Em relação aos povos indígenas, os bispos ressaltaram que é preciso melhorar as políticas públicas com ação concreta na defesa dos povos originários, bem como a proteção de suas terras, especialmente no território Yanomami.

Durante a realização da 61ª assembleia, os bispos lembraram que passados 64 anos do início da
ditadura militar, a nossa democracia ainda necessita de cuidados. Para tanto, destacaram que as próximas eleições municipais deste ano serão uma oportunidade para fortalecermos a nossa democracia,
por meio do voto consciente. “A consciência cívica deverá estar a serviço dos mais profundos interesses do nosso povo, pois há exigências éticas para a realização do bem comum”, diz a mensagem.

Com esse intuito os bispos conclamam à união de todos, sendo que ninguém deve abdicar da participação na política. Em relação aos meios de comunicação, questão muito discutida hoje em dia em nosso país, os bispos assinalam que é preciso o combate à desinformação, principalmente aquela que usa a linguagem religiosa para justificar interesses políticos e econômicos escusos. Lembrando mais uma vez o papa Francisco, os bispos destacaram que a inteligência artificial corre o risco de ser rica em técnica e pobre em humanidade. Para tanto, disseram: a liberdade de expressão não pode estar a serviço da divisão social, pois o ódio, o fundamentalismo e o populismo enfraquecem a democracia.

 

História de Brasília

Agora, voltamos ao mesmo assunto. Subindo ou descendo a superquadra, esteja sempre com seu carro em segunda. Se você tem chapa branca, avise ao seu motorista para fazer assim. Pode ser que ele não saiba, ou não se lembra, e sua advertência é uma necessidade. (Publicada em 6/4/1962)

Campanha da Fraternidade. Homem, mundo, Deus.

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Cartaz oficial da Campanha da Fraternidade 2021 (Fonte: Divulgação CNBB)

 

        Desde a inauguração do século XXI, com a simbólica e trágica derrubada das Torres Gêmeas em Nova Iorque, vivemos tempos extraordinários, que mostram, desde a primeira hora, que estamos adentrando em um mundo, até então, desconhecido por nós e que, portanto, requererá, de todos, um esforço conjunto mais intenso para, ao menos, chegarmos ilesos ao final dessa nova história.

        Em tempos assim, as incertezas e o medo quanto ao futuro têm produzido uma onda de desconfiança sem par, o que tem contribuído para aumentar, em toda a parte, um ambiente de polarizações e posições extremadas, conduzindo-nos a uma espécie de Torre de Babel, onde ninguém parece se entender. Vivendo cada vez mais apertados no planeta e com recursos cada vez mais escassos, as massas humanas parecem se agitarem, num movimento em que a vida plena vai cedendo lugar para a sobrevivência diária.

        Com um cenário pintado com essas cores densas e em que a razão vai desaparecendo de vista, não surpreende que as seguidas tensões acabem por gerar um ambiente igualmente hostil para todos. Para os adeptos da escatologia e outros significados proféticos e apocalípticos, se não vivemos tempos finais para humanidade, ao menos estamos em meio a uma encruzilhada que poderá nos levar ao fim da história, pelo menos para o animal homem.

        Para os ecologistas, ao optarmos por destruir o mundo sob nossos pés, escrevemos nosso próprio epitáfio, comprovamos nosso destino trágico como as criaturas mais capazes de se elevar ao céu, ao mesmo tempo em que cava o próprio inferno. Em tempos assim, tudo tende a virar polêmica acirrada e daí, para o confronto aberto e selvagem, é um passo pequeno. Tem sido assim nos debates públicos com qualquer assunto, mesmos os mais banais.

        Em lugar algum, parece haver segurança e respeito pelo contraditório, nem mesmo no seio das famílias. É nesse ambiente de antagonismos, onde todos creem ter razão, que os oportunistas políticos, religiosos e outros de má-fé fazem a festa e angariam, cada vez mais, adeptos prontos para declarar guerra ao primeiro sinal de discordância. São aqueles que vieram com a missão de matar, roubar e destruir.

        Não causa espanto que, num tempo tumultuado assim, até mesmo a tão tradicional e pacífica Campanha da Fraternidade (CF-2021), que há quarenta anos a Igreja Católica lança regularmente, por meio da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), nas quartas-feiras de cinzas, tenha se transformado num dos assuntos mais polêmicos dos últimos anos. Foi-se o tempo, no dizer da própria Bíblia, em Mateus 12:30, que se acreditava que “aquele que comigo não ajunta, espalha”.

        Hoje é cada grupo em pé de guerra contra outros. A bem da verdade, desde o Concílio Vaticano II, entre 1962 a 1965, a Igreja Católica parece experimentar uma cisão, a partir da divulgação da chamada Teologia da Libertação e suas pretensas ligações com alas mais progressistas e mais próximas das ideias políticas defendidas pelas esquerdas. Por conta dessas novas ideias, muitos religiosos foram perseguidos e excomungados, o que ensejou uma maior radicalização de alas dentro da Igreja.

        De fato, a Igreja vive, em seu íntimo, uma contradição de difícil condução, que faz com que ela tenha sua razão de ser, assentada num aceno atemporal, para um mundo espiritual e sediado no além, embora tenha que viver plenamente inserida no mundo humano e temporal, onde as razões para as dúvidas se multiplicam a cada dia.

        Com o lema escolhido para esse ano, “Fraternidade e Diálogo: compromisso de amor”, e o lema “Cristo é nossa paz: do que era dividido, fez uma unidade”, extraído de Ef. 2.14, a CF busca sintonia da Igreja com a vida da população, especialmente os excluídos por razões diversas, o que insere também, nessa nova Campanha, os movimentos LGBTQ+ e outras minorias, vítimas, segundo apontam os Bispos, dos discursos de ódio, do fundamentalismo religioso e de vozes contra o reconhecimento dos direitos dessas populações e outros grupos vulneráveis e excluídos.

        São, de fato, questões de gênero, presentes nos debates atuais e que têm sido alvo agora dos protestos daquelas alas mais conservadoras da Igreja. Trata-se de uma polêmica, que pode ou não esconder semânticas políticas, mas que estão presentes em nossa sociedade hodierna.

 

A frase que não foi pronunciada:

Parece que a Gripe Suína foi uma espécie de comissão de frente da Covid-19 na base do se colar colou.”

Dona Dita na fila da vacina, pensando furiosa com a demora

Charge do Daniel Zuko para o Jornal de Brasília

Banco Central

Quem está atenta é a criadora da Auditoria Cidadã, Maria Lucia Fattoreli. A pergunta que ela faz é simples: O que justifica urgência para entregar o Banco Central para banqueiros? A primeira tentativa dos bancos em se apoderarem do BC foi em 1989 (PLP 200/89). Por que priorizar essa votação em plena pandemia, quando a sociedade civil não tem acesso ao Congresso? A prioridade deveria ser impedir o BC de remunerar diariamente a sobra de caixa dos bancos! NÃO ao PLP 19/2019, propõe.

Entenda os riscos da autonomia do Banco Central, clicando aqui; projeto pode ser votado nesta terça

Foto: brasildefato.com

Valorizar quem é bom

Uma injustiça sem precedentes, por absoluta preguiça de questionar. José Vicente Santini é um funcionário exemplar, capacitado, e sua competência parece estar incomodando alguém. Enquanto a notícia é Santini ter usado o avião da FAB para viajar da Índia para a Suíça, deveria estar estampado para os brasileiros que ele trouxe bilhões de reais em investimentos e acordos para o Brasil. E para finalizar, o TCU, que é o órgão competente para julgar a viagem, foi unânime. A viagem foi de interesse do país.

José Vicente e presidente Bolsonaro. Foto: reprodução.

 

Acabou assim

Aconteceu numa cidadezinha da Bahia. Um professor da classe média resolveu deixar Salvador para ensinar no interior. Os alunos que gostavam de estudar viam naquele mestre a chance de galgar degraus mais altos. Enquanto isso, a molecada acostumada com a regra da escola, de passar o aluno para apresentar na estatística números formidáveis, continuava gazeteando e aprontando nas aulas. O resultado nas provas surpreendeu. Grande parte da turma teve um desenvolvimento mais que satisfatório. Menos o filho do prefeito. O resultado foi a demissão do professor.

Charge: humorpolitico.com.br

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

O dia da Previdência, transcorrido a 24 último, encontrou o IAPC em situação catastrófica. Pela primeira vez o Instituto apresentou deficit, de acordo com relatório apresentado pelo Diretor de Estatística e Atuária, dr. Severino Montenegro. Total do deficit: dois bilhões a 400 milhões. (Publicado em 26/01/1962)

À luz da palavra

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Com o tema “Fraternidade e vida: dom e compromisso”, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) lançou, na quarta-feira de cinzas, mais uma edição da tradicional campanha da fraternidade. Como acontece todos os anos, a CNBB buscou, em comum acordo com todos os bispos do país e de forma ecumênica com outras religiões cristãs, trazer para a campanha realizada em cada ano temas que melhor traduzam as preocupações e as angústias da sociedade e da família brasileira em determinado momento, de modo a despertar nos cidadãos um sentido maior de solidariedade e de busca de soluções para os muitos problemas que afligem o homem contemporâneo.

Criada em 1962, visando a adoção de ação pastoral evangelizadora mais prática e fincada na realidade do mundo, a campanha logo foi adotada por todo o país. Eram tempos em que o mundo católico e a América do Sul, especialmente, respiravam os ares renovadores vindos do Concílio Vaticano II, época em que a instituição fundada há dois milênios pelo apóstolo Pedro, intencionava, sob a liderança de João XXIII, atualizar a Igreja, revendo suas relações com o mundo, sobretudo no pós-guerra, quando as mudanças radicais experimentadas pelas sociedades daquela ocasião ameaçavam seriamente a hegemonia da Igreja. Daquelas primeiras edições até o dia de hoje, o mundo e particularmente o Brasil mudaram, como dizia o filósofo de Mondubim, da água para o vinho e desse para o vinagre, tanto nas relações sociais, econômicas e políticas como, e principalmente, no seio das famílias do mundo Ocidental.

Os temas abordados a cada ano demonstram, na prática, que a Igreja, a despeito de seus dogmas e crenças seculares, não está alheia as vicissitudes e a tudo que pertence ao mundo e aos homens. Obviamente que os clérigos reconhecem que, para a Igreja, em especial, a cada novo ciclo de vida e de gerações, é preciso aumentar, em proporção sobre-humana, os esforços para que não perca o homem de vista, tragado pela velocidade e pela voracidade do materialismo e suas consequências maiores, que são o egoísmo e a arrogância, que o faz erroneamente crer ser possível viver apartado do espírito de Deus e da Luz.

Nesse ano a Irmã Dulce, a Santa Dulce dos Pobres, canonizada em 13 de outubro passado, é a grande homenageada, ao lado também do Papa Francisco com modelos de bons samaritanos a serem observados por todos. Toda essa cerimônia anual é, de certa forma e guardadas as devidas proporções, também um momento político da igreja Católica no Brasil. Não no sentido ideológico e pragmático, praticados normalmente pelos partidos políticos, mas no seu sentido mais profundo de organização da sociedade a partir de seu núcleo formador que é a família, nesse caso específico, todas as famílias cristãs.

O lema “fraternidade e vida: dom e compromisso, inspirado em (Lucas 10,33-34) “viu, sentiu compaixão e cuidou dele”, faz referência a parábola do bom samaritano que age em solidariedade com seus irmãos, certos de que somos uma imensa família, vivendo nessa casa comum e comunitária que é esse nosso planeta Terra.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Liberdade política significa ausência de coerção de um homem pelo seu compatriota. A ameaça fundamental à liberdade é o poder de coagir, esteja ele nas mãos de um monarca, de um ditador, de uma oligarquia ou de uma maioria momentânea.”

Milton Friedman

Foto: wikipedia.org

 

Como antigamente

Veja a seguir as fotos da missa realizada debaixo de um bloco no Noroeste no ano passado. A imagem parece Brasília das antigas, a que amamos muito.

Foto: Celebração da Santa Missa no Noroeste presidida pelo frei Pedro, do Santuário São Francisco de Assis.

 

Justiça seja feita

Por falar em antigamente, corre nas mídias sociais uma matéria do Jornal do Brasil, datada da década de 90, onde o então vereador Jair Bolsonaro (1989-1991) rejeitou o Opala, carro de luxo na época, oferecido pela Câmara carioca. Na justificativa disse que sua casa era perto dali e que não havia necessidade desse gasto.

 

Eficiência

Lá estava o caminhão do DER (veja a foto logo abaixo) na operação tapa-buracos da Barragem do Paranoá. A coluna reclama quando tem que reclamar e agradece quando tem que agradecer. Os milhares de motoristas que passam por ali estão mais seguros agora.

 

Educação

A especialista, consultora, e advogadas penal, Débora Veneral, distribui um texto que mostra a situação do Acre como Estado com maior número de detentos do Brasil. Dra. Débora, que é diretora universitária e consultora de unidades penais, diz que a situação é alarmante e aponta soluções. Leia a seguir.

Foto: Divulgação/Iapen

Acre é o Estado com maior número de detentos do Brasil

Diretora universitária e consultora de unidades penais diz que a situação é alarmante, e aponta soluções

O Brasil é o vigésimo sexto país com a maior população carcerária do mundo. A média de detentos é de 338 para cada 100 mil habitantes. Os dados são do Monitor da Violência, levantamento feito pelo portal G1. Apesar de o país não estar no top 10 do mundo com as maiores médias de população carcerária, um de seus estados tem, há 11 anos, a maior taxa de aprisionamento entre os demais países do mundo: o Acre.

Se comparado com o ano de 2019, o percentual é ainda mais preocupante, houve um aumento de 897 para 927 detentos para cada 100 mil habitantes do estado.

Para a diretora da Escola Superior de Gestão Pública, Política, Jurídica e Segurança do Centro Universitário Internacional Uninter, Débora Veneral, a situação do Acre é alarmante. ‘‘A superlotação dos presídios é preocupante, bem como a taxa de encarceramento, levando-se em conta a proporção em relação à população que o estado possui’’, diz.

Além dos números, uma das maiores preocupações é com a propagação do crime dentro das penitenciárias. ‘‘É sabido que a ociosidade, além de fomentar a criminalidade, impossibilita qualquer recuperação do preso, que sai do sistema penitenciário pior do que entrou, reincidindo e retornando’’, afirma Débora, que também é consultora de unidades penais.

Detentos provisórios

Além da população carcerária total, há 8.174 detentos no Acre esperando por julgamento, quase o dobro da capacidade que é para 4.548 detentos nas penitenciárias do Estado.

Como resolver esse problema?

Além de mudanças nas políticas públicas do Acre, outras alternativas estão sendo postas em prática para que esse problema diminua e seja resolvido.

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ), por exemplo, aprovou, em 2019, duas atualizações de resoluções sobre o tema para tentar diminuir o encarceramento não só no estado acreano, mas em todo Brasil. As atualizações previam a construção de parcerias entre o Poder Judiciário e o Poder Executivo para a estruturação de serviços de acompanhamento das alternativas penais.

‘‘Ao contrário do que a sociedade às vezes pensa, não se trata de impunidade, mas sim de substituição da prisão clássica por penas restritivas de direitos em casos de crimes que não envolvam violência ou grave ameaça ou, ainda, nos casos de crimes culposos. Dentre as penas alternativas podemos citar a limitação do fim de semana, a prestação de serviços à comunidade ou a entidades públicas, a perda de bens e valores, a interdição temporária de direitos e a prestação pecuniária’’, destaca a diretora.

Para que a situação se resolva por definitivo, é preciso ainda que as autoridades estejam conscientes da situação jurídica dos apenados. Além de melhorar a situação penitenciária no Acre e no Brasil e a qualidade de vida dos detentos, possibilitando uma ressocialização melhor implementada, as penas alternativas, as revisões das leis e tomadas de decisões dos poderes Judiciário e Executivo podem fazer com que o país ganhe também em economia, já que os gastos direcionados a essa área da sociedade seriam revertidos com o estudo incentivado e pela mão de obra dos detentos.

Sobre o Grupo Uninter

O Grupo Uninter está entre os maiores players do segmento educacional, e é a única instituição de ensino a distância do Brasil recredenciada com nota máxima pelo Ministério da Educação (MEC). Além disso, o centro universitário conquistou o conceito 4 no Índice Geral de Cursos (IGC), divulgado pelo MEC.  O resultado aliado à nota máxima de seu programa de educação a distância (EAD), consolida a Uninter como a melhor instituição EAD no Brasil, à frente dos outros cinco maiores grupos educacionais que atuam na modalidade.

Sediado em Curitiba (PR), já formou mais de 500 mil alunos e, hoje, tem mais de 250 mil alunos ativos nos mais de 200 cursos ofertados entre graduação, pós-graduação, mestrado e extensão, nas modalidades presencial, semipresencial e a distância. Com polos de apoio presencial, estrategicamente localizados em todo o território brasileiro, mantém cinco campi no coração de Curitiba. São 2 mil funcionários trabalhando todos os dias para transformar a educação brasileira em realidade.

 

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

No que se refere a obras de Brasília há um verdadeiro escândalo. O IAPM já gastou no DF 485 milhões de cruzeiros e não construiu um único bloco de apartamentos. (Publicado em 17/12/1961)