Hmib vence concurso na área de inovação no setor público

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Após concorrer com outros 241 projetos, o Hospital Materno e Infantil de Brasília (Hmib) foi um dos vencedores do 23º Concurso Inovação no Setor Público, promovido pela Escola Nacional de Administração Pública (Enap)! A comissão de avaliadores do concurso selecionou 30 iniciativas para a final da edição. O Hmib foi o único selecionado do Governo do Distrito Federal na categoria em que concorreu.

O projeto vencedor foi sobre a criação de uma plataforma no Google Docs, disponibilizando informações públicas sobre o hospital, como números de atendimentos, internações, cirurgias, partos, exames, materiais, medicamentos, satisfação dos usuários e custos de cada setor.

O trabalho concorreu na categoria Inovação em Processos Organizacionais, Serviços ou Políticas Públicas no Poder Executivo Estadual/Distrital. Com o título Gestão na Saúde baseada em indicadores: Case Hmib, a equipe de Planejamento ficou entre os 30 selecionados que chegaram à final. O concurso foi divido em mais duas categorias: Inovação em processos organizacionais no Poder Executivo federal e Inovação em serviços e políticas públicas no Poder Executivo federal.

 

HMIB mapeado

“O desenvolvimento desta plataforma onde todo nosso hospital está mapeado, tanto na parte assistencial, quanto na administrativa, é um facilitador para nós, gestores. Por meio desses dados, podemos promover e monitorar ações para uma melhor assistência ao usuário”, ressaltou o diretor do Hmib, Rodolfo Alves Paulo de Souza.

“Serve também como ferramenta para alunos, pesquisadores e para que a população possa acompanhar o que acontece aqui dentro. É uma ferramenta bastante eficiente na questão da organização dos dados e da transparência, o que nos enche de orgulho”, destaca a gerente de Planejamento, Monitoramento e Avaliação do Hmib, Elenilde Ribeiro Costa.

A iniciativa é promovida todos os anos pela Enap, desde 1996, em parceria com o Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão. O intuito é valorizar as equipes de servidores públicos que se dedicam a pensar nas atividades cotidianas de uma maneira diferente, inovadora, que traga benefícios à gestão das organizações e às políticas públicas, contribuindo para a melhoria da qualidade dos serviços prestados à população.

A cerimônia de premiação acontecerá durante a 5ª Semana de Inovação, a ser realizada em Brasília entre os dias 4 e 7 de novembro.

Hemocentro: aprovados fazem doação para ressaltar falta de servidores

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Victória Olímpio* – A Fundação Hemocentro de Brasília (FHB) sofre devido à falta de funcionários e ao alto número de atestados requeridos pelo excesso de volume de trabalho. De acordo com o GDF, o Hemocentro apresenta deficit de 33% do número de servidores, ou seja, dos 450 cargos existentes, 149 estão vagos. A Secretaria de Economia informou que a última nomeação para o Hemocentro foi realizada em outubro de 2017, quando 70 dos 79 nomeados entraram em exercício (não houve nova nomeação para suprir as vagas dos que não tomaram posse, embora a FHB tenha solicitado), e que todos os candidatos aprovados, dentro do número de vagas do edital, foram convocados.

Para tentar sanar o problema, em abril de 2019, a Fundação Hemocentro de Brasília solicitou autorização à Secretaria de Economia para nomear 33 analistas e 67 técnicos. Apesar da aprovação, o processo de nomeação está parado na pasta.

Atualmente estão sendo analisados os aspectos financeiros relacionados à solicitação de contratação de novos servidores que integram o cadastro reserva do último concurso – a validade do concurso de provimento para técnicos e analistas de atividades do Hemocentro foi prorrogada até 2021.

Ao Papo de Concurseiro, a FHB ressaltou que não há “racionamento” de sangue nem desabastecimento da hemorrede do Distrito Federal. No entanto, a fundação tem executado suas ações de maneira limítrofe. Devido ao déficit de profissionais, há um comprometimento do horário de funcionamento para atendimento ao público, escalas exaustivas de trabalho – que contribuem para apresentação de atestados médicos –, bem como lentidão nos processos internos para aquisições de insumos e serviços.

Foto: Arquivo pessoal

Ação

Com o objetivo de chamar a atenção do Governo do Distrito Federal para a atual situação do órgão, nesta semana foi realizada uma campanha de doação de sangue no Hemocentro de Brasília pela comissão de aprovados do concurso, onde participaram cerca de 20 candidatos.

Na ocasião, eles constataram a falta de servidores, já que no espaço de coletas havia várias baias de atendimento vazias, o que aumenta o tempo de espera e causa lesões por esforços repetitivos, por exemplo.

 

Último concurso do Hemocentro

O último concurso foi realizado em 2016, com 400 vagas, sendo 79 para contrato imediato e 321 para formação de cadastro reserva, para os cargos de analista e técnico de atividades. De acordo com o edital, os salários são de R$ 5.820 e R$ 3.705, respectivamente. A seleção foi realizada por provas objetivas e discursivas para todos os cargos, além de avaliação de títulos para os candidatos que concorreram ao cargo de nível superior.

No cargo de analista de atividades – de nível superior – foram chances nas especialidades de administração, arquivologia, assistência social, biologia, biomedicina, contabilidade, direito e legislação, economia, enfermagem, estatística, farmácia, fisioterapia, jornalismo, odontologia, psicologia, relações públicas e tecnologia da informação. Já as oportunidades de nível médio foram para técnico de hemoterapia e hematologia, técnico de informática, técnico em contabilidade, técnico em radiologia e técnico em saúde bucal.

 

Hemocentro é órgão essencial para o SUS no DF

O Hemocentro, fundação que coordena o Sistema de Sangue, Componentes e Hemoderivados (SSCH), é responsável pelo atendimento de 100% das demandas de sangue do Sistema Único de Saúde (SUS) no Distrito Federal e também pelo suprimento de insumos e equipamentos e pela coordenação das 13 agências transfusionais dos hospitais públicos do DF.

O Hemocentro atualiza frequentemente o nível do estoque de sangue. O tipos sanguíneos O+, AB- e B- são os que atualmente se encontram em menor quantidade. Confira aqui e contribua com as doações você também!

* Estagiária sob a supervisão de Lorena Pacheco  

2.420 vagas: Seleção do Iges/DF tem mais de 11 mil inscritos em menos de dois dias

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Em menos de 48 horas após o lançamento do edital do processo seletivo aberto pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (Iges-DF), para contratação de 2.240 profissionais de saúde, as inscrições já chegaram à marca de 11.598 cadastrados, segundo o Governo do Distrito Federal (GDF). As chances são para lotação no Hospital de Base, no Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) e nas seis Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) locais.

Além das vagas de preenchimento imediato, o objetivo da seleção também é formar cadastro reserva de aprovados. As inscrições podem ser feitas até o próximo domingo (19/5). Saiba como aqui.

Para o HRSM são oferecidas 1.190 oportunidades, sendo 280 para técnico de enfermagem, 190 para enfermeiro e 127 para médico plantonista. Para o Hospital de Base são 701 vagas, sendo 255 para técnico de enfermagem, 55 para enfermeiro e 36 para clínico médico. Para as UPAs, por sua vez, são 529 oportunidades, sendo 152 para técnico de enfermagem, 76 para enfermeiro e 53 para médico plantonista.

O GDF tem pressa, A previsão é de que os aprovados para o Hospital de Base devem ser convocados ainda em maio. A prioridade é para o chamamento de médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem. O governo planeja convocar os profissionais das UPA’s e para o HRSM em junho, quando a administração dessas sete unidades será completamente transferida para o Iges-DF.

Justiça determina substituição de temporários precários na Saúde do Rio

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A 5ª Promotoria de Tutela Coletiva da Saúde da Capital, no Rio de Janeiro, determinou que o município substitua, em caráter definitivo, os profissionais de saúde contratados temporariamente por aprovados em concursos públicos. O objetivo é sanar a carência de profissionais verificada nos hospitais municipais Souza Aguiar, Salgado Filho, Francisco da Silva Telles, Álvaro Ramos, Barata Ribeiro, Lourenço Jorge, Miguel Couto, Paulino Werneck, da Piedade, Raphael de Paula Souza e Rocha Maia. Para tanto, serão convocados os classificados no concurso de 2013.

A decisão foi provocada por uma ação civil proposta pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro e tomada no último 24 de abril.

Em 180 dias, o município deverá apresentar levantamento atualizado sobre a existência de profissionais com vínculos precários na rede hospitalar de saúde municipal, além da relação, por unidade, dos cargos vagos existentes e do quantitativo de profissionais contratados temporariamente ou com vínculo de natureza precária para o exercício de função de natureza permanente.

Um estudo ainda deve ser elaborado e apresentado relatando a real e atual necessidade de pessoal nas unidades hospitalares mencionadas. Deverão ser incluído ainda dados sobre o montante orçamentário gasto anualmente com as contratações temporárias e precárias realizadas desde 2009.

De acordo com o promotor de Justiça Titular da 5ª Promotoria de Tutela Coletiva da Saúde da Capital, José Marinho Paulo Junior, o intuito do MP é sensibilizar os gestores públicos sobre a necessidade de garantir os direitos de aprovados em concursos, que não podem ser preteridos pela administração pública, sendo irregularmente substituídos a partir de contratações temporárias. “Prática irregular que, em geral, onera os cofres públicos e prejudica a qualidade da prestação dos serviços à população.”

 

Confira aqui a petição inicial.

* Com informações do MPRJ

Iamspe é autorizado a abrir novo concurso com 219 vagas

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O Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual de São Paulo (Iamspe) foi autorizado a abrir novo concurso público. Por meio de despacho, o governador Márcio França autorizou a abertura de 219 vagas, sendo 54 oportunidades para agente técnico de assistência à saúde, duas para cirurgião dentista e 163 para médicos I. De acordo com a assessoria do órgão, ainda não há data definida para publicação do edital de abertura.

Veja os salários de cada posto abaixo:

  • Agente técnico de assistência à saúde – R$ 1.996,53
    Médico – R$ 4.476,37
    Cirurgião dentista – R$ 2.458,14
Foto: Reprodução/Diário Oficial SP
Foto: Reprodução/Diário Oficial SP

Sobre o Iamspe

De acordo com informações do instituto, o Imaspe oferece atendimento a 1,3 milhão de usuários por meio de uma rede própria e credenciada distribuída em 173 municípios do estado. São 80 hospitais, além do hospital próprio de alta complexidade, o Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE), instalado na Capital. Maior hospital da rede Iamspe, o hospital possui 721 leitos, 949 médicos, 2.020 profissionais de enfermagem e oferece atendimento de alta complexidade em 51 especialidades médicas.

O Iamspe possui ainda 17 postos de atendimento próprio localizados nas cidades de Assis, Araçatuba, Araraquara, Barretos, Bauru, Campinas, Franca, Marília, Piracicaba, Presidente Prudente, Ribeirão Preto, Santos, São João da Boa Vista, São José dos Campos, São José do Rio Preto, Sorocaba e Taubaté.

A rede oferece ainda 80 laboratórios de análises clínicas e de imagem, clínicas de fisioterapia e mais de 2.577 médicos credenciados que atendem em consultórios e clínicas particulares.

Conselho Regional de Psicologia de São Paulo

O CRP/SP abriu um novo concurso público com 275 vagas de nível superior. Do total de chances, sete são imediatas e 268 para formação de cadastro reserva. Os salários são de R$ 6.197,58, para 40 horas semanais. As oportunidades são para os cargos de analista superior (1) e psicólogo técnico (6).

Os contratados devem atuar no municípios de São Paulo, Assis, Bauru, Campinas, Mogi das Cruzes, Ribeirão Preto, Santos, São José do Rio Preto e Sorocaba , e nas Regiões do Grande ABC e do Vale do Paraíba.

As inscrições podem ser realizadas até 10 de outubro. A taxa é de R$ 75. Os inscritos são avaliados por meio de prova objetiva, discursiva, avaliação de títulos e experiência profissional. As primeiras etapas estão previstas para 25 de novembro. Saiba como concorrer aqui!

Sesap/RN anuncia novo concurso com mais de 400 vagas

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Do CorreioWeb – A Secretaria de Saúde Pública do Rio Grande do Norte (Sesap/RN) anunciou a realização de um novo concurso público para provimento de 404 cargos integrantes do quadro de pessoal efetivo. A Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) foi contratada para organizar o certame, mas ainda não há uma previsão de publicação do edital.

 

As chances serão para médicos (176), enfermeiros (60), assistente social (1), engenheiro de segurança do trabalho (1), farmacêutico (1), farmacêutico químico (1), fisioterapeutas (3), fonoaudiólogo (1), nutricionista (1), psicólogo (1), administradores (3), contadores (3), terapeuta ocupacional (1), técnico em radiologia (1), técnicos em enfermagem (155) e técnicos de biodiagnóstico (6).

 

O certame será válido por dois anos, podendo ser prorrogado pelo mesmo período. A data estimada de homologação do resultado é 15 de junho do ano que vem.

 

Último concurso

Em 2010, a Fundação Professor Carlos Augusto Bittencourt (Funcab) organizou o último certame para a Sesap/RN. Foram oferecidas 2.450 vagas de níveis médio e superior, com remunerações que variaram de R$ 800 a R$ 3,2 mil. As provas objetivas foram aplicadas em  Natal, Caicó e Mossoró.

 

Graduados puderam concorrer para os cargos de anestesiologista, médico broncoscopista, cardiologista, cirurgião, clínico geral, endoscopista, geneticista, gineco-obstetra, pneumologista, psiquiatra, psiquiatra infantil, tomografista, médico do trabalho, ultrassonografista, urologista, biomédico, enfermeiro e farmacêutico, entre outros. Para nível médio, as chances foram para técnico em análises clínicas, necrotomista, técnico em enfermagem, técnico em hemoterapia e técnico em radiologia.

 

Os aprovados foram lotados nos municípios de Natal, Parnamirim, Macaíba, São José do Mipibu, Santo Antônio, Canguaretama, Mossoró, Apodi, Caraúbas, João Câmara, Caicó, Currais Novos, Acari, São Paulo do Potengi, Pau dos Ferros, Assu e Angicos.

“300 vagas não é nem 10% da necessidade de médicos nos hospitais de Brasília”, diz sindicato

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Lorena Pacheco e Andressa Paulino* – Após o lançamento de um novo edital de concurso público para o Distrito Federal, com vagas para médicos em quatro especialidades nesta quarta-feira (18/10), o presidente do Sindicato dos Médicos do Distrito Federal, Gutemberg Fialho, afirmou ao Correio que o concurso não cobrirá o deficit de profissionais na rede pública, mas já é um avanço. “300 vagas não é nem 10% da necessidade de médicos nos hospitais de Brasília. Sendo otimista, para suprir a brecha de profissionais, seria preciso de, no mínimo, 4 mil”, disse.

Sobre o salário oferecido aos profissionais de saúde – R$ 6.327 para 20 horas de trabalho semanal, a assessoria do GDF afirmou que o salário para médicos definido no concurso é estabelecido em lei, e que o mesmo acontece quanto ao recebimento das gratificações. Segundo o GDF, a Secretaria de Saúde cumpre “rigorosamente o que as leis estabelecem” e “tem pago os melhores salários para os profissionais de saúde do Brasil”, sem atrasos.

O lançamento do edital aconteceu um dia após o governador Rodrigo Rollemberg anunciar que nomeará mais de mil aprovados em concursos no Distrito Federal, sendo a maioria para a área de Saúde.

A seleção oferece 337 vagas para médicos distribuídas, sendo 72 vagas para especialistas em medicina intensiva/adulto, 72 para neonatologia, 72 para pediatria e 54 para anestesiologia. Do total de oportunidades, 270 são para ampla concorrência e 67 para pessoas com deficiência. Os interessados em participar podem se inscrever de 14 de novembro a 10 de dezembro. A taxa custa R$ 245.

Dicas de estudo
Para o médico que está pensando em entrar para a rede pública, algumas orientações podem ser importantes. De acordo com o especialista em concursos do IMP, Deodato Neto, não vai ser preciso estudar muito, já que, com o número de vagas tão amplo, a concorrência será mais baixa. Mas é importante que se tenha um programa de estudos. “O primeiro passo é montar uma rotina de estudos e colocar tudo dentro de uma programação, como horário de dormir, alimentação, trabalho. Assim o candidato consegue se organizar melhor, com mais tempo e foco” instrui.

Outra dica é valorizar conteúdos básicos. Segundo a coordenadora dos cursos de saúde do Gran Cursos Online, Fernanda Barbosa, esse pode ser o diferencial na hora da seleção. “Os médicos costumam ter mais afinidade com o conteúdo específico. Então quem quer se destacar na hora da seleção é bom prestar atenção na parte básica, como português, legislação aplicada aos servidores do GDF, e Sistema Único de Saúde”, orienta.

Como material de estudo, Fernanda indica que os candidatos leiam os manuais e protocolos do Ministério da Saúde, já que as provas de concurso costumam cobrar esse conteúdo. Segundo a coordenadora, a banca é conhecida pela realização de avaliações em hospitais universitários. Então, para quem quer ter intimidade com a prova, vale aproveitar os testes antigos como forma de treinamento.

É importante também ficar atento na hora da realização do exame. Fernanda indica ao candidato tentar trocar o plantão para ir bem descansado e estar bastante concentrado para não cair em algumas pegadinhas. “Prova de concurso, às vezes, avalia mais a atenção do concursando do que seu conhecimento sobre o assunto. Então, é preciso ficar bem atento, porque uma palavra fora de lugar pode dar outro significado à questão”, aconselhou.

O concurso conta com uma única etapa: prova objetiva. Serão 50 questões, sendo 15 de língua portuguesa, cinco de legislação aplicada aos servidores do GDF, cinco sobre o Sistema Único de Saúde (SUS) e outras 25 de conhecimentos específicos. Os exames serão aplicados em 21 de janeiro de 2018. O edital tem validade de dois anos, podendo ser prorrogado a critério da SES/DF.

* Estagiária sob supervisão de Rozane Oliveira 

Ebserh lançará concurso com mais de 700 vagas para hospitais da UFPA

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O edital de novo concurso para o Complexo Hospitalar da Universidade Federal do Pará (UFPA), que está em fase de chamada pública, deve ser lançado em breve. O Diário Oficial do estado já divulgou a escolha da banca responsável por organizar o concurso. O Instituto AOCP é que vai conduzir as avaliações do certame.

A Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), que é vinculada ao Ministério da Educação, é responsável pela gestão dos hospitais universitários e será encarregada de funções como contratação, convocação e informatização dos processos da seleção.

A abertura de novas vagas pode beneficiar a estrutura dos hospitais, pois leitos sem uso podem voltar a funcionar com a recomposição do quadro de pessoal. A oportunidade será para os níveis médio e superior. Segundo a assessoria da Ebserh, estão previstas 253 vagas para a área médica, 436 para a área assistencial (enfermeiros, nutricionistas, entre outros) e 92 para a área administrativa (analista e assistente administrativo). Essa quantidade pode sofrer alteração de 20% para mais ou para menos até a divulgação do edital.

Apenas 15 geriatras integram quadro da Secretaria de Saúde do DF

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Otávio Augusto – As políticas públicas para a promoção à saúde dos idosos estão em descompasso com a longevidade da faixa etária na capital federal. A esperança de vida média na cidade é de 77,3 anos, a segunda maior do país, mas esbarra em um cenário de recursos escassos e poucos investimentos. Os números do setor reforçam a realidade vivida nos hospitais do governo. Integram atualmente o quadro da Secretaria de Saúde apenas 15 geriatras. Cada médico teria de atender, em média, 18.260 pacientes para cobrir a parcela de 203.903 de habitantes acima de 60 anos — 9,4% do total de moradores do DF.

A literatura médica explica que os idosos têm alterações significativas no sistema imunológico e maiores riscos de infecção; por isso, são mais acometidos pelas doenças. Aliado a isso, segundo especialistas, faltam diretrizes continuadas de assistência na capital federal. Nem mesmo parâmetros do Estatuto do Idoso são aplicados na rede pública. Ironicamente, o termo “saúde” aparece em 34 artigos nesse documento, de um total de 118. No Brasil, os estados do Sul são os que dispõe de melhor tratamento — entre as capitais, destaque para Curitiba.

A Secretaria de Saúde mantém ambulatórios geriátricos em 12 cidades. Em cada unidade, um único profissional presta o serviço. Em Taguatinga, Ceilândia e na Asa Norte, há uma regalia: dois atendem. Os médicos recusam assumir cargos no setor. No mais recente concurso público para a área em 2014,  dos nove geriatras aprovados, quatros foram convocados e três tomaram posse — 66% de recusa. Na última convocação, em 26 de abril, chamaram-se dois profissionais, que ainda estão no prazo para a apresentação de documentos caso haja interesse de ser empossados.

O Executivo local admite problemas no serviço. A saúde do idoso é prestada com equipes interdisciplinares (compostas por várias especialidades), como fonoaudiólogos, fisioterapeutas, entre outros. Entretanto, apenas o quadro de Taguatinga está completo. Para o governo, esse é o único local onde há demanda reprimida, ou seja, pacientes na fila de espera. Por lá, o tempo médio para se conseguir uma consulta chega a dois meses. “As falhas demandam mais gastos, mais assistência e exigem mais dos cofres públicos. Esbarramos em entraves financeiros para investimentos em infraestrutura, daí, apostamos em capacitação e treinamento para atenuar os gargalos”, explica Larissa de Freitas Oliveira, coordenadora da Geriatria da Secretaria de Saúde.

Para o Ministério da Saúde, as doenças cardiovasculares e do sistema circulatório são as principais causas de mortalidade em idosos, com mais de 37% do número de óbitos. As mais comuns são derrame, infarto e hipertensão arterial. Em seguida, aparecem tumores e doenças do aparelho respiratório, como pneumonia, e doença pulmonar obstrutiva crônica (Dpoc), como o enfisema. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), três em cada quatro idosos têm alguma doença crônica, ou seja, um mal incurável.

Calvário

Na quarta-feira da semana passada, o Correio esteve na Unidade Mista de Saúde (Policlínica) de Taguatinga — uma edificação de 1973 que nunca passou por reformas —, local onde o serviço é prestado naquela cidade. No subsolo, num corredor comprido, salas recebem os pacientes para terapias em grupo, como para Alzheimer, ou individuais, quando psicólogos acompanham o tratamento para depressão.

Para terem acesso a equipes especializadas, os idosos devem preencher uma ficha de pré-requisitos obrigatórios, regulada pela Secretaria de Saúde, pois o serviço não é suficiente para toda a demanda. Aqueles com mais de 80 anos têm preferência no atendimento.

Marília Souza Lira, 84, há sete meses passou a se tratar com geriatra. Esperou seis, segundo o filho dela, o motorista José Paes, 56. “O trabalho dos médicos é maravilhoso. Triste que nem todas as pessoas da minha idade conseguem”, comenta. “A qualidade de vida da minha mãe melhorou demais, diminuíram a quantidade de remédios e estão estimulando a coordenação motora e cognitiva dela”, ressalta José.

Vicente Faleiros, do Departamento de Serviço Social da Universidade de Brasília (UnB), acredita que o desarranjo no serviço é causado pela ausência de organização. “Temos de adequar as nossas estruturas, de acordo com o perfil epidemiológico da cidade, faixa etária e demográfica. Precisamos investir no envelhecimento ativo e participativo, integrando o serviço de saúde por meio de ações intersetoriais com a sociedade”, explica o especialista em planejamento de gerontologia.