Por sonho europeu, maior ladrão de bolas da Série A 2012 e da J-League investe R$ 30 mil para levar badalado coach do Rio ao Japão

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Léo Silva: eleito para seleção da J-League

Jogador de futebol costuma investir o rico dinheirinho em imóveis, carros importados, baladas, mulheres, mas, lá do outro do mundo, tem boleiro colocando a mão no bolso a fim de desenvolver o potencial e trocar o Japão por uma chance na Europa. Acredite se quiser: o maior ladrão de bola do Campeonato Brasileiro de 2012 aplicou cerca de R$ 30 mil na compra de passagens internacionais em classe executiva, voos domésticos, diárias de hotel  e outras despesas para levar um badalado coach do Rio de Janeiro a Niigata.

Campeão de desarmes há três anos no Brasileirão com a camisa da Portuguesa (169 roubadas), o maranhense de São Luís, Léo Silva, 29 anos, repetiu o feito em 2013 (147) e em 2014 (161) com a camisa do Albirex Niigata. Escolhido por jogadores e técnicos da J-League para integrar a seleção do campeonato, Léo Silva decidiu arriscar voos mais altos e abriu o cofre farto de ienes para investir na compra de um caríssimo (ao menos para o meu bolso) pacote de viagem.

Léo Silva mandou buscar no Rio de Janeiro o badalado Lulinha Tavares. O coach ajudou o Fluminense, de Cuca, a escapar do rebaixamento para a segunda divisão em 2009. No ano passado, foi contratado às pressas pelo presidente alviverde, Paulo Nobre, para auxiliar o Palmeiras na luta contra a queda para a segunda divisão. Léo Silva conhecia o trabalho de Lulinha Tavares, que também o ajudou a brilhar no Campeonato Japonês. Por isso, bancou do próprio bolso a ida do profissional, que está no Japão desde a semana passada. 

Léo Silva e Lulinha Tavares: R$ 30 mil de passagem para levar o coach ao Japão

O relacionamento de Lulinha Tavares com jogadores aumentou depois da passagem pelo Palmeiras. O Correio mostrou recentemente que o zagueiro pentacampeão mundial Lúcio, que não joga mais pelo time, mas está vinculado ao clube até dezembro, trouxe o coach recentemente ao Distrito Federal com a intenção de ajudá-lo a desenvolver potencial para o dia seguinte a aposentadoria. O goleiro Paulo Victor, do Flamengo, é outro cliente famoso.

Em uma conversa recente com o Correio, Lulinha Tavares explicou seus métodos.  “O coaching precisa preparar os atletas, mas são eles, são as pessoas que vão alcançar os resultados”, afirmou. De volta ao Palmeiras, Cleiton Xavier foi o primeiro jogador a trabalhar individualmente com Lulinha Tavares. “Hoje, são mais de cem”, conta. Entre eles, Léo Silva.

Revelado pela URT-MG, o volante foi para o Cruzeiro, onde atuou de 2003 a 2009. Foi emprestado ao Ipatinga, passou pelo Botafogo e depois assinou contrato com o Guaratinguetá, chamado, à época, de Americana. Em 2012, foi um dos destaques da Portuguesa como maior ladrão de bolas do Brasileirão. Foi a senha para o Albirex Niigata, do Japão, contratá-lo em 2013. Léo Silva também passou pela Seleção Sub-20 em 2004.