Sindicato participou da reunião de líderes da CLDF nesta segunda (26). Deputados distritais se comprometeram a abril diálogo com o governo
O comando de greve dos servidores da assistência social do Distrito Federal se reuniu hoje com os deputados do Colégio de Líderes da Câmara Legislativa. Na reunião, a categoria ganhou o apoio dos deputados Joe Valle (PDT), Chico Vigilante (PDT) e Celina Leão (PPS). Ao Sindicato dos Servidores da Assistência Social e Cultural do GDF (Sindsasc), os deputados se comprometeram a abrir diálogo com as secretarias de Planejamento e Casa Civil do DF com os servidores da classe.
Para o presidente do Sindsasc, Clayton Avelar, essa é mais uma frente para pressionar o governador Rodrigo Rollemberg, que tem se mostrado “negligente” com a assistência social no DF. “Precisamos abrir uma mesa de negociação com o GDF. Tanto os servidores da classe quanto a população saem perdendo se o governo continuar com essa postura de falta de diálogo”, avalia.
Reivindicações
A pauta da categoria inclui o acerto retroativo do aumento salarial previsto em lei de 2015, concurso público para suprir o desfalque de 2.600 trabalhadores da carreira, pagamento de benefícios como vale-alimentação e licenças-prêmio, melhoria das condições de trabalho para os servidores das Unidades de Acolhimento, ajustes no Secat (Setor de Cadastro), quantidade necessária de material de trabalho nos Centros de Convivência, transporte para os servidores e a designação correta para o trabalho nos CREAS, que têm assumido a destinação dos Centros Pop.
Apoios
Nos últimos dias, a greve sob o comando do Sindsasc ganhou dois importantes apoios: do CAS-DF (Conselho de Assistência Social do DF) e de usuários do sistema de assistência social. O CAS, entidade vinculada do GDF (Governo do Distrito Federal) emitiu uma Moção de Apoio que reconhece negligência do governo em relação ao trabalho da assistência social pública no DF. Já o suporte dos usuários do sistema aconteceu em assembleia popular realizada na última semana, quando foi votada a continuidade da greve.
O TJDF (Tribunal de Contas do Distrito Federal) também manifestou apoio à categoria. Uma audiência foi realizada no tribunal para pedir esclarecimentos ao GDF sobre a falta de diálogo com os trabalhadores da categoria.
Números da greve
O Sindsasc estima que, devido à falta de negociação imposta por Rodrigo Rollemberg, um total de 100 mil famílias estão sem atendimento de assistência social no DF. A atuação dos servidores da classe é destinada aos beneficiários de programas sociais, mulheres vítimas de violência e em situação de perigo, pessoas em situação de rua e desabrigados, crianças sem guarda ou que estão sob a tutela do Estado, idosos, pessoas com deficiência mental e vítimas de tráfico de pessoas.
Apenas o contingente mínimo de 30% de servidores da categoria está em atividade nas unidades de atendimento ininterrupto. Um total de 1.530 trabalhadores, o correspondente a 90% dos sindicalizados, aderiram ao movimento.