Secretaria de Educação de São Paulo é autorizada a abrir concurso para oficial administrativo

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Em um novo despacho, o governador de São Paulo autorizou a realização de um novo concurso público. O órgão da vez é a Secretaria de Educação estadual (SEE/SP), que abrirá 167 vagas para o cargo de oficial administrativo. Segundo consta no despacho, publicado no Diário Oficial local desta terça-feira (22/5), a abertura da nova seleção será possível devido a vacâncias decorrentes de exonerações, demissões, falecimentos e aposentadorias que ocorreram a partir de junho de 2017, “observadas as disponibilidades orçamentárias e obedecidos os demais preceitos legais”.

O salário inicial do cargo é de R$ 1.339,29, podendo chegar a R$ 1.535,94. Para concorrer é necessário ter nível médio de formação.

 

Em março, o governador de São Paulo autorizou outras 372 vagas para a SEE/SP, desta vez para supervisores de ensino. Quem for aprovado poderá ser lotado em uma das 91 diretorias de ensino do estado, com salário base de R$ 3.273,08, adicionados a R$ 994 de gratificação. Saiba mais!

 

E em maio, um novo concurso também foi autorizado para o Centro Estadual de Educação Tecnológica “Paula Souza” (CEETEPS). Serão abertas 540 vagas, sendo 326 de agente técnico e administrativo, 208 de analista de suporte e gestão e 6 de especialista em planejamento educacional, obras e gestão. Confira aqui os salários!

 

Inscrições prorrogadas

Para quem perdeu o prazo do concurso público aberto pelo Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT-2), com sede em São Paulo, mais uma chance foi dada. O órgão decidiu prorrogar o período de inscrições, mas somente até esta quarta-feira (23/5), às 14h (horário de Brasília). As taxas vão de R$ 80 a R$ 95.

De acordo com o edital de abertura, divulgado pela Fundação Carlos Chagas (FCC), são oferecidas 320 oportunidades de preenchimento imediato, além de formação de cadastro reserva. Os salários variam de R$ 6.780,53 a R$ 11.006,83. Concorra aqui!

Governador de São Paulo autoriza concurso com 372 vagas para Educação

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Após autorizar a nomeação de 2.108 professores para os anos iniciais do Ensino Fundamental em 9 de março, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, publicou nova autorização no Diário Oficial do estado. Dessa vez, um novo concurso público será aberto para a Secretaria de Educação. Serão oferecidas 372 vagas para supervisores de ensino.

Segundo a pasta, supervisor de ensino é aquele que atua na análise dos indicadores educacionais das unidades, participa do plano de trabalho da Diretoria de Ensino, identifica necessidades de formação continuada e acompanha o funcionamento das escolas, entre outras atribuições.

Quem conseguir a aprovação poderá ser lotado em uma das 91 diretorias de ensino de São Paulo, com salário base de R$ 3.273,08, adicionados a R$ 994 de gratificação. A secretaria ainda informou que a disponibilidade de vagas será definida de acordo com a necessidade de supervisores.

Mais concurso em São Paulo
Nesta quinta-feira (22/3) começa o prazo de inscrições do novo concurso público da Polícia Militar de São Paulo (PMSP). Segundo o edital, o objetivo é preencher 2.700 vagas para o cargo de soldado de 2ª classe do quadro de praças. A remuneração básica inicial é de R$ 3.049,41. As chances são para ambos os sexos. Para concorrer, é necessário, entre outras coisas, ter idade mínima de 17 anos e máxima de 30; ter estatura mínima de 1,55m, se mulher e 1,60m, se homem. As provas serão aplicadas nas cidades de Araçatuba, Bauru, Campinas, Piracicaba, Presidente Prudente, Ribeirão Preto, Santos, São José do Rio Preto, São José dos Campos, São Paulo e Sorocaba. Saiba mais aqui.

Seplag de Minas Gerais autoriza concurso com 16.700 vagas para Educação

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A Secretaria de Planejamento e Gestão de Minas Gerais (Seplag/MG) autorizou a abertura de um novo concurso público para a Secretaria de Educação. Serão abertas 16.700 oportunidades para a Educação Básica, sendo 16 mil para professores e 700 para especialistas. O objetivo é distribuir os novos profissionais entre as 47 superintendências regionais espalhadas por todo o estado.

“Quando assumimos a gestão, em 2015, tínhamos um quadro de pessoal no qual menos de 1/3 era de servidores efetivos. Com grande esforço, chegamos agora em 2017 à marca de mais de 50 mil servidores nomeados. Em algumas carreiras, como a de professor, o índice de efetivos chega a 42%; mas em outras já ultrapassamos os 70% de efetivos. São dados que devem ser comemorados, porque não há dúvida que vão impactar positivamente no desenvolvimento de nossos estudantes”, afirmou a secretária de Educação de Minas Gerais, Macaé Evaristo.

Mais vagas em Minas
Quem gostaria de ingressar na carreira militar, a Polícia Militar de Minas Gerias lançou novo concurso para oficial. São 120 vagas, sendo 12 para mulheres. Podem concorrer candidatos com formação em direito, com idade entre 18 e 30 anos e altura mínima de 1,60m. Quem conseguir classificação, após passar por oito etapas (provas objetiva e dissertativa, avaliações psicológicas, teste de capacidade física, exame de saúde, exame toxicológico, prova oral e de títulos), vai receber r remuneração básica inicial para o posto de cadete do 1º ano do CFO/2018, que é de R$ 5.769,43. Participe aqui. 

Tribunal de Contas de Minas
Também está aberto o período de inscrições para o concurso do Tribunal de Contas de Minas Gerais (TCE/MG). São duas vagas para o cargo de auditor, com salário inicial de R$ 28.947,55. As inscrições já estão abertas e poderão ser feitas até 21 de dezembro. Veja mais detalhes aqui.

Secretaria de Educação da Paraíba define comissão organizadora de novo concurso

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Do CorreioWeb – O governador da Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB/PB), anunciou em seu Instagram os detalhes do novo concurso para a Secretaria de Educação do estado. A comissão organizadora já está formada, o próximo passo é a escolha e contratação da banca, e o lançamento do edital, que deverá ser publicado até 5 de outubro.

Serão oferecidas mil vagas para o cargo de professor de educação básica 3, distribuídas em 12 disciplinas. As chances serão para professores de língua portuguesa (200), matemática (200), geografia (100), história (100), biologia (100), química (100), física (60), língua inglesa (40), educação física (40), sociologia (20), filosofia (20) e artes (20).

As vagas serão distribuídas entre as 14 gerências regionais de educação da Paraíba, em João Pessoa, Guarabira, Campina Grande, Cuité, Monteiro, Patos, Itaporanga, Catolé do Rocha, Cajazeiras, Sousa, Princesa Isabel, Itabaiana, Pombal e Mamanguape. As provas, previstas para dezembro, deverão ser realizadas nos municípios sede de cada gerência regional.

Os profissionais aprovados devem ser convocados já para o ano letivo de 2018. A remuneração básica para professores com graduação é de R$ 2.890, para uma jornada de 30 horas semanais.

Último concurso
Em 2012, a Secretaria de Educação da Paraíba realizou concurso com 2.000 vagas para ingresso no cargo de professor de educação básica 3. As chances eram para professor de língua portuguesa (348), língua inglesa (170), arte (20), história (216), geografia (244), biologia (186), química (178), física (178), matemática (400) e educação física (60)

A remuneração inicial era de R$ 1.222,53 para uma jornada de 30 horas semanais. Os candidatos foram avaliados por meio de provas objetivas de conhecimentos gerais e específicos e avaliação de títulos.

Mil vagas serão abertas pela Secretaria de Educação do Espírito Santo

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Durante cerimônia de posse de 700 aprovados para professor da Secretaria de Educação do Espírito Santo, o governador do estado Paulo Hartung anunciou que até o fim do ano vai lançar novo concurso para a categoria. Serão disponibilizadas 1.000 oportunidades.

 

“Nossa meta é realizar um concurso a cada ano, equilibrando e fazendo a substituição da rede estadual de ensino no sentido de dar continuidade ao processo de ensino e aprendizagem. Precisamos superar os desafios da Educação. O Brasil passa por um período de dificuldades e queremos que as nossas escolas públicas sejam luz para iluminar o conhecimento e portas e janelas de oportunidades para os milhares de jovens”, disse o governador.

 

Segundo o secretário de Estado da Educação, Haroldo Rocha, antes da abertura da nova seleção, a pasta vai realizar um concurso de remoção, para logo depois divulgar o novo edital de abertura.

 

O último concurso público do magistério estadual foi realizado em 2015, com 1.178 vagas para lotação em 76 municípios. As disciplinas oferecidas foram arte (41), biologia/ciências (72), educação física (30), filosofia (14), física (73), geografia (87), história (39), língua inglesa (67), matemática (455), língua portuguesa (218), química (59) e sociologia (23).

Novo concurso da Secretaria de Educação do DF custará mais de R$ 170 milhões

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Helena Mader, Do Correio Braziliense – O governo lançou ontem um pacote de medidas para a educação e a principal novidade é a realização de concurso público para professores, técnicos, monitores e analistas. O GDF não faz seleção pública para contratar docentes desde 2013. O edital do concurso será lançado em 40 dias e serão escolhidos dois mil professores e 900 profissionais das outras categorias do ensino. O GDF também anunciou a criação de uma bolsa para crianças de 4 e 5 anos que não conseguirem vaga na rede pública. Como o Plano Distrital de Educação prevê a universalização do ensino para essa faixa etária até o fim de 2016, o governo vai pagar uma ajuda de R$ 456,17 para cobrir a mensalidade de alunos na rede privada até cumprir a meta. Ao todo, 123 estabelecimentos particulares foram selecionados.

Das 2 mil novas vagas para professores anunciadas ontem pelo governador Rodrigo Rollemberg (PSB), 800 profissionais serão contratados em 2017 e 1,2 mil ficarão inscritos no cadastro reserva e chamados de acordo com as necessidades da Secretaria de Educação. Nos últimos anos, o Ministério Público do Distrito Federal fez reiteradas cobranças para que o GDF reduzisse a contratação de professores temporários e realizasse seleções públicas para servidores do quadro. Para o MP, a admissão excepcional de docentes deve ocorrer somente para substituições temporárias, como atestados médicos e licenças. A Lei Distrital n.º 4.266/08 determina que, no caso de contratações provisórias por inexistência de cadastro de reserva de professores efetivos, o governo deve abrir concurso para preenchimento da vaga em um prazo máximo de 60 dias.

Rollemberg apontou que as contratações são uma boa notícia para a educação e explicou como será o impacto financeiro da medida. “O concurso custará R$ 34 milhões em 2017, R$ 70 milhões em 2018 e R$ 70 milhões em 2019.” O valor é inferior no primeiro ano porque as convocações devem ocorrer a partir de julho de 2017.

A decisão de fazer o concurso foi intensamente debatida com a equipe econômica do GDF. Os gastos de pessoal do governo estão enquadrados no limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal. Isso significa que o Executivo fica sujeito a restrições para contratações e concursos. Mas a legislação abre exceções em áreas estratégicas, como a saúde e a educação. Saiba mais em: Secretaria de Educação vai abrir 2.900 vagas até agosto, assegura Rollemberg

Deficit maior

O diretor de imprensa do Sindicato dos Professores, Cláudio Antunes, explica que o concurso era uma grande necessidade da rede pública. Mas, para ele, o número necessário de vagas é maior. “O concurso não serve apenas para resolver o problema imediato. Ele tem validade de dois anos, podendo ser prorrogado por mais dois. Desde o início do ano passado, 1 mil professores já se aposentaram. A demanda é alta e continuará assim nos próximos anos. O governo deveria selecionar, pelo menos, 4 mil professores”, justifica. O DF tem 30 mil docentes na ativa e cerca de 12 mil inativos. Sobre o pagamento de bolsa aos estudantes, Antunes disse que a medida é temerária. “Em vez de construir escolas e contratar mais professores, o governo está comprando vagas em escolas particulares. É um subterfúgio para conseguir cumprir as metas do Plano Diretor de Educação”, disse.

 

Leia também: Governo divulga edital de concurso público do Corpo de Bombeiros com 779 vagas
Para o presidente da Associação de Pais e Alunos do Distrito Federal (Aspa/DF), Luís Cláudio Megiorin, a universalização do ensino para essa faixa etária é positiva. “Apesar de o pagamento de bolsas para a rede privada ser polêmico, o GDF sabe que, se não oferecer essas vagas, os pais vão recorrer à Justiça e ganharão o direito à matrícula. Então, o governo está se antecipando. Acredito que esse pagamento de bolsa seja apenas por um período curto, até que haja tempo e recursos para construir novas escolas para o atendimento dessa demanda”, afirmou Megiorin, que elogiou a realização de concurso para professor.

Outra novidade anunciadas pelo governo ontem é a realização de simulados do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). A medida vai beneficiar 42 mil estudantes da terceira série do ensino médio. O GDF também vai abrir 3,8 mil novas vagas para os cursos dos 14 Centros Interescolares de Línguas e assegurar isenção da inscrição do Programa de Avaliação Seriada da UnB para estudantes com renda familiar per capita de até um salário mínimo e meio.

Governador autoriza abertura de quase 5 mil vagas em São Paulo

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Lorena Pacheco – Que São Paulo é conhecido por oferecer muitas vagas no serviço público isso já sabemos, mas parece que o estado quer sempre se superar. Desta vez, o governador Geraldo Alckmin autorizou num só dia 4.939 oportunidades destinadas à Secretaria de Educação. De acordo com despachos divulgados no Diário Oficial local, serão abertos 2 mil cargos para professores, 1.878 para diretor de escola, 990 para agentes de organização escolar e 71 para agente de serviços escolares. As oportunidades serão oferecidas em processos seletivos simplificados com contratos temporários de, no máximo, 12 meses.

 

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Passou em um concurso e ainda não foi chamado? Saiba o que fazer

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Jéssica Gotlib, do Correio Braziliense – Passar em um concurso é o sonho de muita gente, especialmente na capital federal em que 9,9% da população é formada por servidores: há 69 mil pessoas ocupadas no setor público no Distrito Federal, segundo o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese). A façanha, no entanto, pode virar pesadelo quando os órgãos demoram demais para convocar os selecionados ou nem chegam a nomeá-los.

O músico Bruno Souza, 26 anos, sofre com essa angústia há dois. Primeiro colocado para a vaga de professor de bateria na seleção da Secretaria de Educação do Distrito Federal, aplicada no fim de 2013, ele ainda não sabe quando poderá começar a trabalhar. “Na época, fiquei muito surpreso e feliz porque só tinha uma vaga para meu instrumento, além disso a prova estava muito difícil. Estudei muito, mas nem deu para comemorar direito”, lembra. “Cheguei a ligar algumas vezes há muito tempo para a Secretaria de Educação, mas não disseram nada. Só me resta esperar”, relata ele, que é dono de uma escola de música na Asa Norte. No concurso de que Bruno participou, a classificação final do certame saiu em abril de 2014; no mesmo ano, foram convocados profissionais de outras áreas. Em segunda convocação, algumas pessoas de música foram nomeadas, mas o baterista ainda não estava entre elas. Na última sexta-feira (8), o governador Rodrigo Rollemberg afirmou que 69 aprovados foram convocados pela Secretaria de Educação na quinta-feira (7) e anunciou que 4,6 mil temporários devem ser contratados para o início do ano letivo. No entanto, o gestor prometeu novo concurso público para a pasta até junho.

Aprovadas na seleção da Secretaria de Saúde, promovido em outubro de 2013, as técnicas em enfermagem Cláudia Ferreira, 45 anos, e Katiara Matos, 35, vivem o mesmo drama. Até agora, o órgão nomeou pouco mais de 300 aprovados para as 1.152 vagas ofertadas para a especialidade delas no edital. “Foi muito tempo de estudo e dedicação para passar, é nosso direito”, cobra Cláudia. “Nos últimos concursos, chamaram até 4 mil pessoas e era bem mais rápido. Agora, até ouvimos pelos corredores que o governo pretende contratar terceirizados em vez de empossar os aprovados”, adiciona Katiara. Segundo a assessoria de imprensa da pasta, há expectativa de convocar os selecionados, mas não há previsão de data.
Classificados no Metrô-DF são outros que passam pela situação. Aprovados no certame de 2014 para a área de segurança criaram uma comissão para juntar provas contra o Governo do Distrito Federal. Eles alegam que o Poder Executivo local paga uma empresa de vigilantes terceirizados em detrimento dos concursados. “É ruim para os usuários, pois temos funções que os terceirizados não podem exercer — como primeiros-socorros e apreensão de armas e drogas —, o que gera perdas para nós e para os cofres públicos”, afirma João da Silva Neto, 43 anos. Ele conta que, segundo dados levantados pela comissão, os custos de manter os contratos temporários, a cada ano, é R$ 11 milhões mais caro do que se o governo convocasse todos os aprovados. A Assessoria de Imprensa do Metrô-DF afirmou que as atribuições dos vigilantes terceirizados e dos seguranças contratados são diferentes: segundo o órgão, os primeiros têm função patrimonial e porte de arma, enquanto os últimos se encarregam atendimento a usuários.

Legislação e processos

Para Maria Thereza Sombra, diretora da Associação Nacional dos Concursos Públicos (Anpac), a demora dos órgãos em nomear candidatos aprovados está ligada à falta de uma lei federal que regule o tema. “É uma questão de má vontade política. Há mais de 10 anos, estamos lutando pela criação do Estatuto do Concurso Público, mas ele não sai da gaveta dos gabinetes, pois há um grande interesse de terceirizar serviços”, argumenta.

 

Quando foi proposto no Senado, o Projeto de Lei (PL) nº 252/2003 foi chamado de Lei Geral dos Concursos e era visto como um recurso decisivo para diminuir os impasses judiciais sobre o tema. A medida visa dar mais transparência às seleções, exigindo que todos os aprovados dentro das vagas sejam convocados e extinguindo certames com finalidade exclusiva de formar cadastro de reserva. O PL está parado na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados desde abril de 2014 e não tem data para entrar na pauta de votação. Atualmente, o entendimento sobre o tema se baseia em precedentes jurídicos e em decisão sobre a nomeação de candidatos publicada em dezembro de 2015 pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

 

Em nível distrital, foi sancionada, há três anos, a Lei nº 4.949/2013. Semelhante à proposta que tramita no Congresso Nacional, a norma estabelece intervalo mínimo de 90 dias entre o edital e a prova e proíbe a realização de duas seleções do Governo do Distrito Federal no mesmo dia. Também determina que todos os aprovados, dentro do número de vagas, sejam convocados e desautoriza certames feitos só para formação de cadastro de reserva. Para o advogado Adovaldo Medeiros Filho, do escritório Alino & Roberto e Advogados, “a lei pode acelerar processos locais”.

 

Apesar da estagnação nos trâmites da lei nacional, Maria Thereza Sombra, da Anpac, informa que 2016 será um bom ano para os selecionados em 2014 e 2015, uma vez que a promessa do governo é de que todos sejam empossados neste ano. “A Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2016 foi aprovada ainda em dezembro de 2015. Isso faz com que o governo comece o ano com o caminho livre para fazer seleções e convocar aprovados”, esclarece. Ela informa ainda que o ministro do Planejamento, Valdir Simão, adiantou que os órgãos terão autorização para continuar contratando em cargos essenciais.
Questão de lucro?
Um ponto de divergência quando o assunto é o atraso (ou a falta) de nomeação de selecionados é sobre o montante arrecadado com as inscrições dos processos seletivos, quando são realizados em casos em que ainda há aprovados de certame do mesmo tipo ainda não empossados. “É difícil dizer se alguém lucra com as seleções e quem seriam essas pessoas, porque todos os valores são divididos com base em contratos feitos entre a banca examinadora e o órgão contratante”, opina o advogado Adovaldo Medeiros Filho.

 

No livro Contratação direta sem licitação, publicado em 2000, o jurista Jorge Ulisses Jacoby Fernandes defende que a administração pública e a banca podem fazer um tipo de contrato chamado “de risco”, em que a empresa contratada fica com os valores pagos nas inscrições como forma de remuneração. Essa posição está baseada, principalmente, em decisões do Supremo Tribunal de Justiça (STJ), que considerou que as instituições aplicadoras têm o direito de ficar com o dinheiro da taxa e que essa deve servir apenas para custear os gastos com a organização das provas.

 

Em contraponto, o Tribunal de Contas da União (TCU) publicou acórdão em 2008, em que considerou os recursos advindos das inscrições como públicos; portanto, seria ilegal que eles fossem revertidos em lucro para as bancas. O argumento contrário a essa tese, porém, é de que os órgãos não teriam nem estrutura nem experiência necessárias para efetivar os processos de contratação.

Passei e não fui chamado. O que eu faço?
Se você está classificado dentro do número de vagas, o direito à posse está garantido. O candidato não precisa juntar provas. Basta esperar até o fim da validade do edital e entrar com a ação judicial. Para aprovados em cadastro reserva (que se trata de uma expectativa de direito), é preciso juntar provas de que houve a preterição em função de trabalhadores terceirizados ou de novo concurso aberto dentro da validade deste, para que o juiz possa analisar o processo. Servem como provas: publicações no Diário Oficial da União de processos licitatórios, edital do novo concurso ou documentos conseguidos via Lei de Acesso à Informação. É preciso estar atento às atribuições dos cargos, que devem ser exatamente as mesmas. A Associação Nacional de Proteção e Apoio aos Concursos (Anpac) oferece assistência para os interessados. Informações podem ser obtidas pelo site: www.anpac.org.br