486c9d21-84bd-4fb1-8324-3d59085f2fe9 Lohana Chaves/Funai

No segundo dia do Acampamento Terra Livre, presidente da Funai anuncia que solicitará novo concurso

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Presidente da Funai, Joênia Wapichana, anunciou que vai pedir a abertura de concurso já para este ano. Em 2024, deverão ser requeridos outras seleções mais específicas

Por Rádio Agência Nacional – O fortalecimento da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) foi mais uma pauta debatida nesta terça-feira (25), durante o segundo dia do Acampamento Terra Livre, em Brasília.

Presente no evento, no centro de Brasília, a presidenta da Funai, Joênia Wapichana anunciou que vai pedir a abertura de concurso, para recompor o quadro de servidores. Ela quer que, ainda este ano, seja publicado o edital para preenchimento de mais de 500 vagas ociosas.

“A expectativa é que aconteça a realização ainda neste ano. Isso se a Presidência aprovar e o Ministério da Gestão também possibilitar isso. É urgente. São mais de mil (vagas ociosas), mas a gente vai requerer um número de 500 e poucos, para que haja um atendimento já este ano. Mas, para o ano que vem, estamos requerendo concursos mais específicos, regionalizados, com outros cargos. Porque esses aí são de cargos vagos (…) concursos mesmo para possibilitar uma melhor estrutura da Funai, vamos precisar no ano que vem também”.

Mas antes disso, Joênia Wapichana destacou que enviou ao Ministério de Gestão e Inovação, um pedido de aprovação de um plano de cargos e remunerações para os servidores da Funai.

“É uma necessidade que se faça, inclusive, antes do próprio concurso. Para que torne mais atrativo, digamos assim. Porque tem muitos que fazem concurso para a Funai, mas quando chega no exercício, acaba desistindo por conta do salário, por conta do reconhecimento. Então, o plano de carreiras é essencial para fazer este reconhecimento”.

Também presente na plenária desta terça, a ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara destacou as conquistas na atual gestão, incluindo a criação da pasta. No entanto, disse que não é hora de baixar a guarda na luta por direitos. Acrescentou que o movimento anti-indígena quer mudanças no Congresso.

“Esse protagonismo está sendo ameaçado todos os dias. Nós continuamos com o Congresso Nacional ali, na sua maioria, conservador e anti-indígena. Inclusive pedindo a extinção do Ministério dos Povos Indígenas. Já são sete medidas protocoladas no Congresso Nacional para que a demarcação de terras indígenas não fique no Ministério dos Povos Indígenas e volte para o Ministério da Justiça”.

A ministra ainda mencionou que vem dialogando com estados e municípios, para reforçar a luta pelos direitos dos povos originários. Segundo ela, 11 estados já anunciaram a criação da Secretaria Estadual dos Povos Indígenas e que a intenção é chegar aos demais.