De família radicada em Brasília, ex-mulher de Wassef desabafa após ter nome envolvido

Frederick Wassef
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Coluna Brasília-DF

Como se não bastasse a exposição decorrente da presença do ex-assessor Fabrício Queiroz em sua propriedade, o advogado Frederick Wassef ainda teve problemas em casa. Cristina Boner, sua ex-mulher, que trabalhou a vida toda e ainda trabalha, não se conforma de ver seu nome enroscado nessa história.

Cristina, que vem de uma família de empreendedores radicada em Brasília, considerava que, a esta altura da vida, próxima dos 60 anos, teria paz. Em desabafo a amigos, tem dito que, graças a Wassef, viu o escândalo respingar sobre seu trabalho.

Da mesma forma que políticos ligados aos Bolsonaro aconselham o presidente a ficar longe do advogado, a empresária tem dito a Wassef que deixe de fazer tudo para os Bolsonaro, que, até agora, não tiveram um só gesto de gratidão para com o amigo. A vida de Wassef, realmente, não está fácil.

Nem tudo está perdido

Entre os aliados de Bolsonaro, a aposta é de que, se a economia se recuperar, as agruras de Flávio Bolsonaro e os inquéritos e ações em curso não vão impedir a reeleição do presidente da República. Num país em que duas semanas é longo prazo, os mais tarimbados da política preferem esperar mais algum tempo antes de apostar todas as fichas na reeleição.

Muito esquisito

Ao dizer que Fabrício Queiroz estava ameaçado de morte, Frederick Wassef deixou, em muitos investigadores, a impressão de que monta uma história preventiva para afastar os Bolsonaro de qualquer coisa que venha a acontecer com o ex-assessor do senador Flávio.

PT dobra a aposta

Depois de votar contra o marco regulatório do saneamento, o Partido dos Trabalhadores vai defender o pagamento do auxílio emergencial de R$ 600 por 12 meses. O governo prepara-se para dizer que a proposta dos petistas é apenas para desgastar o governo, uma vez que não votam em nada que possa incrementar o caixa da União — por exemplo, o projeto do saneamento.

Por falar em auxílio…

É a grande briga da temporada. E com as campanhas das eleições municipais à frente, cada um vai tentar cavar um discurso aí. O governo vai apostar no discurso da responsabilidade, para não comprometer as despesas com saúde e educação, por exemplo. Já a oposição quer estampar na testa de Jair Bolsonaro e apoiadores a pecha da insensibilidade com o social neste momento difícil. O eleitor que faça a sua escolha sobre quem está certo.

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Tereza Cristina, a vice/ A fala do presidente Jair Bolsonaro, na semana passada, sobre manter a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, no cargo por 20 anos, fez acender a luz da desconfiança no DEM. Suspeita-se de que, se o vice Hamilton Mourão for candidato ao Senado no Rio Grande do Sul, Tereza seria o nome para vice em 2022.

Primeiro reflexo/ Com a suspeição, veio também a desconfiança de que a inclusão de Tereza no rol dos vices serviria para estancar os movimentos do DEM em testar Luiz Henrique Mandetta como pré-candidato a presidente da República. Até aqui, a pandemia da covid-19 segue a trajetória que o ex-ministro traçou em março.

Damares na área/ Os bolsonaristas olham com esperança para a ministra dos Direitos Humanos, Damares Alves. A aposta é de que ela tem condições de se eleger deputada federal pelo estado que escolher.

Estações separadas/ O presidente Jair Bolsonaro tem se mantido afastado das manifestações, e isso começa a incomodar aqueles seguidores mais radicais, que consideram a nova postura do chefe do Executivo um abandono do conservadorismo. Essa turma confunde conservadorismo com a pregação do fim dos poderes constituídos do regime democrático, como o Congresso e o STF.

Governo recorreu ao “jeitinho brasileiro” para Weintraub entrar nos EUA em plena pandemia

Jair Bolsonaro e Abraham Weintraub
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O tweet de Arthur Weintraub informando que seu irmão, Abraham Weintraub, estava nos Estados Unidos foi a senha para que o governo publicasse a exoneração do ministro da Educação. O consulado em Miami sequer foi avisado de sua chegada aos Estados Unidos, algo incomum. Sempre que há um ministro de estado a caminho do país, os consulados do destino são avisados a fim e entrar em contato e perguntar se há necessidade de algum apoio. Neste caso, não houve qualquer informação.

A viagem foi confirmada ao blog pela assessoria do agora ex-ministro. Weintraub chegou aos Estados Unidos 7h da manhã, num voo da Azul, o único do dia a desembarcar na Flórida, no aeroporto de Fort Lauderdale. Portador do passaporte diplomático, visto especial de ministro de país estrangeiro, e o fato de não apresentar qualquer problema de saúde, dispensaram da necessidade de quarentena em outro país, antes de ingressar no território estadunidense. Ainda que esteja exonerado, nada impede que permaneça nos Estados Unidos com o passaporte comum e o visto de turista. Nada do que foi feito é considerado “ilegal”. Mas pode ser enquadrado no “jeitinho” brasileiro — ou seja, coordenar tudo para que ele pudesse sair do Brasil e chegar aos Estados Unidos sem ser incomodado por causa da pandemia.

Amigos do ex-ministro Weintraub informam que ele segue ainda, neste sábado (20/6), para Washington, onde pretende assumir um cargo no Banco Mundial. Para assumir o cargo no BIRD, Weintraub precisará de um visto diferente daquele que permitiu a sua entrada agora e daquele que cobrirá sua permanência nesse período em que nem é ministro, nem funcionário de um organismo internacional. O fato estar ligado a uma nova instituição, também exige a mudança do visto. Para isso, terá que sair dos Estados Unidos, recorrer a alguma embaixada dos Estados Unidos no mundo afora e providenciar o novo documento. Será a oportunidade de passar umas férias no Caribe.

Abraham Weintraub entra nos EUA usando passaporte diplomático

Abraham Weintraub
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O ministro da Educação, Abraham Weintraub, desembarcou, na manhã deste sábado (20/6), em Miami, nos Estados Unidos. Portador de passaporte diplomático pelo cargo que ocupa, uma vez que ainda não havia sido exonerado oficialmente, não teve dificuldades em ingressar em solo americano. A viagem foi confirmada por assessores do ministro e avisada por seu irmão Arthur Weintraub, no twitter esta manhã.

 

Frederick Wassef será afastado da defesa de Flávio Bolsonaro

Frederick Wassef
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O presidente Jair Bolsonaro decidiu seguir o conselho de amigos e manter distância de Frederick Wassef e isso significa, inclusive, buscar um novo advogado para Flávio. A avaliação de amigos do presidente é a de que Wassef não entregou ao presidente o que prometeu. Primeiro, não conseguiu buscar provas capazes de levar a Polícia Federal a uma linha forte de investigação sobre a hipótese de que Adélio Bispo não agiu sozinho quando esfaqueou o presidente durante a campanha. E, agora, com a prisão de Fabrício Queiroz numa casa de Wassef em Atibaia, a relação se tornou insustentável.

O filho 01 está em busca de um bom profissional da área criminal no Rio de Janeiro e pretende fechar o nome até segunda-feira, para não virar mais uma semana com a sombra da casa de seu advogado pairando no processo. Resta saber se o afastamento será suficiente para convencer os investigadores. Wassef até agora não apresentou uma versão para a presença de Queiroz na sua propriedade.

A posse do “armistício patriótico”

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A posse que marcou a chegada do deputado Fábio Faria (PSD-RN) no cargo de ministro das Comunicações teve a simbologia de parecer mais uma tentativa de buscar harmonia entre os três Poderes, em especial, pela presença do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que há tempos não comparecia a eventos desse tipo. “É hora de deixarmos as diferenças ideológicas de lado e unir esforços para derrotar o vírus que já ceifou milhares de vidas. É hora de pacificar o país”, disse o novo ministro, pregando o que chamou de “armistício patriótico”. O presidente Jair Bolsonaro falou pouco na posse, porém, deixou claro o que pensa: “Não são as instituições que dizem o que o povo deve fazer. É o povo que diz o que as instituições devem fazer” e ponderou que, “em que pese até não concordar com alguns artigos da Constituição, é compromisso de todos nós honrá-la e respeitá-la para o bem comum. Respeitando cada artigo da nossa Constituição atingiremos o bem comum”, afirmou o presidente.

Num cenário em que todos usavam máscara de proteção, lembrando que o país vive uma trágica pandemia causada pelo novo coronavírus, a presença de Maia e dos presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, e do Tribunal Superior de Justiça (STJ), João Otávio Noronha, era o recado de que os Poderes buscam a paz e que há atitudes politicas em curso nesse sentido. Porém, ainda não há certeza de que essa paz virá, tirando toda a tensão que não esteja diretamente relacionada à pandemia de covil-19. A ideia é a de que a colocação de limites para o inquérito das fake news, em votação hoje no STF, ajude a distensionar o ambiente.

O novo ministro das Comunicações, Fábio Faria, citou a necessidade de armistício patriótico, logo depois de citou os efeitos da pandemia, que “transformou as visitas pessoais e as comunicações”. Mencionou as aulas online, trabalho em home office, a telemedicina ampliada. “É prioritário fazer o processo de inclusão digital andar a passos largos. Ainda há uma grande parcela da população sem acesso a internet, milhões de crianças que não têm como acompanhar as aulas online e adultos sem ter como trabalhar remotamente.

Já Marcos Pontes, que agora cuidará apenas da Ciência e Tecnologia, deu um alento a todos a falar das pesquisas sobre a vacina para a Covid-19. Na plateia da posse, a esperança é a de que, além da vacina, venha a paz na seara política. Porém, essa paz hoje parece mais distante do que a sonhada vacina.

Bolsonaro recua em medidas para não perder eleitorado ainda fechado com ele

Bolsonaro
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Diante das críticas que começou a receber dos próprios aliados, e da queda de popularidade, o governo pisou no freio a fim de tentar retomar o ativo que mantém 30% do eleitorado fechado com o presidente Jair Bolsonaro: confiança. É quase um consenso na classe política, inclusive entre os fiéis escudeiros do governo, que o presidente não conseguiu acertar o passo na pandemia até este momento, e que isso tem corroído apoios entre a população.

Nas últimas 48 horas, foram três recuos. Primeiro, a divulgação dos números totais de casos da covid-19 registrados e de mortos –– algo que o governo informou nos bastidores, tão logo descobriu que o relator da ação sobre o tema, no Supremo Tribunal Federal, seria o ministro Alexandre Moraes. Depois, veio o retorno de R$ 83 milhões ao Bolsa Família. Por último, a reunião ministerial com transmissão direta pelo canal do YouTube da TV Brasil –– formato que Bolsonaro tinha dito que não faria mais, desde que o vídeo do encontro de 22 de abril foi aberto e o governo, mais uma vez, ficou na defensiva.

Até aqui, essas três iniciativas ajudaram a distensionar o ambiente político. A intenção é tentar reforçar o volume em favor do presidente para dar discurso a seus apoiadores nas redes e nas ruas. Aliados torcem para que a distensão “seja infinita enquanto dure”.

Pior impossível

Foi por água abaixo a intenção do governo de liquidar, esta semana, o julgamento da chapa Jair Bolsonaro-Hamilton Mourão, no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Além do placar de 3 a 2 a favor de novas investigações, quem pediu vistas foi justamente o ministro Alexandre de Moraes, guardião das informações a respeito do inquérito das fake news, no STF.

Quem com ferro fere…

A criação do Renda Brasil, anunciado por Paulo Guedes como o carro-chefe dos programas sociais do governo no pós-pandemia, será com um banho de loja no Bolsa Família, criado por Lula, e o ponto que falta para dar a Bolsonaro um discurso de atenção aos mais pobres. A ideia é, até o final do ano, tirar do mapa o nome Bolsa Família, marca das administrações petistas.

… com ferro será ferido

O plano do governo, de incluir no Renda Brasil os 38 milhões de “invisíveis” descobertos com a criação do auxílio emergencial, nesses tempos de pandemia, é usar a mesma ferramenta que os petistas lançaram. Dar uma repaginada, juntar programas e, assim, tirar de cena o governo anterior. Na época de Fernando Henrique Cardoso, era Bolsa Escola, na Educação; Vale Nutrição, na Saúde; e Vale Gás, em Minas e Energia.

Barulho geral/ O ministro do Tribunal Superior Eleitoral Sérgio Banhos precisou interromper por alguns minutos a leitura de um parecer, por causa dos fogos que adversários do presidente soltaram em frente ao TSE, por causa do julgamento da chapa Bolsonaro-Mourão. Os demais ministros simplesmente não conseguiam ouvi-lo na videoconferência. “São 20 pessoas, mas parece um réveillon no Rio de Janeiro!”, comentou o presidente Luís Roberto Barroso.

Ali, parece que o pior já passou/ Pelo menos no universo digital, a pandemia causada pelo novo coronavírus perdeu força. Há uma desaceleração na produção de conteúdos nas redes sociais, nos sites de mídia e nas buscas do Google, conforme levantamento da consultoria Bytes.

Só tem um probleminha/ Com o número de casos e de mortes em alta, o desinteresse vem cedo demais.

Bier Fass/ Mais um efeito colateral da pandemia na história de Brasília. O restaurante Bier Fass, do Gilberto Salomão, no Lago Sul, fechou as portas. Segundo os tradicionais frequentadores, é o único imóvel do centro comercial que não estava alugado a terceiros.

Na reunião ministerial, governo tentará mostrar que não perdeu a confiança na recuperação

Reunião ministerial recuperação econômico
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Depois de o Banco Mundial projetar, ontem, uma queda de 8% no Produto Interno Bruto do Brasil para este ano, o governo fará, hoje, uma reunião ministerial para tentar mostrar que não perdeu a confiança na recuperação. O ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, por exemplo, levará para o encontro o balanço da execução de R$ 3 bilhões em obras de rodovias, ferrovias e terminais portuários em plena pandemia, entre janeiro e maio deste ano. Valores superiores aos registrados no mesmo período do ano passado, no início do governo. O valor pode ser, inclusive, maior, porque esse montante se refere apenas ao que foi feito com o Orçamento da União. Além disso, recentemente, foi assinado o contrato para a execução da malha paulista no setor de ferrovia.

Em tempo: as entregas nessa área de infraestrutura não vão fazer de Tarcísio candidato a presidente, tampouco a governador, conforme alguns políticos comentam por aí. “Não vou me meter em política, não serei candidato a nada, nem filiado a partido político eu sou, nem serei. O que me dá satisfação profissional é o trabalho técnico”, diz.

Reunião contraponto

Sob o ponto de vista político, a reunião ministerial de hoje vem sob encomenda para o presidente Jair Bolsonaro tentar desfazer a imagem deixada por aquela de 22 de abril, marcada por palavrões e comentários de ministros que renderam, inclusive, ações na Justiça e do Ministério Público Federal.

Estamos trabalhando

No Palácio do Planalto, a expectativa é de que cada área apresente o que está sendo feito neste período de pandemia, de forma a tirar o governo do noticiário negativo em relação às mudanças na forma de divulgação do número de casos.

Me dê motivo

Aliás, a avaliação palaciana é de que essa mudança na divulgação dos dados da covid-19 no país só fez reforçar os adversários do presidente e a visão de que ele é autoritário no trato da gestão pública. Nos próximos dias, vão tentar alterar essa imagem. Resta saber se Bolsonaro conseguirá manter a fleuma e fugir de provocações.

O gerenciador de crises

Da parte da oposição, a ordem é tentar colar na testa do presidente que ele não está governando e apenas administrando as crises que envolvem seus filhos e aliados, inclusive as que o próprio Bolsonaro provoca. Uma das últimas foi a relacionada aos números de casos e mortes por covid-19, que gerou incômodos até dentro do próprio governo.

Estamos todos bem/ Assessores que acompanharam o presidente Jair Bolsonaro, no fim de semaa, quando ele foi cumprimentar as pessoas numa blitz da Polícia Rodoviária Federal (PRF), contabilizaram uma interação positiva por parte da população. Apenas uma das pessoas que interagiu gritou palavras de ordem contra a comitiva presidencial.

Patamar seguro/ A avaliação dos assessores é de que, enquanto Bolsonaro mantiver o apoio de 30% da população, não haverá movimentos mais contundentes para tentar derrubá-lo.

Segura a onda/ O ato virtual em defesa da democracia é um aviso ao presidente Jair Bolsonaro de que é preciso que ele lidere e baixe a bola de seus apoiadores no quesito ameaças aos poderes constituídos e às ações democráticas.

Bia versus Joyce/ Quando o Congresso voltar às sessões presenciais, será preciso escalonar a presença em plenário e manter distantes as deputadas Joyce Hasselmann (PSL-SP) e Bia Kicis, do PSL-DF. Bia é vista por Joyce como uma das principais adversárias no Parlamento.

Muito além das convenções/ Comemorada por especialistas, a implementação de convenções partidárias virtuais para a escolha de candidatos para a eleição deste ano, aprovada pelo TSE, é vista como um primeiro passo para se avançar no uso de tecnologias no pleito em meio à pandemia. Lara Ferreira, da Academia Brasileira de Direito Eleitoral e Político (Abradep), considera que os próximos passos incluem a adaptação das regras de alguns atos de campanha que envolvem aglomerações, como carreatas e comícios, aos protocolos de segurança e higiene da pandemia, como o uso de máscaras, limitação de pessoas e distanciamento mínimo.

Ministro da Infraestrutura fala em disputar a Presidência ou o governo do DF

O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, durante coletiva de imprensa no Palácio do Planalto
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Há quatro semanas, numa reunião social bastante reservada, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, saiu-se com esta: “No futuro, se eu não for candidato a presidente da República, posso disputar o governo do Distrito Federal.”

A resposta do ministro:”Não vou me meter em política, não sou candidato, nunca serei, nem filiado a partido político eu sou. E nem vou me filiar. Sou técnico e minha realização profissional está em poder realizar o meu trabalho técnico, de buscar soluções para a infra-estrutura do país. Jamais diria isso”.

Indicado do Centrão para o BNB é exonerado por causa de suspeita de irregularidades

O presidente Jair Bolsonaro e o então presidente da Casa da Moeda, Alexandre Borges Cabral, em maio de 2019 Foto:
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O novo presidente do Banco do Nordeste, Alexandre Borges Cabral, bateu um recorde na instituição: Menos de 48 horas no cargo. Indicado pelo Centrão para presidir a instituição, ele foi nomeado na última segunda-feira (1º/6), tomou posse na terça-feira (2/6) e, nesta quarta-feira (3/6), já foi afastado, por causa de suspeita de irregularidades nos tempos em que ainda era presidente da Casa da Moeda.

O comando do BNB ficará interinamente nas mãos do diretor financeiro, Antonio Jorge Pontes Guimarães Júnior, que é um nome do mercado. No comunicado emitido no final da tarde, Sérgio Brito Clark, responsável pela relação como investidores conforma que o BNB tomou conhecimento das notícias somente pela mídia e que “reitera seu compromisso de transparência e tempestividade de comunicação dos fatos aos seus acionistas”. O texto lista ainda o extenso currículo do diretor financeiro que agora presidirá o Banco. Está aberta a nova temporada de corrida ao cargo pelo Centrão.

Vídeo mostra que reuniões palacianas podem ser comparadas à conversa de boteco

Reunião ministerial de Bolsonaro com ministros
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Quem viu, garante: principal estrago do vídeo de 22 de abril será demonstrar que as reuniões palacianas podem ser comparadas à conversa de boteco ou um futebolzinho de várzea, com raríssimos talentos isolados.

Aqueles que imaginam ser esses encontros recheados de exposições bem fundamentadas tecnicamente e argumentos elegantes vão quebrar a cara. São raros os comentários nessa linha.

Desavisado

A reunião de 22 de abril foi a estreia do então ministro da Saúde, Nelson Teich, no colegiado. Quando o ministro da Casa Civil, Braga Neto, lhe passa a palavra, Teich se limita a dizer que era uma satisfação estar ali e que nunca havia participado de uma reunião ministerial.

Gato por lebre

Amigos de Teich garantem que o hoje ex-ministro saiu de lá meio chocado com a falta de compostura de parte da equipe de Bolsonaro, e assustado com o comportamento presidencial.

O corpo fala

A expressão do então ministro Sergio Moro era de “cara amarrada” e braços cruzados boa parte do tempo.