Lisura, transparência, isonomia e legalidade ¿ por Luciano Pires

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Pessoal, Reproduzimos aqui o texto do jornalista Luciano Pires, postado no “Blog do Servidor”, sobre a máfia dos concursos. Muito pertinente para o momento. Boa leitura!

 “Todos os anos, mais ou menos 10 milhões de brasileiros tentam a sorte em concursos públicos. Atravessar o portal e colocar os pés no funcionalismo custa dinheiro, tempo, dedicação, sorte e paciência. Como reunir essas qualidades não é para qualquer um, corruptos e corruptores lançam-se com cada vez mais audácia sobre um processo que, pela Constituição Federal, deveria respeitar integralmente os princípios da lisura, da transparência, da isonomia e da legalidade.

A corrida para virar servidor segue a lógica de uma indústria: movimenta bilhões de reais e mexe com engrenagens poderosas da política e da economia. E onde há concorrência e competitividade também há os espertalhões, aqueles que por incompetência ou incapacidade insistem em tomar atalhos obscuros para alcançar seus objetivos.

É atrás de gente que pensa que pode se dar bem a qualquer custo que a Polícia Federal corre neste momento.

A operação Tormenta mostrou ao país há três semanas que cretinos especializados em burlar o sistema interceptaram caminhões com provas, subcontrataram professores para responder questões e repassaram as respostas corretas aos “clientes”. Tudo cobrado em dólar. Tudo na moita. Alguns dos beneficiados chegaram a tomar posse em órgãos públicos e hoje estão por aí dividindo a bancada com cidadãos honestos que simplesmente venceram pelos próprios méritos.  

A competitividade que embala que a corrupção e os corruptores está em evidência. Cabe ao governo e à própria PF colocarem as coisas nos seus devidos lugares: os bandidos, na cadeia; e os concursos, nas mãos de quem realmente dê garantias de que as trapaças não se repetirão”.