Estela a esta hora
De Natália Zuccala. Todavia, 176 páginas. R$ 69,90
Uma estudante de medicina é a protagonista deste romance que reflete sobre a formação dos médicos em um ambiente no qual o paciente é, muitas vezes, um detalhe e as disputas de poder evidenciam uma desumanização nem sempre incomum. Dramaturga e professora, a autora foi finalista do Prêmio São Paulo de Literatura com o romance Cheia.
Mau hábito
De Alana S. Portero. Amarcord, 288 páginas. R4 64,90
Novo selo da editora Record dedicado a “narrativas incomuns”, Amarcord estreia com um romance que atraiu a curiosidade das editoras na Feira de Frankfurt. Mulher trans nascida em bairro operário de Madri, dramaturga queridinha de Pedro Almodóvar, a autora estreia com um romance sobre a identidade de pessoas trans e a adversidade enfrentada por aqueles que resolvem lutar pelo reconhecimento.
A exposição
De Nathalie Léger. Tradução: Letícia Mei. DBA, 120 páginas. R$ 62,90
Uma das pessoas mais fotografadas do século 19, a condessa de Castiglione é a personagem investigada pela autora em um misto de ensaio, biografia e romance que joga luz sobre uma das figuras mais badaladas da belle époque.
Patrícia Galvão — Pagu, militante irredutível
De Maria Valéria Rezende. Coleção Brasileiras, 160 páginas. R$ 44,90
Segundo volume da Coleção Brasileiras, esse perfil biográfico tem também um tom de memórias, já que a autora e a retratada foram amigas. É a partir desse olhar de muita proximidade e convivência que Maria Valéria Rezende narra a trajetória de Pagu.
Sumário de plantas oficiosas — Um ensaio sobre a memória da flora
De Efrén Grialdo. Tradução: Silvia Massimini Felix. Fosforo, 208 páginas. R$ 89,90
Mescla de vivências pessoais, comentários literários, análise social e reflexão sobre o poder e o lugar das plantas na vida em sociedade, o livro do autor colombiano foi vencedor do prêmio de não ficção Latinoamerica Independiente de 2022 e deve ser publicado em nove países.
Joaquim de Almeida — A história do africano traficado que se tornou traficante de africanos
De Luis Nicolau Parés. Companhia das Letras, 430 páginas. R$ 119,90
Joaquim de Almeida fazia parte de um pequeno grupo de escravos libertos que experimentaram uma ascensão social no início do século 19. Ele retornou à África levando toda a família e, lá, explorou o comércio mais rentável de seu tempo, o tráfico de escravos. A internalização de ideologia do opressor por parte do oprimido é um dos temas tratados pelo autor nesse livro que conta a trajetória de Joaquim de Almeida.
Era apenas um presente para o meu irmão — A barbárie de Queimadas
De Bruno Ribeiro. Todavia, 262 páginas. R$ 74,90
Tradutor e roteirista, Bruno Ribeiro entrevistou mais de cem pessoas para reconstituir a violência desse episódio de estupro coletivo e assassinato ocorrido no interior da Paraíba. Em 2012, um homem organiza uma festa de aniversário para o irmão e convida as mulheres mais atraentes da cidade. O que se seguiu foi um show de horrores que Bruno Ribeiro narra ao mesmo tempo em que reflete sobre questões como ausência do estado e impunidade.
Gilberto Braga — O Balzac da Globo
De Artur Xexéo e Mauricio Stycer. Intrínseca, 350 páginas. R$ 129,90
Como nos romances de Honoré de Balzac, dinheiro, ambição e vingança eram os temas centrais das novelas de Gilberto Braga, que ganha nesta biografia um retrato afetuoso e cheio de histórias reveladoras colhidas e organizadas por dois jornalistas que, durante décadas, se propuseram a refletir e registrar a história da televisão brasileira e de seus personagens.