PL proíbe restrição a pets em condomínio

Publicado em 7 Comentáriosleis, Sem categoria

Projeto de Lei está pronto para votação em caráter conclusivo. Condomínio não poderá criar regras que restrinjam a circulação de animais

Crédito: Reprodução
Crédito: Reprodução
O assunto animais em condomínio é polêmico. Ontem, o blog publicou a legislação mais citada por juízes e advogados em decisões e peças jurídicas sobre o tema, mostrando que os condomínios não podem criar regras que impeçam a circulação dos tutores com seus pets, nem obrigá-los a subir com eles pela escada, ou, ainda, com os cães e gatos no colo. 

Embora a lei de condomínios permita a definição de normas pelos condôminos, elas têm de obedecer à Constituição – síndicos não podem “legislar” sobre nenhum tema.

A Constituição, como indicado pelo post de ontem, garante o direito à propriedade (e, por lei, animais são propriedade), assim como o ir e vir do cidadão (evidentemente, aqui estamos falando do tutor). Portanto, os “proprietários” de pets têm direito de ir e vir com sua “propriedade” e não podem ter essa garantia cerceada. 

Caso o síndico e outros moradores tentem impedi-los, é possível entrar com ações judiciais, alegando maus-tratos aos animais e constrangimento ilegal (mais uma vez, o constrangimento não é ao animal, mas ao tutor).

Embora a jurisprudência seja longa, muitos síndicos e condôminos ainda insistem em constranger os tutores de pets com ameaças e normas absurdas e inconstitucionais. Um projeto de Lei, porém, poderá acabar, de vez, com o argumento que as convenções de condomínio têm direito de “legislar” sobre o tema.

Está na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC) da Câmara dos Deputados o PL  2793/15, do deputado Luiz Carlos Ramos (PMB-RJ), que proíbe condomínios residenciais de criarem regras restritivas à permanência de animais domésticos em suas unidades autônomas (casas e apartamentos) e em áreas comuns.

A iniciativa, segundo o autor, pretende evitar alterações nos regimentos internos e nos regulamentos dos condomínios que tenham o objetivo de proibir a presença de animais domésticos em suas dependências.

Luiz Carlos Ramos cita o Código Civil e a Lei dos Condomínios (4.591/64) e argumenta que cada condômino (morador) tem o direito de usar e fruir, com exclusividade, sua unidade autônoma, segundo suas conveniências e interesses.

Relator na Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara, que aprovou o projeto no fim do ano passado, o deputado Ricardo Izar (PSD-SP) concordou com Ramos e disse que as restrições previstas em convenções condominiais e regulamentos internos violam o exercício do direito de propriedade. “O próprio Código Civil, em seu artigo 1.335, inciso I, assegura, expressamente, que é direito do condômino usar, fruir e livremente dispor de suas unidades.”

“Ademais, proibir o condômino de passear com seu animal nas áreas comuns infringe o direito de ir e vir, contrariando o disposto na Carta Magna”, disse Izar, ao recomendar a aprovação do projeto de lei.

O projeto será analisado pela CCJC, onde tramita em caráter terminativo, ou seja, se aprovado pela comissão, segue para sanção presidencial, sem necessidade de ir a Plenário.

Quer pressionar a Comissão a colocar o projeto na pauta? Mande um  email para o deputado Rodrigo Pacheco (PMDB-MG), presidente da CCJC, pedindo celeridade na tramitação: 

Enquanto o PL tramita, veja decisões do Superior Tribunal de Justiça sobre o tema (por ser instância superior, as decisões do STJ são utilizadas como referência para as demais cortes):

“Direito Civil. Condomín. Assembléia Geral. Imposição de multa pela manutenção de animal em unidade autônoma. Nulidade de deliberação. Convenção e Regimento Interno. Precedente da Turma. Recurso Desacolhido. I – Ao condômino, assiste legitimidade para postular em juízo a nulidade de deliberação, tomada em assembléia-geral, que contrarie a lei, a convenção ou o regimento interno do condomínio. II- A exegese conferida pelas instâncias ordinárias as referidas normas internas não se mostra passível de análise em se tratando de recurso especial (Enunciado 5 da Súmula/STJ). III – Fixado, com base em interpretação levada a efeito, que somente animais que causem incômodo ou risco à segurança e saúde dos condôminos é que não podem ser mantidos nos apartamentos. Descabe, na instância extraordinária, rever conclusão, lastreada no exame da prova, que conclui pela permanência do pequeno cão.”

“Direito Civil. Condomínio. Animal em apartamento. Vedação na convenção. Ação de natureza cominatória. Fetichismo legal. Recurso inacolhido, Segundo doutrina de Escol, a possibilidade da permanência de animais em apartamento reclama distinções, a saber: a) se a convenção de condomínio é omissa a respeito; h) se a convenção é expressa, proibindo a guarda de animais de qualquer espécie; c) se a convenção é expressa, vedando a permanência de animais que causam incômodo aos condôminos. Na segunda hipótese (alínea b), a reclamar maior reflexão, deve-se desprezar o fetichismo normativo, que pode caracterizar o summum jus summa injuria, ficando a solução do litígio na dependência da prova das peculiaridades de cada caso. Por unanimidade, não conhecer do recurso” (STJ – REsp. 12.166, RJ; relator Min. Sálvio de Figueired)

Por outro lado, convenções podem – e devem – fixar regras que garantam a segurança e o bem-estar dos moradores. Portanto, são deveres dos tutores:

– Recolher os dejetos dos animais;

– Conduzir os cães SEMPRE na coleira e na guia;

– Usar guia curta nas áreas comuns;

– Colocar focinheira em animais agressivos

Por questão de bom senso, utilize sempre o elevador de serviço, e deixe para entrar no social com o pet apenas quando o outro estiver quebrado. Não deixe o animal sozinho por muito tempo e enriqueça o ambiente com brinquedos que o entretenham, para evitar latidos excessivos. Faça ao menos três longos passeios, para gastar energia e garantir a qualidade de vida do pet – e o sossego dos vizinhos.

 

Condomínio não pode proibir pet

Publicado em 66 ComentáriosSem categoria

Convenção de condomínio não pode se sobrepor à Constituição. Cães estão livres para usar elevador, circular nas áreas comuns e, a não ser que comprovada a agressividade, não precisam de focinheira

Thor: "Não sou obrigado"
Thor: “Não sou obrigado”. Condomínio pode ser processado por constrangimento ilegal e maus-tratos

Quem mora em condomínio sabe muito bem como o assunto pet costuma levantar discussões acaloradas. Se, por um lado, há quem reclame da presença de cães e gatos apenas por implicância, por outro, muitos tutores estimulam essa antipatia, por deixar os animais sozinhos por muito tempo (o que acaba em muito latido e miado), não segurá-los na guia ou deixar de catar o cocô.

Que os tutores devem respeitar as regras, não há dúvidas. O problema é que, por desconhecimento, condomínios acabam criando normas inconstitucionais, se esquecendo que a convenção não pode ferir a legislação. Desse modo, surgem coisas absurdas, como proibição de cães no elevador ou nas áreas comuns.

No condomínio onde Raniérica Assunção vive com o shitszu  Thor, a convenção decidiu que os cães não podem entrar no elevador social. “Daí, há um mês, entrei no elevador e me deparei com o cartaz, informando que não podíamos mais andar com eles na guia, somente no colo. Fui reclamar, pois achava aquilo um absurdo, e fui tratada com muita repúdia pelos vizinhos, em meio a xingações e insultos. Me chamaram até de aberração”, relata.

O que nem o síndico nem os vizinhos de Raniérica sabem é que obrigar os tutores a levar os cães no colo ou apenas pelas escadas é inconstitucional e se configura como constrangimento ilegal (Art. 146 do Decreto-lei Nº 2.848/40) e maus-tratos (Art. 146 do Decreto-lei Nº 2.848/40). O direito de ir e vir do tutor acompanhado do cão (considerado sua “propriedade pela lei”) está garantido pela Constituição no Art. 5º, e não há norma de condomínio que possa confrontá-lo. Por outro lado, não custa nada pegar o elevador de serviço e, se entrar alguém, encurtar a guia, para que o pet não chegue perto do vizinho.

Outro erro do condomínio de Raniérica foi estabelecer que os cães podem circular, mas não “permanecer” nas áreas comuns. Novamente, o Art. 5° da Constituição assegura o direito de ir e vir do tutor, e insistir contra essa prática também é constrangimento ilegal. O síndico não pode obrigar ninguém a colocar focinheira nos animais dóceis, independentemente do porte. Esse tipo de norma, comum nas convenções, causa desconforto desnecessário ao cão, e configurando crueldade e crime de maus-tratos (Art. 32 da Lei Nº9.605/98 e art. 3º, I do Decreto Nº24.645/34).

Os tutores não estão livres de deveres, porém. Além de importante para garantir a convivência pacífica, alguns deles estão previstos na lei. Cães agressivos devem usar focinheira (Art. 10 da Lei Nº 4.591/64 e Art. 1.277, Art. 1.335 e Art. 1.336, IV da Lei Nº 10.406/02) e, mesmo se forem dóceis, não podem ficar soltos nem em guias longas, para não atentar contra a segurança dos demais (mesmos artigos que os anteriores).

Nem é preciso lembrar que o tutor deve recolher os dejetos dos animais, em qualquer lugar: seja na rua ou no condomínio. E pega muito mal pedir a um funcionário para fazer isso. Quem sujou limpa.

Implicar com latidos e miados não faz o menor sentido: afinal, esse é o meio de comunicação dos animais. Contudo, quando o barulho é excessivo, isso pode ser sinal de maus-tratos e abandono. Nesse caso, o tutor pode ser acusado de maus-tratos (Art. 32 da Lei Nº9.605/98 e art. 3º, I do Decreto Nº24.645/34).

O que fazer? 

Tente, em primeiro lugar, conversar com os vizinhos e o síndico. Se isso não deu certo, registre ocorrência por constrangimento ilegal (Art. 146 do Decreto-lei Nº 2.848/40) na delegacia mais próxima. No caso de proibição de cães no condomínio, considere entrar com uma ação judicial cautelar em caráter liminar, para garantir a permanência dele. A ação judicial extraordinária desqualifica a decisão do síndico e da assembleia.

Quanto à proibição do cão em elevador, entre com uma ação criminal por maus-tratos (Art. 32 da Lei Nº9.605/98 e art. 3º, I do Decreto Nº24.645/34). Faça o mesmo no caso de obrigação do uso de focinheira.

Se o síndico insistir que o tutor deve carregar animais moradores ou visitantes no colo nas áreas comuns do condomínio, peça indenização por danos morais por constrangimento ilegal (Art. 146 do Decreto-lei Nº 2.848/40).

Quer saber mais? Baixe a cartilha sobre animais em condomínios, preparada pela Anda.

Os adoráveis vira-latas

Publicado em 1 ComentárioSem categoria

Ignorados nas ruas e, muitas vezes, vítimas de maus-tratos, eles são excelente companheiros,e merecem todo o amor dos mundo

11/04/2017 Crédito: Arthur Menescal/Esp. CB/D.A Press. Brasil. Brasília - DF. Mais Bichos. Vantagens de ter um vira lata. Karoline Miranda.
Karoline com parte da matilha: todos adotados. Crédito: Arthur Menescal/Esp. CB/D.A Press

 

POR ANDR303É BAIOFF, DA REVISTA DO CORREIO*

Os cães são maravilhosas companhias: carinhosos, amorosos e fiéis. Mas alguns acabam estigmatizados por não serem comercializados e por não terem uma raça definida. São os SRD, ou, popularmente, vira-latas. Normalmente, eles passam despercebido nas ruas. Saem revirando lixo em busca de comida — daí o nome popular. Muitos são vítimas de maus-tratos e, por isso, se tornam agressivos, ariscos ou arredios à presença de humanos. Segundo a médica veterinária Natássia Miranda de Oliveira,  a situação dos gatos é ainda pior. “Infelizmente, existe um preconceito contra eles, extremamente desnecessário. As pessoas atropelam de propósito, envenenam, chutam, agridem, evitam dar comida, entre outras barbaridades. Um gato pode ser tão companheiro quanto um cão”, diz.

Contudo, essa situação está mudando. Graças aos protetores de animais e às Ongs que fazem campanhas de adoção, muitos gatos e cães vira-latas são recolhidos das ruas, recebem tratamento e são encaminhados para lares onde podem ser amados e bem cuidados.

O adestrador de cães André Barbosa explica que, mesmo que o animal tenha um histórico de maus-tratos, não há cão difícil de adestrar. Para ele, o que precisa ser feito é estabelecer regras e limites. Algumas vezes, um cão fica confuso porque sua família não se organiza: a mãe diz uma coisa, o pai outra, e a família toda se confunde. Estabelecer limites e oferecer carinhos devem sempre andar juntos”, orienta.

2017. Crédito: Arquivo Pessoal. Vantagens de um vira-lata. Bruno de Oliveira.
Bruno de Oliveira com Vick: melhores amigos

O músico Bruno de Oliveira, 25 anos, conta que, há mais ou menos um ano, decidiu ter um cachorro. Mas, inicialmente, quis comprar um de raça. Durante a pesquisa, se emocionou com a história de uma mulher que resgatou uma cadela prenha que vivia na rua e a levou para sua casa até que desse à luz os filhotes. Quando Bruno viu as fotos dos “bebês” nas redes sociais, se apaixonou por um filhotinho macho. Ao chegar no local para buscar o novo companheiro, uma surpresa: se encantou com uma bebezinha tímida e dengosa que estava lá. “Sem dúvida nenhuma, ela quem me escolheu. E, desde então, foi a melhor coisa que me aconteceu”, conta, emocionado.

Desde então, Vick dorme com ele na cama, é super brincalhona e ativa. “Ela nãose  cansa nunca, adora passear, brincar e quer ficar ao meu lado o tempo todo”, conta. Bruno diz que a cadela nunca ficou doente, mas que se preocupa em tomar os cuidados que, para ele, todos os tutores de animais devem ter. “A vacinação e o controle de pulgas e carrapatos é essencial para a saúde de qualquer cão. Além de levar regularmente em consultório veterinário”, continua.

A paixão por vira-latas é algo contagiante. A publicitária Karoline Miranda, 23 anos, é uma das pessoas que são loucas por eles. Em sua casa há seis: Duda, Chiara, Ozzy, Akira, Frida e Gambá. “Ozzy e Akira foram adotados por meio de parentes que estavam doando filhotes. Um tempo depois, a Akira ficou prenha e acabamos ficando com dois dos filhotes. Chiara eu ganhei de uma amiga, como presente de aniversário. Duda foi adotada na vizinhança, me lembro que um belo dia cheguei em casa e lá estava aquele filhote fofo”, relata.

Tanto Bruno quanto Karoline aconselham adotar animais, em vez de comprar. Para Bruno, o mais importante antes de adotar é ter responsabilidade, e a consciência de que o animal estará ao seu lado durante um bom tempo. “Se você tem condições e responsabilidade para adotar uma vida, tendo consciência de que o animal estará ao seu lado por mais ou menos 13 anos, e que nunca vai abandoná-lo, eu dou o maior apoio. O cão nos torna pessoas melhores”, finaliza.

 

Saiba mais sobre as dermatites em pets

Publicado em 1 ComentárioSem categoria

Dermatites podem ter diversas origens, como alérgicas e infecciosas. Veterinária tira-dúvidas sobre a principal causa da visita dos pets ao consultório veterinário

 

Vitão teve dermatite causada por fungos. Crédito: Arquivo pessoal
Vitão teve dermatite causada por fungos. Crédito: Arquivo pessoal

Coceira excessiva, queda de pelos e feridas, entre outros sintomas, são fortes indicações de que o pet está com alguma doença de pele. As dermatites, que podem ter várias origens, como alergias e infecções, são a causa número um das consultas ao veterinário. É muito importante diagnosticar corretamente o que está causando a alteração, pois disso vai depender o sucesso do tratamento.

O labrador Vitão tinha 11 meses quando apareceu com duas manchinhas idênticas, nas patas traseiras. Como ele também se coçava, a desconfiança inicial foi sarna. “O veterinário fez raspagem e viu que não tinha bactéria, não era nada muito grave”, conta a tutora, Gerlânia Moraes. O exame indicou que os culpados eram fungos. Como o agitado cãozinho tem mania de se molhar todo quanto toma água, acabou afetado por esse agente infeccioso. Com ômega 3, uma pomada e um shampoo manipulados, em dois meses, ele já estava curado.

Lucky (à direita) com o irmão Thor: ferida parecia queimadura. Crédito: Paula León/Divulgação
Lucky (D) com o irmão Thor: ferida parecia queimadura. Crédito: Paula León/Divulgação

O samoieda Lucky também sofreu uma dermatite de origem infecciosa, que assustou a tutora, Greycielen Gomes de Oliveira. A ferida, no rabinho, parecia com uma queimadura, bastante vermelha. A família chegou a pensar que ele tivesse se machucado em uma casinha de madeira. O veterinário diagnosticou dermatite úmida, que pode ter várias causas. Segundo o médico, a origem pode ter sido um banho que Lucky tomou na petshop. “Não secaram ele direito. Levei para o banho no sábado, e a ferida apareceu dois dias depois”, conta a tutora. O samoieda tomou antibiótico e usou uma pomada. Além disso, o local da lesão era limpo duas vezes ao dia, com soro fisiológico. “Em duas semanas, mais ou menos, já estava sequinha, e o pelo começava a nascer”, diz Greycielen.

 

A veterinária Fernanda Cioffetti Marques, membro da Comissão de Animais de Companhia do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal (Sindan) e gerente de marketing da Vetnil, responde as principais perguntas de cuidados e tratamento das dermatites em animais:

Quais os tipos de dermatites que acometem cães e gatos?

As doenças de pele são as causas mais frequentes de consulta ao médico veterinário. Podemos verificar doenças de pele de diferentes etiologias: alérgicas, infecciosas e parasitárias por exemplo.

Quais são os principais sintomas?

Podem causar sintomas como coceira, vermelhidão, alteração de coloração da pele, edema, escamação e até mesmo queda excessiva de pelo, localizada ou generalizada nos casos mais agudos.

Existem tratamentos específicos para cada tipo de dermatite?

Existem tratamentos que variam de acordo com o tipo de doença e agente que acomete a pele. Pode haver mais de um agente associado. Há tratamentos tópicos e sistêmicos e que na maioria das vezes são feitos por longos períodos.

Durante o tratamento, como funciona a medicação do animal? Ele passa a ser medicado em período de crises ou há um processo de prevenção e cura?

Dependendo da origem da doença, o cuidado pode ser para a vida toda e, na maioria delas, os tratamentos podem ser longos e associar tratamento tópico com uso de xampus específicos e medicações orais para que se obtenha a cura.

Muitas pessoas falam que os animais com pelo claro são mais propensos a desenvolver problemas na pele. Isso é verdade? 

Não há uma correlação científica que comprove que a cor dos animais possa influenciar.

O calor também pode desenvolver doenças de pele nos animais?

No calor, podemos notar predisposição ao surgimento, assim se deve ter uma atenção especial aos cuidados de higiene neste período.

Como a má alimentação está ligada ao desencadeamento de diversas doenças, existe algum cuidado indicado para animais com dermatites?

Sem, dúvida a boa nutrição é uma aliada na manutenção da saúde e pele dos cães e gatos e a suplementação também é importante para esse processo. A deficiência de nutrientes importantes pode ser manifestada como queda excessiva de pelos, pele ressecada e até mesmo desencadear alguma hipersensibilidade alimentar.

No geral, o que os tutores podem fazer para prevenir essas doenças em cães e gatos?

Para evitar a doença, deve-se, acima de tudo, fornecer uma boa alimentação, manter a higiene do ambiente e usar somente produtos como antiparasitários externos de qualidade e de produtos dermatológicos que sejam especificamente desenvolvidos para cães e gatos, pois além de terem pH adequado, possuem também a garantia do laboratório fabricante. Qualquer alteração percebida no pet, como coceira excessiva, queda de pelo, mudança na coloração da pele é um sinal de alerta e o tutor deve sempre consultar um médico veterinário. As visitas regulares auxiliam principalmente na prevenção e tratamento precoce.

 

 

 

Agenda pet

Publicado em 1 ComentárioSem categoria

Confira na agenda pet os eventos de Páscoa para curtir ao lado do seu amigão

O blog deseja boa páscoa a todos os AUmigos. Crédito: Paula León
O blog deseja boa páscoa a todos os AUmigos. Crédito: Paula León

Sábado

— Café da manhã de Páscoa no Armazém do Gato, na 205 norte, a partir das 9h. Vai ter sorteio de brinde.

— Segunda edição do VeganNiqueBsb, um picnic vegano e, portanto, sem nenhum alimento produzido às custas de sofrimento animal. Vai ser no Estacionamento 11 do Parque da Cidade, das 10h às 14h. Levar algum prato totalmente vegano. Os pets, claro, são muito bem-vindos.

— Dobradinha de feiras de adoção de cães e gatos do Abrigo Fauna e Flora. Das 11h às 16h na 108 sul (rua da Igrejinha, ao lado da Di Petti Boutique) e das 11h às 15h na Petz do SIA (trecho 2, ao lado da Gravia).

— Pizza vegana em prol de Valente: durante todo o mês de abril, o lucro da venda da pizza vegana (molho de tomate, refogado de espinafre, alho poró, ratatouille amêndoas tostadas) da Dona Lenha da 413 norte será revertida para o tratamento do cão Valente. Ele foi resgatado com as patinhas quebradas e precisa da colaboração de todos.

Domingo

Aproveite o domingo para passear com o pet ao ar livre. Opções não faltam:

  • Parque da Asa Delta, também conhecido como Morrote, no Lago Sul: o espaço entre a QL 12 e a QL 14 atrai praticantes de esportes, que aproveitam para fazer SUP e canoagem. Os cães também participam da farra. Para os não AUtletas, tem área verde de sobra para correr e, claro, o lago para nadar
  • Parque das Garças, no Lago Norte: na QL 15, é menor que o Morrote, mas também atrai praticantes de esportes aquáticos e seus pets
  • Parque Urbano Bosque do Sudoeste: principalmente aos domingos pela manhã, quando tem roda de chorinho debaixo da árvore, muita gente tem levado os pets para um passeio no bosque
  • Calçadão do Lago Norte, na Asa Norte – L4 Norte, altura da 16. Lá, os cães podem passear e nadar no lago. Anda um pouco abandonado, mas ainda é uma opção de caminhada no por do sol
  • Parcão: Estacionamento 6 do Parque da Cidade. A área cercada já foi mais conservada, mais ainda atrai muita gente que quer socializar os cães, sem medo de fuga
  • Parcão do Cruzeiro: Epia, 3663 (próximo ao Ginásio de Esportes). A área de 2,8 mil metros quadrados também é cercada, e os cães podem brincar livremente. Nos dias de calor, porém, é um sufoco, pois não há árvore para fazer sombra. Também está um pouco abandonada
  • Praça dos Cristais, no Setor Militar Urbano: Além de um agradável passeio, o local rende boas fotos dos peludos
  • Pontão, Lago Sul: Na QL 10, é um bom lugar para passear com os cães em dias ensolarados. Mas, atenção: eles não podem entrar na água. O restaurante Mormaii aceita os pets na área externa

 

Novidade pet friendly

WhatsApp Image 2017-04-12 at 17.10.38E se bateu fome, leve o pet com você ao Dunkin’ Donuts da quadra 101 do Sudoeste, novo espaço pet friendly da cidade. A lanchonete colocou uma plaquinha super simpática, saudando os cachorros, com potinho de água para que se refresquem. Bento foi lá na semana passada e tomou água fresca – só não pode comer rosquinhas!

O veredito:

IMG_5718

 

 

Campanha pede que não se comprem coelhos

Publicado em 1 ComentárioSem categoria

Na Páscoa, há quem compre coelhos para presentear crianças. Geralmente, esses animais, que vivem mais de 10 anos, acabam abandonados e negligenciados depois que acaba a empolgação

"Não somos brinquedo", dizem os cartazes de ativistas. Crédito: Reprodução
“Não somos brinquedo”, dizem os cartazes de ativistas da Space Cost Animal Rights. Na Páscoa, dê de presente ovos de chocolate, e não animais. Crédito: Reprodução

Coelhos não são apenas para o período da Páscoa. Essa é a mensagem que a organização Space Coast Animals Rights espera transmitir para as pessoas que planejam comprar coelhos ou pintinhos para oferecer de presente durante o feriado.

Em parceria com a LUSH cosméticos, o grupo lançou uma campanha nos EUA para se  certificar de que as pessoas reflitam antes de comprar um novo amigo peludo. “Além de animais não serem mercadorias, coelhos e galinhas exigem muitos cuidados e essas necessidades continuarão depois do feriado da Páscoa”, ressalta Alycia Corpiel, fundadora e presidente do SCAR.

Ela diz que as pessoas precisam perceber que esse é um compromisso, já que os animais não são brinquedos.

Este é o terceiro ano da campanha, mas é a primeira vez em que um grande patrocinador decidiu participar da iniciativa. A LUSH forneceu um subsidio de US$ 7.800 para transmitir a mensagem sobre a crueldade animal que ocorre na Páscoa, de acordo com o Florida Today.

A campanha é realizada principalmente nas mídias sociais, mas o grupo também faz protestos em frente às lojas que comercializam coelhos e pintinhos. O próximo protesto ocorrerá no dia 15 de abril.

A SCAR também distribui cartazes que dizem “# NotJust4Easter” (Não apenas para a Páscoa) para conscientizar as pessoas e disponibiliza os folhetos do grupo em vários eventos. A hashtag colocada nas mídias sociais iniciou um debate no país Além disso, há a venda de camisetas para ajudar o grupo Tampa Bay House Rabbit Rescue, que resgata coelhos.

“Muitas pessoas não percebem quantos cuidados esses animais exigem. Coelhos vivem entre 10 e 12 anos, às vezes mais. Eles precisam ser castrados, não podem viver em uma gaiola, precisam correr, ter uma dieta específica. Eles podem morrer muito facilmente se receberem a alimentação errada”, disse Corpiel.

Em 2013, a irresponsabilidade de brasilienses que compraram coelhos como animais domésticos perturbou o ecossistema do Parque Olhos D’Água, na Asa Norte. Os animais foram abandonados no parque, e se reproduziram rapidamente, ameaçando o equilíbrio da cadeia alimentar. A retirada dos coelhos exigiu uma verdadeira operação de captura, pela Zoonoses. Depois de castrados, eles foram colocados para adoção. Mas escaparam por pouco: inicialmente, a ideia era doá-los para o zoológico, onde serviriam de alimento para os leões.

(Com informações da Agência Anda)

 

Criminoso tenta envenenar cães

Publicado em 4 ComentáriosSem categoria

No intervalo de apenas uma semana, cães do  Cruzeiro Velho foram alvo duas vezes. Envenenar animais é crime e dá cadeia

02/01/2017. Crédito: Ana Rayssa/Esp. CB/D.A. Press. Brasil. Brasília - DF. Cachorrada. Patrícia Fernades (saia) e Thusnelda Frick são donas de 8 cachorros e receberam uma carta anônima reclamando do barulho e pedindo para não deixar os cachorros na frente da casa. Durante os dias elas são obrigadas a deixar os cães em um espaço pequeno para não incomodar os vizinhos.
Patrícia Fernandes (à esquerda) e Thusnelda Frick: ameaças desde o início do ano. Crédito: Ana Rayssa/Esp.CB/D.A. Press

 

Os moradores da quadra 12 do Cruzeiro Velho estão apavorados com um criminoso que tentou envenenar cães de uma casa da vizinhança. No intervalo de apenas uma semana, ele jogou, por duas vezes, pedaços de salsicha contendo um medicamento pela grade da residência.

Na primeira vez, três dos oito cães que vivem no local comeram um pedaço do embutido. Como foram levados para o veterinário a tempo, não passaram mal. Na quinta-feira 6, a pessoa voltou a atacar e jogou mais salsichas com remédio no quintal. Contudo, dessa vez, os cães não chegaram perto.

A casa é da economista Thusnelda Frick e da companheira dela, a publicitária Patrícia Fernandes. Cinco dos oito cães que elas têm, além de seis gatos, foram resgatados em situação de risco e abandono. Elas cuidaram dos animais e deram um lar para eles. Contudo, acabaram despertando a ira de alguma pessoa da vizinhança. No início do ano, chegou um bilhete anônimo à residência do casal. Quem escreveu o bilhete reclamava do barulho e ameaçava tomar uma “ação mais sofrível”. O Correio revelou a história, que provocou a indignação dos leitores.

Agora, há pouco mais de uma semana, Thusnelda e Patrícia voltaram a ser incomodadas. Mas, no lugar de bilhete anônimo, o criminoso resolveu adotar medidas drásticas. “Na época do bilhete, eu mandei uma mensagem para o grupo dos moradores da quadra, no Whatsapp, dizendo que estava disposta a conversar com essa pessoa, para encontramos, juntas, uma solução. Mas ninguém me procurou”, lamenta a economista. Por sua vez, a maioria dos vizinhos apóia Thusnelda e Patrícia — inclusive, muitos têm cachorros. “Uma vizinha tem nove cães”, exemplifica.

Na primeira vez que encontraram salsicha com medicamento no quintal, as duas registraram ocorrência na 3ª Delegacia de Polícia do Cruzeiro. Na quinta-feira passada, elas voltaram lá, para fazer o BO da segunda tentativa de envenenamento dos cães. A veterinária que atendeu os animais que comeram um pedaço da salsicha disse que a substância é um tranquilizante. Na 3ª DP, a delegada encaminhou o material para perícia técnica, para dar início às investigações.

Agora, os moradores estão com medo de sofrer represálias semelhantes. Antes de sair de casa, Thusnelda está trancando os animais dentro de casa, temendo novas agressões. Alguns vizinhos fazem o mesmo. Ao criminoso, ela deixa um recado: “A minha vizinha de frente tem câmera de segurança. Ela conseguiu a filmagem dos dois dias e me passou. Entreguei na delegacia essas imagens”, observa.

Thusnelda e Patrícia são protetoras de animais e, voluntariamente, recolhem cães e gatos que sofrem agressões, passam sede, fome e frio nas ruas da cidade.

Dar veneno ou outras substâncias potencialmente letais a animais é crime, conforme a Lei Federal 9.605/98, que dispõe sobre os crimes ambientais:

 

Art. 32º

Praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos:

Pena: detenção, de três meses a um ano, e multa.

  • Incorre nas mesmas penas quem realiza experiência dolorosa ou cruel em animal vivo, ainda que para fins didáticos ou científicos, quando existirem recursos alternativos.
  • A pena é aumentada de um sexto a um terço, se ocorre morte do animal.

Ameaças também são crime, como define o art. 147 do Código Penal (Ameaçar alguém, por palavra, escrito ou gesto, ou qualquer outro meio simbólico, de causar-lhe mal injusto e grave), com pena de de um a seis meses de detenção, ou multa.

No Senado Federal, está tramitando o projeto de lei que aumenta a pena para quem atentar contra a vida, a saúde ou a integridade física e mental de cães e gatos. Para opinar sobre o tema, clique aqui.

Veja o vídeo que Patrícia Fernandes gravou em janeiro, quando recebeu a primeira ameaça:

 

 

Agenda Pet

Publicado em 1 ComentárioSem categoria

Nesse fim de semana, o que não falta é evento pra cachorrada bater pata por aí! Anote na sua Agenda Pet

Crédito: reprodução da internet
Crédito: reprodução da internet

Sábado

— Encontro de Pugs: os pugs do Gama convidam os AUmigos para o encontro da raça, a partir das 8h, na Clínica Veterinária Império Animal. Haverá sorteio de brindes.

— Encontro de Spitz Alemão: vai ter muito leãozinho junto, a partir das 13h30, no Dog Plaza Inn Hotel, que fica na QI 5, chácara 93 do Lago Sul (atrás do Gilberto Salomão). Haverá sorteio de brindes.

— Picolé pros auaus: a sorveteria Oni-Uno, na quadra 103 do Sudoeste, vai distribuir, a partir das 14h, o geLATE para a cachorrada. É um gelato feito exclusivamente para os cães. Para guardar o evento na memória, a loja vai tirar foto dos clientes e imprimir na hora. Eles garantem que o geLATE ficou bom pra cachorro!

— Festival de comida japonesa: o Nipo Festival, que acontece hoje, sábado e domingo no Clube Nipo-Brasileiro (Setor de Clubes Sul, Trecho 1), aderiu à cultura Pet Friendly e abre as portas à cachorrada. A organização pede que os tutores só levem animais dóceis e não desgrude deles para evitar incidentes. Além disso, o Nipo recomenda não levar os AUmigos à noite, quando o som dos shows pode estressá-los. O evento é pago: R$ 10 (inteira).

— Feirinha de adoção do Abrigo Fauna e Flora: das 11h às 16h, na comercial da 108 sul. O abrigo precisa de jornais velhos, em qualquer quantidade.

— Mega Bazar Solidário do Projeto São Francisco: das 10h30 às 15h. Peças a partir de R$ 5, para ajudar a encher as barriguinhas de tantos AUmigos cuidados pelo projeto. Não haverá adoção nesse dia. O evento acontece na QE 19, Conjunto I (final da rua à direita), Guará 2.

— Ferinha de adoção independente: a partir das 10h na 306 sul,  atrás da petshop Bicho Chique

— Feirinha de adoção de gatos e cães resgatados no Noroeste: das 10h às 16h na loja Cia da Terra, que fica na QI 13 do Lago Norte.

 

— Pizza vegana em prol de Valente: durante todo o mês de abril, o lucro da venda da pizza vegana (molho de tomate, refogado de espinafre, alho poró, ratatouille amêndoas tostadas) da Dona Lenha da 413 norte será revertida para o tratamento do cão Valente. Ele foi resgatado com as patinhas quebradas e precisa da colaboração de todos.

Domingo

— Café da manhã no Cão Q Mia: a partir das 8h, um café da manhã na  petshop, com desconto de 10% no banho e tosa e nas rações Premier. A loja fica na QNA 16, lote 7, Taguatinga Norte.

— Café da manhã na entrequadra da 216/416 norte: às 9h, na grande área verde, o Caminho de Casa monta a banquinha embaixo das árvores com opção de quitutes veganos, entre outras delícias. Os cães são mais que bem-vindos.

 

— Feirinha de adoção do Abrigo Fauna e Flora: das 11h às 15h no Petz (SIA).

Depois da maratona de atividades, uma dica para o domingo é  um passeio despretensioso pela orla do Lago, no Pontão (SHIS, quadra 10). Além da bela vista, tutores e cães podem fazer caminhadas pelo calçadão e reabastecer as energias nos muitos quiosques que vendem água de coco. Entre os restaurantes, o Mormaii recebe os cães na área da varanda. A marca associada ao surf, aliás, tem uma linha própria de coleiras, peitorais, comedouros e tapetinhos em forma de prancha para os AUventureiros. Fofo.

Domingo passado, o Bento passeou pelo pontão. O veredito:

IMG_5718

 

 

Você conhece algum lugar pet friendly? Compartilhe com a gente! Mande um email ou poste nos comentários.
#################################
ClassiPET:
Você viu essa cachorrinha abaixo? Ela se chama Lua e sumiu na sexta-feira 31/03 nos arredores da 714 norte. Ela estava dando uma voltinha solta pela quadra. Se alguém tiver notícia sobre Lua, entrar em contato com Cássia no telefone 982771751. A família está desesperada para se reunir à AUmiga.
cachorrinha

 

Macaquinho órfão é confortado por pelúcias

Publicado em 1 ComentárioSem categoria

Aos 2 meses, ele foi separado da mãe e vendido no mercado pet da Tailândia. Agora, ele está sendo cuidado e preparado para voltar à vida selvagem

Crédito: reprodução do Facebook
Mongkook perdeu a mãe e foi vendido. Ele ganhou dois bichinhos de pelúcia, dos quais não se desgruda. Crédito: reprodução do Facebook

 

Esse macaquinho tem apenas 2 meses e é órfão. Ele foi resgatado na Tailândia, das mãos de uma pessoa que o mantinha ilegalmente como pet. Ao chegar à sede da Fundação dos Amigos da Vida Selvagem da Tailândia (WFFT), Mongkook não parava de chorar, procurando pela mãe. Segundo os funcionários da ONG, é quase certo que ela foi morta, na frente do macaquinho, uma prática ilegal, porém comum no Sudeste Asiático, onde filhotes são frequentemente roubados.

O destino desses animais, que não têm histórico de domesticação e, portanto, nunca deveriam ser extraídos da vida selvagem, são variados: vendidos como pet, treinados para dançar em shows de entretenimento ou mortos para abastecer o comércio da medicina tradicional. O preço de um macaco pode chegar a US$ 1 mil. Não à toa, a população da espécie Macaca leonina declinou 30% nas três últimas gerações.

Na fundação, onde chegou em 28 de março, Mongkood ainda chora pela mãe. Para oferecer conforto ao pequeno órfão, ele ganhou dois bichinhos de pelúcia, dos quais não se desgruda: um rso branco e um gato amarelo. Contudo, o macaquinho está sofrendo. “Ele ainda está confuso e chora pelos cuidados e amor da mãe”, disse a WFFT, em um post.  “Nós faremos o que for possível para fazer a transição dele do cativeiro à liberdade. Por enquanto, está sob cuidados 24 horas por dia. Deixe a vida selvagem selvagem e não como pets”, escreveram os funcionários da fundação.

Veja galeria de fotos do macaquinho:

Este slideshow necessita de JavaScript.

 

 

 

 

 

Os verdadeiros Dr. Pet

Publicado em Deixe um comentárioSem categoria

ONG promove visitas de cães a idosos e pacientes de hospital. Os Dr. Pet levam alegria e carinho, e ajudam no processo de recuperação

Visita ao Lar Maria Madalena. Crédito: Edson Rodrigues Amaral/Divulgação
Visita ao Lar Maria Madalena. Crédito: Edson Rodrigues Amaral/Divulgação

Dizem que o amor cura. Quem vê a reação de idosos e crianças surpreendidos com a visita de amigos de quatro patas não tem dúvida disso. Desde agosto do ano passado, a ONG Pet Amigo leva alegria a moradores de instituições de longa permanência e do Hospital de Apoio de Brasília (HAP). De acordo com a presidente da ONG, a veterinária Nayara Brea, a ideia surgiu quando ela fazia parte da Associação de Voluntários do HAP, onde pacientes com câncer terminal recebem assistência paliativa. “Apresentei uma palestra para os servidores sobre a pet terapia e escrevi o projeto para ser avaliado pela comissão de controle e infecção hospitalar. Foram três meses até implantar, e a primeira visita foi 25 de agosto com dois cães, o golden Enzo e a lhasa apso Millie”, conta. Hoje, são oito cães participantes.

Também conhecida como Terapia Assistida por Animais (AAT, sigla em inglês), a pet terapia já é um procedimento bastante conhecido nos Estados Unidos e na Europa, onde pesquisas científicas já demonstraram os benefícios à saúde dos pacientes. Ainda que não possam curar doenças, os “doutores” de quatro patas melhoram o bem-estar físico e mental de pessoas de todas as idades. “As evidências sugerem que a AAT pode ter um efeito positivo sobre o bem-estar psicossocial, emocional e físico”, afirma a enfermeira Julia Havey, da Universidade de Loyola, nos Estados Unidos. Ela conduziu um estudo mostrando que pacientes que se recuperavam de cirurgia ortopédica assistidos por animais precisavam apenas da metade dos medicamentos para dor administrados àqueles que não contavam com o auxílio dos Dr. Pets.

Cavalos, coelhos, peixes, porquinhos-da-índia, cães e gatos costumam ser usados nesse tipo de tratamento, embora esses dois últimos sejam os mais comuns. Na ONG Pet Amigos, apenas os cachorros participam. Entre os benefícios já encontrados por pesquisas científicas, estão a redução de estresse, ansiedade e depressão, além da melhora da auto-estima e das habilidades sociais. Outros benefícios já constatados em estudos foi a melhora motora e a motivação para se exercitar. Entre os pacientes que mais podem se beneficiar, estão os em tratamento oncológico, em reabilitação física, com estresse pós-traumático e aqueles com distúrbios e transtornos mentais. Crianças submetidas a procedimentos como tratamento dentário, que pode deixá-las temerosas, também podem relaxar, na presença do melhor amigo.

25/03/2017. Crédito: Minervino Junior/CB/D.A. Press. Brasil. Brasilia - DF. Olivia Dutra de Souza.durante a visita da Acao social do Pet Amigo, que leva cachorros de raças variadas para visitar os idosos no Lar dos Velhinhos, no Nucleo Bandeirante.
Dona Olivia escolheu um vestido especial para receber os visitantes. Crédito: Minervino Junior/CB/DA Press

Há duas semanas, a repórter Gabriella Bertoni, do Correio, acompanhou a visita de quatro pets terapeutas ao Lar dos Velhinhos Maria Madalena, no Núcleo Bandeirante. Com lacinhos na cabeça, lenços no pescoço e de banho tomado, eles passaram a tarde com os idosos, internos da instituição. A equipe proporcionou momentos de alegria e descontração aos anfitriões. Foi assim que dona Norma Faria Almeida, 92 anos, conheceu Paola, a diabética schnauzer de 12 anos. Após ganhar algumas carí-cias, logo a cachorrinha estava no colo da senhora que, sorridente, aproveitava o chamego ao lado das amigas. “É muito amor, nos faz tão bem. Eu tinha cachorro quando era jovem e sinto muita falta dele. Quando eles vêm aqui, sempre os pego no colo e os abraço”, contou Norma, que vive há 12 anos naquele lar.

Depois de brincar com os animais, Olívia Dutra de Sousa, 90 anos, contou que adora receber a visita desses amigos peludos. “Eles são tão lindos, com as fitinhas no cabelo. Tirei foto e abracei muito.” Ela também mora há 12 anos na instituição e escolheu, entre seus 60 vestidos, um especial para receber os animais. O enfermeiro responsável pelo Lar dos Velhinhos, Diogo Victor Pinheiro, explicou a importância desses encontros. “Os grupos fazem muita diferença. Alguns têm pouco contato com a família e a vinda dos voluntários os deixam mais felizes. Com os cachorros, é ainda mais especial, já que muitos tiveram animais quando mais jovens e relembram do passado.”

Segundo Nayara Brea, todos os cães são treinados por uma equipe. “Depois de passar pela seleção, nós fazemos testes para conhecer o comportamento deles. Todas as visitas têm que ser muito controladas, para não ter problemas com o bicho, como ele se assustar com algum barulho”, disse. Para participar da seleção, o cão precisa atender a pelo menos três comandos: “Senta, para e fica”. Os tutores precisam, ainda, responder a um questionário sobre o comportamento do animal.  A partir do primeiro ano de vida do cachorro, ele já pode começar a fazer parte das visitas. Só para quando o tutor não quiser ou se o animal ficar incapacitado.

Como participar

» Não é necessário ser tutor de um animal. É possível fazer parte do projeto em outras áreas, como na administração das visitas ou na criação de conteúdo para o blog, que está em fase de implementação.

» Quem tiver interesse em inscrever o cachorro, o grupo abre seleção de três em três meses. Após avaliação do comportamento do animal, para saber se são calmos e dóceis, eles passam por um treinamento.

» O pét, que precisa ter pelo menos um ano, não pode reagir a estímulos, como barulho ou movimentos bruscos, e tem que gostar mais de estar com as pessoas do que com outros animais.

» Durante as visitas, o animal pode ficar até 40 minutos com o paciente, participando de brincadeiras e de atividades lúdicas. Depois, ele descansa por dez minutos.

Contato:  projetopetamigo@gmail.com

 

Veja só a alegria do seu Mathias, na visita ao Lar de Idosos Espaço Convivência: