A música que não existia

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As festas de aniversário de Brasília já foram mais animadas.Eram os anos 1980 e o então secretário de Comunicação do GDF, Marcos Vinicius Bucar, queria fazer uma festa em grande estilo, com a contratação de um nome importante da música brasileira – que seria Gal Costa – para um show gratuito. Quem conhece a figura esfuziante do Marcos Vinicius sabe […]

Nossos olhos azuis

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Por muitos anos, e graças à pena de Nelson Rodrigues, acreditamos que um simples jogo de futebol havia nos livrado do complexo de vira-latas que pesava sobre os ombros brasileiros desde sempre. Ou pelo menos desde que o conde francês Arthur de Gobineau desembarcou no Rio de Janeiro, em 1845, e chamou os cariocas de “macacos”. O inapelável placar de […]

Não quero saber

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Até hoje lamento o dia em que soube que torresmo faz mal à saúde. Além de ajudar a entupir as coronárias, agora sei que aquela delícia aumenta em 19% o risco de câncer no pâncreas. E que o croquete velho de guerra prejudica o trabalho do intestino, engarrafando a saída, além de maltratar o coração. Também já sei que a […]

Adeus ao Inferno

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O colégio era católico e o monsenhor parecia se regozijar quando ameaçava os alunos – todos adolescentes – com sua descrição do Inferno. Iríamos todos para lá se a algazarra não cessasse, vaticinava. Tições ardendo com fogo eterno, seres com patas de bode espetando os pecadores, equipamentos de tortura, gritos de horror e corpos dilacerados. A riqueza de detalhes fazia […]

Caras de pau

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Os caras de pau são fascinantes. São figuras destemidas; mas, ao contrário de muitos, ainda acho que não ter medo de nada é apenas o grau mais alto da escala da ignorância. Não sei onde inventaram que o destemor é uma virtude, embora acredite firmemente que a covardia é um dos piores defeitos do bípede humano. Não tem nada a […]

O preço da liberdade

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                Andava sumido, mas naquela noite ele apareceu satisfeito da vida. Exalava confiança, olhava os companheiros de copo com aquela postura dos césares, vencedores; sem dúvida, havia triunfado em alguma das batalhas que todos travamos todos os dias, na busca daquela fagulha de felicidade que dá sentido à vida.                Ninguém perguntou nada. Nos […]

Tragédia sem fim

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Para Umberto Eco, foi um fenômeno de loucura. O mundo foi virado do avesso em 1968, a partir de uma explosão em Paris, que reverberou por todo o mundo ocidental e que, ao completar 50 anos, ainda desafia quem tenta explicar o que aconteceu. Como, aliás, previu o sociólogo Edgar Morin no calor dos acontecimentos.                Em maio daquele ano, uma […]