como-estudar-para-concurso Foto: Divulgação/O Imparcial estudo para concursos

Quer ser um dos 375 aprovados na CGU? Especialistas dão dicas de como alcançar o objetivo

Publicado em Concursos, Concursos Públicos, Governo federal

Faltam menos de três meses para a prova e os professores te dão dicas de ouro para a reta final

Karolini Bandeira*- A Controladoria-Geral da União (CGU) segue com inscrições abertas para 375 vagas efetivas! A oportunidade é única e não tem como ir despreparado. Por isso, conversamos com quem realmente entende do assunto para te ajudar a seguir com os estudos a todo vapor e conquistar a tão desejada aprovação.

O especialista em Controle Governamental e professor do Gran Cursos Online, Eduardo Cambuy, já foi direto ao ponto: para ele, é quase impossível começar a se preparar faltando pouco mais de dois meses para a prova de um concurso de grande porte, como o da CGU, e conseguir ser aprovado. O ideal, segundo o professor, é já ter uma boa jornada de estudos percorrida e, nesta altura, apenas reforçar e revisar o que já foi aprendido. “Em qualquer exame, já temos uma reta final a partir da publicação do edital — sobretudo para esses concursos com alta concorrência que são mais difíceis. Não é uma prova para começar os estudos e obter a aprovação em três meses. Na reta final, o que se espera do candidato é que ele tenha já materiais preparados e anotados para que possa aumentar o ciclo de revisão e exercícios, principalmente dos principais pontos que têm maior peso na prova.”

Em concordância a Cambuy, o auditor do TCU e especialista em regimentos e legislações específicas do IMP Concursos, Emerson Douglas, ressalta que o edital, além de ter saído na véspera de Natal, época em que acabamos flexibilizando nossas obrigações, tem um período de intervalo curto com relação à prova. A preparação “ideal”, para o professor, não é possível de ser feita em menos de três meses.

Foco nas específicas

Um conselho de Cambuy aos candidatos é “dar muita atenção às áreas especializadas. “Como temos muitas áreas especializadas, o candidato deve ficar atento a cada uma delas. Por exemplo, na área de auditoria e fiscalização, todas as matérias têm um peso igual, então não há uma que se sobrepõe à outra. Já na parte de combate à corrupção, temos uma matéria que tem o dobro do peso de todas as demais, que é direito administrativo sancionador. Nesses pontos, o candidato deve dar uma atenção maior”, aconselha.

Para o professor, a chave para uma boa pontuação é “manter o foco nas matérias básicas, garantir a pontuação nas matérias essenciais e fazer a diferença naquilo que é específico de cada área”.

“Quem vai enfrentar um concurso desse nível, dessa envergadura, tem que ter em mente as específicas. Uma atenção especial para Legislação Específica, porque realmente o que muda de um concurso para outro radicalmente é isso: a legislação específica. Ou seja, a legislação que trata da estrutura da CGU”, destaca Douglas. Isso, claro, “sem descuidar dos demais”.

O local escolhido faz diferença?

Como sabemos, as oportunidades estão distribuídas entre o Distrito Federal e os estados da região norte. Para o cargo de técnico, há 51 vagas para o Distrito Federal. As outras 24 são para estados da região norte. Já para auditor, são 174 vagas para o DF e 126 para a região norte.

Em um concurso grande, todo detalhe faz diferença. O dilema é: será que é melhor apostar em locais com menos concorrência? Ou seria melhor escolher o que tem mais vagas? Os candidatos com essa dúvida não precisam se preocupar muito, porque, para os especialistas, não há uma escolha certa.

“Muitas vezes, você faz a escolha do local pela concorrência e se arrepende, porque o pensamento que você teve, boa parte da concorrência também pode ter. O local acaba se tornando um local altamente concorrido”, diz o professor Eduardo Cambuy. Uma dica do profissional ao candidato: “Não focar no local, mas sim no objetivo e propósito de localização e qualidade de vida geográfica.”

“Historicamente falando de concursos em geral, Brasília vai sim ter muito mais inscritos. Mesmo tendo mais vagas, Brasília costuma ter uma concorrência maior e, por esse motivo, a tendência é que a nota de corte seja maior. Vai do feeling de cada um. Um concurso desse nível terá uma nota altíssima em todos os lugares, então não tem para onde correr”, comenta o especialista Emerson Douglas.

E se o especialista fosse um candidato? O que ele faria?

E se os professores estivessem no lugar dos alunos, o que eles fariam? Cambuy afirma que, se estivesse estudando para a CGU, neste momento, se dedicaria especificamente em rever as matérias que já teve contato. O foco do professor, segundo o mesmo, seria “em garantir uma pontuação mínima de 80 ou 90%, ou quem sabe, até gabaritar as matérias básicas” e, faltando pouco mais de dois meses para a prova, apostar em simulados, testes, mapas mentais e quadros, “Ou seja, tudo que facilitasse a memorização e o armazenamento de informações”.

O especialista enfatiza: “Em nenhum momento, nesse processo, eu começaria o estudo de uma matéria do zero porque estamos na reta final e, dificilmente, conseguiria ficar competitivo. Esse tipo de concurso é uma área de difícil acesso com muita concorrência. A estatística mostra que, dificilmente, uma pessoa que começa a estudar quando sai o edital é aprovada. A concorrência é preparada e já teve contato com as principais matérias.”

Mensagem dos professores aos candidatos

Para Cambuy, o candidato do concurso para a CGU tem que ter uma palavra em mente: paciência. “Um dos principais erros cometidos por quem começa a estudar para concursos é acelerar mentalmente o processo de aprovação, sendo que, na prática, não é assim. A gente precisa ter paciência porque muitas vezes quando isso acontece a gente fica frustrado, desmotivado e desiste dos nossos objetivos. Então, a palavra-chave para quem vai começar um processo de estudo para concurso de alto nível é paciência. Esses concursos têm menos incidência e saem esporadicamente e você tem que se preparar de médio a longo prazo (em torno de um ano de preparação) para ter alto rendimento nesse tipo de prova.”

“Vai valer cada gota do teu suor, cada gota de lágrima, cada gota de sangue que você investir nesse concurso. Você vai trabalhar numa casa maravilhosa e ter uma remuneração que você merece. Não esmoreça”, finaliza o professor Emerson Douglas.

 

Saiba tudo sobre o concurso aqui:

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*Estagiária sob supervisão de Mariana Fernandes