André Vargas em movimento

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Depois de ver vários colegas de cadeia irem para casa, ainda que com as tornozeleiras a título de acessório, o ex-deputado André Vargas, que foi secretário de Comunicação do PT, decidiu mudar de advogado e começar a trabalhar um acordo de delação premiada. Mais um para, ao lado do senador Delcídio do Amaral (PT-MS), deixar o governo e o partido preocupados.

Wagner e Picciani…

De nada adiantou o vice-presidente Michel Temer aconselhar a presidente Dilma Rousseff a se manter longe da briga dos peemedebistas pelo comando da bancada na Câmara. Ontem, o ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, e o ex-líder do PMDB Leonardo Picciani conversaram no aeroporto JK, em Brasília. Tratavam da filiação do deputado Altineu Cortes (PR-RJ) ao PMDB. A guerra em torno da liderança do PMDB volta na terça-feira.

Convocação incerta I

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, já avisou ao presidente do Senado, Renan Calheiros, que uma eventual convocação do Congresso Nacional não contará com o seu apoio. Cunha não pretende assinar nada nesse sentido. Logo, ou os congressistas não votam a Lei de Diretrizes Orçamentárias e tentam provocar a continuidade dos trabalhos “na marra”, ou a Casa vai entrar em férias mesmo.

Convocação incerta II

Outra forma de convocar é via aprovação pela maioria absoluta dos membros das duas Casas. Nesse caso, os deputados e os senadores elencam os assuntos relevantes e urgentes objetos da convocação e só podem deliberar sobre esses temas. Uma vez que Eduardo Cunha é quem faz a pauta da Casa e convoca as sessões deliberativas, esta saída para suspender o recesso também corre risco de fracassar.

Última fornada

Enquanto a Câmara continuará parada, o Senado vai votar o projeto de repatriação de recursos depositados lá fora, mas, para isso, só se o governo concordar com alguns vetos que os senadores estão elencando para apresentar à presidente Dilma Rousseff.

E o Conselho de Ética, hein?

Os integrantes dos partidos dedicados ao “fora Cunha” pretendem agora constranger os integrantes da tropa de choque de Eduardo Cunha no Conselho de Ética em suas bases eleitorais. Na Paraíba, são dois: Manoel Júnior, do PMDB, e Wellington Roberto, do PR, que ontem quase trocou sopapos com o deputado José Geraldo (PT-PA).

Renan relax/ O presidente do Senado, Renan Calheiros, saiu confraternização da casa do senador Eunício Oliveira (foto) às 6h30 da matina. Ficaram conversando ele, Eunício, o senador Lindberg Farias (PT-RJ) e alguns parentes de Eunício. Há tempos, não era o último a sair de uma festa.

Depois do barraco no jantar… / Alguns senadores vibraram com a descompostura que a ministra Kátia Abreu passou no senador José Serra. Alguns dizem que ele é conhecido pelos comentários meio atravessados travestidos de brincadeira. Dia desses, ele disse a uma moça: “Você está muito parecida comigo. Está com olheiras profundas”. A moça ficou muito sem graça.

… As recordações/ Dia desses, um assessor de senador que já trabalhou numa tevê jura ter ouvido de Serra o seguinte comentário: “Ainda bem que você está aqui. Televisão não é jornalismo”, recorda o assessor.

Quem conta um conto…/ Em conversas com colegas, o senador Eunício Oliveira tratava de minimizar a briga entre Serra e Kátia. Eunício contou que eles fizeram as pazes ali mesmo, cerca de 20 minutos depois de a senadora derramar vinho no terno do senador. E, segundo Eunício, ela nem atirou a taça, apenas o copo balançou e respingou um pouco na lapela esquerda de Serra. O que ficou sujo mesmo foi o tapete da d. Mônica, mulher do anfitrião.

Enquanto isso, num bar de Brasília…/ O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, é tema do primeiro concurso de cartaz político promovido pelo bar Objeto Encontrado, na 102 Norte, com o slogan #empurraqueelecai. O cartaz vencedor traz uma imagem de Cunha com chifres e a inscrição: “Livremo-nos do mal, nós vamos além”.

Agora é conta de chegada. E nas ruas

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Os 199 votos que o governo obteve em votação secreta para formação da Comissão Especial que analisará o pedido de abertura de impeachment deixaram o Planalto de cabelo em pé. A presidente Dilma Rousseff tem 28 votos de margem para tentar barrar a abertura. Os oposicionistas precisam de 70.

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O problema, entretanto, é que, quando chegar a hora da decisão final sobre o tema, ou seja, se a Câmara autoriza ou não o processo, a votação será aberta, no microfone central do plenário. Diante do voto transmitido pela tevê, a avaliação ontem era a de que, se o movimento de rua pró-impeachment for grande, a tendência é esses 28 votos minguarem. Por isso, os dois grupos, governo e oposição, planejam desde já percorrer o país.

Base unida
Se tem algo que une PMDB e PT hoje são as preocupações diante do que pode vir se o Ministério Público Federal fechar um acordo de delação premiada com o senador Delcídio do Amaral, que completa hoje 15 dias preso.

Picciani balança.E cai
O líder do PMDB, Leonardo Picciani, só se manteve no cargo ontem à tarde porque o governador Luiz Fernando Pezão o socorreu, mandando de volta para a Câmara os deputados Pedro Paulo e Marco Antônio Cabral, filho do ex-governador Sérgio Cabral. Assim, faltaram dois votos para que o grupo da oposição destituísse o líder. Picciani achou que a batalha estava vencida. Caiu logo depois.

Ministério por liderança
Os três deputados do PMDB de Minas Gerais recusaram a Secretaria de Aviação Civil: Newton Cardoso Júnior, Mauro Lopes e Leonardo Quintão. Se o grupo oposicionista conseguir destituir Picciani num futuro próximo, Quintão será o líder. Esse foi o jeito de os oposicionistas garantirem o apoio da bancada mineira.

“O que me preocupa é o mundo. Nada disso do que ocorre aqui hoje altera o preço da batata na feira”
Do deputado Miro Teixeira (Rede-RJ), referindo-se à disputa de poder que assola a Câmara dos Deputados, em especial, o PMDB.

E o Cunha, hein?
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, conforme antecipou ontem a coluna, ainda tem força. Hoje, haverá mais um movimento dos aliados dele no Conselho de Ética no sentido de tentar adiar a votação. Se conseguir, completará cinco semanas de enrolação.

CURTIDAS
Diálogos do povo/ “E aí? Vai querer nota legal?”, pergunta o responsável pelo caixa do estacionamento de um grande centro empresarial da cidade. “Nada! Sou sonegador. Tudo menos dar dinheiro para o governo.”

Versões/ Num grupo de WhatsApp, a liderança do governo tentou atribuir as urnas quebradas a seguranças da Casa que estariam a serviço de Eduardo Cunha. Diante de relatos da comentarista da CBN Rosean Kennedy, que narrou ao vivo na rádio CBN o deputado Afonso Florense tirando uma urna da parede e colocando-a virada sobre a bancada, a liderança do governo apenas registrou.

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De saída/ O ingresso do PDT de corpo e alma em defesa do mandato da presidente Dilma Rousseff levará o senador Reguffe (foto) a deixar a legenda. Para onde vai, entretanto, é um mistério. Há quem aposte que ele ficará um período sem partido, avaliando as opções.

Deixe sua mensagem após o sinal/ O ministro da Saúde, Marcelo Castro, bem que tentou falar com amigos dentro da bancada para ver se revertia alguns votos em favor da chapa 1, na qual estavam os mais governistas. Mas alguns nem sequer atenderam o telefone. No plenário, o deputado Osmar Serraglio (PMDB-RS) deixou propositalmente o celular no silencioso e não atendeu as ligações. “Hoje, não vou falar com ninguém para não precisar dizer não aos amigos.”

Eduardo Cunha ainda reina

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As últimas manobras em torno da comissão especial que analisará o pedido para abertura do impeachment da presidente Dilma Rousseff mostraram a muitos que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, não está tão morto politicamente como esperavam os palacianos. Sentindo-se renovado diante das discussões do processo contra Dilma, Cunha retoma o controle do processo, ao dar tempo para que os adversários do líder Leonardo Picciani (PMDB-RJ), favoráveis ao impeachment, montem uma chapa para concorrer contra os nomes indicados pelo líder para compor a comissão especial. Há um grupo que não descarta sequer montar uma lista para tentar destituir Picciani do comando da bancada.

A confusão criada no PMDB tem um segundo objetivo velado: evitar que o Conselho de Ética da Casa vote ainda esta semana o parecer do deputado Fausto Pinato (PRB-SP) que recomenda a continuidade do processo de perda de mandato contra Eduardo Cunha. O atual presidente da Câmara quer comandar impeachment de Dilma, de forma a coroar a vingança. E, diante das manobras em curso, há quem aposte que ele pode até conseguir esse feito, com ou sem conta na Suíça.

PSB na roda pró-impeachment
O líder do PSB, Fernando Filho (PE), participou da reunião fechada com o grupo pró-impeachment no gabinete de Mendonça Filho (DEM-PE). O deputado socialista é herdeiro politico do senador Fernando Bezerra Coelho, ex-ministro da presidente Dilma Rousseff. O PSB ainda não definiu que rumo tomará nesse processo contra a presidente.

Pressão sobre Temer
Os inúmeros elogios da presidente Dilma e de seus ministros ao vice-presidente Michel Temer são para forçar um posicionamento dele contra o impeachment. Quem conhece o vice, jura que essa declaração não virá. Aguardemos.

“Na atual conjuntura da Câmara, vaca não reconhece bezerro”
Do especialista Eliseu Padilha, ex-ministro da Aviação Civil

Na pauta
Depois de quase uma década, está previsto para amanhã o julgamento do empresário e ex-senador Luiz Estevão por envolvimento no desvio de dinheiro da construção do Tribunal Regional de São Paulo (TRT-SP). A 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) incluiu o processo na pauta da sessão extraordinária convocada pela ministra Rosa Weber.

Independentes S.A.
Entre os deputados indicados para a comissão especial do impeachment dentro do PMDB, pelo menos José Priante e Washington Reis têm apadrinhados no governo. A bancada do Rio indicou os diretoras das Docas do estado e Priante fez parte do grupo que indicou os integrantes da Codesp, as Docas de São Paulo. Isso sem contar os cargos no Pará.

CURTIDAS

Novo quartel general/ As salas onde funcionam a liderança do Democratas, vizinhas do gabinete do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, viraram o bunker do grupo pró-impeachment. Ontem, lá estavam, além dos integrantes do DEM, peemedebistas, tucanos, pepistas, representantes do Solidariedade e até socialistas.

“Eu peitei ele!”/ Quem chegou à sala de reuniões na maior felicidade foi o deputado Júlio Lopes (PP-RJ). Aliado de Eduardo Cunha, ele falava para quem quisesse ouvir: “Fui falar com o Leonardo Picciani e peitei ele: Se não for correto, 4 a 4, vou fazer campanha contra você!”. Referia-se aos votos contra e pró-impeachment no rol de indicados do PMDB. Ora, ora… Quem diria… O PP “peitando” o PMDB…

Enquanto isso, no grupo de ministeriáveis…/ O deputado Carlos Marun (PMDB-MS) é direto quando perguntado sobre a consulta para ingressar no governo Dilma: “Consultei minha mãe, d. Dica; minha mulher, Luciane, e elas não me autorizaram a assumir cargo no governo Dilma”, diz ele, um dos nomes da chapa alternativa para a comissão especial pró-impeachment.

Detalhes/ A carta de demissão do ministro Eliseu Padilha é de 1 de dezembro, terça-feira. O protocolo palaciano, deu-se na quinta-feira. Ele agora ocupará uma mesinha na presidência do PMDB. Em tempo: Foi assim que, em menos de um ano, ele se viabilizou para ser o nome do partido ao Ministério dos Transportes do então presidente Fernando Henrique Cardoso.

Primeiro round

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Nas conversas com os líderes partidários ao longo do fim de semana, o governo pede que as indicações dos integrantes da comissão especial que analisará o processo de impeachment se baseie em dois pilares: lealdade à presidente Dilma Rousseff; e capacidade de enfrentamento. O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), por sua vez, tem feito apelos para que os líderes de partidos aliados indiquem aqueles em quem o governo não pode confiar plenamente.

Segundo round
Os parlamentares opositores ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha, estudam com uma lupa o regimento da Casa e do Congresso para tentar incluir o funcionamento do Conselho de Ética numa possível convocação da Casa para trabalhar no período do recesso. Afinal, dizem alguns, não dá para tratar apenas do impeachment e deixar o processo contra Cunha parado no colegiado.

Pânico no Ceará
A perspectiva de delação premiada dos executivos da Galvão Engenharia, condenados esta semana na Lava-Jato, deixou muita gente à base de calmantes em Fortaleza.

O imponderável
Em meio a toda a confusão envolvendo os processos de impeachment e o julgamento de Eduardo Cunha, tem ainda a Lava-Jato que não está parada esperando a chegada de Papai Noel. Há quem diga que o tal japonês fará novas visitas
em breve.

Tempo & personagens
A pressão da oposição pelo recesso tem um ingrediente que vai além do agravamento da crise econômica. É que, em fevereiro, tem troca de comando em diversas lideranças partidárias, em especial, no PMDB, onde hoje Leonardo Picciani (RJ) joga a favor da presidente Dilma Rousseff.

Jogo de empurra
Desde que saíram as notícias de que o executivo da Andrade Gutierrez optou pela delação premiada, a responsabilidade final pela construção do estádio Mané Garrincha pula de mão em mão. Os petistas começaram a dizer que o assunto era da lavra dos peemedebistas e vice-versa.

E o Delcídio, hein?/ Numa deferência ao senador Delcídio do Amaral (MS), suspenso do PT na sexta-feira, policiais deixaram que ele assistisse à sessão de seu julgamento no Senado, no dia em que foi preso. Ele estava crente que seus “amigos” peemedebistas na Casa ajudariam a tirá-lo da cadeia. Ao ver o resultado, percebeu que estava sozinho. A um amigo, desabafou: “O PMDB não é amigo de ninguém”.

Ô homem difícil!/ Não é só o ex-ministro da Aviação Civil, Eliseu Padilha, que diz não conseguir falar com o ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, que está cheio de atribuições no governo, inclusive a coordenação de ações interministeriais para conter a proliferação do mosquito da dengue, da chikungunya e zika vírus. O deputado Osmar Terra (PMDB-RS) tenta há semanas marcar uma conversa sobre esse tema e não recebe sequer retorno.

R$ para o DF/ Relator da parte do Orçamento de 2016 que engloba o Poder Judiciário, o deputado Danilo Forte (CE), do PSB, mesmo partido do governador Rodrigo Rollemberg, reservou R$ 25 milhões para a construção da sede do “Polo da Justiça, Cidadania e Cultura” do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT).

Façam suas apostas/ Faz parte do cardápio dos almoços e jantares, em Brasília, enquetes com a pergunta: quem cai primeiro: o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, ou a presidente Dilma? Cunha “vence” essa corrida por uma pequena margem. Se Dilma vai ultrapassá-lo, o tempo dirá.

O reino do toma lá dá cá

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Governo e o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), jogam a partir de hoje a batalha da vida política. Cunha oferece à oposição os votos de seu grupo em prol do impeachment de Dilma em vários partidos aliados. Em troca, pretende manter o mandato. O governo, conforme já antecipou a coluna há alguns dias, sentia a iminência da apresentação do pedido de impeachment e já contava os votos, sondando deputados sobre cargos e emendas.

Bateu temor
Entre os parlamentares crescem as desconfianças de que o líder do PSC, André Moura, gravou a conversa que teve com o ministro da Casa Civil, Jaques Wagner. Ele nega.

Colégio de líderes
Muitos comandantes de bancada já se escolheram para compor a comissão especial encarregada de dar parecer sobre o pedido de abertura de processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff. O primeiro foi o do PMDB, Leonardo Picciani (RJ).

Prévia
A eleição dos integrantes da Comissão Especial que analisará o pedido de abertura de processo contra impeachment de Dilma Rousseff tende a se transformar numa disputa igual à escolha dos membros da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados. Todos os lados vão tentar influir nas indicações. Quem não conseguir poderá apresentar candidatos avulsos no plenário.

Tropeço na largada I
As duas primeiras ações do governo na batalha do impeachment foram atabalhoadas. O primeiro foi forçar a aproximação com o vice-presidente Michel Temer. O segundo foi o recurso ao Supremo Tribunal Federal que, ao cair nas mãos de Gilmar Mendes, fez o governo correr.

Tropeço na largada II
Quanto a Michel, seus mais fiéis escudeiros refutam a declaração de que ele teria dito à presidente Dilma que o pedido de impeachment não teria lastro jurídico. “Estão querendo colocar a assinatura dele num parecer que ele não deu”, afirmava ontem um de seus maiores aliados.

Separados/ Aliados do vice-presidente Michel Temer apostam que ele evitará a foto ao lado da presidente Dilma Rousseff como um dos defensores do mandato dela. Ontem, por exemplo, o vice, chamado, voltou do aeroporto, conversou com a presidente e voou novamente para São Paulo. Hoje, vai ao Espírito Santo. Só retorna a Brasília na terça-feira.

Afinados/ Assim que saiu da convenção do DEM ontem em Brasília, o prefeito de Salvador, ACM Neto (foto), foi se reunir com o presidente do PSDB, senador Aécio Neves. Ambos tratam dos termos de um possível acordo com o PMDB em prol do impeachment.

Por falar em DEM…/ O DEM finalmente começa a resgatar sua história dos tempos de PFL. Na convenção, homenagens ao ex-vice-presidente Marco Maciel, representado pela esposa, Ana Maria Maciel, e seu filho João.

Enquanto isso, em Israel…/ Integrante da comitiva de parlamentares brasileiros em Tel Aviv, o deputado Izalci Lucas (PSDB-DF) ouviu críticas do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu ao governo brasileiro. Diz Netanyahu que, por diversas vezes, tentou estabelecer relações comerciais com o Brasil, mas as autoridades do Executivo não lhe deram resposta.

O canto do cisne

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O anúncio de que o pedido de abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff será analisado pela Câmara foi recebido por deputados de todos os partidos como a maior demonstração de que o presidente da Casa, Eduardo Cunha, não tem mais onde buscar os votos para tentar escapar de responder por quebra de decoro perante o Conselho de Ética, com risco de cassação do mandato. Sem o PT, a admissibilidade do processo de cassação de mandato por quebra de decoro virá cedo ou tarde.

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Ontem, no início da tarde, Cunha estava irado com os petistas. Há relatos de que telefonou para o presidente do Senado, Renan Calheiros, pedindo que começasse logo a ordem do dia do Congresso. Queria, assim, deixar a votação do parecer de Fausto Pinato para a semana que vem. Agora, ele espera passar a penumbra para ver o que é possível fazer até a próxima terça-feira, quando o Conselho volta a analisar o caso.

Tudo ou nada
Com as notícias de chantagem correndo soltas na terça-feira, o senador Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE) fez correr um documento entre os senadores propondo que se enfrentasse logo este processo de impeachment. “É melhor passar logo por isso do que ficar com esta espada de Dâmocles sobre a cabeça”, dizia a senadora Lídice da Mata (PSB-BA), que ajudava a coletar as assinaturas no início da noite.

Outros campos
Sem os votos do PT, Eduardo Cunha se preparava ontem para procurar o prefeito da Bahia, ACM Neto, para ver se o antigo colega de Câmara poderia ajudar a virar o voto do deputado Paulo Azi (DEM-BA). Há quem diga, entretanto, que o prefeito não deseja conversa que o deixe atrelado a Cunha.

Rio em foco
Os deputados estão preocupados. Temem que o número de casos de microcefalia registrados no Rio estejam subestimados para não afastar os turistas que pretendem visitar a cidade na virada do ano e nas Olimpíadas de 2016.

Vai uma força aí
Entre os deputados, há quem aposte que o presidente do Senado, Renan Calheiros, fará o que puder para dar uma mãozinha a Eduardo Cunha no sentido de adiar votações no Conselho de Ética. Tudo porque Renan sabe que será o próximo da lista de desgaste, se ou quando Cunha cair.

CURTIDAS
Corrida maluca/ A pergunta ontem, no início da noite, no salão azul do Senado, era “quem cai primeiro: Eduardo Cunha ou Dilma?” Já há quem diga que, com ele, o impeachment não vai. E, com ela, a economia não decola.

Holofotes & penumbra/ Os peemedebistas adversários da presidente Dilma não escondiam a felicidade com a tramitação do pedido de abertura do processo de impeachment. Diziam que, agora, as tevês só vão tratar disso, assim como as manchetes dos jornais. “Eduardo Cunha agora vai ficar mais sossegado, com o PT correndo atrás do prejuízo e deixando de falar dele”.

[FOTO2]
Nós nos demos bem/ Os congressistas do PSDB e do DEM comemoravam a apresentação do pedido de impeachment para análise na Câmara. Ficaram contra Eduardo Cunha e ainda conseguiram o que queriam. “Eu não vou mudar de posição”, afirmou o líder do DEM, Mendonça Filho (PE) (foto), referindo-se à defesa do afastamento de Eduardo Cunha do cargo.

Posse na ADPF/ Os delegados da Polícia Federal estarão em peso hoje em Brasília. Calma, pessoal. Até nova ordem, não se trata de nenhuma nova fase da Lava-Jato. É simplesmente a posse do novo presidente da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal, Carlos Eduardo Sobral.

3 por 300

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Denise Riothenburg

3 POR 300
Aliados de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) comentavam ontem à boca pequena que o governo Dilma Rousseff terá que escolher: Ou controla os três deputados do Conselho de Ética, fazendo com que eles votem em favor de uma simples censura pública ao presidente da Câmara sugerida pelo deputado Wellington Roberto (PR-PB), ou terá que controlar 300 contra o impeachment da presidente da República no futuro próximo. Os petistas, que ao longo do dia pendiam entre um voto e outro, temem ser o salvo=-conduto de Cunha e, depois, ele não cumprir a parte dele no acordo.

O jogo…
A ideia de Eduardo Cunha com o voto em separado por Wellington Roberto é evitar que o parecer de Fausto Pinato (PRB-SP) seja objeto de recurso ao plenário. É que, se o parecer do relator for derrotado, não cabe recurso ao colegiado maior.

…Vai parar na Justiça
O voto em separado de Wellington Roberto corre o risco de não prosperar e parar na Justiça. É que , nessa fase do processo, não cabe escolher a penalidade e sim definir apenas se admite ou não avaliar investigar o deputado envolvido.

O que interessa
Ao se reunir ontem com seus ministros pela manhã, antes do encontro com os líderes, a presidente Dilma foi direta: “Quero saber é como estão as ações para acabar com o mosquito, os casos de microcefalia e o PLN 05”. Assim, tirou logo cedo da pauta temas como Eduardo Cunha, Delcídio do Amaral e impeachment.

“O fato de Eduardo Cunha se dizer portador da decisão sobre o impeachment da presidenta não pode fazer dele um homem-bomba, que assuste o país e o PT. Contra ele, há provas e indícios contundentes. Contra Dilma, não”
Do ex-líder do governo deputado Henrique Fontana (PT-RS).

Razões
PSDB e DEM decidiram não assinar a representação contra Delcídio do Amaral no Conselho de Ética por um motivo muito simples: quem assina não pode relatar o processo. E ali tem muita gente interessada em ser o algoz do senador petista.

CURTIDAS

Silvio Costa faz barulho…/ O deputado Silvio Costa saiu furioso do Conselho de Ética e, ao chegar no café, encontrou logo o deputado Luís Carlos Hauly (PSDB-PR), sentado à mesa com Heráclito Fortes (PSB-PI), Marco Maia (PT-RS) e Arlindo Chinaglia (PT-SP). Foi logo dizendo: “Vão salvar o Eduardo Cunha. Esse voto em separado é a maior indignidade que já vi na vida”.

… e ganha apoio dos tucanos/ Hauly, então, comentou: ´É um caso raro em que eu concordo com o Sílvio”. Sílvio, que perde o amigo, mas não a piada, brincou: ”É que eu estou sempre certo e você, raramente acerta!” Foi uma risada geral.

Tendência/ Deputados comentavam á boca pequena que o Congresso não deixaria de aprovar a mudança da meta fiscal por um simples motivo: Dilma disse na reunião “ter dinheiro, mas não poder usar por causa da meta”. “Então,vamos dar a meta para liberar as emendas”, resumiu um lider aliado ao governo.

“Jader e ACM”/ Um senador comparava ontem a situação da presidente Dilma Rousseff e do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) ao duelo entre Jader Barbalho(PMDB-PA) e Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), no ano 2000. No confronto direto, o que chegou primeiro ao cadafalso puxou o outro. Caíram os dois.

Petistas sob pressão

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Enquanto Eduardo Cunha tenta jogar para obter os votos do PT hoje no Conselho de Ética, a bancada caminha em sentido contrário. Se os três petistas que integram o Conselho votarem a favor de Eduardo Cunha, ou seja, contra o parecer de Fausto Pinato pela continuidade do processo, o PT da Câmara viverá um racha público. Tem um grupo disposto a ir à tribuna contra os colegas de partido. A maioria da bancada não aceita a hipótese do voto com Cunha.

Atirou no que viu…
Quem estava no plenário, não se esquece: na campanha para presidente da Casa, Arlindo Chinaglia (PT-SP), cansado do que considerava à época provocações de Eduardo Cunha sempre atacando o Partido dos Trabalhadores de maneira generalizada, defendeu-se com esta: “Nós aqui somos julgados pelo que falamos pelo que propomos e pelas emendas e medidas provisórias que fazemos ou deixamos de fazer”.

… e acertou no que não viu?
Muitos peemedebistas consideram a frase um ataque direto ao então candidato Eduardo Cunha. Depois disso, em 30 de janeiro, durante uma entrevista, Chinaglia foi ainda mais incisivo. A propósito de um mandato de “altivez” e “independência” prometido por Cunha, Chinaglia comentou: “É só pesquisar as Medidas Provisórias para ver onde é que essa altivez acaba. Queremos um Parlamento que tenha de fato a independência para atender ao povo brasileiro. Não apenas para fazer um discurso que acaba no dia seguinte da eleição, basta chegar em algum tipo de acordo”.

Enquanto isso, no Senado…
Os senadores do PT sentiram o baque de ter votado pelo relaxamento da prisão de Delcídio do Amaral (PT-MS). Choveram e-mails reclamando e os petistas decidiram que, daqui para frente, tudo vai ser diferente.

Desastre natural é a…
O decreto presidencial que considerou o rompimento de barragens como desastre natural começa a ser objeto de uma queda de braço na Câmara. Um grupo capitaneado pelo deputado Evair de Melo (PV-ES) tenta suspender seus efeitos. Num momento em que as vítimas buscam punição dos responsáveis pela tragédia, não dá para colocar a culpa em São Pedro.

Atenção ambientalistas!
O fato de a União e os estados de Minas Gerais e Espírito Santo cobrarem R$ 20 bilhões das mineradoras levou muitos parlamentares a pensar na derrubada daquele veto, que permitirá a todos esses entes federativos usar os recursos depositados judicialmente. Do jeito que os governos estão ávidos por recursos para fechar as contas, esses R$ 20 bilhões pedidos por eles podem ter outras finalidades que não a recuperação das áreas afetadas. Vale (do verbo valer) ficar de olho.

Outras guerras/ O deputado Júlio Delgado (foto) não comparecerá hoje à sessão do Conselho de Ética destinada a votar o parecer do deputado Fausto Pinato (PRB-SP) contra Eduardo Cunha. Delgado integra a comitiva do Parlamento brasileiro a Israel e ontem estava na Faixa de Gaza. Há quem diga que esteja se preparando para o que vem por aí.

Velhas batalhas/ Aliados de Eduardo Cunha pensavam em pedir a suspeição de Delgado caso ele votasse hoje no parecer de Pinato. Delgado não vota, mas, quando voltar de Israel, espera participar de toda a instrução do processo.

Jabuti platinado/ Com a emenda supressiva que Eduardo Cunha apresentou para a MP 608, alguns deputados ironizavam ontem a necessidade de definir as variações dos jabutis: há os que tentam retirar benefícios já inclusos nas MPs que depois serão degolados. Esses são os jabutis platinados, que não geram luz própria. Os que tentam colocar benefícios em favor de algum setor são os jabutis dourados, defendidos até o fim por seus autores. A que ponto chegamos, leitor…

Te cuida, Alexandre Nero!/ Os senadores voltaram para Brasília essa semana impressionados com o número de eleitores que lhes disseram ter visto pela TV Senado a sessão da Casa que decidiu pela manutenção da prisão de Delcídio Amaral, na semana passada. A novela da vida está muito mais atraente do que a da ficção.

Cunha vai “embolar” tudo

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Aliados do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, foram informados de que ele aproveitará a prisão do líder do governo, Delcidio Amaral (PT-MS), para fazer caminhar já na próxima semana o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Assim, Cunha, que também está enroscado na Lava Jato e no Conselho de Ética da Câmara, espera obter algum alento junto aos oposicionistas e, ao mesmo tempo, tirar do governo o discurso de que o pedido de impeachment não passa de vingança por não ter todos os votos do PT no Conselho.

E tem mais: Embora Cunha saiba que o envolvimento de Delcídio no episódio nada tem a ver com os pedidos de impeachment presidente Dilma, o cidadão comum pode achar que os dois casos estão ligados. Assim, enquanto o governo e a imprensa se distraem com o pedido de impeachment em curso, Cunha acredita que terá mais espaço para tentar salvar a própria pele no Parlamento.

Apartados
O fato de a maioria dos senadores do PT e do PMDB seguirem caminhos opostos na votação que referendou a prisão do senador Delcídio Amaral (PT-MS) foi visto como um prenúncio do que vem por aí no futuro: as duas legendas cada vez mais distantes. Além da vontade de tirar o assunto do colo do Senado, houve a clara sensação entre alguns petistas de que o PMDB aproveitou o episódio para ensaiar a sua carreira solo. Vale conferir ao longo dos próximos meses.

Diferenças I
Senadores do Democratas se preparam para tripudiar em cima do PT, caso alguém faça alguma cobrança em plenário. Vão dizer que, no caso do ex-governador do Distrito Federal José Roberto Arruda, flagrado num vídeo recebendo dinheiro, o DEM logo o expulsou do partido. Delcídio, preso, obteve a solidariedade de seus colegas de bancada numa votação em plenário.

Diferenças II
Senadores e deputados lembravam ontem que o presidente do Senado, Renan Calheiros, soube ganhar pontos ao acolher o recurso da oposição e submeter ao plenário a decisâo final sobre o voto aberto ou fechado sobre o caso Delcídio. Já o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, tem perdido terreno justamente por tentar a todo custo fazer prevalecer a sua vontade.

Missão espinhosa I
O governo terá dificuldades em escolher um novo líder na bancada petista. A maioria teme ficar sob holofotes e virar alvo de desgaste. Os ministros palacianos já foram informados que a melhor saída é buscar um comandante para o governo em outro partido governista.

Missão espinhosa II
Outro fator que desanima os petistas é o tempo fechado previsto para 2016. Ninguém quer ser líder de um governo enfraquecido e se ver obrigado a defender aumento de impostos, como a CPMF, e medidas impopulares, que certamente virão. Com Joaquim Levy ou sem ele.

CURTIDAS

Mui amigo…/ Assim os senadores petistas têm se referido ao presidente do PT, Rui Falcão. Ele em nenhum momento consultou a bancada antes dispensar qualquer solidariedade ao senador Delcídio Amaral. Muitos só souberam quando o senador Ronaldo Caiado (DEM-GO) leu a nota do Partido dos Trabalhadores em plenário.

Pensando bem…/ O PT está virando uma casa onde falta pão: Aquela em que todo mundo briga e ninguém tem razão.

Quanto mais passa, pior fica/ Quanto mais tempo a presidente Dilma Rousseff leva para se pronunciar sobre a prisão do seu governo, mais a oposição cobra a impressão de que quem cala consente.

O verdadeiro front/ O deputado Raul Jungmann (PPS-PE) sai temporariamente de cena da Frente Parlamentar pelo Controle de Armas e da PEC das reformas das polícias para conhecer de perto outras batalhas. Ele desembarca hoje em Tel-Aviv, para participar de um seminário para líderes políticos brasileiros, a convite do primeiro ministro israelense, Benjamin Netanyahu. A agenda inclui visita ao Centro de Pesquisa e Desenvolvimento Agrário de Israel e até um corajoso sobrevôo de helicóptero na fronteira com a Síria.

A onda do STF

Publicado em coluna Brasília-DF

As gravações de conversas de Delcídio do Amaral (PT-MS), incluindo uma menção ao vice-presidente da República, Michel Temer, e trechos como aqueles sobre pressões a ministros do Supremo Tribunal Federal para pedir alguma ação em prol dos enroscados na Lava-Jato vão servir de divisor de águas. Até aqui, ainda havia alguma esperança de alívio, apesar do rigor jurídico do ministro Teori Zavascki. Agora, há uma sensação geral entre senadores e deputados de que acabou qualquer clemência com os envolvidos. Afinal, o STF não quer passar a ideia de que aceita pressão. Fim do recreio e, pelo que se comenta nos bastidores, até das conversas. Aos envolvidos, o rigor da lei e um pouco mais.

A onda do Senado
O discurso de Renan Calheiros antes de abrir o processo de votação, com o alerta para o fato de que os senadores não estavam julgando os diálogos de Delcídio, deu a todos a sensação de que o presidente do Senado torcia para o plenário decretar a liberdade do senador. Afinal, ali tem um grupo com temor de seguir o mesmo destino do petista.

Pais & filhos
Da mesma forma que o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa optou pela delação premiada para que não houvesse qualquer ação sobre suas filhas, o empresário José Carlos Bumlai terminará recorrendo a esse recurso para salvar os seus. Há quem diga, por exemplo, que a condução coercitiva dos rebentos na última terça-feira foi um aviso: ou o paizão fala, ou os pimpolhos vão lhe fazer companhia em breve.

Sem saída
No meio da tarde, os senadores já haviam decretado o fim político do senador Delcídio do Amaral. Ainda que ele conseguisse escapar da prisão, a aposta era a de que, em breve, Delcídio responderá por quebra de decoro no Conselho de Ética do Senado, que, aliás, sequer foi instalado. Ou renuncia, ou terá um longo calvário. E, se renunciar, estará nas mãos de Sérgio Moro.

Desesperado
Quem acompanhou o dia-a-dia do senador nas últimas semanas percebeu que ele andava à flor da pele. Chegou inclusive a procurar advogados com trânsito no Supremo em busca de ajuda, mas não obteve.

Acordes finais
Enquanto os senadores discutiam o caso Delcídio, o líder do governo na Câmara, José Nobre Guimarães (PT-CE), aproveitava para tentar combinar a votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias e o ajuste da meta fiscal (PLN 05) para a próxima terça-feira. Depois dessa confusão de Delcídio, todos querem sair logo de recesso.

A volta das vuvuzelas/ Um pequeno grupo de manifestantes voltou a fazer barulho no Senado. Desta vez, não era por causa do aumento dos salários do Judiciário, uma vez que o veto presidencial foi mantido. A barulheira era para manter Delcídio na cadeia.

Chocado/ No início da noite, um grupo de deputados foi acompanhar in loco a sessão do Senado que decidia sobre a prisão do senador. Na sala de café dos senadores, com a transcrição dos diálogos de Delcídio em mãos, o deputado petista pelo Rio Grande do Sul Paulo Pimenta (foto) virava as páginas e fazia aquela expressão de tsc-tsc a cada parágrafo.

Ávido por notícias/ De seu gabinete, o ministro dos Portos, Helder Barbalho, telefonou para o pai, senador Jader Barbalho, para saber como estavam as coisas no Senado. Lá pelas tantas, pergunta: “Alguma outra novidade?” Eis que o senador responde: “E você ainda quer mais?!!!”

Para relaxar…/ Em meio à perplexidade com os diálogos do líder do governo, assessores do Planalto não perderam o bom humor, nem o sentimento de disputa com o PSDB: “Finalmente, prenderam um tucano!”, afirmavam. Referiam-se à proximidade do senador com o PSDB, que, aliás, no passado fez vários convites para Delcídio trocar de legenda.

E o Cunha, hein?/ Há alguns meses, Eduardo Cunha reclamava que o Ministério Público era menos rigoroso com o senador Delcídio do Amaral. Ontem, ele certamente mudou de ideia.