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Concurso PMGO: candidatos denunciam possível fraude em provas

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“O Instituto AOCP recebeu uma série de denúncias e reclamações por parte de vários candidatos de possíveis fraudes ocorridas na aplicação da prova do concurso público na data de 10 de julho”, comunicou a banca do certame

Candidatos denunciam possível fraude em provas do concurso da Polícia Civil de Goiás  aplicadas no último domingo (10/7). O certame visa o preenchimento de mais de 1,5 mil vagas, cujo o vencimento chega a  R$ 6,3 mil. Segundo a banca organizadora, o Instituto AOCP foram registrados 50 mil candidatos inscritos na seleção.

Segundo alguns estudantes,  foram divulgadas fotos, aparentemente tiradas por uma candidata, das folhas de respostas sem preenchimento, da folha definitiva da prova discursiva e da folha de ensalamento. É válido lembrar que todos os candidatos no momento deveriam estar com os seus celulares desligados e dentro de um envelope, fornecido pela banca, lacrados.

A banca organizadora enviou um comunicado na última terça-feira (12/7) e afirmou que a foto foi tirada antes da entrega da realização das provas. “Não ocorreu nenhuma violação de sigilo das provas do concurso público que possa ocasionar a anulação das mesmas”, ressalta o instituto.

A Secretaria de Estado da Administração de Goiás (Sead-GO) exigiu que a organizadora apure o vazamento destas fotos e a identifique quem foi responsável pela fotografia na intenção de tomar as medidas necessárias. Entretanto, o documento emitido pelo instituto afirma que as provas não serão anuladas e que a candidata será eliminada da seleção.

Além desta foto, foram vazadas outras fotografias como explica o comunicado. Uma é referente a documentos administrativos do concurso público que foram tiradas em um ambiente reservado e exclusivo. A outra trata-se de caderno de provas de um determinado candidato, no qual é coerente lembrar que os candidatos poderiam levar seus cadernos de provas.

“Esclarecemos que não ocorreu nenhum fato que pudesse comprometer a lisura do concurso público realizado, bem como a divulgação do gabarito das provas antes do momento disposto no Edital do Concurso”, afirmou a banca.

O exame foi constituído por 50 itens e aplicados em em Goiânia, Itumbiara, Luziânia, Rio Verde e Uruaçu. A prova foi composta pelas seguintes disciplinas:

  • Língua Portuguesa (dez);
  • Realidade étnica, social, histórica, Classificatório geográfica, cultural, política e Econômica
  • do Estado de Goiás (cinco);
  • Noções de Direito Penal (cinco);
  • Noções de Direito Constitucional (seis);
  • Noções de Direito Processual Penal (cinco);
  • Noções de Direito Administrativo (seis);
  • Noções de Direito Penal Militar (quatro);
  • Noções de Direito Processual Penal Militar (cinco); e
  • Legislação Extravagante (quatro).

Dois editais

A PM-GO à época lançou dois editais. Juntos os documentos somam 1670 vagas. Um deles oferta 150 vagas, sendo 100 cadetes (90 homens e dez mulheres) e 50 são para oficiais médicos, odontológicos e psicólogos. Já o segundo oferece 1.520 vagas, sendo 1.500 para soldados combatentes e 20 para soldados músicos. As oportunidades estão distribuídas por diversas sedes regionais. Ganhos mensais podem chegar a R$13.901,60 e variam conforme o cargo.

Confira aqui o edital para o cargo de soldado.

Para se candidatar a um dos cargos foi necessário nível superior completo. Além disso, era exigido que os candidatos tivessem entre 18 e 30 anos de idade, com exceção do cargo de oficiais, em que idade pode chegar a 35 anos e para a função de cadete, 32 anos. Dentre os requisitos também é preciso possuir habilitação na categoria “B” e a altura mínima exigida varia:

  • 1m65 para homens;
  • 1m60 para mulheres.

As próximas etapas da seleção serão o Teste de Aptidão Físico (TAF), Exames médicos e psicológico e Investigação social.

*Estagiária sob supervisão de Mariana Fernandes