Atchim! Saiba como evitar a gripe em pets

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Os pets também pegam gripe, um problema que cresce no outono e no inverno. É importante imunizá-los para prevenir as doenças do trato respiratório

Crédito: Reprodução
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Principalmente no outono e inverno, cresce a incidência de problemas respiratórios. Por isso, é importante estar em dia com a vacina da gripe. “Há duas formas de vacina para os cães: a intranasal, que pinga uma gotinha no nariz do pet; e a injetável, aplicada embaixo da pele. Ambas têm a mesma eficácia”, afirma a veterinária Gabriela Bianchi, da Petz. Nos gatos, a proteção é feita com a vacina v4, que previne também contra panleucopenia, calicivirose e clamidiose.

Secreção nasal e ocular, espirros, tosse, prostração, diminuição de apetite e até febre são os principais sinais.  “Mas a gripe pode se agravar e fazer com que o pet desenvolva pneumonia e dificuldade respiratória”, explica Gabriela.

Para evitar o transtorno, a veterinária orienta que os pets devem ser vacinados ainda filhotes, a partir de três semanas no caso dos cães, e oito semanas no caso dos gatos. Nos mais velhos, o reforço deve ser feito anualmente. Por não terem ainda o sistema imunológico desenvolvido, os pequenos são mais vulneráveis a infecções virais e bacterianas.

O mesmo acontece com os idosos, que, em muitos casos, já têm outras doenças associadas e são mais debilitados. Vale lembrar que tanto filhotes quanto idosos (a partir de 7 anos) fazem parte do grupo de pets mais suscetíveis à gripe.

Nos cães

A gripe canina, também chamada de tosse dos canis ou traqueobronquite infecciosa canina, é transmitida por meio de vírus pelo ar, secreções respiratórias, contato direito com o cão infectado e objetos contaminados. Ela pode ser causada pelo vírus da Parainfluenza, pela bactéria Bordetella bronchiseptica ou ainda pela combinação dos dois tipos de agentes – e não é transmitida para os seres humanos ou outras espécies.

Nos felinos

A rinotraqueíte felina é transmitida entre os próprios gatos. Uma das complicações da doença é que, como a mucosa da boca se enche de aftas (lesões ulcerativas), o pet pode parar de comer e beber por causa da dor, debilitando seu organismo. O tratamento inclui antibióticos e terapia de suporte, como hidratação durante internação e nutrição complementar.

Dicas de prevenção

Os pets devem ser protegidos do frio, em áreas cobertas. É importante que tenham à disposição casinhas, cobertores, mantas e até as tradicionais roupinhas. Quem dá banho nos cães e gatos em casa deve tomar cuidado com a friagem e, de acordo com a veterinária, o ideal seria realizar o processo no pet shop – onde tanto a pele como a pelagem do pet são secas de forma adequada.

Além da imunização contra gripe, também é fundamental estar em dia com outras vacinas, como a antirrábica, V8 ou V10 (polivalente), contra giárdia e leptospirose.

Banho seguro

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Na hora do banho, nada de usar shampoo e condicionador de humano no melhor amigo. Produtos específicos fazem a higienização adequada e evitam alergias e doenças dermatológicas

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Apesar da ampla oferta de produtos para o banho do pet, muita gente ainda usa shampoo e condicionador humanos em cães e gatos. Contudo, a pele e o pH dos animais é diferente, exigindo substâncias específicas para eles. A veterinária Aline Ramires Pedrosa, responsável pela Petbrilho, conversou com o blog para explicar como escolher bem o kit de higiene do melhor amigo.

 

Por que usar produtos específicos para pets na hora do banho? Que tipo de complicação eles podem ter, caso usem produtos humanos?

Os cães e gatos possuem uma pele com constituição e pH distintos da pele humana. Portanto, os produtos de higiene específicos para os pets foram desenvolvidos para respeitar estas características, além de possuírem uma formulação equilibrada e testada, que garante a limpeza e hidratação de pele e pelo, conferindo um cuidado especial à pelagem, a fim de evitar cheiro desagradável nos pelos, pelos embaraçados e, até mesmo, o surgimento de irritações na pele e alergias. Já os produtos de higiene de uso humano são mais ácidos, para atender o pH da pele humana, geralmente com formulações bem perfumadas, o que para os animaizinhos é uma grande desvantagem, uma vez que seus olfatos são muito mais sensíveis, além de possuírem componentes que não seriam bons de usar nos pets,  e podem causar um ressecamento intenso, irritações, coceira, alergias, entre outros transtornos a pele e pelo do animal.

 

Nós falamos muito em banho de cachorro, mas os gatos também vão para o chuveiro. Há produtos específicos para eles?

Sim, e em alguns casos se faz necessário o uso de produtos próprios para gatos, tendo em vista estes serem mais sensíveis que cães frente à alguns componentes presentes principalmente em produtos de higiene medicamentosos, além do fato de que, ao realizarem sua higiene diária através das lambeduras, alguns produtos sem enxague ou de efeito residual se tornarem inapropriados para uso nessa espécie.

 

O que observar na hora de comprar o produto de higienização dos pets? 

Deve-se fazer uso de produtos formulados especificamente para uso em pets, com pH diferenciado. Na hora da escolha, pode-se levar em consideração o tipo de pelagem do animal, desde a cor ao comprimento do pelo, assim como o tipo de pele – oleosa, seca, normal, sensível – buscando dentro da linha de produtos pet disponível, aqueles que atendam a demanda dessas caraterísticas mais individuais do animalzinho. Por exemplo, animais com pelos longos muitas vezes necessitam da complementação de um condicionador, a fim de desembaraçar melhor o pelo. Já animais com pelos escuros tendem a perder mais facilmente o brilho do pelo, então pode-se usar um produto específico para manter a hidratação e brilho. Já animais com pele e/ou pelo oleosos, podem se dar bem com produtos com maior poder de limpeza e adstringência.

 

Cães recebem vacina contra leishmaninose

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Na Fercal, onde 10% dos cães estão contaminados pela leishmaninose, animais estão recebendo vacinação gratuita. Até julho, todos da região estarão imunizados

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Desde 2003, o a leishmaniose é endêmica no Distrito Federal, com uma média de 10 casos humanos ao ano. Segundo estimativas da Secretária de Saúde, na área de Fercal, 10% dos animais estão contaminados pela doença, transmitida através da picada de um mosquito flebótomo infectado.  Um cão positivo para leishmaniose serve como reservatório para os flebotómos, aumentando assim o risco da transmissão da leishmaniose para os humanos.

O IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) na área de Fercal é baixo, é uma região compreendida por pequenas chácaras, associada a falta de saneamento básico, esgoto a céu aberto, grande número de animais soltos nas ruas, falta de recolhimento sistemático de lixo, criação de aves domésticas nos quintais faz com que a  região reúna uma série de características que estimulam a proliferação do inseto vetor da leishmaniose visceral. Para ajudar na redução dos casos da doença na Região Administrativa, o Laboratório Ceva Saúde Animal está promovendo em parceria com a Secretaria de Saúde do Distrito Federal uma campanha de vacinação canina gratuita em todos os animais domiciliados da Fercal.

“Os cães são os principais reservatórios da Leishmaniose Visceral no ambiente urbano. Uma das formas de proteger a população humana é vacinando os animais, com a finalidade de que eles estejam protegidos contra a doença, não tendo condições de transmitir o protozoário para o inseto vetor. Por isso, o Laboratório fez a doação de 6 mil doses da vacina

“A Leish-Tec®, única vacina do mercado contra a leishmaniose visceral canina, que será utilizada para imunizar os cães da região”, explica o Diretor da Unidade de Negócios Pet da Ceva, Leonardo Brandão.

A campanha já está sendo realizada. Em uma primeira fase, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal realizou testes sorológicos para identificar se os cães não estavam contaminados com o protozoário transmissor  da leishmaniose. Os animais que apresentaram resultado negativo já começaram a receber a vacina. “A população de Fercal se mostrou muito receptiva à campanha. Até o final de julho, todos os animais sorologicamente negativos da região estarão imunizados”, finaliza Brandão.

 

Labrador cadeirante inspira ONG

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Depois que seu melhor amigo ficou cadeirante, bombeiro voluntário criou uma ONG para ajudar outros animais deficientes. A Gunnar’s Wheels já forneceu 130 cadeiras de rodas para pets paralíticos

 

Da Agência Anda

Crédito: Gunnar’s Wheels/Divulgação
O labrador Gunnar vive muito bem com sua cadeira de rodas Crédito: Gunnar’s Wheels/Divulgação

 

Já houve dias em que ele não podia contar a ninguém sobre o que tinha presenciado, mas sempre podia conversar com seu labrador preto, Gunnar. “Era quase meu cão ‘de terapia’ após chamadas difíceis”, diz.

Gunnar estava sempre lá para confortar Jason, mas no dia 16 de fevereiro de 2014, seus papéis se inverteram quando Gunnar foi atropelado por um carro depois de andar muito. Naquele momento, era a vez de Jason ser seu sistema de apoio.

“Eu estava trabalhando naquela noite e minha esposa me ligou e disse que ele tinha sido atropelado – eu fiquei apenas em choque – e que ele não conseguia se levantar, não podia se mover”, relata.

Jason falou com seu supervisor, saiu do trabalho e correu para a clínica veterinária para encontrar sua esposa, Stephanie. Quando ele olhou a parte de trás do automóvel de Stephanie, percebeu que seu melhor amigo estava em más condições.

“Ele é um labrador de 110 libras [cerca de 50 quilos] e nunca mostrou sentir dor antes. Seu nariz estava aberto, faltavam dentes, ele estava chorando e eu nunca tinha ouvido esse cachorro se queixar tanto”, acrescenta.

Os Raios-X não mostraram as lesões na medula de Gunnar e o veterinário mandou-o para casa com pontos no nariz e disse a Jason para monitorá-lo. A dupla dormiu no chão e, de manhã, Gunnar ainda não conseguia ficar de pé. O tutor procurou uma amiga de infância – que é veterinária – e que vive em outro estado.

“Mandei suas fotos e ela me instruiu a levá-lo imediatamente para um hospital veterinário da universidade”, afirma.

A Universidade de Minnesota (EUA), estava a duas horas e meia da residência de Jason. Ele fez uma maca improvisada com um pedaço de madeira e colocou Gunnar no carro. Este foi o início de uma viagem médica onerosa.

“Queriam cerca de US$ 6 mil para uma ressonância magnética, e cerca de US$ 2 mil para a cirurgia. Nós maximizamos nossos cartões de crédito”, revela Jason.

Claro que a despesa valeu a pena. Ele estava disposto a fazer o que fosse necessário para que Gunnar se recuperasse. Uma semana depois, com uma maca emprestada da clínica veterinária local, Jason levou o cão para casa.

Gunnar tinha o amor das pessoas, mas precisava de uma cadeira de rodas de US$ 600. Os Parkers estavam com um orçamento muito apertado depois de gastar milhares de dólares na cirurgia e cuidados do cão.

“Meus amigos doaram o dinheiro para seu carrinho”, explica Jason explica.

Com o carrinho e uma tipoia especial, Gunnar conseguiu permanecer ativo, apesar da paralisia na parte traseira do corpo. Sua família o ajudou com a fisioterapia, levando-o até seu lago favorito para a terapia aquática. Todos os dias, Gunnar ficava mais forte.

Enquanto isso, Jason conectava-se com outras pessoas que cuidavam animais paralisados. Eventualmente, um amigo do Facebook perguntou se ele poderia ajudar Hope, uma mix de pit bull que morava em Houston, a conseguir um carrinho como o de Gunnar.

“Ela foi salva pela BARC em Houston. Foi atropelada por um carro e rastejou debaixo de uma casa para morrer”, contou Jason ao Dogster.

Crédito: Gunnar’s Wheels/Divulgação
Jason com o melhor amigo

Jason encontrou uma segunda cadeira de rodas de segunda mão do Walk n’ Wheels – o mesmo tipo usado por Gunnar. Ele o limpou e mandou-o para Hope. Foi assim que nasceu a Gunner’s Wheels, uma organização sem fins lucrativos. “Quando vi o vídeo de Hope, eu me virei para minha esposa e disse ‘isto é como nós vamos começar a retribuir”, disse.

A Gunnar’s Wheels já forneceu 130 cadeiras de rodas para 152 animais. Quando um animal falece ou se recupera, a cadeira volta para Jason para ser remodelada e enviada para outro animal paralisado.

Uma campanha do crowdfunding arrecadou mais de US$ 80 mil para a causa e a Gunnar’s Wheels foi considerada recentemente a heroína do GoFundMe.

Quanto a Gunnar, ele agora tem 10 anos e ainda ama a vida com rodas. Jason diz que o relacionamento deles ficou ainda mais forte após o acidente.

Antes de Gunnar ficar paralisado, Jason costumava conversar com ele sobre seu dia. Hoje, Gunnar “fala” com ele também, usando uma série de latidos suaves, grunhidos e olhares para comunicar suas necessidades.

“Não sei se ele sabe disso, mas ele ajudou muitos cães”, conclui Jason.

Agenda pet

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Em clima de festa junina, o primeiro fim de semana do mês traz muito evento para se divertir com o pet

arraoaç

 

Sábado

14h30 às 18h – Encontrinho pet na Contém (CLN 105, bloco B). O evento acontece também no domingo e é voltado a cães e gatos. A pracinha cultural vai oferecer agility (escola de adestramento com Canis Heeler Valley, Pequizeiro, Vougan Hills e Rebuliço), lojinhas com produtos e petiscos e feirinha de adoção responsável, entre outras atrações.

10h às 20h – Vai ter petisco pet na edição junina do Bsb Mix, no Cine Brasília. A MiAu estará lá com bolos, biscoitos, cervejas e vinhos pet, e fará um sorteio para os compradores. A feirinha continua no domingo.

Domingo 

9h – ArraiAU Solidário: o evento acontece no Estacionamento 11 do Parque da Cidade e tem como objetivo arrecadar alimentos e recursos para a campanha de Castração Solidária, promovida por protetores e ONGs. A inscrição será 1kg de ração (fechada) para cães ou gatos. Quem puder colaborar com R$ 25 mais o 1kg de ração terá direito ao kit solidário, que inclui bandana personalizada do evento, lenço umedecido para cães feito pela Drogavet e outros presentes para o cãozinho. Mais informações na página do evento. 

 

ArraiAU Solidário no Parque

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Uma grande festa em prol de animais resgatados vai agitar o Parque da Cidade. A 6ª Cãominhada Solidária de Brasília terá bazar, foodtrucks e piquenique, além do passeio de 1km

Cãominhada Solidária: oportunidade de socializar os pets e ajudar animais resgatados Crédito: Divulgação
Cãominhada Solidária: oportunidade de socializar os pets e ajudar animais resgatados Crédito: Divulgação

 

Será realizada dia 4 de Junho, domingo, a 6ª Cãominhada Solidária de Brasília que, nesta edição, estará com o tema ArraiAU Solidário. O evento, que é realizado duas vezes por ano, vai arrecadar ração para cães e gatos abrigados pelo Quintal dos Bichos, Projeto Adoção São Francisco, Felinos, SVPI e Projeto Linda, que resgatam, reabilitam e encaminham para adoção animais vítimas de abandono e maus tratos no DF. Com as doações, serão ajudados mais de 300 animais.

Além do passeio em si, esta edição contará com um espaço para piquenique, food trucks (Los Kactus, Geleia, Crepe Voyage e Apetit Natural), bazar das ongs parceiras e venda de produtos do próprio projeto Cãominhada Solidária e de outros projetos que são referência em Brasília, incluindo o Projeto Cão Guia de Cegos de Brasilia. Toda a renda arrecadada na venda de produtos dos projetos será revertida em ações em prol dos animais como castração, vacinação, vermifugação, consultas, procedimentos de emergência, etc.

A 6ª Cãominhada Solidária acontecerá no Parque da Cidade Sarah Kubitschek, no Estacionamento 11 e terá início às 9h. O percurso é de, aproximadamente, 1 km, finalizando no Estacionamento 10, onde estará montada a área de convivência.

A inscrição é 1kg de ração para cães ou gatos e deve ser feita na hora. Para tornar a ação ainda mais completa, foi criado o Kit Solidário para os cães, que custa R$25 e inclui bandana personalizada do evento, lenço umedecido para cães manipulado pela DrogaVet, um saquinho higiênico, petiscos e outros mimos. O valor arrecadado com os kits será revertido a nossa campanha de Castração Solidária que fornece a castração para animais de famílias de baixa renda.

As cinco primeiras edições arrecadaram aproximadamente um tonelada de ração para cães e gatos cada, alem de medicamentos, casinhas, roupinhas e outros acessórios para os animais resgatados.

O projeto continua em funcionamento durante todo o ano promovendo campanhas de conscientização e bem estar animal. Entre março de 2016 e fevereiro de 2017 cerca de 40 animais foram castrados.

Veja como foram as edições anteriores:

Gatos não podem tomar leite

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Saiba mais sobre a alimentação desses adoráveis felinos. Eles não podem tomar leite e jamais devem ingerir carne crua, sob risco de sérios problemas para a saúde

Acho que vi um gatinho! Gregório é comilão e, se os tutores descuidam, pula no prato
Acho que vi um gatinho! Gregório é comilão e, se os tutores descuidam, pula no prato

Fofos, dorminhocos e gulosos, os gatinhos merecem atenção especial quanto à alimentação. Essencialmente carnívoros, esses animais têm especificidades que precisam ser observadas pelos tutores, para evitar intoxicações e doenças graves. Diferentemente do que muita gente imagina, por exemplo, os felinos não devem tomar leite nem derivados. Também é preciso cuidado com restos deixados nos pratos: carboidratos fazem mal e, dependendo do preparo da carne, ela também pode pode prejudicar a saúde.

O gatinho Gregório é comilão e, se os tutores não ficam de olho o tempo todo, ele costuma pular na mesa para tentar roubar comida. “Quando montamos a mesa, temos de ficar observando, porque ele sempre dá um jeito de pular e tentar comer. Graças a Deus, nunca passou mal, mas somos rápidos para tirá-lo de lá, então ele não consegue pegar quase nada”, conta o fotógrafo Ricardo Rodrigues. Outra preocupação dele com Gregório é com o peso. O gorducho ataca o pratinho do irmão, Zezé, e está com alguns quilos a mais. Por isso, só come ração específica para obesidade.

A especialista em alimentação animal Paula Genuíno, da Hercosul Alimentos, ensina o que os gatos devem evitar e o que podem comer:

Leite

“Os desenhos animados sempre mostraram gatos ao lado de uma tigelinha de leite, isso acabou virando quase cultural. Porém, tanto o leite como seus derivados fazem muito mal ao bichano”, explica Paula Genuíno. Os filhotes consomem o leite produzido por suas mães e a composição desse alimento se modifica de acordo com cada espécie. Além disso, cães e gatos têm enzimas específicas que aproveitam o leite apenas até certa idade.

Carne

“A carne crua é um dos alimentos preferidos dos gatos e certamente eles insistirão para que o tutor alimente-os com os restos do bife preparado para o almoço. No entanto, esses alimentos podem causar sérias doenças como a toxoplasmose, por exemplo.”, explica Paula.

Uva

Alguns animais podem ter curiosidade por essa fruta, mas ela é considerada uma das mais perigosas para os gatos. “A uva pode ocasionar sérios problemas nos rins, levando o animal a uma crise de insuficiência renal aguda”, completa a especialista

Carboidratos

Pães, arroz, massas e demais alimentos que se enquadram no grupo dos carboidratos causam alergias sérias nos felinos, além de comprometerem órgãos vitais como fígado e rins.

Café

Café e qualquer outro alimento estimulante não devem ser oferecidos aos gatos, pois são tóxicos ao extremo para a espécie. O chocolate, por exemplo, que também é considerado estimulante, tem a metilxantina – que faz com o que os felinos percam os fluídos corporais.

Alimentação ideal

Converse com o veterinário e veja quais as indicações que ele sugere para o seu pet, essa é a melhor forma de cuidar do seu bichinho. Estimule sempre o consumo de água; deixando água bem fresca à disposição e incluindo alimentos úmidos na rotina alimentar”, indica Paula Genuíno.

 

Bola de pelos – saiba como evitar 

Os gatos são animais extremamente limpos e fazem sua higiene com sucessivas lambidas pelo corpo. Eles  se lambem para se limpar e para remover pelos mortos, mas esses resíduos viram uma bola de pelo depois de engolidas.

As bolas de pelo formam o que se chama de tricobezoar, formado por pelos e secreções gástrica. “Em alguns casos, quando o felino não as expele, pode ocorrer até obstrução intestinal e a necessidade de uma intervenção cirúrgica”, explica Bárbara Benitez, coordenadora da Comunicação Científica da Equilíbrio e médica veterinária. “Os gatos costumam passar até duas horas diariamente se lambendo, então você pode imaginar a quantidade de pelo que ele acaba ingerindo”, complementa.  De acordo com ela, os mais afetados são os de pelos longos, como os persas.

Por isso é fundamental que o tutor escolha um alimento específico para eles. “Uma dica é escolher alimentos que contenham óleo mineral e fibras, que estimulam a regulação intestinal e ajudam a evitar bolas de pelos”, explica Bárbara. No mercado, há produtos, inclusive, para a prevenção das bolas de pelo.

 

 

 

 

 

Pets também ficam em luto

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Saiba como proceder quando um animalzinho perde seu melhor amigo e fica em luto. Ele precisa de muita atenção e cuidados: alguns podem até ficar doentes

A cena de Cosmo no velório de Kid Vinil foi comovente. Crédito: Reprodução
A cena de Cosmo no velório de Kid Vinil foi comovente. Crédito: Reprodução

A cena de Cosmo, o golden retriever do músico Kid Vinil, no velório do tutor, deixou muita gente emocionada e levantou a questão do luto no mundo dos pets. Assim como os humanos, os bichinhos também sofrem com a perda em caso de morte. “Os pets têm sentimentos, podem sentir a falta de alguma pessoa ou de um outro bichinho que deixou de conviver com eles”, explica a veterinária Karina Mussolino, gerente técnica de clínicas da Petz.

Por isso, é importante dar atenção e apoio a eles nessa situação, orienta “Evite, num primeiro momento, deixá-los sozinhos; pois eles precisam de companhia para não ficarem estagnados. Procure levar para passear e brincar, oferecer brinquedos e petiscos, para entreter e animar seu ambiente”, comenta a veterinária.

A dica é deixar os brinquedos em local acessível para que ele possa se distrair. Além das bolinhas e pelúcias, existem modelos onde é possível esconder a ração ou petiscos, entretendo o pet até que ele descubra uma forma de conseguir a comida escondida. A caminhada também ajuda a reduzir a ansiedade e a distrair, ao mesmo tempo em que o exercício ajuda a manter a saúde.

Kariana alerta que alguns sinais também devem ser observados durante este período, como a falta de apetite e apatia. Caso o pet deixe de comer ou beber, o ideal é levá-lo ao veterinário para evitar que ocorram problemas de saúde.

A veterinária acha importante o pet passar pelo ritual da despedida, como foi o caso de Cosmo, o golden retriever de Kid Vinil – e conta que, quando seu pai faleceu, o cachorro da família também foi levado ao velório. “Eles eram melhores amigos e, depois disso, acabou ficando mais próximo de minha mãe. Um ajudou a consolar o outro”, diz.

 

Aposta na homeopatia

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Método usado muitas vezes com sucesso pelos humanos, a homeopatia é uma saída natural e menos agressiva para tratar ou prevenir patologias dos pets

18/05/2017. Crédito: Arthur Menescal/Esp.CB/D.A. Press. Brasil. Brasilia - DF. Tratamento homeopatico para caes. Raquel Moura, com sua cadelinha Kiara.
Raquel Moura, com a cadelinha Kiara: homeopatia conseguiu evitar cirurgia. Crédito: Arthur Menescal/Esp.CB/D.A. Press

Por Marília Padovan*

Ter um pet em casa nem sempre é só alegria. Os bichinhos muitas vezes adoecem e precisam de cuidados. E quando os métodos tradicionais já não são a melhor saída? Uma opção para tratar patologias desenvolvidas por animais de estimação é a homeopatia.

Criada há cerca de 260 anos, a homeopatia tem sido introduzida aos poucos na vida dos animais. A médica veterinária especialista em terapias holísticas Camila Mesquita Garcia explica que o método trabalha não só os sintomas e a doença, mas o pet como um todo — corpo, mente e energia. A terapia funciona por meio da similaridade dos sintomas, ou seja, o veterinário analisa os sintomas que o bicho apresenta e escolhe os medicamentos naturais que mais se encaixam no caso para atacar a doença. “Trabalhamos o campo energético das células e, consequentemente, a imunidade”, comenta.

A família de Kiara foi pega de surpresa após a castração da cadelinha. Por causa de uma complicação não identificada, Kiara desenvolveu um problema na bexiga que a impedia de fazer xixi. A bancária Raquel Moura logo optou pelo tratamento natural, por ser livre de conservantes. “O resultado foi ótimo. Se ela não tivesse feito direitinho, talvez tivesse que passar por medicação alopática e até mesmo cirurgia, o que eu queria evitar”, comemora a tutora. Além da homeopatia, usada regularmente, a cadelinha passou pelo reiki — outro tipo de terapia holística que funciona tanto para pets, quanto para humanos.

Após cinco sessões, Kiara voltou a urinar. A homeopatia ainda continuou presente por algum tempo para ter certeza de que o problema e as dores não voltariam, mas, hoje, a mascote vive normalmente. “É legal as pessoas terem noção de que os tratamentos chamados alternativos funcionam tanto quanto os tradicionais”, acredita Raquel. Para ela, essa é a melhor opção, já que, muitas vezes, quando se trata um problema com medicação normal, outros problemas começam a surgir devido às consequências e às contraindicações.

A homeopatia pode tratar tanto doenças crônicas, como ansiedade, estresse e depressão, quanto patologias físicas. O mais interessante é que o método não precisa ser introduzido na vida do pet somente se ele estiver passando por algum problema ou doença — pode ser usado também por prevenção. “A homeopatia serve para dar equilíbrio ao organismo”, explica a veterinária Camila. Para evitar qualquer tipo de efeito colateral, o ideal é entender a vida do pet desde o início até o momento que começou a se manifestar o problema. Como eles não conseguem falar, é importante ter esse cuidado para descobrir a melhor forma de tratá-los.

Bons resultados

A servidora pública Maria Cesarina Santinelli tem em casa o cãozinho Oliver e o gatinho Ariel. Há pouco tempo, Ariel sofreu um acidente grave — despencou do quinto andar e sofreu múltiplas fraturas. Foi necessário passar por uma cirurgia para corrigir os ossos e colocar pinos. Além disso, o gatinho ficou um bom tempo internado e sofrendo com as dores. “Para que melhorasse logo, a veterinária indicou alguns tratamentos naturais, e a homeopatia foi um deles. Não sabia que a técnica também servia para animais e foi uma surpresa que deu supercerto.”

Todo dia, o gatinho tomava mais de uma dose de homeopatia e, com o passar do tempo, as dores foram passando. Um mês depois, com a ajuda do reiki, Ariel estava totalmente recuperado e livre dos traumas. “Antes, eu estava muito desanimada, porque ele sofria demais. Hoje, ele é praticamente outro bichinho”, comenta Maria Cesarina.

O caso de Oliver é um pouco mais simples, mas não menos sofrido. O cão sofre de problemas no intestino e sempre passava por reações alérgicas. A consequência eram as constantes crises de vômitos e diarreia que pareciam não ter solução. “Eu o levava sempre ao pronto-socorro, pagava por exames caríssimos e nada de ele melhorar.” Quando Oliver começou o tratamento com homeopatia, a melhora foi enorme, pois o cãozinho quase não sofre mais crises — algo que antes era praticamente impossível. Hoje, os dois pets de Maria Cesarina vivem de forma mais tranquila, devido ao uso da terapia holística.

A homeopatia existe em duas formas — líquida ou em glóbulos. As duas são eficientes e se encaixam em diferentes casos. Também não há restrições. Qualquer bichinho pode passar pelo tratamento com homeopatia e praticamente em todas as patologias há resultado positivo com o método. A médica veterinária especialista em homeopatia Tatiana Padilha Garrido explica que os benefícios são inúmeros: “Em muitos casos, conseguimos melhorar consideravelmente a qualidade de vida do animal, coisa que o medicamento alopático nem sempre consegue fazer tão bem.” Isso acontece uma vez que os rins e o fígado são facilmente afetados por medicamentos fortes, como os ingeridos normalmente.

As melhorias que a homeopatia proporciona tendem a ser mais duradouras e com menos chances de efeitos colaterais. “Hoje em dia, a gente vê resultado principalmente em animais atópicos, de difícil solução. Os problemas de pele costumam ser persistentes e sempre voltam, mas a homeopatia mostra que pode ser diferente”, comenta Tatiana.

Outros tratamentos holísticos

Reiki: suave e não invasivo, o método não requer contato físico. Por meio das mãos, ele faz uso de energia canalizada para curar ou diminuir os sintomas de algum problema crônico ou físico. A energia é manipulada por todo o corpo por meio dos centros e das vias de energia de cada um.

Florais: são essências de flores específicas usados como uma forma de tratamento para diversos problemas emocionais, baseado sobretudo na busca pelo equilíbrio e neutralização da energia. Eles ajudam pessoas e animais a liberarem traumas que passaram em suas vidas e, assim, reduzirem as ações e os pensamentos negativas que ocorrem na vida de cada um. O foco é na personalidade do paciente, e não na doença em si.

Cromoterapia: basicamente, o método faz uso da energia das cores para a harmonização e o equilíbrio do indivíduo. Ela restaura e regenera o equilíbrio bioenergético dos campos eletromagnéticos por meio do uso das cores do espectro solar. As cores geram impulsos elétricos e correntes magnéticas ou campos de energia, principais responsáveis pela ativação dos processos bioquímicos e hormonais no corpo que equilibram todo o sistema e seus órgãos.

* Estagiária da Revista do Correio,  sob supervisão de Sibele Negromonte

 

Amor à segunda vista

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Nem sempre eles são a primeira opção de pet. Muitas vezes, sofrem preconceito e recebem a alcunha de pouco amorosos. Os gatos, porém, têm conquistado seu espaço no coração dos humanos e ganhado uma legião de catlovers

22/05/2017. Credito: Marcelo Ferreira/CB/D.A. Press. Brasil. Brasilia - DF. Materia gatos de raca, Natalia Ribeiro Pereira com o gato Maluco.
Natália Ribeiro Pereira com o gato Maluco: paixão à primeira vista.  Crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A. Press

 

Por Ailim Cabral

A história dos felinos remonta a milênios. Os primeiros relatos de gatos domésticos vêm do Antigo Egito. Lá, os animais eram usados para proteger as casas e os depósitos de grãos dos ratos. Com o tempo e a convivência, criou-se afeto e carinho entre tutores e mascotes. Hoje, são muitos os que se autointitulam catlovers — amantes de gatos, em tradução livre — ou gateiros e defendem o fim do preconceito contra os bichanos, até então, descritos por muitos como animais frios e pouco apegados ao dono.

Um dos motivos que têm ajudado a reduzir a visão negativa sobre os gatos são as particularidades das raças com personalidade semelhantes aos cães. Os maine coons e os sphynx, por exemplo, têm as vantagens características dos gatos, como independência, mas trazem também traços mais comuns aos cachorros, como carinho excessivo pelo dono, possessividade e disposição para brincar a qualquer momento.

De acordo com a veterinária e especialista em medicina felina Vanice Allemand, existem mais de 200 raças de gatos descritas, mas apenas 100 delas são reconhecidas pela World Cat Federation, entidade internacional de regulação das raças felinas. Entre elas, há as mais famosas e desejadas pelos catlovers.

No Brasil, onde, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), existem 22 milhões de gatos domésticos, as raças que têm chamado mais atenção são maine coon, persa, sphynx, ragdoll, british short hair e british long hair, exótico e bengal. Os siameses viveram um boom há alguns anos e hoje não são os mais famosos, mas continuam adorados pelos amantes dos felinos.

Segundo Vanice, a maioria dos gatos atendidos em consultórios ainda são os que não têm raça definida, mas um aumento na quantidade de felinos com pedigree é percebido. Para apresentar aos que ainda não se renderam aos encantos felinos algumas das raças que estão se tornando famosas no Brasil, trazemos alguns gatos especiais para as páginas da Revista.
O gato esfinge

18/05/2017. Crédito: Arthur Menescal/Esp.CB/D.A. Press. Brasil. Brasilia - DF. Raças de gato. Paulo Henrique Amorim Verissimo, com seu gato da raça Sphynx.
Paulo Henrique Amorim Verissimo, com seu gato da raça Sphynx. Crédito: Arthur Menescal

Uma das raças considerada injustiçada pelos criadores é o sphynx. O gato não tem pelos, possui corpo alongado e apresenta rugas que conferem expressão severa ao rosto. As orelhas grandes e pontudas e o focinho comprido dão uma impressão ainda mais austera aos que não conhecem o sphynx a fundo. Para os amantes da raça, as características revelam um gato elegante e esbelto, chamado também de gato esfinge. As rugas, que alguns criticam, indicam pureza: quanto mais enrugado quando adulto, mais legítima é a linhagem do gato.

O aspecto físico do sphynx, muitas vezes, causa reações negativas — enquanto uns o adjetivam como feio ou estranho, outros atribuem ao pet um temperamento hostil. Mas isso não reflete a realidade. Em estudo publicado em 2012, o Journal of Veterinary Behaviour apontou a raça como a mais afetuoso entre os bichanos. A pesquisa analisou 129 gatos, de 14 raças diferentes, que viviam em Paris, na França, e apontou a sphynx como a mais amorosa.

A criadora de sphynx Elizângela Tonial afirma que os gatos esfinge são tão carinhosos e apegados ao dono que têm o comportamento comparado ao dos cães. “Ele tem essa carinha que muitos acham feia, mas é um dos gatos mais doces. São muito ligados aos donos, ficam seguindo e pedem colo. Os mais tranquilos chegam até a pular no colo das visitas, o que é incomum em gatos”, ressalta.

Paulo Henrique Amorim Veríssimo, 28 anos, constata as características descritas por Elizângela todos os dias. Dono do sphynx Nudes, 1 ano, quando chega em casa, o empresário é recebido na porta com miados e choros todos os dias. “Ele não para de miar enquanto não o pego no colo, aí são carinhos, lambidas e chamego”, garante.

O carinho de Nudes com Paulo beira a possessividade. Apesar de se dar bem com a namorada do rapaz, o gato não aceita ser cumprimentado depois da humana. “Eles se dão bem, ele é muito sociável e gosta de todos. Mas eu não posso dar um beijo nela antes de falar com ele”, diverte-se.

Além do apego semelhante ao dos cães, Nudes é extremamente brincalhão. Apesar de ter completado 1 ano, o gato continua tão ativo e brincalhão como quando era filhote. “Essa é outra característica da raça. Mesmo depois que deixam de ser filhotes, eles continuam adorando os brinquedinhos e precisando dessa distração para gastar energia”, afirma Elizângela. Os brinquedos preferidos de Nudes são o laser e as varetinhas com penduricalhos coloridos na ponta.

Além de ter ótimas relações com os humanos, o sphynx tem facilidade para conviver com outros animais, tanto gatos quanto cachorros. O tempo de adaptação a outro pet depende, no entanto, da vivência de cada animal. Nudes mora sozinho com Paulo, mas convive com o persa da mãe do empresário. “Na primeira vez que o levei para a casa da minha mãe, tive um pouco de receio. Depois de um estranhamento inicial, os dois começaram a se aproximar e, no fim do dia, estavam se lambendo”, lembra Paulo.

O empresário é um grande defensor da raça e afirma que Nudes foi o animal com quem criou um laço mais forte. “Eu não gostava de gatos, achava que eram frios e tinha todos aqueles preconceitos até, finalmente, conviver com um e mudar tudo que eu pensei que sabia”, lembra. Paulo teve o primeiro gato há quatro anos, quando morava com a ex-namorada. O casal queria ter um pet, mas não pretendia criar cachorros em um apartamento. O gato foi a solução.

Apesar de não se envolver tão profundamente com o primeiro gato, Paulo foi mudando de opinião e se tornou um apaixonado por felinos. Ao se separar e morar sozinho, viu a oportunidade de ter o sphynx que desejava há tanto tempo. “Nossa ligação emocional é muito forte. O Nudes é muito especial na minha vida.”

Encantado pela raça, Paulo afirma que depois de conviver com Nudes só pretende ter sphynx. “Eu sou muito a favor da adoção, mas a ausência de pelos e o carinho característicos dele me conquistaram completamente. Morando em apartamento, o fato de não ter um animal que solta pelos é fundamental. No futuro, pretendo comprar uma fêmea para fazer companhia ao Nudes.”

A curiosa raça surgiu em 1966, no Canadá, a partir de uma mutação genética e, recentemente, tem crescido no Brasil. Elizângela cria sphynx há sete anos e percebe um aumento na procura pelo pet. “Acredito que o aspecto exótico dele chama a atenção. Eles se assemelham aos gatos que eram endeusados no Antigo Egito.”

 

Bolinhas de pelo

22/05/2017. Credito: Marcelo Ferreira/CB/D.A. Press. Brasil. Brasilia - DF. Materia gatos de raca, Jade Goulart com a gata Marie.
Jade Goulart com a gata Marie: bolinha de pelo

De aparência quase oposta aos sphynx, os persas têm o focinho achatado e o corpo coberto por pelos compridos e sedosos, que conferem um aspecto mais arredondado que os primos esguios e uma imagem de raça “fofa”. Apesar da diferença física, sphynx e persa compartilham a personalidade carinhosa e amorosa.

É com esses adjetivos que a estudante Jade Goulart, 24 anos, refere-se à sua persa, Marie, de 9 anos. Ela afirma que a gata, com seu jeito gracioso e temperamento carinhoso, é quem costuma acalmar toda a família. “Ela é tão amorosa que deita na minha barriga quando eu estou com cólica e sempre vem me consolar quando não estou bem”, derrete-se.

Amante de gatos desde criança, Jade afirma não ter preferência por raças, mas percebe diferenças claras entre a persa e Valentina, a gata sem raça definida da família. Marie é mais tranquila, sai de casa sem problemas e está sempre perto de alguém da família. Já Valentina é mais na dela. De vez em quando, prefere ficar sozinha e gosta bem menos de colo do que a companheira.

Jade conta que Marie chegou à sua vida por acaso. A família tinha perdido a primeira gata havia um ano quando uma amiga disse que ia doar a persa. “Ela vivia em uma fazenda e estava apanhando dos cachorros. Não era seguro para ela continuar lá e nós a pegamos. Ela tinha 3 anos”, lembra.

A estudante explica que o excesso de pelos, às vezes, pode ser um inconveniente, mas não o bastante para diminuir as qualidades da raça. Os cuidados com Marie são mais intensos que com Valentina. A mais velha precisa ir ao pet shop quinzenalmente para tosas higiênicas e requer limpezas mais constantes nos olhos, no nariz e nas orelhas.

A criadora de persas Raquel Farias explica que os gatos da raça têm nariz achatado, curto e largo, situado bem próximo aos olhos. Por isso, costumam ficar com o focinho constipado, causando incômodo e exigindo uma limpeza mais cuidadosa. “A secreção lacrimal é muito desconfortável para o persa e o pH ácido das secreções as tornam meio de propagação de bactérias e fungos. Os olhos e focinho devem ser limpos com algodão ou pano umedecido com soro fisiológico”, afirma. A especialista ressalta ainda os cuidados com os pelos da raça e recomenda escovações diárias para evitar a formação de nós e tufos.

Os persas estão entre as raças mais antigas de gatos, com uma história secular. A criadora ressalta que o primeiro registro científico foi feito em 1707, por George Louis Leclerc Bufon, em seu livro de história natural. Como o próprio nome sugere, a linhagem veio da antiga Pérsia, atual Irã.

Nos registros encontrados sobre a raça, a sua propagação começou no século 17. Um viajante italiano estava na Pérsia e, quando voltou para casa, levou espécimes da raça, popularizando os persas na Itália. Quando levados para a Inglaterra, os gatos foram cruzados com a raça angorá, dando origem ao gato persa que conhecemos hoje e se tornando conhecidos por toda a Europa. Raquel ressalta ainda que, depois de tantos cruzamentos, a quantidade de cores da raça chega a mais de 100.

O gigante gentil

Conhecidos como gatos gigantes, os maine coons têm se tornado cada vez mais buscados como animais de estimação. A principal característica da raça é o tamanho avantajado dos animais — eles podem chegar a um metro de comprimento e são considerados a maior raça de gatos domésticos do mundo.

Esse foi o primeiro motivo pelo qual a veterinária Natássia Miranda, 28, apaixonou-se pela raça. Antes de ter o primeiro maine coon, ela descobriu um norueguês da floresta disponível em um gatil e não resistiu à possibilidade de ter um gato gigante.

Pouco tempo depois, pesquisando sobre os maine coons, Natássia não esperou mais e comprou seu gato gigante. Mesmo com o casal adulto Vishnu e Una, a veterinária queria mais. Comprou mais uma fêmea, Mistika, hoje com 8 meses, e começou a se arriscar como criadora. “Eu quis ter diversos gatos da raça porque me encantei por eles. Tive a primeira ninhada agora e meu objetivo é difundir a raça. Não existe gatil em Brasília e muitas pessoas deixam de comprar o maine por causa do transporte”, explica.

Dona de 20 gatos, sendo cinco de raça, incluindo norueguês e persa, e 15 sem raça definida, Natássia afirma que o maine coon está entre as raças com temperamento semelhante ao de cão. “Além de ser enorme, ele aceita andar de coleira, é brincalhão e companheiro.”

Segundo o criador de maine coons Marcelo Ravagnani, os gatos surgiram como uma raça de trabalho, tendo grande resistência física e suportando climas rigorosos. “São musculosos e têm pernas fortes e com tufos de pelos nas patas, que se parecem com pantufas e servem para andar na neve”, explica. A pelagem também é adaptado ao frio, sendo bastante espessa e parcialmente impermeável, apesar de lisa e suave ao toque.

Eles são a raça de gato nativa mais antiga dos Estados Unidos e ficaram famosos no estado do Maine. A origem da raça é incerta, mas muitos acreditam que surgiu da cruza entre os gatos de pelo curto nativos e os europeus de pelo longo, provavelmente angorás. O gato tem um ar selvagem, salientado pelos olhos grandes, ovais e expressivos e pelas orelhas com tufos de pelos na ponta, semelhantes aos linces.

Apesar da aparência, o temperamento do maine coon é uma grande surpresa para os que se deixam levar pela aparência robusta. Ele é conhecido como o “gigante gentil” e tem temperamento dócil e amável, gosta de seguir o dono, dormir junto e passar horas no colo. Curiosos e ativos, são vistos como ótimas companhias para crianças por serem brincalhões e amadurecer tardiamente, só alcançado a maturidade aos 4 anos.

Marcelo, no entanto, faz uma ressalva quanto ao cuidado com o maine coon. “Quem não puder telar as janelas precisa ficar atento. Ele é um gato muito ativo, que gosta de explorar e caçar. Se vir uma borboleta entrando pela janela, por exemplo, vai à caça até apanhá-la. Em uma casa sem telas, pode cair e não se salvar.”

Vira-latinhas e mestiços

Apesar das inúmeras raças de gatos, existem aqueles que preferem os famosos vira-latinhas. Os motivos vão desde ser contra a compra de animais até um amor instantâneo por algum bichano de rua encontrado no meio de um caminho.

A veterinária especialista em felinos Christine Souza Martins afirma que os gatos sem raça definida costumam ser mais saudáveis, com uma resistência maior às doenças, e ter uma expectativa de vida maior. “Algumas vezes, os gatos que carregam certas características da raça não são muito numerosos e isso pode facilitar problemas genéticos. Os gatos sem raça definida têm uma variedade genética maior, sendo, em geral, mais saudáveis”, explica.

A expectativa de vida dos gatos sem raça definida pode ultrapassar 20 anos, a depender dos cuidados a ele dispensados e das condições de saúde dos pais. A veterinária afirma ainda que, dentro da variedade de gatos disponíveis para adoção, não é difícil encontrar espécimes com características físicas semelhantes às raças procuradas pelos humanos. “Os vira-latas são muito diferentes, é fácil encontrá-los grandes, pequenos e com todas as cores, atendendo a muitas expectativas estéticas.”

Com relação ao temperamento, Christine afirma que os traços do pai ou da mãe podem ser encontrados no filhote, no entanto, as características dos gatos sem raça definida são muito particulares e felinos de uma mesma ninhada podem apresentar personalidades completamente diferentes. “A forma de agir de um gato pode ser muito específica. Eles têm essa coisa de características individuais, como as pessoas. A forma como ele é criado também é superimportante na formação dessa personalidade”, completa a especialista.

A assessora Natália Ribeiro Pereira, 29 anos, vive essa situação em casa. Ela tem dois gatos sem raça definida e com personalidades diferentes. Maluco, um gato branco e peludo, foi a primeira adoção da família. “Ele me escolheu. A gata de uma amiga deu ninhada e eu fui escolher. Toda vez que pegava um filhote e colocava no colo, o Maluco expulsava o irmão e deitava. Tive que levá-lo”, lembra.

Poucas semanas depois de se apaixonar pelo primeiro gato que tinha na vida, Natália disse ao marido que Maluco estava solitário. Não demorou muito para que o casal encontrasse um irmão para o primogênito. Assim, Tom passou a fazer parte da família. Enquanto Maluco é carinhoso e não dispensa um colo, Tom é retraído. E não é para menos. Ele passou por um histórico de abandono e Natália acredita que isso afeta a forma como se relaciona com humanos.

Apesar da diferença de personalidade, Natália afirma que os dois gatos são igualmente amorosos e gratos. “Acho que essa é a característica mais forte dos gatos adotados, eles são muito gratos e demonstram isso até com o olhar. Mas, no fundo, sou eu que tenho que agradecer. Eles me transformaram em uma pessoa melhor, mais humana”, declara.

 

Outras raças

Ragdoll

Principais características: gato de porte maior que o comum, pelo semilongo e olhos azuis.

Temperamento: sociável, ele e se dá bem com crianças e outros pets. Quando carregado, fica completamente relaxado, o que dá origem ao nome ragdoll — boneca de pano.

Siamês

Principais características: gato alongado, com corpo tubular, pés longos, cabeça triangular longa e orelhas grandes. Pelo curto e brilhante.

Temperamento: graciosos, falantes e muito inteligentes, são brincalhões e sociáveis.

British shorthair ou inglês de pelo curto

Principais características: gato de pelagem cinza, curta e densa. Os olhos são grandes, redondos bem abertos e amarelo vibrante.

Temperamento: inteligente, tímido e afetuoso.

British longhair

Principais características: gato de pelagem longa e densa. Os olhos são grandes, redondos bem abertos e amarelo vibrante. São uma variação do british short hair.

Temperamento: inteligente, tímido, afetuoso.

Bengal

Principais características: gato de tamanho médio a grande, musculoso e robusto, com corpo alongado. Os olhos são grandes e ovalados e tem pelagem com pintas semelhantes a onças.

Temperamento: carinhoso e brincalhão, tem um ar de ferocidade e independência, mas se mantém companheiro