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No intervalo de apenas uma semana, cães do Cruzeiro Velho foram alvo duas vezes. Envenenar animais é crime e dá cadeia

Os moradores da quadra 12 do Cruzeiro Velho estão apavorados com um criminoso que tentou envenenar cães de uma casa da vizinhança. No intervalo de apenas uma semana, ele jogou, por duas vezes, pedaços de salsicha contendo um medicamento pela grade da residência.
Na primeira vez, três dos oito cães que vivem no local comeram um pedaço do embutido. Como foram levados para o veterinário a tempo, não passaram mal. Na quinta-feira 6, a pessoa voltou a atacar e jogou mais salsichas com remédio no quintal. Contudo, dessa vez, os cães não chegaram perto.
A casa é da economista Thusnelda Frick e da companheira dela, a publicitária Patrícia Fernandes. Cinco dos oito cães que elas têm, além de seis gatos, foram resgatados em situação de risco e abandono. Elas cuidaram dos animais e deram um lar para eles. Contudo, acabaram despertando a ira de alguma pessoa da vizinhança. No início do ano, chegou um bilhete anônimo à residência do casal. Quem escreveu o bilhete reclamava do barulho e ameaçava tomar uma “ação mais sofrível”. O Correio revelou a história, que provocou a indignação dos leitores.
Agora, há pouco mais de uma semana, Thusnelda e Patrícia voltaram a ser incomodadas. Mas, no lugar de bilhete anônimo, o criminoso resolveu adotar medidas drásticas. “Na época do bilhete, eu mandei uma mensagem para o grupo dos moradores da quadra, no Whatsapp, dizendo que estava disposta a conversar com essa pessoa, para encontramos, juntas, uma solução. Mas ninguém me procurou”, lamenta a economista. Por sua vez, a maioria dos vizinhos apóia Thusnelda e Patrícia — inclusive, muitos têm cachorros. “Uma vizinha tem nove cães”, exemplifica.
Na primeira vez que encontraram salsicha com medicamento no quintal, as duas registraram ocorrência na 3ª Delegacia de Polícia do Cruzeiro. Na quinta-feira passada, elas voltaram lá, para fazer o BO da segunda tentativa de envenenamento dos cães. A veterinária que atendeu os animais que comeram um pedaço da salsicha disse que a substância é um tranquilizante. Na 3ª DP, a delegada encaminhou o material para perícia técnica, para dar início às investigações.
Agora, os moradores estão com medo de sofrer represálias semelhantes. Antes de sair de casa, Thusnelda está trancando os animais dentro de casa, temendo novas agressões. Alguns vizinhos fazem o mesmo. Ao criminoso, ela deixa um recado: “A minha vizinha de frente tem câmera de segurança. Ela conseguiu a filmagem dos dois dias e me passou. Entreguei na delegacia essas imagens”, observa.
Thusnelda e Patrícia são protetoras de animais e, voluntariamente, recolhem cães e gatos que sofrem agressões, passam sede, fome e frio nas ruas da cidade.
Dar veneno ou outras substâncias potencialmente letais a animais é crime, conforme a Lei Federal 9.605/98, que dispõe sobre os crimes ambientais:
Art. 32º
Praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos:
Pena: detenção, de três meses a um ano, e multa.
- 1º Incorre nas mesmas penas quem realiza experiência dolorosa ou cruel em animal vivo, ainda que para fins didáticos ou científicos, quando existirem recursos alternativos.
- 2º A pena é aumentada de um sexto a um terço, se ocorre morte do animal.
Ameaças também são crime, como define o art. 147 do Código Penal (Ameaçar alguém, por palavra, escrito ou gesto, ou qualquer outro meio simbólico, de causar-lhe mal injusto e grave), com pena de de um a seis meses de detenção, ou multa.
No Senado Federal, está tramitando o projeto de lei que aumenta a pena para quem atentar contra a vida, a saúde ou a integridade física e mental de cães e gatos. Para opinar sobre o tema, clique aqui.
Veja o vídeo que Patrícia Fernandes gravou em janeiro, quando recebeu a primeira ameaça:
Nesse fim de semana, o que não falta é evento pra cachorrada bater pata por aí! Anote na sua Agenda Pet

Sábado
— Encontro de Pugs: os pugs do Gama convidam os AUmigos para o encontro da raça, a partir das 8h, na Clínica Veterinária Império Animal. Haverá sorteio de brindes.
— Encontro de Spitz Alemão: vai ter muito leãozinho junto, a partir das 13h30, no Dog Plaza Inn Hotel, que fica na QI 5, chácara 93 do Lago Sul (atrás do Gilberto Salomão). Haverá sorteio de brindes.
— Picolé pros auaus: a sorveteria Oni-Uno, na quadra 103 do Sudoeste, vai distribuir, a partir das 14h, o geLATE para a cachorrada. É um gelato feito exclusivamente para os cães. Para guardar o evento na memória, a loja vai tirar foto dos clientes e imprimir na hora. Eles garantem que o geLATE ficou bom pra cachorro!
— Festival de comida japonesa: o Nipo Festival, que acontece hoje, sábado e domingo no Clube Nipo-Brasileiro (Setor de Clubes Sul, Trecho 1), aderiu à cultura Pet Friendly e abre as portas à cachorrada. A organização pede que os tutores só levem animais dóceis e não desgrude deles para evitar incidentes. Além disso, o Nipo recomenda não levar os AUmigos à noite, quando o som dos shows pode estressá-los. O evento é pago: R$ 10 (inteira).
— Feirinha de adoção do Abrigo Fauna e Flora: das 11h às 16h, na comercial da 108 sul. O abrigo precisa de jornais velhos, em qualquer quantidade.
— Mega Bazar Solidário do Projeto São Francisco: das 10h30 às 15h. Peças a partir de R$ 5, para ajudar a encher as barriguinhas de tantos AUmigos cuidados pelo projeto. Não haverá adoção nesse dia. O evento acontece na QE 19, Conjunto I (final da rua à direita), Guará 2.
— Ferinha de adoção independente: a partir das 10h na 306 sul, atrás da petshop Bicho Chique
— Feirinha de adoção de gatos e cães resgatados no Noroeste: das 10h às 16h na loja Cia da Terra, que fica na QI 13 do Lago Norte.
— Pizza vegana em prol de Valente: durante todo o mês de abril, o lucro da venda da pizza vegana (molho de tomate, refogado de espinafre, alho poró, ratatouille amêndoas tostadas) da Dona Lenha da 413 norte será revertida para o tratamento do cão Valente. Ele foi resgatado com as patinhas quebradas e precisa da colaboração de todos.
Domingo
— Café da manhã no Cão Q Mia: a partir das 8h, um café da manhã na petshop, com desconto de 10% no banho e tosa e nas rações Premier. A loja fica na QNA 16, lote 7, Taguatinga Norte.
— Café da manhã na entrequadra da 216/416 norte: às 9h, na grande área verde, o Caminho de Casa monta a banquinha embaixo das árvores com opção de quitutes veganos, entre outras delícias. Os cães são mais que bem-vindos.
— Feirinha de adoção do Abrigo Fauna e Flora: das 11h às 15h no Petz (SIA).
Depois da maratona de atividades, uma dica para o domingo é um passeio despretensioso pela orla do Lago, no Pontão (SHIS, quadra 10). Além da bela vista, tutores e cães podem fazer caminhadas pelo calçadão e reabastecer as energias nos muitos quiosques que vendem água de coco. Entre os restaurantes, o Mormaii recebe os cães na área da varanda. A marca associada ao surf, aliás, tem uma linha própria de coleiras, peitorais, comedouros e tapetinhos em forma de prancha para os AUventureiros. Fofo.
Domingo passado, o Bento passeou pelo pontão. O veredito:

Aos 2 meses, ele foi separado da mãe e vendido no mercado pet da Tailândia. Agora, ele está sendo cuidado e preparado para voltar à vida selvagem

Esse macaquinho tem apenas 2 meses e é órfão. Ele foi resgatado na Tailândia, das mãos de uma pessoa que o mantinha ilegalmente como pet. Ao chegar à sede da Fundação dos Amigos da Vida Selvagem da Tailândia (WFFT), Mongkook não parava de chorar, procurando pela mãe. Segundo os funcionários da ONG, é quase certo que ela foi morta, na frente do macaquinho, uma prática ilegal, porém comum no Sudeste Asiático, onde filhotes são frequentemente roubados.
O destino desses animais, que não têm histórico de domesticação e, portanto, nunca deveriam ser extraídos da vida selvagem, são variados: vendidos como pet, treinados para dançar em shows de entretenimento ou mortos para abastecer o comércio da medicina tradicional. O preço de um macaco pode chegar a US$ 1 mil. Não à toa, a população da espécie Macaca leonina declinou 30% nas três últimas gerações.
Na fundação, onde chegou em 28 de março, Mongkood ainda chora pela mãe. Para oferecer conforto ao pequeno órfão, ele ganhou dois bichinhos de pelúcia, dos quais não se desgruda: um rso branco e um gato amarelo. Contudo, o macaquinho está sofrendo. “Ele ainda está confuso e chora pelos cuidados e amor da mãe”, disse a WFFT, em um post. “Nós faremos o que for possível para fazer a transição dele do cativeiro à liberdade. Por enquanto, está sob cuidados 24 horas por dia. Deixe a vida selvagem selvagem e não como pets”, escreveram os funcionários da fundação.
Veja galeria de fotos do macaquinho:
ONG promove visitas de cães a idosos e pacientes de hospital. Os Dr. Pet levam alegria e carinho, e ajudam no processo de recuperação

Dizem que o amor cura. Quem vê a reação de idosos e crianças surpreendidos com a visita de amigos de quatro patas não tem dúvida disso. Desde agosto do ano passado, a ONG Pet Amigo leva alegria a moradores de instituições de longa permanência e do Hospital de Apoio de Brasília (HAP). De acordo com a presidente da ONG, a veterinária Nayara Brea, a ideia surgiu quando ela fazia parte da Associação de Voluntários do HAP, onde pacientes com câncer terminal recebem assistência paliativa. “Apresentei uma palestra para os servidores sobre a pet terapia e escrevi o projeto para ser avaliado pela comissão de controle e infecção hospitalar. Foram três meses até implantar, e a primeira visita foi 25 de agosto com dois cães, o golden Enzo e a lhasa apso Millie”, conta. Hoje, são oito cães participantes.
Também conhecida como Terapia Assistida por Animais (AAT, sigla em inglês), a pet terapia já é um procedimento bastante conhecido nos Estados Unidos e na Europa, onde pesquisas científicas já demonstraram os benefícios à saúde dos pacientes. Ainda que não possam curar doenças, os “doutores” de quatro patas melhoram o bem-estar físico e mental de pessoas de todas as idades. “As evidências sugerem que a AAT pode ter um efeito positivo sobre o bem-estar psicossocial, emocional e físico”, afirma a enfermeira Julia Havey, da Universidade de Loyola, nos Estados Unidos. Ela conduziu um estudo mostrando que pacientes que se recuperavam de cirurgia ortopédica assistidos por animais precisavam apenas da metade dos medicamentos para dor administrados àqueles que não contavam com o auxílio dos Dr. Pets.
Cavalos, coelhos, peixes, porquinhos-da-índia, cães e gatos costumam ser usados nesse tipo de tratamento, embora esses dois últimos sejam os mais comuns. Na ONG Pet Amigos, apenas os cachorros participam. Entre os benefícios já encontrados por pesquisas científicas, estão a redução de estresse, ansiedade e depressão, além da melhora da auto-estima e das habilidades sociais. Outros benefícios já constatados em estudos foi a melhora motora e a motivação para se exercitar. Entre os pacientes que mais podem se beneficiar, estão os em tratamento oncológico, em reabilitação física, com estresse pós-traumático e aqueles com distúrbios e transtornos mentais. Crianças submetidas a procedimentos como tratamento dentário, que pode deixá-las temerosas, também podem relaxar, na presença do melhor amigo.

Há duas semanas, a repórter Gabriella Bertoni, do Correio, acompanhou a visita de quatro pets terapeutas ao Lar dos Velhinhos Maria Madalena, no Núcleo Bandeirante. Com lacinhos na cabeça, lenços no pescoço e de banho tomado, eles passaram a tarde com os idosos, internos da instituição. A equipe proporcionou momentos de alegria e descontração aos anfitriões. Foi assim que dona Norma Faria Almeida, 92 anos, conheceu Paola, a diabética schnauzer de 12 anos. Após ganhar algumas carí-cias, logo a cachorrinha estava no colo da senhora que, sorridente, aproveitava o chamego ao lado das amigas. “É muito amor, nos faz tão bem. Eu tinha cachorro quando era jovem e sinto muita falta dele. Quando eles vêm aqui, sempre os pego no colo e os abraço”, contou Norma, que vive há 12 anos naquele lar.
Depois de brincar com os animais, Olívia Dutra de Sousa, 90 anos, contou que adora receber a visita desses amigos peludos. “Eles são tão lindos, com as fitinhas no cabelo. Tirei foto e abracei muito.” Ela também mora há 12 anos na instituição e escolheu, entre seus 60 vestidos, um especial para receber os animais. O enfermeiro responsável pelo Lar dos Velhinhos, Diogo Victor Pinheiro, explicou a importância desses encontros. “Os grupos fazem muita diferença. Alguns têm pouco contato com a família e a vinda dos voluntários os deixam mais felizes. Com os cachorros, é ainda mais especial, já que muitos tiveram animais quando mais jovens e relembram do passado.”
Segundo Nayara Brea, todos os cães são treinados por uma equipe. “Depois de passar pela seleção, nós fazemos testes para conhecer o comportamento deles. Todas as visitas têm que ser muito controladas, para não ter problemas com o bicho, como ele se assustar com algum barulho”, disse. Para participar da seleção, o cão precisa atender a pelo menos três comandos: “Senta, para e fica”. Os tutores precisam, ainda, responder a um questionário sobre o comportamento do animal. A partir do primeiro ano de vida do cachorro, ele já pode começar a fazer parte das visitas. Só para quando o tutor não quiser ou se o animal ficar incapacitado.
Como participar
» Não é necessário ser tutor de um animal. É possível fazer parte do projeto em outras áreas, como na administração das visitas ou na criação de conteúdo para o blog, que está em fase de implementação.
» Quem tiver interesse em inscrever o cachorro, o grupo abre seleção de três em três meses. Após avaliação do comportamento do animal, para saber se são calmos e dóceis, eles passam por um treinamento.
» O pét, que precisa ter pelo menos um ano, não pode reagir a estímulos, como barulho ou movimentos bruscos, e tem que gostar mais de estar com as pessoas do que com outros animais.
» Durante as visitas, o animal pode ficar até 40 minutos com o paciente, participando de brincadeiras e de atividades lúdicas. Depois, ele descansa por dez minutos.
Contato: projetopetamigo@gmail.com
Veja só a alegria do seu Mathias, na visita ao Lar de Idosos Espaço Convivência:
Planos de saúde oferecem coberturas que vão de consultas simples a limpeza de tártaro, castração e parto. Dependendo do caso, pode compensar financeiramente

Da Revista do Correio
Quando uma família decide acolher um pet, os cuidados básicos, como banho, vacinas, cama e comida, são sempre lembrados. Mas é bom não se esquecer dos gastos com saúde, que podem ser muito ais altos do que se imagina. Por isso, muitos tutores vêm recorrendo ao planos de saúde para os melhores amigos.
Sócia do plano Dog Life, Luciana Gusmão explica que esse tipo de serviço está se tornando imprescindível, dado o alto custo dos cuidados com pets idosos ou com doenças crônicas. Os planos oferecem uma grande variedade de procedimentos. “No nosso caso, oferecemos três perfis, que cobrem consultas, medicamentos, exames, cirurgias, tratamento dentário, pronto-socorro 24 horas e outras especialidades médicas”, detalha.
Raças com predisposição a certas doenças são especialmente beneficiadas por esse tipo de convênio. É o caso do cãozinho Chico Chicote. Tutores do buldogue inglês, o advogado Marcelo de Brito e Keila Rocha queriam ter a certeza de que todos os gastos com a saúde do animal seriam cobertos. No primeiro ano de vida, Chico passou por consultas veterinárias semanais devido a pequenos problemas, como alergias na pele ou dores de barriga. Embora fossem questões simples de remediar, quando somadas, tinham um custo elevado.
Há algum tempo, o cãozinho também precisou de atendimento com urgência. Chico foi picado por um inseto e sofreu a consequência instantaneamente: o rosto inchou e a pele ficou toda empolada. O tutor correu para o hospital e a sorte foi que o plano de saúde cobriu a consulta e a vacina necessária. “É bom saber que a assistência é feita de forma rápida e que não vamos precisar desembolsar uma grande quantia de dinheiro de uma vez só”, explica Marcelo. Para o advogado, o segredo é procurar um plano personalizado. “É muito similar ao convênio humano. Poupamos dinheiro e temos acesso a especialistas de qualidade”, garante.
Antes, as pessoas se preocupavam, sobretudo, com a alimentação do pet. Os cuidados com a saúde eram sempre reativos. Hoje, já é possível falar em medicina veterinária preventiva, que, inclusive, aumenta a expectativa de vida do bicho. Para os que procuram esse acompanhamento mais intensivo, os convênios têm bom custo-benefício, afirma Pietra Camila Marangoni, gerente de produtos da Célebre Corretora (plataforma direta do plano de saúde animal Health for Pet). “A pessoa paga um valor mensal e tem acesso a diversos tipos de tratamentos, incluindo internação hospitalar.”

Outra tendência é buscar o atendimento de especialistas. Nesse aspecto, os planos de saúde também são convenientes. A bióloga Nathália Freitas, 31 anos, é dona de quatro gatinhos — Neo, Gastão, Romeu e Chico. Três deles têm um plano de saúde em família. Nathália chegou a esse arranjo após um de seus gatos ter sofrido problemas renais cujo tratamento foi muito dispendioso. “As despesas foram equivalentes a dois, três anos de plano de saúde.”
Para Nathália, ser tutor de um bicho significa ter o compromisso de mantê-lo saudável e feliz. “Eles adoecem quando a gente menos espera e nunca temos um orçamento preparado para isso. Daí, a importância do plano. Eu uso muito uma clínica especializada em gatos, que oferece consultas eletivas (aquelas não motivadas por episódios de doença) e penso que é um ganho para a saúde deles.”
Representante do AmigooPet no Distrito Federal, Augusto Rollemberg conta que a procura pelos dois planos oferecidos — Amigoo e Melhor Amigoo — tem aumentado. “Hoje, os animais são parte da família”, justifica. Apesar disso, de acordo com ele, uma pesquisa constatou que 78% dos tutores de animais domésticos não sabem da existência dos planos de assistência pet, enquanto que 42% demonstra interesse em conhecer e contratar produtos que tenham um preço médio de R$ 50 a R$ 100 por mês.
Serviço
– Dog Life: planos a partir de R$ 62 por mês, para cães e gatos. Todos incluem implantação de microchip e carteirinha de descontos. O mais simples seis inclui consultas, exames laboratoriais, e três vacinas. O mais completo também tem exames de imagem, internação em clínicas e hospitais, anestesia (local, geral e inalatório), procedimentos cirúrgicos, castração e remoção de tártaro. Contato: doglife@doglife.com.br
– Health for Pet: planos a partir de R$ 68,85 por mês, para cães e gatos. Todos incluem implantação de microchip, atendimento ambulatorial, urgência e emergência, exames laboratoriais, vacinas, consulta com especialistas, atendimento domiciliar e por telefone. O mais completo também inclui reembolso de livre escolha, castração, limpeza de tártaro, exames por imagem, cirurgias e internação. Contato: 4001-4000. Não opera em Brasília.
– Amigoo Pet Assist: planos a partir de R$ 39,90 por mês, para cães e gatos. Todos incluem transporte emergencial ao veterinário, atendimento de emergência, cirurgia, atendimento ambulatorial, internação, exames laboratoriais e de imagem, hotel no caso de viagem, orientação veterinária e jurídica, e informações sobre vacinas. O plano mais completo também oferece tratamento odontológico, fisioterapia, aplicação de vacina, implantação de chip, parto, castração e consulta com especialistas. Há reembolso em alguns casos. Contato: amigoopet.brasilia@gmail.com
Indicada para evitar o abandono de animais e para prevenir doenças graves, a castração ainda gera muitas dúvidas em tutores. A veterinária Lorena Nichel responde as principais questões em torno do procedimento

Um dos cuidados com o pet que mais confundem a cabeça de tutores é a castração. Mesmo sabendo que o procedimento pode evitar doenças, muitos temem que o cãozinho mude de comportamento, engorde ou corra riscos na mesa de operação. Embora toda cirurgia seja acompanhada de riscos, a veterinária Lorena Nichel, da Vet em Casa, esclarece que, hoje, a anestesia é inalatória, muito mais segura. Além disso, os exames pré-cirúrgicos avaliam o estado de saúde do animal, garantindo o sucesso da castração.
A administradora Renata Rezende, 27 anos, é tutora de três cachorrinhas: Chanel, 4 anos; Charlote, 1,6 ano, e Cindy, 1,1 ano. A primogênita e a caçulinha são castradas e Charlote vai passar pelo procedimento em abril. A castração da maltês seria em janeiro, mas o tratamento para uma dermatite acabou adiando os planos. Renata diz que nunca teve dúvidas de que essa era a melhor opção para as cachorrinhas. “Depois que a Chanel teve três gravidezes psicológicas, e que vi que ela poderia ter tido problemas devido a isso, não tive dúvidas. Ela ficou muito saudável depois da castração”, diz. “Escolhi castrar pra elas terem mais saúde, evitar doenças, como câncer de útero e mama, além de não correrem m risco de terem um procriação indesejada. Mas o principal mesmo é a saúde”, ressalta Renata, que faz questão da anestesia inalatória e da presença de um anestesista durante todo o procedimento, além do cirurgião.
Veja as respostas de Lorena Nichel às principais questões sobre o procedimento. Ficou com alguma dúvida? Mande um email, que vamos responder.
O comportamento do meu cachorro vai mudar?
Mudança de comportamento é bem relativo. Aquela história de que o cachorro que é agitado fica calmo vai muito de cada cão (da rotina que ele tem) e da raça. Um labrador vai ser uma eterna criança, por exemplo.
As raças menores correm mais riscos na cirurgia?
O risco cirúrgico ocorre independentemente do porte do animal. Assim como com a gente. Toda cirurgia tem riscos. Os exames pré- operatórios servem justamente para avaliar o estado de saúde do paciente. Estando tudo bem, não tem porque não submeter o animal ao procedimento. A castração é feita com anestesia inalatória, o que confere uma segurança maior durante o procedimento. Pois o animal está sendo acompanhado por um anestesista que avalia o melhor protocolo anestésico de acordo com idade e porte.
Quais os cuidados depois do procedimento?
Nos cinco primeiros dias: repouso e uso de pijama cirúrgico e/ou cone (para aqueles que gostam de mexer nos pontos). Eles vão para casa no mesmo dia, então, deve-se evitar subir em sofá ou em locais altos, correr, saltar. Pelo simples fato de que se podem romper alguns vasos e acabar inchando a bolsa escrotal, o que vai dificultar a cicatrização e dói bastante.
Se o animal tem problema de coração, a anestesia pode provocar parada cardíaca?
Eu indico eletrocardiograma em casos de cães acima de sete anos, cães braquicefálicos (pugs, bulldogs…) ou aqueles que já tiveram algum diagnóstico de cardiopatia. Mas se você tiver duvida com relação a essa parte, vale a pena fazer como exame pré-operatório. Sobre a anestesia, o risco existe para todos, saudáveis ou não. Os exames minimizam os riscos.
O animal engorda pós-castração?
Isso depende muito da rotina que o animal tem. Alguns cães ficam um pouco mais preguiçosos, então cabe ao tutor manter rotina de exercícios e alimentação balanceada. Tenho 7 cães, entre machos e fêmeas e ninguém engordou.

Qual a idade adequada para a castração?
A recomendação para fêmeas é antes do primeiro cio, onde reduzimos a quase zero as chances de tumores mamários e de útero. Para aqueles que não castraram antes, recomendo o quanto antes. Cada cio é uma bomba de hormônios para a cadela, e a probabilidade de desenvolvimento de tumores vai aumentando com a idade também, além do risco de piometra (infecção uterina). Sobre ter ninhadas, não sou contra, porém, que seja bem acompanhado por um profissional. E devemos ter a consciência de que uma ninhada não dá somente um filhote. Ai, entramos na questão de que: “Será que todos os cães terão famílias que realmente cuidarão deles?”.
Não é injusto para o cão castrá-lo?
Os cães não sentem prazer. Eles montam quando a cadela esta no cio, por instinto. O “taradinhos”, diferentemente do que se pensa, montam para demonstrar territorialismo. Tipo: “Eu mando em você”. A castração ajuda bastante na dominância, além, claro, da demarcação de território (aquela história de fazer xixi em todos os locais).

Livro de pesquisadoras brasileiras investiga a cognição e o comportamento dos cachorros. Os estudos evidenciam, cada vez mais, que eles são inteligentes, emotivos e criam rápidos vínculos

Essa história de amor tem pelo menos 14 mil anos. Tanto tempo de cumplicidade e companheirismo fizeram do homem e do cachorro unha e carne. Não existe, na natureza, nenhum outro caso de duas espécies distintas que desenvolveram tamanha relação afetiva, cooperativa e comunicativa. E, apesar de milênios de convivência, há muito pouco se começou a compreender o comportamento do melhor amigo. Foi apenas no fim da década de 1990 que a ciência voltou os olhos para os cães. A riqueza e a complexidade do animal conquistaram os pesquisadores e, hoje, a produção de trabalhos é numerosa. Uma rápida pesquisa no Google Acadêmico encontra mais de 1,4 milhão de artigos com a palavra “dog” nos últimos 17 anos.
Atentas às investigações e descobertas mais recentes, as cientistas brasileiras Carine Savalli e Natalia de Souza Albuquerque — elas mesmas prolíferas pesquisadoras do tema — organizaram o primeiro livro nacional dedicado à cognição e ao comportamento de cães, sob o viés científico. Lançado há uma semana, Cognição e comportamento de cães — a ciência do nosso melhor amigo (Editora Edicon) desvenda alguns dos mais curiosos aspectos de um animal que, segundo Natalia, ainda tem muito a ensinar. “Os cães são seres de direito e de valor próprio, muito interessantes e complexos. Estamos longe de saber tudo sobre eles”, define a bióloga, que é mestre em psicologia e, atualmente, faz doutorado em psicologia experimental/comportamento animal na Universidade de São Paulo (USP) e em comportamento e bem-estar animal na Universidade de Lincoln, no Reino Unido.
Pesquisadora de emoções e cães, um tema que envolve percepção e reconhecimento emocional, além de empatia, a bióloga explica que, até os anos 2000, os cachorros como objeto de estudo eram negligenciados tanto pela biologia quanto pela psicologia. Se, por um lado, o interesse maior estava em animais não-domesticados (e que, portanto, fornecem importantes conhecimentos da vida selvagem), por outro, os cães ainda eram vistos apenas como coisas fofinhas que respondiam a condicionamentos, como pegar a bola em troca de um afago ou um petisco. No Brasil, isso mudou com o psicólogo e pesquisador da USP César Ades, um dos pioneiros nos estudos da etologia (ciência do comportamento animal) que, ao morrer, em 2012, aos 69 anos, deixou uma vasta produção nessa área e a inspiração para dezenas de pesquisadores brasileiros que seguiram seus passos.
Entre os muitos objetos de estudo de Ades, esteve a cachorrinha Sofia, uma SRD que se tornou famosa para o público leigo por ter sido a primeira companheira na televisão do zootecnista Alexandre Rossi, hoje popularmente conhecido como “Dr. Pet”. O etólogo coordenava as pesquisas com Sofia no Instituto de Psicologia da USP, das quais também participou Carine Savalli. Um dos capítulos do livro, escrito por Carine, que é orientadora da pós-graduação em Psicologia Experimental/Comportamento Animal da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), e pela veterinária Daniela Ramos, é justamente um estudo de caso sobre comunicação canina, protagonizado por Sofia.
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Sofia, cachorrinha treinada na UPS. Crédito: Reprodução - “A Sofia foi muito estimulada, de uma forma única, e desde pequenininha”, conta Carine Savalli. “Ela aprendeu a aprender muito rápido, era muito especial”, diz, sobre a cachorrinha, que morreu de câncer em 2014 e ainda deixa muitas saudades na professora da USP. Sofia aprendeu a usar um teclado para se comunicar com humanos. Por meio de símbolos representados no objeto, mostrava o que queria: água, comida, casinha, passear, brinquedo, carinho, xixi… Além disso, respondia a pedidos verbais compostos de dois termos (busca bola ou aponta garrafa, por exemplo) e, mesmo quando as palavras eram invertidas (bola busca, garrafa aponta), ela compreendia.
A cadelinha foi filmada muitas vezes sozinha. Nesses casos, não usava o teclado, um claro indicativo de que ela sabia que aquele era um instrumento para se comunicar com humanos. Para ela, os testes eram pura diversão. “Muitas vezes, eu ia buscá-la em casa para levar para a USP. Quando ela ouvia a palavra ‘USP’, ficava louca de alegria”, relata Carine. Outro caso que ela descreve no livro é o do border collie Rico, estudado por pesquisadores alemães, que publicaram um artigo sobre ele na revista Science. O cão conhecia mais de 200 palavras (na maioria, brinquedos) e, quando alguém perguntava por eles, corria para levá-los.
Da mesma raça, a cadela Chaser é conhecida na internet como “a mais inteligente do mundo”. Ela conhece mais de mil palavras e tem compreende o nome de um objeto em três níveis (sabe o que é garfo, entende que garfo é um utensílio e, ainda, que ele é um talher). Segundo Carine Savalli, esses casos mostram que, com treinamento precoce e adequado, os cães podem desenvolver habilidades cognitivas verbais que, há até pouco tempo, eram inimagináveis. “Há variações individuais, mas acredito que o meio e a estimulação fazem toda a diferença. Outros animais que passassem por isso provavelmente teriam essas habilidades”, diz.
Emoções
Quando a bióloga Natalia de Souza tinha 2 anos, divertia a família dizendo que, quando crescesse, queria ser psicóloga de bicho. Aos 4, afirmou que ganharia um Nobel ao provar que os animais são tão inteligentes quanto os homens. Hoje, aos 29, é doutoranda em “psicologia de bicho” e, quem sabe, ainda poderá comprovar sua hipótese. De uma coisa, a coautora do livro Cognição e comportamento de cães — a ciência do nosso melhor amigo já tem certeza: os cães percebem as emoções humanas e mostram-se sensíveis a elas.
Uma fonte de inspiração para Natalia é Poly, daschund que viveu nove anos, período em que se tornou a melhor amiga e confidente da bióloga. “Eu nunca a treinei e ela tinha uma comunicação maravilhosa. Quando queria alguma coisa, apontava, me chamava. Nosso laço afetivo era impressionante. Eu queria entender se era assim mesmo ou eu que estava imaginando”, conta a cientista.
Hoje, o foco do trabalho da bióloga, tanto na USP quanto na Universidade de Lincoln, no Reino Unido, são as emoções. “Pesquiso como é a relação afetiva entre humanos e cães e de que forma eles conseguem entender nossas emoções”, explica. No capítulo dedicado ao assunto, ela fala de diversos experimentos recentes que investigaram a resposta emocional dos animais. Em alguns deles, fica evidente não só que os cachorros são capazes de reconhecer e distinguir diferentes emoções, como há fortes indicativos de que são empáticos com outros da espécie e com os homens.
Carine e Natalia também destacam, no livro, as descobertas científicas sobre o apego de cães e tutores, algo que, de acordo com elas, se assemelha, em muitos aspectos, com o apego entre criança e figura materna. As pesquisadoras citam, inclusive, a primeira evidência arqueológica dessa relação de afeto, que data de 12 mil anos atrás. “Trata-se de um esqueleto humano com a mão sobre o esqueleto de um filhote de cão que, provavelmente, não servia de comida, pois estava inteiro”, escreveram no capítulo sobre o tema, também assinado pela psicóloga e mestre em medicina veterinária Alice de Carvalho Frank. Um dos experimentos mais indicativos dessa relação foi o que mediu, em cães e mulheres, os níveis de ocitocina após a interação entre eles. Essa substância, também conhecida como “hormônio do amor”, por ser produzida na hora do parto para estimular o vínculo de mães e filhos, aumentou tanto nos cachorros quanto nas voluntárias do estudo.
Segundo as autoras do livro, um dos objetivos do trabalho é fazer com que, conhecendo melhor, as pessoas possam respeitar mais os animais. “Cães são animais fantásticos e incríveis. Muitos sofrem maus-tratos, negligência e abandono. Algumas pessoas não sabem que eles percebem emoções, sofrem e criam vínculos. Se soubessem, acho que não os abandonariam”, afirma Natalia de Souza. “Uma das coisas mais incríveis sobre os cachorros é que eles foram programados para amar os seres humanos”, conclui Carine Savalli.
Entrevista // ANGÉLICA DA SILVA VASCONCELLOS, bióloga, doutora em psicologia e professora da pós-graduação da Universidade Católica de Minas Gerais
Nos últimos anos, temos visto uma produção científica na área de cognição e comportamento canino cada vez maior. A que se deve esse aumento no interesse?
A facilidade de reprodução e manutenção da espécie certamente desempenha um grande papel nisso. O processo de domesticação do cão, direta ou indiretamente, selecionou características que facilitam sua interação com o ser humano. Na verdade, nós somos o ambiente social da espécie e isso possibilita a manutenção de indivíduos para pesquisa em boas condições de bem-estar — quando isso não é possível, os resultados dos estudos podem ficar comprometidos. Essa facilidade de manutenção, em contrapartida, possibilitou o grande número de estudos sobre a espécie, o que também melhora a qualidade no cuidado com eles. Além disso, o estudo do cão traz uma possibilidade que é incomum em outras espécies: podem-se estudar processos evolutivos por meio da comparação de duas versões da mesma espécie! O fato de o ancestral silvestre do cão — o lobo — estar presente na cena atual traz essa possibilidade incomum.
O artigo que a senhora escreveu toca um tema central, do bem-estar dos cães. A senhora acredita que nós sabemos atender e respeitar as necessidades deles?
Essa é uma questão que merece reflexão por parte daqueles que têm um cão em casa. Embora muito do comportamento dos lobos já não apareça mais no repertório comportamental do cão, eles também não são mini-humanos. Aqui mora uma das principais contribuição de nosso trabalho para o público em geral — a compreensão sobre algumas características, potencialidades e necessidades do cão — que não são as mesmas de qualquer outra espécie. No livro como um todo, são discutidos trabalhos que levantaram o que é e o que não é verdade a respeito do cão. O que já se comprovou como característica dele, o que ainda está sob investigação e — principalmente — o que se provou falso após investigação cuidadosa. Nossa tendência ao antropocentrismo leva o ser humano, muitas vezes, a assumir como do cão necessidades que são exclusivamente humanas — e isso pode levar a impor aos animais padrões e estilos de vida que absolutamente não atendem a suas reais necessidades.
De que forma os artigos do livro podem ajudar tutores a lidar com seus melhores amigos?
Sabendo das reais potencialidades, características e necessidades do cão, eles poderão melhor adequar o cuidado com eles. E também — e não menos importante — é adequar suas expectativas para com seus cães, sabendo que há muitas coisas que eles realizam, sim. Mas há outras coisas que seria injusto esperar deles. A criação de uma expectativa mais realista com relação ao melhor amigo do homem contribuirá para diminuir as chances de desapontamento — de ambas as partes — e para a construção de um relacionamento duradouro e recompensador, também para ambos.
Veja como a cachorrinha Chaser é esperta!
Os melhores programas para seu pet nesse fim de semana
Sábado
8h às 18h: Dia de cirucuito Pet Fit para os grandões no The Walkers. Um dia inteiro de recreação com caminhada, natação e socialização para cães de grande porte. Além do circuito AUtlético, as petsitters vão tirar foto e dar o retorno sobre comportamento e desempenho do cachorro para os tutores. A aventura custa R$ 60,00. Reservas por telefone ou (61) 3356-5883
9h às 15h: Quer levar um AUmigo para casa? Ele está à sua espera na feira de adoção de cães e gatos da PetHouse, na 408 Sul.
10 às 16h: Na Petz, no Sia Trecho 2, também tem feira de adoção da Sociedade Humanitária Brasileira. Quem puder ajudar, a SHB precisa de material de limpeza e ração seca para gatos e cães.
Domingo
10 às 16h: É dia de fazer o bem e ajudar os AUmigões do abrigo Flora e Fauna no mutirão de banho e limpeza. Aproveite para encher os cãezinhos de carinho e, quem sabe, levar um para casa. Informações: 99842-5461 e abrigofloraefauna@gmail.com
E, aproveitando que a previsão do tempo é de sol para sábado e domingo, leve o cãozinho para passear nos muitos espaços ao ar livre. Veja aqui algumas dicas:
- Parque da Asa Delta, também conhecido como Morrote, no Lago Sul: o espaço entre a QL 12 e a QL 14 atrai praticantes de esportes, que aproveitam para fazer SUP e canoagem. Os cães também participam da farra. Para os não AUtletas, tem área verde de sobra para correr e, claro, o lago para nadar
- Parque das Garças, no Lago Norte: na QL 15, é menor que o Morrote, mas também atrai praticantes de esportes aquáticos e seus pets
- Parque Urbano Bosque do Sudoeste: principalmente aos domingos pela manhã, quando tem roda de chorinho debaixo da árvore, muita gente tem levado os pets para um passeio no bosque
- Calçadão do Lago Norte, na Asa Norte – L4 Norte, altura da 16. Lá, os cães podem passear e nadar no lago. Anda um pouco abandonado, mas ainda é uma opção de caminhada no por do sol
- Parcão: Estacionamento 6 do Parque da Cidade. A área cercada já foi mais conservada, mais ainda atrai muita gente que quer socializar os cães, sem medo de fuga
- Parcão do Cruzeiro: Epia, 3663 (próximo ao Ginásio de Esportes). A área de 2,8 mil metros quadrados também é cercada, e os cães podem brincar livremente. Nos dias de calor, porém, é um sufoco, pois não há árvore para fazer sombra. Também está um pouco abandonada
- Praça dos Cristais, no Setor Militar Urbano: Além de um agradável passeio, o local rende boas fotos dos peludos
- Pontão, Lago Sul: Na QL 10, é um bom lugar para passear com os cães em dias ensolarados. Mas, atenção: eles não podem entrar na água. O restaurante Mormaii aceita os pets na área externa
Se à noite bater a vontade de pegar um cineminha, o Cine Drive In aceita os peludos. O filme desta semana é A Bela e a Fera, exibido às 19h (dublado) e 21h15 (legendado). Ingresso: R$ 26,00 (inteira).
Bar pet friendly
Para completar a noite, no Tabuada Tábuas & Drinks, na quadra 101 do Sudoeste, os cãezinhos são mais que bem-vindos. Bento foi lá e, assim que chegou, a atendente já levou um potinho com água para ele. No cardápio, tem vinho e cerveja para os pets (nenhum dos dois é alcoólico, trata-se de caldo de carne).
O veredito:
Quem mais está animado para o fim de semana?
Escovar os dentes do pet diariamente é obrigatório. O hábito não só evita mau hálito, como afasta muitas doenças
Do banho semanal, ninguém esquece. Mas e o que dizer da higiene dos dentinhos? Muita gente acha que não precisa escovar a “dentadura” dos pets. A consequência: 85% dos animais adultos têm alguma doença bucal, segundo a Associação Brasileira de Odontologia Veterinária. Isso sem falar no bafão.
“A escovação dos dentes é tão tão importante para os cães como é para nós. Alguns passam grande parte de suas vidas sem escovar os dentes, e isso pode acarretar uma série de doenças, devido ao acúmulo de bactérias na boca”, afirma a médica veterinária Priscila Brabec, da Ceva Saúde Animal. Ela esclarece que a escovação deve ser feita todos os dias.
A má higienização pode resultar em formação de tártaro, inflamação da gengiva e perda dos dentes. “Quando a escovação não ocorre, isso estimula a formação de biofilme, agregado de bactérias que se formam nos dentes e que, se não removido, pode progredir para a placa bacteriana. Quando mineralizada, ela se transforma em cálculo dentário”, diz a veterinária. Outra consequência é o mau hálito, provocado pelo acúmulo de bactérias na boca.

O veterinário Alexandre Merlo, da Zoertis, ensina que, quando o cachorro está com algum problema na boca, é comum apresentar gengiva avermelhada, inchada e dolorida (gengivite) e dificuldade para comer, entre outros. “Muitas vezes, essas alterações são consideradas normais ou toleráveis para a espécie ou para a idade, o que é um grande erro”, explica.
A placa bacteriana pode aparecer em poucas horas após a alimentação e, quando endurece, se transforma no tártaro, que já não pode ser eliminado apenas com a escovação. É muito importante combatê-lo, porque as bactérias presentes na calcificação podem passar para a corrente sanguínea, causando doenças mais graves, como infecções no coração, rins, fígados e sistema nervoso.
Por ser um mal que progride aos poucos, o animal acaba se acostumando com a dor, e o tutor não percebe que há algo de errado. “Por isso, é sempre recomendável fazer visitas regulares ao veterinário. Quando o cão passa pelo tratamento de limpeza bucal, sua qualidade de vida melhora”, ensina Alexandre.
Esse casal viajou 82km a pé para não abandonar os cães Milady e Paçoca

Quem nunca ouviu a desculpa de que: “Vou me mudar e não tenho como levar meus cachorros”? Usando esse argumento, muita gente abandona cães e gatos, mesmo sabendo do sofrimento que estão impondo aos bichinhos.
Pois um casal de São José do Rio Preto (SP) deu uma verdeira lição de amor e companheirismo ao percorrer a pé 82km que separam o município da cidade de Votuporanga, onde estão morando atualmente. Foram seis dias de viagem, com paradas pelo caminho, apenas para poder levar com eles Paçoca e Milady, cãezinhos que tratam como filhos.

Renata Barbato, 27 anos, contou ao blog que ela e o marido, Carlos, trabalhavam na cozinha de uma churrascaria de Rio Preto, onde alugavam uma casa. Porém, com a crise econômica, foram dispensados. Natural de Votuporanga, ela decidiu voltar para a cidade natal, com a família completa.
Paçoca e Milady entraram na vida do casal por acaso. “Um dia, em um fim de semana, eu estava em frente de casa e vi os dois com um morador de rua. Eles estavam com sede, com a linguinha de fora, e ofereci para dar água. Aí me encantei e pedi os cachorros pra ele. Ele me deu e perguntou se podia visitá-los, mas nunca voltou” conta.
A paixão de Renata pelos cãezinhos foi instantânea. “Eles foram criados dentro de casa, fui me apaixonando, dando regalias, deixando dormir em cima da cama… Virou filho mesmo”, diz.
Com o movimento fraco no restaurante, Renata e Carlos perderam o emprego. Venderam coxinha e água no sinal, mas o dinheiro não era suficiente para as despesas. “Então fomos vendendo os móveis que a gente tinha para tentar continuar lá. Mas teve uma hora que não deu mais.”
De passagem comprada, foram à rodoviária. Quando souberam que não poderiam embarcar os cães, por não terem as caixas de transporte apropriadas, eles conseguiram um carrinho velho de supermercado, e saíram empurrando estrada afora. Renata diz que não pensou em abandoná-los nem por um segundo, “De jeito nenhum, eles são nossos companheiros, nossos filhos.”
Quando chegaram a Votuporanga, uma prima de Renata procurou Leonardo Brigadão, vereador que defende a causa animal. Ele conheceu o casal, se sensibilizou com a história e publicou um post em sua página do Facebook. “Quando publiquei que esse casal veio empurrando o carrinho com os dois cães, algumas pessoas, inclusive o advogado da Câmara Municipal, comentaram comigo que viram eles na rodovia, com os cachorros”, conta o vereador.
Brigadão diz que, agora, está lutando para conseguir um lugar para eles morarem. A casa da prima de Renata, que tem três filhos e dois cachorros, é pequena demais para hospedá-los em definitivo — o casal vai lá para se alimentar, tomar banho e trocar de roupa. Nenhum abrigo público aceitou os dois, por causa de Milady e Paçoca. A saída foi morar em um barracão. “Meu medo é que algum homofóbico faça mal para a gente porque sou transgênero”, diz Renata. Por precaução, ela deixa os cães na casa da prima quando precisa sair.
“Eles estão em uma situação complicada. Estamos tentando arrumar moradia para eles”, conta o vereador Leonardo Brigadão. “No caso deles, é difícil encaixar no auxílio-aluguel, que a prefeitura oferece pela Secretaria de Assistência Social. Mas a Secretaria de Direitos Humanos vai empregar os dois, pelo programa Votuporanga em Ação II, para eles poderem trabalhar e ter uma vida digna”, afirma. Enquanto não conseguem um lar, os dois passam o dia em uma entidade que cuida de famílias carentes. “Eles são voluntários lá, estão trabalhando. Então eles precisam de ajuda, mas estão ajudando outras pessoas”, destaca o vereador. Com a repercussão local da história, o casal conseguiu doação de roupa, ração e de um ventilador.

Apesar das dificuldades, Renata reforça que nunca se desfaria dos cachorros. “Jamais deixaria os dois para trás. É muito amor que tenho por eles“, afirma.
Ninguém duvida disso.
- Se alguém quiser entrar em contato com Renata, o whatsapp da prima dela é (17) 99183-8869





