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Sem respostas eficientes na pandemia, Bolsonaro apostará popularidade na economia

Publicado em Política
Coluna Brasília-DF

Com a questão das vacinas e o combate à pandemia de coronavírus sem uma resposta eficiente por parte do governo, restará a Jair Bolsonaro dobrar a aposta na economia. Embora as expectativas sejam positivas em relação à recuperação ainda em 2021, as projeções da área política do governo são as de que os melhores resultados serão sentidos pela população em 2022, quando houver uma oferta maior de vacinas contra a covid-19 e remédios mais eficazes para combater a doença.

No Planalto, a sensação é a de que o presidente, ainda que tenha tropeçado no combate ao coronavírus, vai tentar se apresentar como aquele que venceu o desafio econômico. Nas lives, Bolsonaro tem dito, com razão, que a situação na economia seria pior se não fossem as ações governamentais. A partir dessa premissa, os bolsonaristas calculam que, se a recuperação vier com força, conforme aposta a equipe econômica, esse será o discurso da reeleição.

A volta

Antigos aliados do presidente não se conformam com a maneira como o capitão se reaproximou do PP, partido em que ficou por 11 anos e saiu da legenda depois de ouvir um “não” à sua candidatura presidencial. A agremiação dispensou o então deputado no passado por causa de “outros planos” e, agora, tem como plano A a filiação de Bolsonaro para apresentá-lo como o nome ao Palácio do Planalto no ano que vem.

Discurso de prefeitos está pronto

Pelo menos duas grandes cidades, Belo Horizonte e São Paulo, anunciaram que estão com seringas e todos os insumos para começar a imunização contra a covid-19 quando as vacinas chegarem. A maioria dos prefeitos, porém, vai jogar a falta de vacinas e todo o material necessário à aplicação no colo do governo federal.

Salve a popularidade aí, talkey?

Sem recursos para bancar mais um período de auxílio emergencial, e a covid-19 entrando em 2021 com 195 mil mortos até agora, o governo federal trabalha o projeto “minha primeira empresa”, que chegou a ser citado por Bolsonaro na última live. Além dele, vêm por aí iniciativas sociais, de forma a tentar aplainar o fim do benefício este mês.

O risco Senado

Enquanto a maioria dos políticos olha para a eleição da Câmara dos Deputados, o grupo mais afinado ao presidente olha com mais afinco para o Senado. É que, com Flávio Bolsonaro (Rerpublicanos-RJ) pressionado por causa das denúncias das rachadinhas, não dá para deixar a defesa relaxada na grande área do Conselho de Ética. Se puder reconduzir Jaime Campos (DEM-MT), essa será a aposta do governo.

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Os quatro cantos do PT/ Sem capitais para administrar nos próximos quatro anos, os petistas pretendem jogar holofotes sobre Diadema, Mauá, Contagem e Juiz de Fora. São as maiores cidades que o partido vai gerir nesta temporada.

O conselheiro/ Quem não parou na reta final de 2021, e nem vai parar nesse começo de ano, é o secretário de Fazenda de São Paulo, Henrique Meirelles. Nos últimos dias, não foram poucos os novos prefeitos que o procuraram em busca de conselhos e nomes para compor equipes. Do MDB ao PSB de João Henrique Caldas, JHC, o prefeito de Maceió.

O amigo dos amigos/ Fábio Ramalho (MDB-MG) se apresentará como candidato a presidente da Câmara. Tem dito que a eleição não pode ser pautada pelas vontades do Poder Executivo. Ele é, hoje, um dos grandes aliados de Bolsonaro. O deputado, que sempre patrocinava almoços e jantares nos tempos pré-pandemia, obteve 66 votos na última eleição. Hoje, ele tira de Arthur Lira e de Baleia Rossi.

Vou ali pegar um solzinho/ Depois de um 2020 para lá de difícil e da covid, é hora de uma pausa. Volto em 15 de janeiro para acompanhar o “clássico” que se tornou a disputa pela Presidência da Câmara e do Senado.