Bancada ruralista quer CPI da JBS

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Primeiro grupamento político a apoiar o presidente Michel Temer, a Frente Parlamentar de Agricultura (FPA) está coletando assinaturas a fim de instalar uma Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar os negócios da JBS. Especialmente, os ganhos no mercado financeiro antes do vazamento do teor da gravação da conversa com o presidente Michel Temer.  A FPA quer apurar também detalhes da negociação em torno do acordo de delação premiada, que garantiu liberdade total aos delatores, mediante o pagamento de R$ 250 milhões em multa.

 

 

Sobrou o Mabel

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Michel Temer mantinha três principais assessores políticos filiados ao PMDB no terceiro andar do Planalto: Rodrigo Rocha Loures, Tadeu Filippelli e Sandro Mabel. Loures carregava mala com dinheiro por aí. Filippelli preso hoje na Operação Panatenaico. Resta agora Mabel, ex-deputado por Goiás, que, em 6 de março, disse que havia pedido para sair do governo. Coincidentemente, véspera da conversa de Temer com Joesley. Temer, entretanto, pediu que Mabel ficasse mais seis meses. É o que resta agora de assessor político peemedebista no Planalto. Obviamente, Temer conta os ministros, Eliseu Padilha e Moreira Franco, também do PMDB. Mas a assessoria política foi reduzida em dois terços em sete dias. Vale lembrar que Rocha Loures só não está preso porque é deputado federal. E segue o baile.

OAB decide pelo impeachment

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Depois de mais de 7 horas de discussões, a Ordem dos Advogados do Brasil decidiu apresentar um pedido de impeachment contra o presidente Michel Temer. A defesa do presidente Michel Temer ainda tentou apelar para que a Ordem esperasse o parecer da gravação feita por Joesley Batista na residência oficial de Temer em 17 de março, mas o pedido foi rejeitando por 19 votos a 7.

Em conversas reservadas, advogados criminalistas, que durante todo o dia apelavam à Ordem que não pedisse o impeachment com base numa gravação clandestina, consideram que a OAB adotou essa posição mais para se recuperar de período de Dilma Rousseff, quando a instituição não teve um protagonismo maior.

A OAB, entretanto, rejeita essa posição de tentativa de recuperar prestígio. O que pesou na discussão foi o fato de o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, ter pedido a investigação do presidente com base na gravação. Com isso, são, até gora, 12 pedidos de impeachment contra o presidente Michel Temer, uma investigação no STF e outra no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Não há registro de um presidente que chegasse a 12 meses de mandato com tantos processos em curso.  Até entre os aliados do Planalto, ja há quem diga que, se Temer sobreviver a tudo isso, terá sido um milagre.

A nota dúbia de Rollemberg

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O governador Rodrigo Rollemberg acaba de divulgar nota sobre a reunião da Executiva Nacional do PSB, que hoje pediu a renúncia de Michel Temer, eleições diretas e respeito à Constituição. Prmeiramente, a nota do próprio PSB fala em respeito à Constituição, que prevê eleições indiretas em caso de vacância da presidência da Republica no último biênio, e, ao mesmo tempo, pede eleições diretas. Das duas uma: Ou o partido  quer mudar a Constituição, para promover eleições diretas, ou quer seguir o que está escrito no texto constitucional, logo eleições indiretas.

Quanto ao governador, ele diz que acompanha o partido (que pediu eleições diretas) e menciona o respeito à Constituição, logo, eleição indireta.

Eis a nota do governador:

“Sou militante histórico do PSB e acompanhei as decisões emanadas de sua direção nacional. O país vive uma crise institucional sem precedentes e as forças políticas sociais e econômicas devem trabalhar no sentido de resolvê-la no menor prazo possível, sempre respeitando a Constituição.”

 

Temer: “Há quem queria me tirar do governo para voltar aos velhos tempos”

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O pronunciamento do presidente Michel Temer hoje vem em dois sentidos: Dar discurso aos partidos da base que se mantêm firmes no apoio e aglutinar ao seu lado aquela parcela dos brasileiros que se mostram revoltadas com o fato de um delator gravar clandestinamente o presidente da República, deixar o país depois de corromper politicos e se aproveitar da delação para ganhar dinheiro e curtir a vida em nova York.

Temer. logo no início de sua fala, falou que a JBS “lucrou milhões e milhões de dólares”. E foi incisivo ao dizer que seu governo não atendeu os pedidos de Joesley, mandando antes um recado aos que pedem seu impeachment e/ou renúncia:  “Estamos acabando com os velhos tempos das facilidades aos oportunistas.  Há quem queira me tirar do governo para voltar aos tempos em que faziam tudo o que queriam com o dinheiro publico e não prestavam contas a ninguém”.

“Quebraram o Brasil e ficaram ricos. O autor do grampo relata suas dificuldades. Simplesmente, as ouvi. Nada fiz para que ele obtivesse benesses”, diz Temer, ao comentar que o Cade não concedeu facilidades ao empresário e hoje  tanto o BNDES quanto a Petrobras têm presidentes que botaram “ordem na casa”.

Paralelamente à desqualificação do delator que ele recebeu no Jaburu e ao anúncio do pedido de perícia na gravação de Joesley, __ que Temer disse ter 50 edições, o presidente se colocou ainda como o fiador das reformas e da recuperação econômica.  E não fez isso por acaso. Essa recuperação é algo que, diante da lama que engole toda a classe política, uma parcela expressiva da população coloca como a principal característica que deve balizar um governo. “O Brasil exige que se se continue no camknho da recuperação econômica. Estamos completando as reformas para

Para concluir os 12 minutos em que falou no Salão Leste do Palácio do Planalto, o presidente enfatizou:  “O país não saírá dos trilhos: Continuarei à frente do governo”. Falta combinar com os demais atores do cenário politico.

 

Em terra de cego…

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As classes empresarial e política passaram as últimas 48 horas com um olho nos detalhes das delações de Joesley Batista e executivos da JBS e o outro no espectro político, em busca de um nome para assumir o país, caso o presidente Michel Temer venha a deixar o cargo. Não encontraram. Todos os nomes pensados até agora trazem alguns senões e ninguém quer apostar num presidente que, eleito indiretamente, apresente problemas logo ali na frente.

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Enquanto esse cenário não estiver claro na cabeça dos políticos e dos empresários, Temer resistirá. Isso porque, somadas as delações da Odebrecht, da JBS e de quem mais recorreu a esse recurso até agora, não resta muita gente fora do cesto do caixa dois que imperou em todas as campanhas. Diante disso, não são poucos os que consideram que o presidente ainda tem condições de reaglutinar a base aliada, apesar dos protestos de rua, das delações e das pressões pelo afastamento. O fim de semana, aliás, será dedicado a esse trabalho. Falta, entretanto, combinar com as ruas, que, se continuarem num crescente, podem inviabilizar a estratégia do governo.
Pegou mal

A perícia da Polícia Federal até hoje não recebeu nenhum pedido de análise das gravações. Para os policiais, a situação é constrangedora, pois é um indício forte de que o presidente não confia no trabalho dos técnicos da Polícia Federal.

Pegou muito mal

Joesley Batista foi, até agora, o único delator que recebeu salvo-conduto para viver fora do país com os bolsos recheados de dinheiro captado na bolsa e no câmbio depois das denúncias que fez. Há quem atribua tantas benesses ao ex-procurador Marcelo Miller, próximo ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Miller largou a força-tarefa da Lava-Jato para se juntar ao escritório Trench, Rossi, Watanabe Advogados, que cuida da vida dos delatores da JBS.

Apoio à República I

A intervenção militar como solução para a crise política pode até povoar o imaginário de alguns brasileiros. Porém, não é o que os comandantes militares desejam. Em reunião ontem com o presidente Michel Temer, os comandantes da Força Naval, almirante Eduardo Bacellar; da Aeronáutica, brigadeiro Nivaldo Luiz Rossato; e do Exército, general Eduardo Villas Bôas, deixaram clara a intenção de que os desafios no país sejam superados seguindo a Constituição e a ordem institucional vigente. Aliás, a decisão do ministro da Defesa, Raul Jungmann, em permanecer no cargo, foi, inclusive, um pedido dos militares.

Apoio à República II

Os comandantes, no entanto, fizeram questão de expôr a Temer as preocupações com a crise e procuraram tirar a limpo a avaliação do presidente sobre a real situação do quadro político. Ouviram que o governo resistirá.
CURTIDAS

Vale tudo I/ “Joesley Safadão”, como o empresário Joesley Batista vem sendo chamado nas redes sociais, era comparado nas rodas de políticos ao personagem de Reginaldo Faria na novela Vale Tudo, que fez sucesso no final dos 1980.

Vale tudo II // Marco Aurélio, vice-presidente do grupo Almeida Roitman, fazia de tudo para se dar bem. Ele ficou famoso no último capítulo da novela, fugindo do país com uma mala cheia de dinheiro e dando uma banana para os brasileiros. Mais ou menos como Joesley fez com aval do Poder Judiciário e do Ministério Público.
Enquanto isso, em Minas Gerais…/ Quem conhece a política mineira recomenda anotar esse nome: Rodrigo Pacheco (foto), do PMDB, presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara. É novo no pedaço e bom de voto. Diante do vácuo político que toma conta do estado e da derrocada do PSDB do senador afastado, Aécio Neves, há quem coloque Pacheco como um potencial candidato a governador em 2018.

Por falar em novos…/ Nunca antes na história desse país a turma nova na política chegará a um ano eleitoral com tantas chances de galgar postos mais altos.

Fracassa acordo de leniência da J&F

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Procuradores e executivos da J&F não conseguiram chegar a um consenso sobre o valor da multa a ser paga dentro do acordo de leniência da J&F, à qual pertence a JBS. O maximo que o grupo queria pagar era R$ 1,4 bilhão e o MPF pretendia cobrar R$ 11 bilhões.  O prazo se encerrou as 23h59 dessa sexta-feira. Advogados que trabalham no processo estudavam  ontem pedir a reabertura do prazo e retomar as negociações.

Vai sobrar para o Loures

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Da mesma forma que as denúncias envolvendo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobravam sempre para os auxiliares dele, a acusação que Joesley Batista faz ao presidente Michel Temer terminará no colo do deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR). Até aqui, todas as conversas reservadas no Planalto indicam que se Loures fez algo errado deve responder e que o presidente não teve qualquer participação. E a aposta geral é de que, do jeito que Rocha Loures é ligado a Temer, é bem capaz de aceitar ser rifado em nome do projeto de governo do partido. Falta combinar com Rocha Loures, que ainda não disse se aceitará ficar com o desgaste. O momento de incertezas sobre o futuro do mandato de Michel Temer não passou.
TSE, a próxima fronteira
Diante das denúncias de Joesley Batista, ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que planejavam votar pela separação da chapa Dilma-Temer por causa da conjuntura econômica do país começam a rever essa avaliação. Afinal, se a economia voltar a piorar muito por causa da atual crise, há quem diga que o melhor será cassar a chapa.
Segura tucano
Com o pronunciamento incisivo do presidente Michel Temer ontem, o governo começou a trabalhar no sentido de segurar os ministros, em especial, os do PSDB. A avaliação do Planalto é que, se o presidente conseguir demonstrar alguma capacidade de comando na equipe — e, obviamente, mantiver a base aliada —, ainda haverá esperança de continuidade no cargo.
Segura partidos
O ministro da Indústria e do Comércio, Marcos Pereira (PRB), prometeu, inclusive, uma carta de apoio ao presidente. Quem está com dificuldades de atender ao pedido de permanência na equipe de Michel Temer é o ministro de Minas e Energia, Fernando Filho (PSB-PE). O presidente do PSB, Carlos Siqueira, conforme antecipou o blog no site do Correio Braziliense, deu ao pernambucano um ultimato
para deixar o governo.
Base em teste
Não é mais a reforma da Previdência, e sim a sobrevivência do presidente Michel Temer que servirá de teste para a fidelidade dos partidos da base aliada do governo.
A visão de cada um
Enquanto a oposição baterá o pé pela renúncia, os aliados consideram que o presidente tem, sim, um espaço de defesa. Isso porque, nos áudios, o presidente mais ouve do que fala e, na parte relativa ao que seria a concordância com a compra do silêncio, não está tão claro que seria isso, pelo menos, sob a ótica do Planalto.
O sucessor I/ Políticos passaram horas ontem citando nomes que poderiam substituir Michel Temer numa eleição indireta. O nome da hora é o do advogado Nelson Jobim (foto), ministro da Defesa no governo Lula, da Justiça de Fernando Henrique Cardoso, ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e relator da Constituição de 1988.
O sucessor II/ Amigos de Michel Temer diziam ontem à boca pequena que a boataria da renúncia foi criação do
ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, “sonhando com mais um ano de presidência da República”.
O sucessor III/ O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, vem sendo tratado pelos deputados do DEM como “o especialista” em… Mandato tampão. Ele é o primeiro na linha de sucessão da Presidência da República.
Por falar em Rodrigo…/
O que mais incomodou os parlamentares foi o fato de o senador Aécio Neves diminuir alguns aliados na conversa com Joesley, em especial, os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia, e do Senado, Eunício Oliveira. Soou um sentimento de superioridade do próprio Aécio em relação aos dois. Pegou mal.