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Na Fercal, onde 10% dos cães estão contaminados pela leishmaninose, animais estão recebendo vacinação gratuita. Até julho, todos da região estarão imunizados
Desde 2003, o a leishmaniose é endêmica no Distrito Federal, com uma média de 10 casos humanos ao ano. Segundo estimativas da Secretária de Saúde, na área de Fercal, 10% dos animais estão contaminados pela doença, transmitida através da picada de um mosquito flebótomo infectado. Um cão positivo para leishmaniose serve como reservatório para os flebotómos, aumentando assim o risco da transmissão da leishmaniose para os humanos.
O IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) na área de Fercal é baixo, é uma região compreendida por pequenas chácaras, associada a falta de saneamento básico, esgoto a céu aberto, grande número de animais soltos nas ruas, falta de recolhimento sistemático de lixo, criação de aves domésticas nos quintais faz com que a região reúna uma série de características que estimulam a proliferação do inseto vetor da leishmaniose visceral. Para ajudar na redução dos casos da doença na Região Administrativa, o Laboratório Ceva Saúde Animal está promovendo em parceria com a Secretaria de Saúde do Distrito Federal uma campanha de vacinação canina gratuita em todos os animais domiciliados da Fercal.
“Os cães são os principais reservatórios da Leishmaniose Visceral no ambiente urbano. Uma das formas de proteger a população humana é vacinando os animais, com a finalidade de que eles estejam protegidos contra a doença, não tendo condições de transmitir o protozoário para o inseto vetor. Por isso, o Laboratório fez a doação de 6 mil doses da vacina
“A Leish-Tec®, única vacina do mercado contra a leishmaniose visceral canina, que será utilizada para imunizar os cães da região”, explica o Diretor da Unidade de Negócios Pet da Ceva, Leonardo Brandão.
A campanha já está sendo realizada. Em uma primeira fase, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal realizou testes sorológicos para identificar se os cães não estavam contaminados com o protozoário transmissor da leishmaniose. Os animais que apresentaram resultado negativo já começaram a receber a vacina. “A população de Fercal se mostrou muito receptiva à campanha. Até o final de julho, todos os animais sorologicamente negativos da região estarão imunizados”, finaliza Brandão.
Em clima de festa junina, o primeiro fim de semana do mês traz muito evento para se divertir com o pet
Sábado
14h30 às 18h – Encontrinho pet na Contém (CLN 105, bloco B). O evento acontece também no domingo e é voltado a cães e gatos. A pracinha cultural vai oferecer agility (escola de adestramento com Canis Heeler Valley, Pequizeiro, Vougan Hills e Rebuliço), lojinhas com produtos e petiscos e feirinha de adoção responsável, entre outras atrações.
10h às 20h – Vai ter petisco pet na edição junina do Bsb Mix, no Cine Brasília. A MiAu estará lá com bolos, biscoitos, cervejas e vinhos pet, e fará um sorteio para os compradores. A feirinha continua no domingo.
Domingo
9h – ArraiAU Solidário: o evento acontece no Estacionamento 11 do Parque da Cidade e tem como objetivo arrecadar alimentos e recursos para a campanha de Castração Solidária, promovida por protetores e ONGs. A inscrição será 1kg de ração (fechada) para cães ou gatos. Quem puder colaborar com R$ 25 mais o 1kg de ração terá direito ao kit solidário, que inclui bandana personalizada do evento, lenço umedecido para cães feito pela Drogavet e outros presentes para o cãozinho. Mais informações na página do evento.
Uma grande festa em prol de animais resgatados vai agitar o Parque da Cidade. A 6ª Cãominhada Solidária de Brasília terá bazar, foodtrucks e piquenique, além do passeio de 1km
Será realizada dia 4 de Junho, domingo, a 6ª Cãominhada Solidária de Brasília que, nesta edição, estará com o tema ArraiAU Solidário. O evento, que é realizado duas vezes por ano, vai arrecadar ração para cães e gatos abrigados pelo Quintal dos Bichos, Projeto Adoção São Francisco, Felinos, SVPI e Projeto Linda, que resgatam, reabilitam e encaminham para adoção animais vítimas de abandono e maus tratos no DF. Com as doações, serão ajudados mais de 300 animais.
Além do passeio em si, esta edição contará com um espaço para piquenique, food trucks (Los Kactus, Geleia, Crepe Voyage e Apetit Natural), bazar das ongs parceiras e venda de produtos do próprio projeto Cãominhada Solidária e de outros projetos que são referência em Brasília, incluindo o Projeto Cão Guia de Cegos de Brasilia. Toda a renda arrecadada na venda de produtos dos projetos será revertida em ações em prol dos animais como castração, vacinação, vermifugação, consultas, procedimentos de emergência, etc.
A 6ª Cãominhada Solidária acontecerá no Parque da Cidade Sarah Kubitschek, no Estacionamento 11 e terá início às 9h. O percurso é de, aproximadamente, 1 km, finalizando no Estacionamento 10, onde estará montada a área de convivência.
A inscrição é 1kg de ração para cães ou gatos e deve ser feita na hora. Para tornar a ação ainda mais completa, foi criado o Kit Solidário para os cães, que custa R$25 e inclui bandana personalizada do evento, lenço umedecido para cães manipulado pela DrogaVet, um saquinho higiênico, petiscos e outros mimos. O valor arrecadado com os kits será revertido a nossa campanha de Castração Solidária que fornece a castração para animais de famílias de baixa renda.
As cinco primeiras edições arrecadaram aproximadamente um tonelada de ração para cães e gatos cada, alem de medicamentos, casinhas, roupinhas e outros acessórios para os animais resgatados.
O projeto continua em funcionamento durante todo o ano promovendo campanhas de conscientização e bem estar animal. Entre março de 2016 e fevereiro de 2017 cerca de 40 animais foram castrados.
Veja como foram as edições anteriores:
Saiba mais sobre a alimentação desses adoráveis felinos. Eles não podem tomar leite e jamais devem ingerir carne crua, sob risco de sérios problemas para a saúde
Fofos, dorminhocos e gulosos, os gatinhos merecem atenção especial quanto à alimentação. Essencialmente carnívoros, esses animais têm especificidades que precisam ser observadas pelos tutores, para evitar intoxicações e doenças graves. Diferentemente do que muita gente imagina, por exemplo, os felinos não devem tomar leite nem derivados. Também é preciso cuidado com restos deixados nos pratos: carboidratos fazem mal e, dependendo do preparo da carne, ela também pode pode prejudicar a saúde.
O gatinho Gregório é comilão e, se os tutores não ficam de olho o tempo todo, ele costuma pular na mesa para tentar roubar comida. “Quando montamos a mesa, temos de ficar observando, porque ele sempre dá um jeito de pular e tentar comer. Graças a Deus, nunca passou mal, mas somos rápidos para tirá-lo de lá, então ele não consegue pegar quase nada”, conta o fotógrafo Ricardo Rodrigues. Outra preocupação dele com Gregório é com o peso. O gorducho ataca o pratinho do irmão, Zezé, e está com alguns quilos a mais. Por isso, só come ração específica para obesidade.
A especialista em alimentação animal Paula Genuíno, da Hercosul Alimentos, ensina o que os gatos devem evitar e o que podem comer:
Leite
“Os desenhos animados sempre mostraram gatos ao lado de uma tigelinha de leite, isso acabou virando quase cultural. Porém, tanto o leite como seus derivados fazem muito mal ao bichano”, explica Paula Genuíno. Os filhotes consomem o leite produzido por suas mães e a composição desse alimento se modifica de acordo com cada espécie. Além disso, cães e gatos têm enzimas específicas que aproveitam o leite apenas até certa idade.
Carne
“A carne crua é um dos alimentos preferidos dos gatos e certamente eles insistirão para que o tutor alimente-os com os restos do bife preparado para o almoço. No entanto, esses alimentos podem causar sérias doenças como a toxoplasmose, por exemplo.”, explica Paula.
Uva
Alguns animais podem ter curiosidade por essa fruta, mas ela é considerada uma das mais perigosas para os gatos. “A uva pode ocasionar sérios problemas nos rins, levando o animal a uma crise de insuficiência renal aguda”, completa a especialista
Carboidratos
Pães, arroz, massas e demais alimentos que se enquadram no grupo dos carboidratos causam alergias sérias nos felinos, além de comprometerem órgãos vitais como fígado e rins.
Café
Café e qualquer outro alimento estimulante não devem ser oferecidos aos gatos, pois são tóxicos ao extremo para a espécie. O chocolate, por exemplo, que também é considerado estimulante, tem a metilxantina – que faz com o que os felinos percam os fluídos corporais.
Alimentação ideal
Converse com o veterinário e veja quais as indicações que ele sugere para o seu pet, essa é a melhor forma de cuidar do seu bichinho. Estimule sempre o consumo de água; deixando água bem fresca à disposição e incluindo alimentos úmidos na rotina alimentar”, indica Paula Genuíno.
Bola de pelos – saiba como evitar
Os gatos são animais extremamente limpos e fazem sua higiene com sucessivas lambidas pelo corpo. Eles se lambem para se limpar e para remover pelos mortos, mas esses resíduos viram uma bola de pelo depois de engolidas.
As bolas de pelo formam o que se chama de tricobezoar, formado por pelos e secreções gástrica. “Em alguns casos, quando o felino não as expele, pode ocorrer até obstrução intestinal e a necessidade de uma intervenção cirúrgica”, explica Bárbara Benitez, coordenadora da Comunicação Científica da Equilíbrio e médica veterinária. “Os gatos costumam passar até duas horas diariamente se lambendo, então você pode imaginar a quantidade de pelo que ele acaba ingerindo”, complementa. De acordo com ela, os mais afetados são os de pelos longos, como os persas.
Por isso é fundamental que o tutor escolha um alimento específico para eles. “Uma dica é escolher alimentos que contenham óleo mineral e fibras, que estimulam a regulação intestinal e ajudam a evitar bolas de pelos”, explica Bárbara. No mercado, há produtos, inclusive, para a prevenção das bolas de pelo.
Nem sempre eles são a primeira opção de pet. Muitas vezes, sofrem preconceito e recebem a alcunha de pouco amorosos. Os gatos, porém, têm conquistado seu espaço no coração dos humanos e ganhado uma legião de catlovers
Por Ailim Cabral
A história dos felinos remonta a milênios. Os primeiros relatos de gatos domésticos vêm do Antigo Egito. Lá, os animais eram usados para proteger as casas e os depósitos de grãos dos ratos. Com o tempo e a convivência, criou-se afeto e carinho entre tutores e mascotes. Hoje, são muitos os que se autointitulam catlovers — amantes de gatos, em tradução livre — ou gateiros e defendem o fim do preconceito contra os bichanos, até então, descritos por muitos como animais frios e pouco apegados ao dono.
Um dos motivos que têm ajudado a reduzir a visão negativa sobre os gatos são as particularidades das raças com personalidade semelhantes aos cães. Os maine coons e os sphynx, por exemplo, têm as vantagens características dos gatos, como independência, mas trazem também traços mais comuns aos cachorros, como carinho excessivo pelo dono, possessividade e disposição para brincar a qualquer momento.
De acordo com a veterinária e especialista em medicina felina Vanice Allemand, existem mais de 200 raças de gatos descritas, mas apenas 100 delas são reconhecidas pela World Cat Federation, entidade internacional de regulação das raças felinas. Entre elas, há as mais famosas e desejadas pelos catlovers.
No Brasil, onde, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), existem 22 milhões de gatos domésticos, as raças que têm chamado mais atenção são maine coon, persa, sphynx, ragdoll, british short hair e british long hair, exótico e bengal. Os siameses viveram um boom há alguns anos e hoje não são os mais famosos, mas continuam adorados pelos amantes dos felinos.
Segundo Vanice, a maioria dos gatos atendidos em consultórios ainda são os que não têm raça definida, mas um aumento na quantidade de felinos com pedigree é percebido. Para apresentar aos que ainda não se renderam aos encantos felinos algumas das raças que estão se tornando famosas no Brasil, trazemos alguns gatos especiais para as páginas da Revista.
O gato esfinge
Uma das raças considerada injustiçada pelos criadores é o sphynx. O gato não tem pelos, possui corpo alongado e apresenta rugas que conferem expressão severa ao rosto. As orelhas grandes e pontudas e o focinho comprido dão uma impressão ainda mais austera aos que não conhecem o sphynx a fundo. Para os amantes da raça, as características revelam um gato elegante e esbelto, chamado também de gato esfinge. As rugas, que alguns criticam, indicam pureza: quanto mais enrugado quando adulto, mais legítima é a linhagem do gato.
O aspecto físico do sphynx, muitas vezes, causa reações negativas — enquanto uns o adjetivam como feio ou estranho, outros atribuem ao pet um temperamento hostil. Mas isso não reflete a realidade. Em estudo publicado em 2012, o Journal of Veterinary Behaviour apontou a raça como a mais afetuoso entre os bichanos. A pesquisa analisou 129 gatos, de 14 raças diferentes, que viviam em Paris, na França, e apontou a sphynx como a mais amorosa.
A criadora de sphynx Elizângela Tonial afirma que os gatos esfinge são tão carinhosos e apegados ao dono que têm o comportamento comparado ao dos cães. “Ele tem essa carinha que muitos acham feia, mas é um dos gatos mais doces. São muito ligados aos donos, ficam seguindo e pedem colo. Os mais tranquilos chegam até a pular no colo das visitas, o que é incomum em gatos”, ressalta.
Paulo Henrique Amorim Veríssimo, 28 anos, constata as características descritas por Elizângela todos os dias. Dono do sphynx Nudes, 1 ano, quando chega em casa, o empresário é recebido na porta com miados e choros todos os dias. “Ele não para de miar enquanto não o pego no colo, aí são carinhos, lambidas e chamego”, garante.
O carinho de Nudes com Paulo beira a possessividade. Apesar de se dar bem com a namorada do rapaz, o gato não aceita ser cumprimentado depois da humana. “Eles se dão bem, ele é muito sociável e gosta de todos. Mas eu não posso dar um beijo nela antes de falar com ele”, diverte-se.
Além do apego semelhante ao dos cães, Nudes é extremamente brincalhão. Apesar de ter completado 1 ano, o gato continua tão ativo e brincalhão como quando era filhote. “Essa é outra característica da raça. Mesmo depois que deixam de ser filhotes, eles continuam adorando os brinquedinhos e precisando dessa distração para gastar energia”, afirma Elizângela. Os brinquedos preferidos de Nudes são o laser e as varetinhas com penduricalhos coloridos na ponta.
Além de ter ótimas relações com os humanos, o sphynx tem facilidade para conviver com outros animais, tanto gatos quanto cachorros. O tempo de adaptação a outro pet depende, no entanto, da vivência de cada animal. Nudes mora sozinho com Paulo, mas convive com o persa da mãe do empresário. “Na primeira vez que o levei para a casa da minha mãe, tive um pouco de receio. Depois de um estranhamento inicial, os dois começaram a se aproximar e, no fim do dia, estavam se lambendo”, lembra Paulo.
O empresário é um grande defensor da raça e afirma que Nudes foi o animal com quem criou um laço mais forte. “Eu não gostava de gatos, achava que eram frios e tinha todos aqueles preconceitos até, finalmente, conviver com um e mudar tudo que eu pensei que sabia”, lembra. Paulo teve o primeiro gato há quatro anos, quando morava com a ex-namorada. O casal queria ter um pet, mas não pretendia criar cachorros em um apartamento. O gato foi a solução.
Apesar de não se envolver tão profundamente com o primeiro gato, Paulo foi mudando de opinião e se tornou um apaixonado por felinos. Ao se separar e morar sozinho, viu a oportunidade de ter o sphynx que desejava há tanto tempo. “Nossa ligação emocional é muito forte. O Nudes é muito especial na minha vida.”
Encantado pela raça, Paulo afirma que depois de conviver com Nudes só pretende ter sphynx. “Eu sou muito a favor da adoção, mas a ausência de pelos e o carinho característicos dele me conquistaram completamente. Morando em apartamento, o fato de não ter um animal que solta pelos é fundamental. No futuro, pretendo comprar uma fêmea para fazer companhia ao Nudes.”
A curiosa raça surgiu em 1966, no Canadá, a partir de uma mutação genética e, recentemente, tem crescido no Brasil. Elizângela cria sphynx há sete anos e percebe um aumento na procura pelo pet. “Acredito que o aspecto exótico dele chama a atenção. Eles se assemelham aos gatos que eram endeusados no Antigo Egito.”
Bolinhas de pelo
De aparência quase oposta aos sphynx, os persas têm o focinho achatado e o corpo coberto por pelos compridos e sedosos, que conferem um aspecto mais arredondado que os primos esguios e uma imagem de raça “fofa”. Apesar da diferença física, sphynx e persa compartilham a personalidade carinhosa e amorosa.
É com esses adjetivos que a estudante Jade Goulart, 24 anos, refere-se à sua persa, Marie, de 9 anos. Ela afirma que a gata, com seu jeito gracioso e temperamento carinhoso, é quem costuma acalmar toda a família. “Ela é tão amorosa que deita na minha barriga quando eu estou com cólica e sempre vem me consolar quando não estou bem”, derrete-se.
Amante de gatos desde criança, Jade afirma não ter preferência por raças, mas percebe diferenças claras entre a persa e Valentina, a gata sem raça definida da família. Marie é mais tranquila, sai de casa sem problemas e está sempre perto de alguém da família. Já Valentina é mais na dela. De vez em quando, prefere ficar sozinha e gosta bem menos de colo do que a companheira.
Jade conta que Marie chegou à sua vida por acaso. A família tinha perdido a primeira gata havia um ano quando uma amiga disse que ia doar a persa. “Ela vivia em uma fazenda e estava apanhando dos cachorros. Não era seguro para ela continuar lá e nós a pegamos. Ela tinha 3 anos”, lembra.
A estudante explica que o excesso de pelos, às vezes, pode ser um inconveniente, mas não o bastante para diminuir as qualidades da raça. Os cuidados com Marie são mais intensos que com Valentina. A mais velha precisa ir ao pet shop quinzenalmente para tosas higiênicas e requer limpezas mais constantes nos olhos, no nariz e nas orelhas.
A criadora de persas Raquel Farias explica que os gatos da raça têm nariz achatado, curto e largo, situado bem próximo aos olhos. Por isso, costumam ficar com o focinho constipado, causando incômodo e exigindo uma limpeza mais cuidadosa. “A secreção lacrimal é muito desconfortável para o persa e o pH ácido das secreções as tornam meio de propagação de bactérias e fungos. Os olhos e focinho devem ser limpos com algodão ou pano umedecido com soro fisiológico”, afirma. A especialista ressalta ainda os cuidados com os pelos da raça e recomenda escovações diárias para evitar a formação de nós e tufos.
Os persas estão entre as raças mais antigas de gatos, com uma história secular. A criadora ressalta que o primeiro registro científico foi feito em 1707, por George Louis Leclerc Bufon, em seu livro de história natural. Como o próprio nome sugere, a linhagem veio da antiga Pérsia, atual Irã.
Nos registros encontrados sobre a raça, a sua propagação começou no século 17. Um viajante italiano estava na Pérsia e, quando voltou para casa, levou espécimes da raça, popularizando os persas na Itália. Quando levados para a Inglaterra, os gatos foram cruzados com a raça angorá, dando origem ao gato persa que conhecemos hoje e se tornando conhecidos por toda a Europa. Raquel ressalta ainda que, depois de tantos cruzamentos, a quantidade de cores da raça chega a mais de 100.
O gigante gentil
Conhecidos como gatos gigantes, os maine coons têm se tornado cada vez mais buscados como animais de estimação. A principal característica da raça é o tamanho avantajado dos animais — eles podem chegar a um metro de comprimento e são considerados a maior raça de gatos domésticos do mundo.
Esse foi o primeiro motivo pelo qual a veterinária Natássia Miranda, 28, apaixonou-se pela raça. Antes de ter o primeiro maine coon, ela descobriu um norueguês da floresta disponível em um gatil e não resistiu à possibilidade de ter um gato gigante.
Pouco tempo depois, pesquisando sobre os maine coons, Natássia não esperou mais e comprou seu gato gigante. Mesmo com o casal adulto Vishnu e Una, a veterinária queria mais. Comprou mais uma fêmea, Mistika, hoje com 8 meses, e começou a se arriscar como criadora. “Eu quis ter diversos gatos da raça porque me encantei por eles. Tive a primeira ninhada agora e meu objetivo é difundir a raça. Não existe gatil em Brasília e muitas pessoas deixam de comprar o maine por causa do transporte”, explica.
Dona de 20 gatos, sendo cinco de raça, incluindo norueguês e persa, e 15 sem raça definida, Natássia afirma que o maine coon está entre as raças com temperamento semelhante ao de cão. “Além de ser enorme, ele aceita andar de coleira, é brincalhão e companheiro.”
Segundo o criador de maine coons Marcelo Ravagnani, os gatos surgiram como uma raça de trabalho, tendo grande resistência física e suportando climas rigorosos. “São musculosos e têm pernas fortes e com tufos de pelos nas patas, que se parecem com pantufas e servem para andar na neve”, explica. A pelagem também é adaptado ao frio, sendo bastante espessa e parcialmente impermeável, apesar de lisa e suave ao toque.
Eles são a raça de gato nativa mais antiga dos Estados Unidos e ficaram famosos no estado do Maine. A origem da raça é incerta, mas muitos acreditam que surgiu da cruza entre os gatos de pelo curto nativos e os europeus de pelo longo, provavelmente angorás. O gato tem um ar selvagem, salientado pelos olhos grandes, ovais e expressivos e pelas orelhas com tufos de pelos na ponta, semelhantes aos linces.
Apesar da aparência, o temperamento do maine coon é uma grande surpresa para os que se deixam levar pela aparência robusta. Ele é conhecido como o “gigante gentil” e tem temperamento dócil e amável, gosta de seguir o dono, dormir junto e passar horas no colo. Curiosos e ativos, são vistos como ótimas companhias para crianças por serem brincalhões e amadurecer tardiamente, só alcançado a maturidade aos 4 anos.
Marcelo, no entanto, faz uma ressalva quanto ao cuidado com o maine coon. “Quem não puder telar as janelas precisa ficar atento. Ele é um gato muito ativo, que gosta de explorar e caçar. Se vir uma borboleta entrando pela janela, por exemplo, vai à caça até apanhá-la. Em uma casa sem telas, pode cair e não se salvar.”
Vira-latinhas e mestiços
Apesar das inúmeras raças de gatos, existem aqueles que preferem os famosos vira-latinhas. Os motivos vão desde ser contra a compra de animais até um amor instantâneo por algum bichano de rua encontrado no meio de um caminho.
A veterinária especialista em felinos Christine Souza Martins afirma que os gatos sem raça definida costumam ser mais saudáveis, com uma resistência maior às doenças, e ter uma expectativa de vida maior. “Algumas vezes, os gatos que carregam certas características da raça não são muito numerosos e isso pode facilitar problemas genéticos. Os gatos sem raça definida têm uma variedade genética maior, sendo, em geral, mais saudáveis”, explica.
A expectativa de vida dos gatos sem raça definida pode ultrapassar 20 anos, a depender dos cuidados a ele dispensados e das condições de saúde dos pais. A veterinária afirma ainda que, dentro da variedade de gatos disponíveis para adoção, não é difícil encontrar espécimes com características físicas semelhantes às raças procuradas pelos humanos. “Os vira-latas são muito diferentes, é fácil encontrá-los grandes, pequenos e com todas as cores, atendendo a muitas expectativas estéticas.”
Com relação ao temperamento, Christine afirma que os traços do pai ou da mãe podem ser encontrados no filhote, no entanto, as características dos gatos sem raça definida são muito particulares e felinos de uma mesma ninhada podem apresentar personalidades completamente diferentes. “A forma de agir de um gato pode ser muito específica. Eles têm essa coisa de características individuais, como as pessoas. A forma como ele é criado também é superimportante na formação dessa personalidade”, completa a especialista.
A assessora Natália Ribeiro Pereira, 29 anos, vive essa situação em casa. Ela tem dois gatos sem raça definida e com personalidades diferentes. Maluco, um gato branco e peludo, foi a primeira adoção da família. “Ele me escolheu. A gata de uma amiga deu ninhada e eu fui escolher. Toda vez que pegava um filhote e colocava no colo, o Maluco expulsava o irmão e deitava. Tive que levá-lo”, lembra.
Poucas semanas depois de se apaixonar pelo primeiro gato que tinha na vida, Natália disse ao marido que Maluco estava solitário. Não demorou muito para que o casal encontrasse um irmão para o primogênito. Assim, Tom passou a fazer parte da família. Enquanto Maluco é carinhoso e não dispensa um colo, Tom é retraído. E não é para menos. Ele passou por um histórico de abandono e Natália acredita que isso afeta a forma como se relaciona com humanos.
Apesar da diferença de personalidade, Natália afirma que os dois gatos são igualmente amorosos e gratos. “Acho que essa é a característica mais forte dos gatos adotados, eles são muito gratos e demonstram isso até com o olhar. Mas, no fundo, sou eu que tenho que agradecer. Eles me transformaram em uma pessoa melhor, mais humana”, declara.
Outras raças
Ragdoll
Principais características: gato de porte maior que o comum, pelo semilongo e olhos azuis.
Temperamento: sociável, ele e se dá bem com crianças e outros pets. Quando carregado, fica completamente relaxado, o que dá origem ao nome ragdoll — boneca de pano.
Siamês
Principais características: gato alongado, com corpo tubular, pés longos, cabeça triangular longa e orelhas grandes. Pelo curto e brilhante.
Temperamento: graciosos, falantes e muito inteligentes, são brincalhões e sociáveis.
British shorthair ou inglês de pelo curto
Principais características: gato de pelagem cinza, curta e densa. Os olhos são grandes, redondos bem abertos e amarelo vibrante.
Temperamento: inteligente, tímido e afetuoso.
British longhair
Principais características: gato de pelagem longa e densa. Os olhos são grandes, redondos bem abertos e amarelo vibrante. São uma variação do british short hair.
Temperamento: inteligente, tímido, afetuoso.
Bengal
Principais características: gato de tamanho médio a grande, musculoso e robusto, com corpo alongado. Os olhos são grandes e ovalados e tem pelagem com pintas semelhantes a onças.
Temperamento: carinhoso e brincalhão, tem um ar de ferocidade e independência, mas se mantém companheiro
A agenda do fim de semana começa hoje mesmo, com a maior feira de adoção de cães e gatos do DF. No domingo, a cachorrada vai trocar as patinhas: tem evento pra eles em uma cervejaria!
Sexta-feira
9h30 às 15h – Feira Adote um Bichinho, com cerca de 100 cachorros e gatos para adoção. O evento acontece no campus do UniCEUB Asa Norte (707/907 Norte). Praça em frente ao Bloco 3;
A entrada é franca, e a adoção não tem custos.
Sábado
8h às 16h – Festa de Aniversário do Armazém Rural, com petiscos pra cachorrada e descontos nos produtos. Endereço: 205 norte, bloco D, loja 10
11h às 16h – Feira de cães e gatos do abrigo Fauna e Flora, na 108 sul (rua da Igrejinha, ao lado do Di Petti Boutique pet). A ONG também aceita doação de ração, jornais, medicamento, vermífugo, produto de limpeza e artigos para bazar.
14 às 17h – Lançamento do livro Toninho e Seu Fiel Amigo Bolota, escrito por Marco Antônio A. Roman, de 11 anos, com a mãe dele, Adriana Araújo Pereira. Será na Visconde Livraria e Café (405 Sul, Bl C, Loja 38), com feira de adoção de animais no local. O cãozinho Bolota acompanha os autores no lançamento.
Domingo
14h às 20h – O Santuário é uma cervejaria pet friendly e, agora, vai oferecer dog beer no cardápio. A “cerveja” é feita à base de água, malte e carne, mas não tem álcool nem é gaseificada. No evento, haverá um bate papo com André Such, criador do Cão Experts – Comportamento e Educação Canina, portal com dicas práticas e muito conteúdo para quem deseja ter uma relação feliz com o pet. Além disso, para os tutores, a casa oferece 12 torneiras com uma seleção de chopes, promoção no chope Guinness e petiscos especiais. Na página do evento, está rolando sorteio de produtos e serviços para pets e tutores. A cervejaria fica na 214 norte, bloco C, loja 27.
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Conhece algum lugar pet friendly? Contra pra gente!
Universidade organiza a segunda edição da Adote um Bichinho, maior feira de adoção de animais do DF. Cerca de 100 cães e gatos estarão disponíveis para adoção na sexta-feira
O UniCEUB organiza mais uma edição da “Adote Um Bichinho”, maior feira de adoção de animais do Distrito Federal. Realizado anualmente, o evento ocorre na sexta-feira, 26 de maio, entre 9h e 15h, no campus da Asa Norte. A entrada do público é gratuita.
Oportunidade para mudar a vida de cães e gatos abandonados e ganhar um amigo inseparável. Cerca de 100 animais que estavam em situação de rua foram vacinados e vermifugados por abrigos e estarão disponíveis para a adoção. Para adotar, basta levar um documento de identidade com foto.
Se alguém tem dúvidas sobre qual bicho levar para casa, a feira montou uma estrutura especial de aconselhamento. Instrutores vão perguntar ao interessado sobre tamanho da casa, do quintal, telas de proteção e quantas horas por dia pode dedicar ao animal de estimação. Tudo para indicar a melhor raça de acordo com o estilo de vida de cada pessoa.
A “Adote um Bichinho” começou em 2007 como atividade de uma disciplina do curso de Publicidade e Propaganda do UniCEUB. A proposta cresceu e sete edições depois se tornou o maior evento em Brasília para quem deseja levar um bicho de estimação para casa. Neste semestre, mais de 40 alunos liderados pela professora Andréa Cordeiro estão à frente da ação.
A feira também vai abrigar stands com venda de produtos de petshops. O evento ocorre em parceria com ONGs de Brasília que trabalham com acolhimento e proteção de animais.
Segundo estimativa da Organização Mundial da Saúde, o Brasil tem mais de 30 milhões de animais abandonados: cerca de 10 milhões de gatos e 20 milhões de cães. Optar pela adoção em vez da compra pode fazer a diferença para diminuir a superpopulação de animais sem dono.
Quem não puder adotar um bichinho pode ajudar doando sacos de ração para as ONGs apoiadoras do projeto. Todas as informações estão disponíveis na página do evento no Facebook.
Adote Um bichinho – Feira de adoção de cães e gatos
Facebook.com/projetoadoteumbichinho
Quando: Sexta-feira, 26 de maio
Onde: Campus UniCEUB Asa Norte (707/907 Norte); Praça em frente ao Bloco 3
Horário: 9h30 às 15h
*A entrada é franca, e a adoção não tem custos
Um, dois, um, dois… Com um professor desse, fazer abdominal fica muito divertido! Conheça Riptide, o cãozinho que viralizou, se exercitando com um time feminino de remo
Com um incentivador desses, quem vai ter coragem de ficar parado? O golden retriever Riptide é melhor que qualquer chefe de torcida. Ele foi gravado, todo feliz, ajudando a equipe feminina de remo de Stanford, durante uma sessão de aquecimento em Redwook City, na Califórnia. O vídeo viralizou rapidamente nas redes sociais. Ao ver Riptide fazendo abdominais tão satisfeito, o temido exercício até parece divertido.
O cãozinho tem um perfil no Instagram, @RiptidetheRetriever, onde são postadas fotos de sua rotina na belíssima cidade californiana. Ele também aparece passeando de lancha, sendo mimado pela equipe de remo, andando de skate e, claro, dormindo, porque ninguém é de ferro!
Obesidade em cães e gatos está se tornando um problema comum. Tutores devem acompanhar o peso dos pets, principalmente no caso de raças já propensas, para evitar o desenvolvimento de doenças associadas ao excesso de peso
Eles estão cada vez mais rechonchudos. Assim como humanos, nas últimas décadas, os pets vêm ganhando centímetros na cinturinha, um problema que pode acarretar diversas doenças. O blog conversou com o veterinário Rangel Barcelos, da DrogaVET Brasília, que esclarece dúvidas a respeito da obesidade em cães e gatos.
Por que estamos vendo tantos cães e gatos obesos hoje em dia?
Ultimamente, a obesidade em animais de companhia, como cães e gatos, tem sido um dos problemas mais comuns nos consultórios veterinários e em decorrência da obesidade vários outros problemas podem acontecer. Os motivos para o desenvolvimento deste quadro são vários, como, por exemplo, a predisposição genética de algumas raças; dieta errada; redução do metabolismo; o uso de medicações que podem contribuir com o ganho de peso; assim como algumas doenças como a hiperadrenocorticismo (Síndrome de Cushing), que afeta o sistema endócrino dos cães e contribui para o aumento de peso; e a longevidade dos animais que aumentou mas que devido à idade avançada a prática atividade física diminui.
Quais as raças mais propensas?
Existem algumas raças que possuem mais propensão ao ganho de peso em detrimento de outras. Labradores, Daschshunds, beagle, basset e pug são algumas destas raças que tem maior propensão ao ganho de peso naturalmente.
Com a idade, eles tendem a engordar?
Com a idade fatalmente existe a tendência a engordar. Seja pelo sedentarismo devido a algum problema de saúde que impeça o animal de se movimentar como antes – problemas nas articulações, por exemplo –, seja pelas necessidades energéticas que diminuem e a ingestão de calorias não acompanha este decréscimo. Uma consulta com veterinário pode indicar a melhor maneira de lidar com isto, adequando ração e a quantidade que deve ser ingerida de acordo com a idade e doenças de cada pet.
A castração também favorece o ganho de peso?
Com a castração isto pode acontecer, sim. Uma vez que a diminuição da concentração dos hormônios sexuais, o metabolismo desacelerado e a redução de atividade física podem acarretar na obesidade. Mas como falamos acima, com o acompanhamento de um bom veterinário é possível identificar o problema, assim o proprietário pode obter o tratamento correto para o seu pet. Seja sugerindo a melhor ração, mexendo na quantidade e até também sugerindo mais exercícios físicos.
Quais as principais doenças que podem surgir com a obesidade?
As principais doenças são: diabetes, que pode levar a problemas de catarata e de trato urinário; a Síndrome de Cushing (hiperadrenocorticismo), que pode acarretar em problemas de pele, em redução de massa muscular e na hipertensão; doenças nas articulações que dificultam a movimentação do animal também agravam o quadro de obesidade. Algumas neoplasias (tumores) e até patologias cardiorrespiratórias podem ser diagnosticadas nestes animais.
Como evitar e como tratar os animais obesos?
Começando com uma alimentação de qualidade e nas quantidades proporcionais as necessidades de cada animal, indicada por um médico veterinário, é a melhor forma de evitar e começar a tratar a obesidade. As consultas regulares e check ups, principalmente em raças predispostas a obesidade e outras doenças, ajudam a obter um diagnóstico a tempo de curar essas patologias. Evitar o sedentarismo, mesmo nos dias corridos de hoje, caminhando com o pet e estimulando-o a fazer atividades físicas. Impedir que animal fique estressado ou muito sozinho, pois em alguns casos esses fatores podem servir de gatilho para o desenvolvimento da obesidade.
Aproveite e assista as dicas do DogTuber, da DrogaVET, sobre esse tema:
A história comoveu os seguidores do SP Invisível, movimento que conta histórias de moradores de rua de São Paulo. Graças a Capitão, o jardineiro Faula abandonou o crack
Ainda há quem duvide que os animais são capazes de salvar os humanos, com seu infinito amor. O relato de um jardineiro que foi parar nas ruas e se tornou dependente de crack já foi visto por 41 mil pessoas, e compartilhado por mais de 14 mil na página do SP Invisível. Ele poderia ter se afundado nas drogas. Mas foi salvo por Capitão. Leia o depoimento:
“Eu achei ele dentro de uma caixinha de sapato embaixo de um condomínio, ele era pequenininho. Eu fui dormir, peguei a caixinha e ele tava lá. Ele mudou bastante coisa na minha vida. Eu usava crack e agora eu tô só na cocaína. Parei o crack por causa dele. Meu nome é Faula,
Eu era jardineiro. Tinha uma firma de paisagismo. Daí, eu saí de casa, fui morar no centro. Uma coisa foi puxando a outra, até chegar nessa situação. Quando o Capitão chegou na minha vida eu tava bem mal. Tava procurando uma guarita para me esconder da chuva. Na hora ele deitou em cima do meu braço e até hoje ele deita desse jeito. Ele significa paz, carinho. Ele me entende. Significa esperança também.
Quando eu penso em usar droga eu vou, chamo ele, mas ele fica sentado. Parece que sente. Um dia bateu abstinência, eu chamei ele e ele não veio. Foi uma cena, não tem como explicar… Parece que ele já sabia. Tava querendo que eu não fosse. Eu não ia sem ele. Eu não largo ele. Dói…
Um dia eu vou levantar, ter minha firma de novo. Eu e meu cachorro, o Capitão.”