Goleada do Gama no primeiro jogo da final do Candango lembra o Pioneira na decisão de 1974 e deixa Brasília em situação de ¿Jaguar¿

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Pioneira, campeão do DF em 1974: 3 x 0 no primeiro jogo da final

A goleada do Gama por 3 x 0 no primeiro jogo da final do Campeonato Candango obriga o Brasília a cumprir uma missão que não foi possível na decisão de 1974. O Colorado precisa, no mínimo, devolver o placar no próximo sábado, novamente no Mané Garrincha, para encerrar o jejum de 28 anos sem o título doméstico. A última volta olímpica ocorreu em 1987.   A decisão de 2015 começou semelhante à de 1974. Há 41 anos, na chamada era amadora do futebol da cidade (para mim, continua sendo amadora), o Pioneira, assim como o Gama, derrotou o Jaguar por 3 x 0 na primeira partida, no Estádio Pelezão. A arena, que ficava ao lado do Carrefour Sul e do ParkShopping, foi demolida e deu lugar a um condomínio residencial. O plano de reação do Jaguar não deu certo no segundo confronto. O Pioneira voltou a vencer, dessa vez por 2 x 0, e conquistou o título por 5 x 0 no placar agregado.   A vantagem do Gama é imensa. Dificilmente o alviverde deixará de conquistar o 11º título do DF. Justamente no momento em que Brasiliense e Brasília, com oito troféus cada, começavam a colocar as asas de fora tentando se aproximar do recordista. O time do Gama está longe de ser brilhante no sábado. Não é pior nem melhor do que o do Brasília, mas tem camisa e, principalmente, o patrimônio que falta aos concorrentes na capital do país: torcida.    A primeira partida foi de baixíssimo nível técnico. Uma vergonha na minha opinião. Pelada em estádio de Copa com direito a transmissão em tevê aberta.  A etapa final foi animadinha, não mais do que isso. O óbvio ululante é que nenhum dos dois candidatos ao título – muito menos quem ficou fora da festa – tem bola para representar a cidade decentemente na quarta divisão do Campeonato Brasileiro. O futebol candango passa por uma das maiores crises – senão a maior – técnicas, de organização e de credibilidade de sua história e merece ser fora de série.   Desilusões à parte, assim como o Pioneira, em 1974, o Gama está com as duas mãos na taça. Resta ao Brasília se conformar (ou não) com o papel de Jaguar no próximo sábado. Aguardemos as cenas do próximo capítulo…