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Para livrar os pets do tédio, há brincadeiras criativas que, além de diverti-los, domam o comportamento e estimulam os instintos animais
Gláucia Chaves – Da Revista do Correio
Imagine que você está trancado em casa, sem nada para fazer: nenhum livro, sem televisão e muito menos internet para se distrair. A situação não parece animadora, certo? Para muitos animais, essa é uma realidade corriqueira. Para amenizar o tédio dos bichinhos, há diversas alternativas. Além dos chamados brinquedos funcionais, ou inteligentes, o enriquecimento ambiental — ou seja, oferecer coisas para que o pet tenha o que fazer — são maneiras de trabalhar o corpo e a mente de cães e gatos enquanto o tutor não está em casa. De quebra, os comportamentos nocivos, como móveis destruídos e agressividade, diminuem consideravelmente.
Karen Neves, diretora da Zen Animal e especialista em bem-estar animal, explica que os brinquedos funcionais são aqueles que ajudam o pet a solucionar algum “problema”. “Podem ser usados apenas para entretê-los em dias tediosos, mas ajudam, principalmente, a estimular os sentidos, a educar, a adestrar e a corrigir comportamentos indesejados”, enumera.
Geralmente feitos de material resistente, certos modelos permitem que os donos coloquem ração e/ou petiscos dentro. Na hora de escolher, a especialista indica levar em conta a idade e o temperamento do animal, além da qualidade e da procedência dos acessórios. “Filhotes na fase de dentição podem ser beneficiados com versões que possam ser congeladas e que ajudam a minimizar o desconforto da gengiva”, ensina. “Cães idosos não conseguem morder objetos tão duros, então, é melhor investir em versões mais macias.”
A vantagem dos brinquedos, segundo Dalton Ishikawa, veterinário da Pet Games, é que os animais conseguem pôr em prática o instinto de caça e de procura por alimentos. “A gente resgata alguns comportamentos inatos, justamente para permitir que eles expressem seus comportamentos naturais”, detalha. Todo animal, de acordo com Ishikawa, tem quatro instintos básicos: o sexual, o materno, o de caça e o de fuga. Quando ele está acordado, o instinto que mais consome o tempo dele é o da busca por comida, por isso, faz bem associar essa necessidade à diversão.
Alternativas divertidas
O bem-estar mental do pet, segundo o profissional, é uma preocupação nova, mas que é tão importante quanto a saúde física dele. “Sem o mínimo de saúde mental, começam a explodir distúrbios de comportamento, como automutilação, comer fezes e movimentos repetitivos. Isso é estresse crônico.”
O passeio “burocrático”, geralmente feito uma vez ao dia, não é suficiente para garantir a qualidade de vida de cães e gatos. “Hoje em dia, todo mundo quer terum pet, mas não percebe que eles vivem em sociedade, mas que estão sendo colocados em uma solitária de luxo”, avalia Dalton Ishikawa.
Daniela Maciel, veterinária especializada em medicina felina da Clínica Veterinária Mundo dos Gatos, explica que os bichanos também precisam de incentivos. Além do estímulo à caça, uma forma de manter os gatos entretidos é investir em objetos altos, como prateleiras e nichos de parede. “Gatos também gostam de se esconder, então, caixas e túneis viram um ótimo entretenimento”, completa.
Ela acrescenta que o brinquedo deve ser escolhido baseado na atividade que o tutor deseja proporcionar ao animal, de acordo com o estilo de vida e o temperamento dele. “Um brinquedo funcional comum a cães e gatos é aquele que estimula o instinto de caça, porém, em alguns casos, pode ser contraindicados. Um bom exemplo disso são os lasers para gatos”, alerta. “Alguns acabam ficando mais ansiosos e frustrados por nunca conseguirem pegar a ‘presa’ de laser.”
Para Rudinho Bombassaro, especialista em comportamento canino da Pet Society, além de estimular os sentidos, esses objetos podem melhorar a saúde bucal dos animais. “Existem outros brinquedos que também são importantes porque fortalecem a dentição. São mais indicados para cães jovens, levando em consideração a troca dos dentes”, explica.
Outra questão importante, segundo o especialista, é de sempre assumir o lugar de líder da “matilha”. Em outras palavras: o tutor deve sempre começar a brincadeira. “Isso coloca o cão na posição de seguidor, e, assim, aumentam as chances de sucesso entre ele e seu dono.” Um tutor jamais deve estimular uma disputa, uma vez que pode desencadear o senso de luta no animal. “Ele vai entender que, nessa condição, pode ganhar, gerando problemas comportamentais.”
Tutora de sete cães e três gatos, a veterinária Liziè Pereira Buss, 35 anos, adaptou toda a estrutura de casa para melhorar o enriquecimento ambiental dos pets. Ela conta que procurou informações em livros e na internet para descobrir a melhor forma de colocar os ensinamentos em prática. “No caso dos cães, o que mais faço é revezar a forma de oferecer a ração”, detalha. “Misturamos com fígado, coração e, às vezes, eles comem em garrafas pet com buracos. Também costumo jogar os grãos no chão, como fazemos com as galinhas.” Brinquedos com ração e petiscos dentro, além de ossos escondidos pelo quintal, completam a proposta de “caça” ao alimento. Diariamente, Liziè passeia com os cachorros e, uma vez por semana, os leva para praticar agility.
Para os gatos, Liziè adaptou alguns pontos da casa, incluindo prateleiras, passarelas, nichos nas paredes e arranhadores gigantes. O projeto, segundo ela, está 70% pronto. “Até a alimentação deles fica no alto. A única coisa que fica no chão são as caixas de areia.” Os brinquedos também são revezados: cada um fica até três dias com os gatos. “Trocamos sempre para que eles não percam o interesse”, justifica.
Há seis anos, Liziè trabalha com bem-estar animal. Desde que implementou as mudanças, ela conta que o comportamento e a felicidade dos companheiros melhoraram consideravelmente. “O cachorro deveria ter uma vida social tão rica quanto a de uma pessoa, conhecer outros cães, sair de casa todos os dias. Os animais não podem ser prisioneiros domiciliares.”
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Vantagens do enriquecimento ambiental
– Diminuição dos comportamentos destrutivos, como morder móveis, ansiedade por separação, automutilação e cropofagia (comer fezes);
– Melhora da qualidade de vida do pet;
– Resgate de comportamentos naturais, como a caça, essenciais para a manutenção da saúde mental do bicho;
– Estímulo de exercícios físicos e mentais.
Fonte: Dalton Ishikawa, médico veterinário; Karen Neves, especialista em bem-estar animal.
Como usar os brinquedos funcionais:
– No caso de acessórios que liberam alimentos, como as petballs, o ideal é colocar a quantidade diária recomendada de comida para cada cão. É possível, também, dividi-la em duas partes, oferecendo uma porção no brinquedo, e a outra no comedouro. Ofereça essa opção sempre que o pet for ficar sozinho em casa. Assim, ele terá alimento disponível para o dia inteiro;
– Nas primeiras vezes em que for oferecer o brinquedo ao animal, esteja presente para observar como o bicho reage e para evitar acidentes;
– Se tiver mais de um pet, o ideal é ter um brinquedo para cada um para evitar disputas. Acompanhe as primeiras vezes para separar eventuais brigas;
– Para cachorros maiores e com muita energia, uma opção são os comedouros suspensos. Uma ideia é pendurar uma garrafa pet com ração dentro para que eles pulem para comerem.
– O ideal é buscar o brinquedo certo para cada animal, considerando o porte dele (pequeno/médio/grande) e o tipo de atividade que se deseja estimular;
– O brinquedo sempre deve ser específico para animais. Aqueles indicados para crianças ou menos resistentes podem ser destruídos e engolidos, causando sérias complicações.
Fonte: Veterinários Dalton Ishikawa e Daniela Maciel.
Dois eventos diferentes para curtir o fim de semana com o pet: tem lançamento de livro e balada, com direito a DJ
Sábado
9h às 12h – Lançamento do livro Toninho e Seu Fiel Amigo Bolota, escrito por Marco Antônio A. Roman (foto), de 11 anos, com a mãe dele, Adriana Araújo Pereira. Os dois são moradores de Águas Claras e escreveram a obra para incentivar a leitura na vida das crianças e futuros adultos, além da interação entre pais e filhos. “Além disso, o tema do livro enfatiza a conscientização, responsabilidades e cuidados que se deve ter quando se opta por um pet”, explica Adriana. Será na Livraria Leitura do Colégio La Salle de Águas Claras. Haverá feira de adoção de animais no local.
11h às 16h – Feira de cães e gatos do abrigo Fauna e Flora, na 108 sul (rua da Igrejinha, ao lado do Di Petti Boutique pet). A ONG também aceita doação de ração, jornais, medicamento, vermífugo, produto de limpeza e artigos para bazar.
Domingo
17h às 22h – Balada pet na terceira edição do 5uincão. O evento é gratuito e acontece no 5quinto Bar, na SCLN 102, bloco A. Vai ter adestrador, sorteio de brindes, feira de adoção e DJs tocando em som ambiente, para não ferir os ouvidos sensíveis da cãobada. Link do evento no facebook: https://www.facebook.com/events/104902533424385/
Quem duvida que eles são os melhores amigos? Esse cachorro se recusou a deixar o tutor, que desmaiou a cair de 2m. A cena chamou a atenção e ajudou a garantir o socorro ao homem
Da Agência Anda
A imagem de um cão debruçado em cima de seu tutor ferido após um acidente em Bahia Blanca, na Argentina, chamou a atenção da internet depois que foi divulgada nas redes sociais.
O homem, Jesus Hueche, caiu de uma altura de 2 metros enquanto podava uma árvore em frente à sua casa. Com a queda, Jesus bateu a cabeça no chão e desmaiou em seguida. Assim que viram a cena, vizinhos chamaram a ambulância.
O cão doméstico do homem, Tony, não saiu de perto do tutor enquanto o socorro não chegou no local. Quando a ambulância chegou, o cão tentou entrar no veículo para acompanhar o tutor, mas foi impedido e apenas horas mais tarde o reencontrou.
De acordo com Jesus, o cão está com ele em todos os lugares. “Ele vai para todos os lugares comigo e fica na minha cama até a minha esposa expulsar ele”, disse Hueche, para a rádio argentina La Brujula 24. Para Hueche, Tony é parte de sua família. “Um dia nós vimos ele na rua e o adotamos, depois lhe demos amor, comida e hoje ele é parte da família. Ele é como um filho para mim”.
No mundo animal, é comum uma espécie adotar filhotes de outra. Já aconteceu até de gorila adotar gato
Da Revista do Correio
Assim como as mulheres cuidam de filhos que não foram gerados no próprio ventre, os bichos adotam filhotes que não são seus, inclusive de espécies distintas. Algo que ocorre com frequência é a adoção interespecífica — definição criada pela biologia — entre cadelas e gatos, como é o caso da chin japonês Frida e das gatas Flora e Branquinha. Há três anos, a cachorra se tornou a mais nova integrante da família, constituída pela estudante de direito Carla Teixeira, a mãe, Vanessa Mota, e o padrasto, Natan Marques. Em 2015, uma ida a uma feira de adoção integrou a gata Flora ao grupo. “Fomos sem compromisso algum e vimos uma gata que nos deixou muito sensibilizados, pois já era adulta e tinha um problema na pata. Aí, resolvemos adotá-la”, conta Clara.
O que no início causou estranhamento em Frida logo se transformou em uma forte conexão com a nova companheira. “Ela lambe a Flora como se estivesse dando banho nela. Ficam sempre perto uma da outra e dormem juntas”, explica Carla. No ano passado, a família recebeu outra integrante: a filhote Branquinha. “Uma amiga da minha mãe a encontrou na rua, mas não tinha como abrigá-la. Oferecemos lar enquanto ela não era adotada, mas gostamos tanto dela que resolvemos ficar.”
A chin japonês mais uma vez viu seu espaço ser invadido. “Quando a Branquinha se aproximava da Flora, a Frida achava ruim e a protegia. Além de não deixá-la chegar perto das coisas e nem da comida da outra gata”, relembra a estudante. Com o tempo, porém, o coração da cadelinha encontrou espaço para mais um filhote adotivo e passou a cuidar de ambas as gatinhas.
Sempre cabe mais um
A fox paulistinha Tina convivia apenas com os cachorros Zidane e Titã, quando o tutor, Luiz Matos, levou um filhote de gato para casa. Como a cadela havia parido recentemente, ela passou a amamentar o novo integrante da família. “Ela estava cuidando muito bem do gatinho, provavelmente achando que era filhote dela. Ela rosnava quando a gente chegava perto e também não deixava os outros cachorros se aproximarem”, conta Maria Aparecida, esposa de Luiz.
A neurobióloga e jornalista científica Svetlana Yastrebova conta que uma hipótese é que as fêmeas amamentadoras, teoricamente, estão mais propensas a aceitar um número maior de crias. “Outro motivo possível é que as fêmeas que recentemente viraram mães possuem um nível alto de ocitocina, uma substância que aumenta a suscetibilidade ao afeto”, explica. Ou seja, durante esse período elas não têm uma real preferência quanto a espécie a ser alimentada.
A adoção interespecífica pode ocorrer entre diversas espécies. “A probabilidade é mais alta se, na natureza, os pais adotivos não se alimentam de animais cujos filhotes eles cuidam”, argumenta a neurobióloga. Alguns exemplos de casos que foram documentados são entre uma gorila e um gato; baleia com golfinho; cadelas com esquilos e cordeiros e corujas. “Outro fator provável é o comportamento social. Se os representantes de uma espécie costumam formar grupos de fêmeas que cuidam de filhotes juntas, é mais provável que elas recebam um filhote de outra espécie, como acontece com os cachorros e os macacos”, completa a pesquisadora
O fim de semana é para curtir com seu pet e, quem sabe, levar um novo amigo para casa. Veja os eventos do sábado e as opções de passeio do domingo
Sábado
- 9h às 17h: Bazar da Atevi no na 214 norte, bloco F (pilotis). A renda é destinada aos animais assistidos pela ONG
- 9h às 15h: feira de adoção da Atevi na quadra 101 do Sudoeste, pet shop Amor de Bicho
- A partir das 10h: feira de adoção independente na 306 sul, atrás da petshop Bicho Chique
- Das 10h às 16h: feira de adoção da Sociedade Humanitária de Brasília na Petz (SIA trecho 2). A ONG atende 230 animais que consomem, mensalmente, 1.500 kg de ração. Para continuar o trabalho, os protetores pedem doação de ração, em qualquer quantidade. Também estarão recebendo doações de roupas, calçados, bijuterias, objetos de casa etc, para o bazar
- 11h às 16h: Feira de cães e gatos do abrigo Fauna e Flora, na 108 sul (rua da Igrejinha, ao lado do Di Petti Boutique pet). A ONG também aceita doação de ração, jornais, medicamento, vermífugo, produto de limpeza e artigos para bazar.
Domingo
Aproveite para passear ao ar livre com o amigão:
Parque da Asa Delta, também conhecido como Morrote, no Lago Sul: o espaço entre a QL 12 e a QL 14 atrai praticantes de esportes, que aproveitam para fazer SUP e canoagem. Os cães também participam da farra. Para os não AUtletas, tem área verde de sobra para correr e, claro, o lago para nadar
- Parque das Garças, no Lago Norte: na QL 15, é menor que o Morrote, mas também atrai praticantes de esportes aquáticos e seus pets
- Parque Urbano Bosque do Sudoeste: principalmente aos domingos pela manhã, quando tem roda de chorinho debaixo da árvore, muita gente tem levado os pets para um passeio no bosque
- Calçadão do Lago Norte, na Asa Norte – L4 Norte, altura da 16. Lá, os cães podem passear e nadar no lago. Anda um pouco abandonado, mas ainda é uma opção de caminhada no por do sol
- Parcão: Estacionamento 6 do Parque da Cidade. A área cercada já foi mais conservada, mais ainda atrai muita gente que quer socializar os cães, sem medo de fuga
- Parcão do Cruzeiro: Epia, 3663 (próximo ao Ginásio de Esportes). A área de 2,8 mil metros quadrados também é cercada, e os cães podem brincar livremente. Nos dias de calor, porém, é um sufoco, pois não há árvore para fazer sombra. Também está um pouco abandonada
- Praça dos Cristais, no Setor Militar Urbano: Além de um agradável passeio, o local rende boas fotos dos peludos
- Pontão, Lago Sul: Na QL 10, é um bom lugar para passear com os cães em dias ensolarados. Mas, atenção: eles não podem entrar na água. O restaurante Mormaii aceita os pets na área externa
Experiência pet friendly
Que tal tomar um sorvete com o melhor amigo? Mais um espaço pet friendly está fazendo sucesso em Brasília. Localizado no bloco B da comercial da 103 do Sudoeste, o Oni Uno Ateliê De Gelato incorporou muito bem esse conceito. Além de aceitar animais no local, a sorveteria desenvolveu uma linha de picolés para eles. Tudo é feito com ingredientes frescos. Os sorvetes para humanos são deliciosos e há várias opções veganas. Há potinhos de água para os clientes de quatro patas, que são muito mimados pelos funcionários. Bento comeu o dele (o “palito” é feito de petisco) e tentou roubar o do amigo, Luke:
Será que o Bento aprova? Veredito:
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Foto dos leitores
Olha só que linda família, formada por Atmosfera, Oslo, Lux, Antonella, Yoda e Isla. Bento manda lambeijos para os aumigos! Quer ver seu pet no blog? Manda um email para a gente!
Protetores organizam protesto contra inoperância do Hospital Veterinário Público do DF. A previsão era inaugurá-lo em 2014, mas, até hoje, prédio está vazio
Ele foi anunciado com pompa. Teve direito a cerimônia de lançamento da pedra fundamental em dezembro de 2013, acompanhada de vacinação gratuita para cães e gatos. Previsto para começar a funcionar em julho de 2014, porém, o primeiro Hospital Veterinário Público do DF jamais abriu as portas. Enquanto isso, um número estimado de 100 mil cachorros e 200 mil gatos vivem nas ruas do Distrito Federal, sobrando para a sociedade civil a conta do abandono.
Para protestar contra uma obra inoperante e dispendiosa, um grupo de protetores independentes vai promover uma manifestação na quadra do secretário de Meio Ambiente do DF. Amanhã, a partir das 14h, eles organizam um piquenique na 713 Norte, bloco F, onde mora André Lima. Os protetores pedem que todos levem seus cães, além de faixas e cartazes.
Quando o hospital foi anunciado, a promessa era que de 80 a 100 animais recebessem atendimento diariamente. Além do controle populacional, que é lei federal e distrital (Lei 5321/14, o Código Sanitário do DF), o estabelecimento, composto por seis módulos, ofereceria consultas gerais, medicações, internações, radiologia digital, ultrassonografias, cirurgias gerais, ortopédicas e oncológicas. Além disso, contaria com um corpo clínico nas especialidades de ortopedia, cardiologia, clínica médica, medicina de felinos, oncologia, dermatologia, endocrinologia, odontologia veterinária, patologia clínica, anestesiologia e cirurgia de tecidos moles.
Na época, Luiz Maranhão, então subsecretário de saúde ambiental da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (SEMA), um dos idealizadores do hospital, discursou: “O que nós estamos fazendo é uma retribuição à relação histórica entre os animais domésticos e à humanidade. Trata-se de dar oportunidade de tratamento digno para àqueles cães e gatos de famílias com renda mais baixa”, disse.
Essa dívida histórica, porém, continua crescendo e saindo do bolso de organizações não governamentais (ONGs), protetores independentes e da população em geral, que se comove com a situação de animais abandonados e se mobiliza, especialmente nas redes sociais, para arrecadar fundos destinados ao atendimento de cães e gatos resgatados de maus-tratos e violência. “A gente tira dinheiro do próprio bolso. Eu tenho um banho e tosa, e uso o dinheiro da loja para cuidar dos animais que resgato”, conta Rita Lomba, protetora que abriga, atualmente, 50 animais em sua casa. Todos os resgatados são castrados e passam por tratamento médico intensivo, pois a maioria chega a ela extremamente debilitada. “Sai tudo do bolso da gente. Eu aluguei um terreno de 3,5 mil metros para fazer um santuário para esses animais, mas é um gasto enorme, não tem ajuda nenhuma do governo”, observa.
A verba do Hospital Veterinário Público do DF foi garantida por uma ação de compensação ambiental da construtora Direcional Engenharia. Esse mecanismo permite que pessoas físicas ou jurídicas que provocaram algum dano ao meio ambiente compense os impactos, pagando por obras ecológicas. Inicialmente, a SEMA estimou o custo da obra em R$ 3,5 milhões. Por fim, chegou ao valor de R$ 2,3 milhões e terminou com R$ 620.677, financiados pela empresa.
“Não era dinheiro que estaria saindo da saúde, não era dinheiro que estaria saindo dos hospitais humanos. Era um dinheiro de compensação ambiental. Pegaram cinco módulos que já existiam (em Taguatinga) e construíram um novo. Os outros sequer têm reboco”, denuncia Carolina Mourão, presidente da Federação de Defesa Animal do DF e uma das organizadoras do ato de sábado. “É um colapso financeiro, sanitário e ambiental”, afirma.
O blog Mais Bichos solicitou ao Instituto Brasília Ambiental, órgão vinculado à secretaria e responsável pela execução das políticas ambientais do DF, informações sobre a situação atual do Hospital Veterinário Público. Veja a resposta na íntegra:
“O Instituto Brasília Ambiental (Ibram) informa que a obra foi concluída ao custo de R$ 620.677. A segurança e a conservação do edifício têm custo mensal de R$ 24.180. Todos os valores estão sendo custeados pela empresa Hospital Veterinário Público do DF, por meio de compensação ambiental. Com relação ao funcionamento do hospital, o Instituto informa que está sendo viabilizado o projeto de urbanização do local, cuja execução ficará também a cargo da empresa. Paralelamente a isso, o órgão lançará, no próximo dia 31, dentro das comemorações pelos 10 anos do Instituto, o edital do termo de colaboração com entidade sem fins lucrativos que será responsável pelo funcionamento do hospital veterinário. Importante ressaltar que a implantação do hospital faz parte do acordo de gestão deste ano, e o órgão não tem medidos esforços para que isso seja concretizado o quanto antes.”
O blog também entrou em contato com a assessoria de imprensa da construtora Direcional Engenharia. A empresa informou que o Hospital Veterinário foi entregue ao Ibram com todas as obrigações previstas no contrato. Também foi informado que a segurança do local é feita por uma empresa terceirizada, seguindo as determinações estabelecidas pelo instituto. Veja a nota:
“A construtora esclarece que o Hospital Veterinário Público foi entregue ao Instituto Brasília Ambiental (Ibram) em maio de 2015, tendo sido cumpridas todas as obrigações previstas no projeto. A segurança do local é de responsabilidade de uma empresa terceirizada, contratada pela construtora. O contrato segue as determinações estabelecidas pelo Ibram.”
No mês passado, o Ibram anunciou a retomada das castrações que, por um curto período, foram realizadas pela unidade móvel Castramóvel. Os protetores, porém, consideram insuficiente. Há apenas uma clínica autorizada pelo GDF a fazer os atendimentos, no Gama. “Infelizmente, não adianta fazer cadastro, as pessoas ficam nessa lista ad infinito”, afirma. “Cadê a política pública? O que temos no DF é uma política de extermínio de animais saudáveis ou com doenças tratáveis. O secretário (André Lima) não nos atende nunca, então vamos apelar a ele como cidadão. Ele vai nos ajudar fazendo rifa para conseguir tratar um animal? Vai ajudar castrando um animal a preço de mercado? Vai dar lar temporário a um animal resgatado?”, provoca Carolina Mourão.
Em seu site, o Ibram informou que, na segunda-feira 15, terá início a campanha do Programa de Controle Populacional de Cães e Gatos. A partir das 10h, o site oferecerá 1,5 mil vagas para castração de animais, distribuídas em quatro grupos de regiões administrativas. “O controle populacional é importante para a saúde do animal, por evitar doenças e aumentar sua longevidade”, explicou o analista de Atividades do Meio Ambiente do Ibram, o biólogo Almir Picanço de Figueiredo.
A definição das regiões de cada grupo levou em conta o porcentual de área verde no lugar, com base em dados do zoneamento ecológico-econômico do DF (ZEE-DF) a serem publicados. Outro fator determinante foi a renda média per capita, informou o Ibram. O objetivo, foi considerar a questão financeira como indicador social relacionado ao aumento do risco de abandono dos bichos. Dessa maneira, o grupo 1 representa regiões com alta porcentagem de área verde e baixa renda per capita. Já o grupo 4 diz respeito a baixa porcentagem de área verde e alta renda per capita.
Segundo o Ibram, o último chamamento para castrações ocorreu em fevereiro do ano passado, e foi retomado em abril, quando faltavam 923 animais. Desses, 798 foram encaminhados para o agendamento.
Os demais casos foram cancelados em razão de morte ou porque o procedimento foi feito em instituições particulares. Até o momento, diz o site, houve 351 marcações de cirurgia, 239 das quais já feitas.
Distribuição de vagas por grupo de regiões | |
Grupo | Vagas |
1 — Fercal, Santa Maria, Itapoã, São Sebastião, Brazlândia, Estrutural/SCIA, Varjão, Paranoá e Recanto das Emas | 550 |
2 — Gama, Riacho Fundo, Ceilândia e Sobradinho II | 450 |
3 — Planaltina, Candangolândia, Sobradinho, Taguatinga e Samambaia | 350 |
4 — Riacho Fundo II, SIA, Jardim Botânico, Brasília, Park Way, Lago Norte, Vicente Pires, Guará, Lago Sul, Águas Claras, Núcleo Bandeirante, Sudoeste/Octogonal e Cruzeiro | 150 |
Cada responsável poderá cadastrar até dez animais para cirurgia. Logo após o procedimento inicial, o instituto visitará a casa dos inscritos para checar a quantidade de cães e gatos no endereço informado. Assim que terminar o cadastramento, os donos receberão um e-mail informando como retirar o termo de encaminhamento para a clínica credenciada. Os encaminhamentos se darão por conjuntos, na quantidade e frequência demandada pela clínica. Em cada orientação será respeitada a proporcionalidade de vagas para cada grupo de regiões administrativas.
O programa, porém, só oferece anestesia injetável. A inalatória, mais segura, tem de ser paga pelo tutor. No caso de raças braquicefálicas (focinho curto, como shitszu, boxer e chow chow), esse tipo de anestesia é obrigatória — o custo é do tutor.
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A Agenda Pet será publicada amanhã, excepcionalmente
O melhor amigo também chega à terceira idade, quando sofre diversas alterações. Saiba como lidar com a velhice do cão, que, antes de tudo, precisa de muito amor nesse momento
É inevitável. Uma hora, os pelinhos começam a ficar branquinhos, o cão já não tem mais a energia de antes, dorme mais e pode começar a perder alguns dentes. Assim como humanos, os cães também ficam “vovôs”.
A terceira idade chega em momentos diferentes, dependendo do porte. “A de cão de grande pode começar aos oito ou nove anos, dependendo muito da condição do animal. Já os vira-latas podem ultrapassar os 15 anos”, explica a veterinária Laís Alarça. Cada raça tem sua peculiaridade e isso interfere muito nos sinais de envelhecimento. Alguns tipos de cachorros têm problemas nas articulações, o que pode comprometer a locomoção mais cedo que os demais. Outros têm propensão aos problemas respiratórios, renais, e por aí vai.
“Quando um animal apresenta dores nas articulações, e esse é um dos principais sintomas da velhice, é necessário fazer com que o esforço seja menor, ou seja, reduzir o tempo do passeio sem esquecer a importância do exercício físico na vida do pet. O equilíbrio é sempre a melhor saída”, explica a veterinária.
A questão da dentição também pede atenção, pois muitos animais perdem os dentes ao longo da vida. “O veterinário vai indicar a melhor forma de administrar a ração para cada caso. Muitas vezes, e isso também faz parte da velhice, os pets devem comer os alimentos mais líquidos. A boa notícia é que o mercado está preparado para todas essas situações e oferece produtos de qualidade para cada raça e idade”, revela.
Quando ficam velhinhos, os animais perdem parte da curiosidade pelo movimento ao redor, ficam mais quietos e também dormem mais do que os cães mais jovens. “A atividade diária do cão diminui consideravelmente na medida em que os anos passam. Isso é natural e pode vir acompanhado de alguns comportamentos como ansiedade e vocalização”, completa Laís Alarça.
Adotada aos 5 anos, a lhasa apso Nina está prestes a completar 13. Ela tem uma saúde de ferro: os dentinhos, inclusive, estão intactos. Aos 10, porém, desenvolveu ceratoconjuntivite seca, um ressecamento da córnea, que prejudica a visão. As visitas ao oftalmologista são frequentes, assim como os cuidados dispensados pela tutora, Wanessa Bougleux. Quando a situação está mais grave, a cachorrinha usa colírio com corticoide, lubrificante, pomada e cápsula de óleo de semente de linhaça. Ao melhorar, o corticoide fica suspenso.
Wanessa conta que, quando a lubrificação dos olhinhos está muito baixa, Nina esbarra em objetos em casa. Outra mudança foram os passeios: “Evito, porque ela fica com a visão embaçada e quando tem cachorro que ela não conhece, ela estranha”, conta. Quando a lhasa sai para dar suas voltinhas, a tutora tem de ter desacelerar o ritmo. “Ela ficou mais lenta para fazer as coisas, então tem de ter mais calma para passear com ela agora”, conta.
Amor é o remédio
O ideal é não mudar a rotina do cão de forma repentina e compreender que o amor é a melhor saída para que o animal fique tranquilo e seguro. “O veterinário é o profissional capacitado para analisar essas mudanças e pode indicar o melhor tratamento. Jamais medique o pet por conta própria e esteja sempre atento aos sinais que o pet dá”, acrescenta.
Respiração acelerada, tosse brusca e cansaço exagerado são alguns sintomas de doenças cardíacas, por exemplo. Cães como o Labrador e o Rottweiler costumam ter problemas nas articulações. O São Bernardo pode ser acometido pela dilatação gástrica, o que além de causar dor, também pode ocasionar problemas sérios nos órgãos do sistema digestivo.
O Pug é um cachorrinho com focinho curto, ou seja, pode sofrer com problemas respiratórios. “Cães braquicefálicos (focinho achatado) possuem maior dificuldade em regular a temperatura corporal que os outros cães. É preciso ter cuidado com o excesso de exercícios, principalmente nos dias quentes e muita atenção com o envelhecimento dessa raça”, alerta.
Outro pet de tamanho pequeno que requer cuidados é o Lulu, campeão em deslocamento de patela. Também é comum a degeneração progressiva da retina nos cães de forma geral, o que pode levar à cegueira com o passar dos anos.
Seja qual for a raça do seu companheiro, fique atento aos primeiros sinais de envelhecimento e consulte um médico veterinário para garantir que o cão mantenha a qualidade de vida. “Junto de uma avaliação médica periódica, alimentação balanceada, amor e carinho são os principais “remédios” para que o pet envelheça como um grande amigo merece: completamente saudável e feliz”, conclui Laís Alarça.
Fonte: Hercosul Alimentos
Principalmente à noite, os termômetros começam a baixar. Saiba como proteger os pets do frio e prevenir doenças comuns nessa época do ano
Os termômetros começam a baixar nas noites de Brasília. Assim como os humanos, no outono e no inverno, os pets ficam mais vulneráveis e propensos a adquirirem algumas doenças. Problemas respiratórios são os mais comuns, mas os os amigos mais idosos com problemas de hérnia de disco ou artrose também sofrem com dores nessas épocas de baixa temperatura.
A veterinária Marina Bueno dá algumas dicas sobre como cuidar dos animais de estimação nessa época do ano, e salienta que é importante procurar imediatamente ajuda de um profissional ao perceber quaisquer alterações na saúde dos cães e gatos. “Temos um aumento na incidência de algumas doenças como a traqueobronquite canina, rinotraqueíte viral felina e problemas osteoarticulares, principalmente nos animais idosos. Devemos prevenir e ficar atentos às mudanças de comportamento do animal”, ressalta a profissional, que lista mais algumas dicas:
- É importante manter a vacinação do pet em dia e, se possível, garantir também a vacina contra gripe;
- Os banhos devem ser feitos logo pela manhã e é importante aguardar, pelo menos, uma hora antes de sair com ele para evitar o choque térmico;
- Roupinhas são bem-vindas, principalmente em animais de pelo curto. Já para os que possuem pelos longos, é importante escová-los diariamente para evitar os nós;
- Não deixe de passear com os pets, mas dê preferência em dias mais quentes e não chuvosos;
- Fisioterapia e acupuntura são ótimas opções para o controle de dor;
- Ofereça abrigo coberto e quente para os animais que ficam na parte externa da residência e abuse de caminhas, tapetes e mantas também para os que convivem na parte interna;
- Nos meses frios, é comum que os pets comam menos e durmam mais, mas é bom ficar atento se o animal está se alimentando bem, principalmente os filhotes e idosos.
Fonte: Animal Place
Oba! O fim de semana está perto! Aproveite as dicas da agenda pet e leve seu aumigo para passear
Sábado
Gatos no Cobogó – das 10h às 20h, no Cobogó Mercado de Objetos (704/705 Norte, bloco E, lojas 51/56). O dia vai ser de muita diversão no evento do Clube do Gato Durante todo o dia, haverá venda de produtos super diferentes, feira de plantas, café com comidinhas deliciosas, foodtruck, banca de orgânicos, cerveja artesanal e parquinho para as crianças. O evento é para ajudar os animais resgatados pela ONG, que também auxilia pessoas que não têm condições de castrar os bichanos.
Feirinha de adoção independente – a partir das 10h na 306 sul, atrás da petshop Bicho Chique
Feira de cães e gatos do abrigo Fauna e Flora – das 11h às 16h: , na 108 sul (rua da Igrejinha, ao lado do Di Petti Boutique pet). A ONG também aceita doação de ração, jornais, medicamento, vermífugo, produto de limpeza e artigos para bazar.
Feira de adoção de cães e gatos do Projeto Adoção São Francisco – a partir das 10h30 na Petz – SIA. A ONG precisa de ração.
Domingo
Encontro de buldogues – das 9h às 12h, no Residencial Interlagos (Jardim Botânico), a manhã é dos buldogues. Haverá encontro do grupo Bulldogada Candanga, com muitas atividades para os pets, sorteio de brindes, café da manhã coletivo (levar lanche), venda de camisetas e foto oficial do grupo. Para conhecer as regras e pegar o mapa de localização, entre na página do evento no Facebook
Feira de saúde – a partir das 10h, no Parque Ecológico de Águas Claras. Os pets também têm espaço na primeira edição da Feira de Saúde, que levará nove horas de serviço gratuito para a população. Para os humanos, voluntários vão dar orientações sobre estilo de vida saudável e fazer avaliação sobre a idade biológica, por meio de aferição de pressão arterial, exame de glicemia capilar e índice de gordura corporal por bioimpedância. No caso dos animais domésticos, os organizadores da Feira oferecerão sugestões de hábitos saudáveis, além de consultas gratuitas, exames clínicos e laboratoriais, e vacinação anti-rábica, entre outras.
Conhece algum lugar pet friendly? Conta pra gente!
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Olha, que coisa mais linda!
Essa aqui é a Corujinha, leitora do blog! Ela é muito miúda e bastante charmosa! Bento mandou um grande lambeijo para a aumiguinha!
Moradora de cidade mineira não esperou a chegada dos bombeiros e conseguiu salvar o cãozinho que havia caído dentro do buraco
Da Agência Anda
Uma moradora da cidade de Lagoa Formosa, em Patos, Minas Gerais, ao perceber que um cão abandonado havia caído dentro de um buraco, não mediu esforços e entrou no local para salvá-lo.
A senhora, chamada Romeide, não esperou até a chegada dos policiais para tirar o animal de dentro do canal de tubulação. Ao chegar no local, o sargento Martins, da PM, ficou surpreso com a atitude. O animal que foi retirado do buraco sem ferimentos, apresentava resquícios de terra, segundo pessoas que estavam no local.
No vídeo, gravado na Rua Lázaro de Brito, no Bairro Babilônia, é possível ver o resgate: