Equipe de Bolsonaro mapeia universidades para tentar influir na escolha de reitores

Universidades
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Coluna Brasília-DF / Por Denise Rothenburg

Universidades na mira

A equipe de Jair Bolsonaro está mapeando os mandatos dos reitores das universidades federais. A ordem é tentar influir na composição das listas tríplices que saem das comunidades acadêmicas, para que o presidente da República escolha os novos reitores, e não deixar essas instituições como foco de manifestações contra o futuro governo, antes mesmo de o presidente eleito começar a governar.

Quando houve a troca de comando na Universidade de Brasília (UnB), que ontem viveu um novo dia de manifestações contra e a favor de Bolsonaro, o presidente Michel Temer foi aconselhado a não escolher a primeira da lista, Márcia Abrão. Porém, seus principais assessores o aconselharam a não mexer “em casa de marimbondo”. Resta saber, agora, se Bolsonaro, recém-eleito e com a caneta carregada de tinta, adotará a mesma postura. Até aqui, conforme a coluna apurou, ele não decidiu o que fará nessa seara. Mas as datas de substituição dos reitores já estão no radar.

O que o PT separou…

O Supremo Tribunal Federal (STF) marcou para esta quarta-feira o julgamento em plenário da liminar que a ministra Cármen Lúcia concedeu no último sábado, a fim de garantir a livre manifestação nas universidades públicas. A ideia é acolher a decisão da ministra por unanimidade.

…Bolsonaro vai unir

Conforme já foi dito aqui, será a forma de os ministros do STF reforçarem a defesa dos preceitos democráticos. Para um plenário onde os ministros só faltaram partir para os sopapos, a reunião desta quarta-feira promete ser um momento histórico.

O livre mercado vem aí

A Associação Brasileira de Comercializadores de Energia Elétrica (Abraceel) levará uma carta ao governo de transição pedindo o que chamam de “portabilidade da conta de luz”. A ordem é adotar o mesmo que é feito hoje na telefonia. No caso do DF, a distribuição continuaria com a CEB, mas a geradora de energia poderia ser escolhida.

Deixa decantar

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, não terá o apoio automático do PSL à reeleição. Afinal, Jair Bolsonaro não quer brigar com aliados de outros partidos que postulam o cargo. A ordem é esperar e ver quem agrega mais apoios. Afinal, se entrar errado nessa disputa, a ampla base que ele espera montar não vai durar seis meses.

Deixa decantar II

O primeiro teste de Maia, aliás, será a reforma previdenciária, que Bolsonaro pretende começar a votar ainda este ano.

CURTIDAS

O corpo fala/ Quem conhece o presidente eleito, Jair Bolsonaro, e acompanhou as entrevistas dele às redes Record e Globo, ontem à noite, percebeu que ele não consegue disfarçar incômodos. Na Record, o capitão reformado respondeu a perguntas semelhantes, de forma leve. Na Globo, o mal-estar foi percebido no olhar.

Enquanto isso, no PT…/ A nota que Ciro Gomes (foto) divulgou nas redes sociais foi vista como um recado de que, por enquanto, não há clima para o PT formar um bloco com o PDT na Câmara.

… a hora é de curar as feridas/ Porém, não sem disputa interna. Embora muitos deputados tenham se referido a Fernando Haddad como um novo líder no partido, as alas que abrigam nomes como o de José Guimarães e o da atual presidente, Gleisi Hoffmann, não vão abrir espaço de poder.

Muita calma nesta hora/ Quem vê o PT nessa tristeza e o perigo de retomada da disputa interna não deixa de mirar o exemplo do PSDB, que deixou o governo em 2003 e se prepara para viver a sua maior crise interna. Há receio de que o mesmo ocorra com o partido de Lula.

Após condenação, Fraga articula votação do projeto de abuso de autoridade

Abuso de autoridade
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Coluna Brasília-DF / Por Denise Rothenburg

Ministério Público e juízes que se preparem. Parlamentares que foram alvo de condenações e pedidos de abertura de inquérito e indiciamentos ao longo do processo eleitoral voltaram do pleito dispostos a trabalhar para aprovação do projeto de abuso de autoridade ainda este ano. “Eu pedi ao Rodrigo (Maia) que coloque o assunto em pauta”, disse à coluna o deputado Alberto Fraga (DEM-DF).

Fraga sabe do que está falando. A menos de duas semanas do primeiro turno, a Justiça do Distrito Federal condenou o então candidato a governador a quatro anos de prisão em regime semiaberto por prática de crime de concussão — exigência de vantagem indevida em razão do cargo.

De acordo com o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), ele exigiu e recebeu R$ 350 mil em propina para assinar contratos entre o GDF e uma cooperativa de micro-ônibus em 2008, quando era secretário de Transportes do governo Arruda. Tucanos, petistas e emedebistas também se viram às voltas com processos no período eleitoral. Se eles se juntarem, aprovam fácil.

DEM, o primeiro a chegar

Antes mesmo de o eleitor ir às urnas escolher o próximo presidente da República, o DEM já aportou com mala e cuia na porta de Jair Bolsonaro, oferecendo a chamada governabilidade em troca da sobrevivência.  Em 1993, quando comprou a candidatura de Fernando Henrique Cardoso como quem adquire um apartamento  “na planta”, o então PFL ofereceu os votos para aprovar o Plano Real. Agora, sem tantos votos assim, oferece o verniz de um presidente da Câmara afeito ao diálogo, Rodrigo Maia.

Melhor pegar

Bolsonaro já foi avisado de que, diante do climão entre o candidato e os ministros do Supremo Tribunal Federal depois das declarações de Eduardo Bolsonaro, o melhor é o PSL apoiar Rodrigo Maia para presidente da Câmara e não criar marola nestes primeiros dois anos. Assim, ganha algum lastro maior no Parlamento enquanto busca fazer pontes com o Judiciário.

Questão de tempo

A nova pesquisa Ibope na cidade de São Paulo, onde Fernando Haddad apareceu com 51% e Jair Bolsonaro, com 49%, deixou os aliados do petista com a impressão de que, se houvesse mais tempo de campanha, seria possível repetir a dose no interior, onde Bolsonaro lidera com folga.

Questão de engajamento

Bolsonaro sentiu o peso da capital paulista. Por isso, cobrou via redes sociais que os deputados do PSL trabalhem por ele, e não por Márcio França ou João Doria. E ainda lembrou que a maioria deles não se elegeria sozinho e só conseguiu o mandato graças ao capitão.

Enquanto isso, na Lapa…/ A grande presença de artistas no “Ato da Virada” promovido pela campanha de Fernando Haddad terminou por reunir mais gente do que o próprio PT esperava. Quem esteve no ato paulistano assegurou que a mobilização no Rio foi muito maior. Ali, a escritora Elisa Lucinda pediu aos presentes que fossem votar no domingo carregando um livro.

… Haddad virou candidato/ Quem acompanha diariamente os discursos do Fernando Haddad saiu com a certeza de que, ali, ele vestiu a camisa de candidato a presidente da República. A mudança se deu depois do discurso de Bolsonaro no domingo, em que o candidato do PSL disse que Haddad seria preso ou exilado.

O contraponto/ O ponto alto do discurso do petista na Lapa foi dizer que, se vencer, não quer ver Bolsonaro “preso, nem exilado”. “Quero que ele viva com saúde para ver o jovem negro na universidade, para ver as mulheres emancipadas, donas de seus destinos, os índios com terras demarcadas, os nordestinos progredindo com água, comida, trabalho e educação. Ele não aprendeu nada em 30 anos, quero que viva pelo menos mais 30 para aprender.!”

A volta de Barbieri/ Derrotado para o Senado em São Paulo, Marcelo Barbieri (foto) foi nomeado assessor especial no Planalto. Ele já está escalado para trabalhar na transição para o futuro governo, a partir de segunda-feira.

Bolsonaro não se mostra disposto a voltar atrás em fala na Paulista

Bolsonaro
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Coluna Brasília-DF / Por Denise Rothenburg

Aliados de Jair Bolsonaro cobraram dele uma advertência ao filho Eduardo, deputado mais votado de São Paulo, depois da divulgação da declaração sobre bastar apenas um soldado e um cabo para fechar o Supremo Tribunal Federal, se o STF viesse a querer impedir a posse de seu pai. O presidenciável prontamente aceitou advertir o filho.

Agora, porém, não voltará atrás nas declarações dadas por telefone aos simpatizantes concentrados na Avenida Paulista no último domingo, quando o próprio candidato falou que “a faxina será muito mais ampla” e que “essa turma, se quiser ficar aqui, terá que se colocar sob a lei de todos nós. Ou vão para fora ou vão para cadeia”, e, ainda, “marginais vermelhos banidos da nossa pátria”.

A ordem no PSL é isolar o PT no Congresso. Se esse isolamento for dentro dos preceitos democráticos, faz parte. Porém, a fala de Bolsonaro, no domingo, deu a entender a muitos congressistas que a democracia está ameaçada. A insegurança tomou conta até mesmo de alguns políticos que simpatizam com o candidato do PSL.

Ato de juristas

A frase do filho de Bolsonaro sobre o Supremo Tribunal Federal (STF), dita há quatro meses, tirou a classe de advogados e juristas da toca. Os simpáticos ao PT, por exemplo, fazem hoje às 19h um ato pela democracia no Hotel Nacional, em Brasília. Os simpáticos a Jair Bolsonaro se preparam para cobrar do candidato mais declarações contundentes de apreço à democracia.

Bíblia roubada?/ O vídeo que circula na internet com um cidadão segurando a Bíblia entregue a Fernando Haddad em ato de campanha em Fortaleza intrigou o PT. A Bíblia tinha sumido do palco naquela noite. Um assessor havia guardado com os outros presentes, enquanto o candidato discursava e cumprimentava as pessoas no palanque. Agora, que o livro reapareceu como se tivesse sido jogado fora, os petistas acreditam que foi mais uma armação para cima do candidato.

Último esforço/ Fernando Haddad vai hoje ao Rio de Janeiro em busca de algum apoio no estado. Lá, o PT só elegeu Benedita da Silva deputada federal. Se depender dos taxistas, Haddad pregará no deserto. Lá, Bolsonaro reina, e a maioria diz que “o PT já teve a sua chance de governar o país”.

Enquanto isso, em Curitiba…/ Lula não consegue entender por que o partido é tão rejeitado. Porém, avisam os aliados dele, não foi por falta de aviso.

Quem chega quer levantar o Parlamento/ Ao receber seu bottom de deputada federal, Bia Kicis, do PRP, a terceira mais votada no DF, colocou em suas redes sociais que espera ter orgulho de usar o adereço. Faz sentido. Atualmente, a imagem do Congresso está pra lá de desgastada.

Bolsonaro fora da disputa

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Calma, pessoal! É da eleição para presidente da Câmara. Ao receber o apoio da maioria da bancada evangélica, o candidato do PSL disse que, independentemente do resultado da eleição presidencial, pretende desencorajar os deputados estreantes de seu partido a disputarem a eleição para presidente da Câmara. “Pato novo não mergulha fundo”, afirmou, repetindo o ditado popular. A muitos, ficou a impressão de que, se eleito, Bolsonaro vai deixar a disputa correr e, depois, abraçar o vitorioso, de forma a não criar animosidades na largada.

Em tempo: Quem não gostou muito dessa conversa sobre Presidência da Câmara foi o coordenador político da campanha, Onyx Lorenzoni (DEM-RS): “Somos um grupo humilde, pequeno e focado na eleição do dia 28. Depois disso, como eu espero e acredito, teremos 60 dias para a montagem do governo. É só após essa fase é que olharemos para a eleição de presidente da Câmara”, disse ele à coluna.

O terceiro turno I

Esses últimos 10 dias até a eleição vão deixar nítido o desenho de que a corrida ao eleitor não termina na noite de 28 de outubro. A contar pelo que disse ontem o senador eleito Jaques Wagner, do PT da Bahia, “o deadline não é 28. Depois, tem a diplomação e, mais tarde, a posse. Tem prefeito que é cassado depois”, afirmou, dando a entender que o PT se prepara para questionar o resultado.

O terceiro turno II

Jair Bolsonaro, do PSL, por sua vez, levanta suspeitas sobre as urnas eletrônicas desde o início da campanha e já declarou em alto e bom som que “pelo movimento que vemos nas ruas, não podemos aceitar resultado diferente da vitória”.

Terceiro turno II

Entre os bolsonaristas, aliás, a preocupação impera. Afinal, eles consideram que o PT é especialista em segundos turnos. Por isso, tanto eles quanto o próprio Haddad juntam munição para embates futuros. E o país que o assista de camarote. Vem por aí um novembro sombrio.

Rodrigo Dias se defende

Indicado para a Anvisa, Rodrigo Dias tem percorrido os gabinetes dos senadores com realizações à frente da Fundação Nacional de Saúde. Quanto à tomada de contas especial sobre irregularidades no órgão aberta pelo Tribunal de Contas da União, informa que foi ele quem levou as suspeitas ao tribunal. Até aqui, seus aliados garantem que ele tem quebrado resistências.

Resta uma/ O deputado Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ) tira apenas a deputada Benedita da Silva (PT-RJ) do rol de apoio a Bolsonaro dentro da bancada evangélica.

Café com leite/ Outro que se coloca fora dessa lista é Cabo Daciolo (foto). Ele faz questão de não se apresentar como “bancada evangélica”.

Delgado, o atrevido I/ Ácido em suas críticas ao PT, o ex-deputado petista Paulo Delgado é citado assim entre antigos colegas de partido. Ontem, por exemplo, saiu-se com estas: “O PT, em vez de processar o WhatsApp, deveria processar o Climatempo: quem não previu trovoada foi a meteorologia. A tecnologia anuncia há tempos que essa eleição seria travada nas redes sociais”.

Delgado, o atrevido II/ “O Bolsonaro já tem o primeiro milagre: fez a Manuela comungar no Dia de Nossa Senhora Aparecida.”

PEC que tramita no Congresso pode retirar R$ 1,4 bilhão do Fundo Constitucional do DF

fundo constitucional
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Coluna Brasília-DF / por Denise Rothenburg

Fundo do DF sob ataque

Por pouco o Distrito Federal não perde R$ 1,4 bilhão do Fundo Constitucional a que tem direito. Só não perdeu porque, pouco antes de o texto ir a votação na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, o deputado Izalci Lucas (PSDB-DF) correu ao plenário e pediu, encarecidamente, que a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) não fosse votada. Conseguiu retirar o assunto de pauta, no momento, mas o texto continua por ali. Izalci vai pedir que o autor da PEC, deputado João Campos (GO), retire definitivamente a proposta que passa recursos do fundo aos municípios do Entorno.

Em tempo: não é a primeira nem a última PEC que mira o Fundo Constitucional do DF. Diante da escassez de recursos, é bom a turma do “quadradinho” ficar de olho no fundo, que, este ano, prevê R$ 13,6 bilhões, dos quais R$ 10 bilhões já foram utilizados em saúde, segurança e educação.

 

Temer vai falar

O presidente Michel Temer planeja um pronunciamento para falar das denúncias de propina relacionada ao setor de portos, que resultou em seu indiciamento pela Polícia Federal. Falta decidir apenas o tom.

#Elenão

O relacionamento entre o presidente da República, Michel Temer, e o da Câmara, Rodrigo Maia, vai de mal a pior. A turma ligada ao Planalto não confia mais que Maia vá arquivar nenhuma denúncia contra Temer. Mesmo sem ter tempo para a concessão de licença, a aposta dos palacianos é a de que Maia vai dar andamento a qualquer pedido que venha da PGR.

É por ali

A fim de terminar o mandato sem esse desconforto da licença na Câmara aos 45 minutos do período regulamentar, o presidente cogita enviar emissários à procuradora-geral Raquel Dodge e ao presidente do Supremo Tribunal Federal,
Dias Toffoli.

Cargos & currículos

A indicação de Rodrigo Sérgio Dias para uma diretoria da Anvisa encontra resistência entre senadores da Comissão de Assuntos Sociais do Senado, que preferiam alguém que não tivesse qualquer pendência junto ao TCU. Enquanto presidente da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), Dias foi um dos nomes chamados ao Tribunal de Contas da União para dar explicações sobre superfaturamento em contratos do órgão. O caso ainda está em julgamento.

 

Façam suas apostas I/ Ninguém arrisca um palpite fechado sobre a eleição para governador de São Paulo, especialmente, depois do empate técnico registrado ontem no Ibope. Enquanto o ex-prefeito João Dória, filiado ao PSDB, mas com os dias contados no partido, cola sua campanha em Jair Bolsonaro, o governador Márcio França (foto) amplia o leque de apoiadores.
O governador tem ao seu lado bolsonaristas, caso do senador eleito Major Olímpio, e socialistas, como a deputada Luiza Erundina.

Façam suas apostas II/ França embasa sua campanha hoje nessa união de personalidades tão diferentes da política. Diz, inclusive, ter a fórmula para se apresentar como aquele que pode unir São Paulo e ajudar a construir a pacificação nacional, se for reeleito. Dória, por sua vez, está centrado no clima anti-PT.

É por aí/ Se a onda Bolsonaro deu uma estancada, a probabilidade será Dória perder força nessa reta final em São Paulo. Para completar, hoje, nem os tucanos fecham com o ex-prefeito.

MDB na muda/ O senador eleito Marcelo Castro (MDB-PI) começou a circular pelo salão azul para “sentir o clima” e voltou estarrecido com o clima de velório. “Ali, foi uma situação inédita. Dos 32 que tentaram a reeleição, só oito voltaram”, constatou.

Frentes versus partidos

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Se eleito presidente da República em 28 de outubro, Jair Bolsonaro pretende substituir o relacionamento com as lideranças partidárias pelo contato direto com as frentes parlamentares. Esse foi um dos principais recados repassados ontem ao comando da Frente Parlamentar do Agronegócio (FPA), que levou uma comissão de parlamentares para reafirmar o apoio ao presidenciável. A ordem é discutir propostas com cada frente parlamentar, grupos que, aliás, ganharam mais expressão no Congresso.

Um dos testes de Bolsonaro, se eleito, será conseguir realizar esse projeto. No Congresso, o encaminhamento de votação sempre foi feito pelos líderes partidários. Se as bancadas temáticas quiserem algum poder maior nesse sentido, terão que disputar espaço com os líderes. Será mais uma disputa, entre as tantas que se avizinham para o Parlamento no ano que vem.

UDR perde Agricultura

Jair Bolsonaro aproveitou a conversa com a presidente da Frente Parlamentar de Agricultura (FPA), Tereza Cristina (DEM-MS), e outros integrantes do grupo para reforçar o convite para que, caso seja eleito, eles indiquem alguém do setor para o cargo de ministro da Agricultura,  O presidente da União Democrática Ruralista (UDR), Nabhan Garcia, estava do lado e não esboçou reação.

Projetos em alta

Na conversa com a FPA, entraram na agenda a demarcação de terras indígenas com aprovação do Congresso e uma lei trabalhista específica
para o setor rural.

Pato novo…

A expressiva votação de Major Olímpio para o Senado fez com que alguns de seus aliados pensassem em fazer dele presidente da Casa. Só tem um probleminha: quem elege a maior bancada tem, por tradição, direito ao cargo. Todos que tentaram quebrar isso sofreram sérias consequências no passado.

…Não mergulha fundo
Aqueles que conhecem o funcionamento do Senado temem que a pretensão do Major crie, desde cedo, um clima de animosidade desnecessário com grandes bancadas. Se Bolsonaro for eleito presidente, conforme apontam as pesquisas de ontem, a intenção de alguns para evitar o confronto é buscar um nome mais palatável dentro do próprio MDB, respeitando a tradição.

Curtidas

E o Perillo, hein?/ As apostas dos tucanos são as de que, no ano que vem, outros integrantes do partido podem ter o mesmo destino de Marconi Perillo, preso ao prestar depoimento ontem. É que hoje, o foro privilegiado só vale para atos cometidos no mandato. Em 2019, mesmo quem se reelegeu, estará em outro mandato.

Olímpio 2022/ O apoio do senador eleito Major Olímpio (PSL) e de Paulo Skaf (MDB) ao governador candidato Márcio França está diretamente relacionado ao prazo de validade. França concorre à reeleição, portanto, tem mais quatro anos de governo, deixando menos um concorrente na roda. Se Doria vencer, poderá disputar um novo mandato.

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Daciolo é fofo/ O deputado Cabo Daciolo (Patri-RJ) fez sucesso ontem num café à tarde, em Brasília, simpático a todos que fizeram questão de ir cumprimentá-lo. “Paixx!”, dizia ele a todos. A quem quis saber quem ele apoiará no segundo turno, Daciolo dizia apenas que continuava na campanha de desconfiança da urna eletrônica.

Ordem à tropa/ A vantagem nas pesquisas fez o comando de campanha de Jair Bolsonaro entrar num esforço para manter a mobilização. Entre seus aliados, ninguém esquece que o PT ganhou quatro eleições no segundo turno, sendo que a última delas, a de 2014, a divisão do país era muito parecida com a atual.

Cláusula de desempenho deve fazer PSL superar PT na Câmara

PSL
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PSL avançará para 70 deputados

Interessado em comandar a Câmara dos Deputados no ano que vem, independentemente do resultado da eleição presidencial, o PSL de Jair Bolsonaro quer aproveitar a cláusula de desempenho para atrair aqueles parlamentares eleitos por partidos de centro direita que não cumpriram a regra — 1,5% dos votos para deputado federal no país, com 1% em pelo menos nove unidades da federação. Os alvos prioritários serão Patriota, PMN, PTC, PHS e PRP (o partido do general Mourão), que somam 20 deputados eleitos. Se Bolsonaro vencer a eleição presidencial, o objetivo será cumprido com mais facilidade.

Veja aqui a distribuição da Câmara antes da aplicação da cláusula de desempenho

A legislação permite que deputados de partidos que não cumpriram a cláusula de desempenho mudem de legenda sem serem acusados de quebra da fidelidade partidária. É aí que a turma do PSL vai agir. Em tempo: o PT terá mais dificuldade em atrair os partidos com viés de esquerda que não cumpriram a nova regra. A Rede, por exemplo, não quer desaparecer ingressando no PT. A direita, mais pragmática, pode suplantar os petistas em número de deputados.

Tucanos em guerra

A reunião do PSDB, ontem, em Brasília, deixou claro que João Doria terá praticamente dois adversários na disputa pelo governo estadual: o governador-candidato Márcio França (PSB) e um pedaço expressivo do próprio partido.
O PSDB não perdoa a aproximação do
ex-prefeito da capital com Jair Bolsonaro ainda no primeiro turno, meio que deixando Geraldo Alckmin à deriva
na reta final.

Estranho no ninho

A decisão pela neutralidade do partido nesse segundo turno da eleição presidencial deixou claro que Doria não tem maioria na Comissão Executiva Nacional no partido, nem pretende se render ao candidato a governador.
O PSDB estadual se prepara para dar mais espaço ao prefeito Bruno Covas, com quem, aliás, Doria se desentendeu logo
que assumiu a prefeitura.

Acelera, aí!

A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) começará a percorrer o Congresso para pedir que os parlamentares aprovem ainda este ano o novo programa para o setor, o Rota 2030. É que, até o momento, o setor automotivo não tem a menor ideia do que os dois finalistas da eleição presidencial farão em prol da manutenção dos empregos nessa área. Até aqui, as propostas foram muito genéricas.

O poder de Josué

A menção ao empresário Josué Gomes, filho do ex-presidente José de Alencar, como possível ministro da Fazenda de um governo petista é uma tentativa de obter votos em Minas Gerais, onde o governador Fernando Pimentel terminou fora do segundo turno e a ex-presidente Dilma Rousseff perdeu feio a vaga para o Senado.

Tsunami/ A quem pergunta para o senador Valdir Raupp (foto) o que houve para o MDB perder tantas vagas no Senado de uma lapada só, ele explica: “Não foi o MDB. O Jorge Vianna perdeu no Acre. Foi uma onda. E nos últimos dias”.

Anotem esse nome/ A líder do MDB no Senado, Simone Tebet (MDB-MS), desponta como um possível nome para presidir o Sendo, caso Renan Calheiros não consiga agregar votos em outros partidos.

Despedidas/ Na tribuna do Senado, Hélio José quase chorou e, nas entrelinhas, culpou o povo por ter perdido a eleição. Nos bastidores, outros senadores comentavam que, para quem era suplente e ficou quatro anos no mandato, a reclamação foi um exagero.

Quórum baixo/ Que ninguém conte com o Congresso cheio nos próximos dias. Com o feriado da sexta-feira e o segundo turno em vários estados, muitos vão aproveitar para tirar umas férias, pelo menos esta semana.

Gasto com funcionalismo em baixa

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Se confirmada a percepção das principais lideranças no Congresso Nacional, o próximo governo tem pouca ou nenhuma chance de aumentar os gastos com o funcionalismo público federal. Dados da pesquisa Painel do Poder, realizada em setembro pela In Press Oficina junto a 57 líderes no Legislativo, mostram que 35% deles acreditam que não haverá alteração no montante atual, e outros 30% creem que ele pode ser, inclusive, reduzido. O maior entrave é o deficit fiscal, da ordem de R$ 139 bilhões.
A mesma pesquisa identificou a privatização de serviços públicos como a aposta de seis em cada 10 líderes ouvidos no levantamento. Quanto ao programa Bolsa Família, metade dos entrevistados acredita que não sofrerá grandes alterações, e nenhum deles sugere que possa ser extinto.
BBB em alta.
 
Apelidadas de BBB, as bancadas da Bala, da Bíblia e do Boi são as que mais devem crescer nas eleições do próximo domingo, pelo menos, na avaliação dos próprios deputados e senadores ouvidos pela pesquisa Painel do Poder. Dos 57 entrevistados, 63% apostam no crescimento da “bancada da bala”, 61% acreditam que os evangélicos ampliarão sua representação e 35% estimam que a bancada ruralista também será maior na próxima legislatura. Sindicalistas e ambientalistas, na avaliação dos líderes, perderão assentos na
Câmara e no Senado.
Dois gumes
 
A entrevista de Jair Bolsonaro à TV Record foi sob encomenda para que ele estivesse em evidência e não ficasse à mercê dos adversários no último dia de campanha na telinha. Porém, o fato de aparecer no momento em que as ordens médicas recomendam que ele fale por, no máximo, 10 minutos, fez com que muitos aliados preferissem que ele ficasse calado. Afinal, num mundo onde tudo muda rápido, qualquer deslize ali poderia quebrar a onda.
Público-alvo
A preferência pela Record, a emissora do bispo Edir Macedo, tinha o objetivo de atingir justamente os eleitores de Fernando Haddad, do PT, que estão nas classes de menor renda. Enquanto Jair Bolsonaro apareceria de bom moço em uma emissora, Haddad seria confrontado na outra.
Enquanto isso, nos estados…
Há uma verdadeira corrida de políticos declarando voto em Jair Bolsonaro. Paulo Skaf, do MDB, é um deles. Sob o risco de perder a vaga no segundo turno para o governador Márcio França, candidato à reeleição, Skaf declarou apoio ao capitão reformado. Em Pernambuco, quem ensaia movimento semelhante é Mendonça Filho, candidato ao Senado pelo DEM, que chegou a ser cotado para vice na chapa de Geraldo Alckmin.
Se liga aí, Doria
Aliados de João Doria (PSDB) buscam votos nesta reta final, de olho nos movimentos de Márcio França nas pesquisas internas. Se o governador-candidato ultrapassar Skaf e for ao segundo turno, será o fim do reinado tucano em São Paulo.
Curtidas
Anastasia e o Novo/ O Partido Novo fará com que o senador Antonio Anastasia seja levado a enfrentar um segundo turno contra o governador-candidato, Fernando Pimentel, do PT. É que Romeu Zema, do Novo, ganhou fôlego na reta final.
Zema e Amoêdo/ Zema, entretanto, está com um problema: o fato de ter pedido votos para Jair Bolsonaro no debate desta semana irritou a cúpula do partido. Afinal, se é para mudar a política, não dá para fazer como os políticos tradicionais, que largam seus candidatos a presidente no meio do caminho sem a menor cerimônia. Se brincar, Zema chega ao domingo sem partido.
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Muita calma nessa hora/ O ex-deputado Paulo Delgado (foto) considera que o segundo turno será o tempo perfeito para que quem chegar lá possa esclarecer seu programa de governo, em especial, Jair Bolsonaro, que passou a maior parte da campanha no hospital: “Mergulhar em Bolsonaro no domingo é como entrar de cabeça num rio escuro e raso, onde a única certeza é a de que ali não tem peixe vermelho. Mas ninguém sabe que outros estranhos bichos coloridos nadam no fundo desse rio”.
Aquele bar já vai fechar/ Vendido há quase dois meses, o piano do bar do Piantella, que embalava muitas cantorias dos clientes, foi comprado por um frequentador que prefere o anonimato. Aliás, desde que os smartphones passaram a registrar tudo em todos os lugares, as cantorias no antigo bar foram minguando. Agora, salvo raríssimas exceções, as excelências só cantam em convescotes privados e com público reduzido, longe da inconveniência dos smartphones alheios.

Caso da entrevista de Lula ameaça o plano de Toffoli de pacificar o STF

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O Judiciário na guerra eleitoral

Os últimos dias de campanha eleitoral apontam para o ativismo do Poder Judiciário, sem precedentes. No Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Ricardo Lewandowski enfrentou o vice-presidente da Corte, Luiz Fux, e reforçou a liberação de entrevista de Lula à Folha de S.Paulo. Mal Lewandowski anunciou sua decisão, o juiz Sérgio Moro, do Paraná, levantou o sigilo de parte da delação do ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci na qual o leque de acusações ao PT é farto.

Nesse clima, o presidente do STF, Dias Toffoli, vê escoar por entre os dedos o plano de pacificar a Suprema Corte. Ontem, em São Paulo, ele e Lewandowski tiveram uma conversa nada amigável, quando o presidente relatou seu plano de levar o caso da entrevista a plenário. Como chefe supremo do Poder Judiciário, Toffoli se preparava para ocupar o lugar de pacificador após as eleições. Antes, porém, ele terá de acalmar os ânimos no próprio STF. Começou, na noite de ontem, reafirmando sua autoridade e cassando, de próprio punho, a liminar de Lewandowski. Nos bastidores, há quem diga que não poderia ter outra atitude, diante das cobranças do colega. O Judiciário, que planejava atuar para pacificar o país no pós-eleitoral, agora entrou na guerra das paixões eleitorais, tão dividido quando os partidos e os eleitores. Ou Toffoli acalma os ânimos por ali ou perderá o papel de pacificador.

Bolsonaro e Doria

Em 2016, Fernando Haddad subiu alguns pontos na eleição para prefeito de São Paulo, e a consequência foi a maioria anti-PT levar João Doria, do PSDB, à vitória no primeiro turno. A subida do candidato do PSL, Jair Bolsonaro, de quatro pontos na pesquisa do Ibope, deixa claro que não é impossível ao capitão reformado repetir a performance de Doria.

Bolsonaro e Haddad

Os cálculos do grupo mais próximo da campanha do capitão reformado são de que Haddad tem hoje o teto do PT. E daí, dificilmente sairá, ainda que a eleição seja em dois turnos. Os aliados dele já contam, sim, com a vitória.

Alckmin e Doria I

A esperança do PSDB é de que o medo da vitória de Bolsonaro, ou de Haddad, leve uma parcela do eleitorado a dar ou ao petista ou ao capitão o mesmo destino de Celso Russomano em 2016. Ele despencou 10 pontos percentuais na última semana da campanha para prefeito de São Paulo, levando o tucano João Doria, que estava bem atrás, à vitória no primeiro turno.

Alckmin e Doria II

O ânimo dos tucanos reside na pesquisa BTG pactual, divulgada ontem, que apontou números diferentes dos do Ibope. No levantamento do BTG, Alckmin tem um crescimento de três pontos, chegando a 11%, na frente de Ciro Gomes (9%). Bolsonaro aparece com 31%, e Haddad, 24%.

CURTIDAS

No embalo de Palocci/ Embora sua equipe conte com a vitória no primeiro turno, Bolsonaro se prepara para a segunda rodada, e contra Fernando Haddad. Da mesma forma que seus opositores exploram as declarações de Hamilton Mourão com crítica ao 13º salário e ao adicional de férias, a turma do PSL de Bolsonaro vai passar a tratar da delação de Antonio Palocci, com denúncias contra o PT. De quebra, falará ainda do controle da mídia e da “democracia direta”, sem passar pelo Congresso, como prioridades do programa petista.

Nas ruas/ No Rio de Janeiro, um atento observador fez questão de contar o tempo que levaria para passar a carreata pró-Bolsonaro na frente de sua casa, no último domingo. Foram mais de 40 minutos.

Movimentos tardios I/ De olho nas pesquisas que hoje apontam a divisão do país entre as candidaturas de Bolsonaro e Haddad, os governadores do Espírito Santo, Paulo Hartung (foto), e de Santa Catarina, Eduardo Pinho Moreira, ambos do MDB, gravaram mensagens de apoio a Geraldo Alckmin. Ambos
não são do grupo do presidente
Michel Temer.

Movimentos tardios II/ Hartung menciona o risco de a polarização aprofundar a divisão dos brasileiros depois das eleições. O apoio, entretanto, talvez tenha vindo tarde. No domingo, Vitória viu uma das expressivas manifestações em prol de Jair Bolsonaro.

Esconda um fato com outro

Publicado em coluna Brasília-DF

Assim que a revista Veja começou a circular, com a reportagem sobre um processo em que o candidato Jair Bolsonaro é acusado de ocultação de patrimônio, as redes sociais se encheram de memes com capas falsas da revista, dizendo que o candidato era acusado de grudar chiclete no cabelo de um amiguinho e que o seu cachorro teria fugido de casa, porque a ração era ruim. Paralelamente, o próprio Bolsonaro, em entrevista na tevê, afirmava que não aceitaria resultado diferente da sua eleição. Os dois movimentos são coordenados e planejados. A ordem é criar polêmica com outros temas e sair da pauta relativa às críticas do candidato a vice, Hamilton Mourão, a respeito do 13º salário e do adicional de férias. De quebra, deixar em segundo plano qualquer notícia a respeito do patrimônio oculto e colocar no ar a segurança, de um modo geral, tanto a da população quanto a das urnas. Aí, Bolsonaro nada de braçada.

Debate interditado I

Até aqui, nenhum candidato a presidente disse o que fará para reduzir os impostos sobre os combustíveis, a energia elétrica e as telecomunicações, áreas que terminam por atingir toda a população. “Todos eles estão acima de 30% nos estados e 15% na União”, comentou o ministro de Minas e Energia, Moreira Franco.

Debate interditado II

Moreira afirmou, em discurso para executivos da área de petróleo, que o brasileiro está “pagando a energia mais cara do mundo. Intolerável para o dia a dia das pessoas”. Nos bastidores, empresários simpáticos ao governo Temer comentavam que, se o presidente tivesse apostado na Reforma Tributária, em vez da Previdenciária, a história seria diferente.

Atirou no que viu…

… e acertou no que não viu. Num segundo turno, o Datafolha aponta que quem tem a maior dianteira em relação ao candidato do PT, Fernando Haddad, é Ciro Gomes (PDT). Geraldo Alckmin (PSDB) parece empatado com Haddad e Bolsonaro perderia para o petista. Alckmin está rouco de tanto dizer que ele é o melhor nome para derrotar o PT. Porém, as pesquisas ainda não confirmam esse cenário.

Por falar em PSDB…

O tucanato ficou em estado de alerta com a operação da Polícia Federal sobre Marconi Perillo, que coordenou a campanha de Alckmin na largada. A ordem é continuar com o discurso de que essas operações às vésperas do primeiro turno têm motivações políticas.

Por falar em PT…

Um setor do partido ficou atônito com a perspectiva de o ex-presidente Lula conseguir dar entrevistas nesta reta final de campanha. Há o receio de que ele estanque a ampliação de votos do candidato Fernando Haddad. Afinal, a curva do petista é ascendente do jeito que está. E os petistas temem que qualquer alteração mais brusca freie a subida.

Aquele Mourão f@&#*!/ As declarações do general Hamilton Mourão (foto) sobre o 13º salário tiraram até mesmo os colegas dele do sério. O que os amigos têm comentado nos bastidores não se escreve.

O neo MDB I/ É assim que os deputados estão chamando o PP, o partido presidido pelo senador Ciro Nogueira (PI), que ontem, a 10 dias do primeiro turno das eleições, se viu alvo de busca e apreensão. Dividiu-se em três estações nessa campanha, à espera de quem vai vencer o pleito.

O neo MDB II/ O PP, que saiu chamuscado do mensalão e do petrolão, tem um pé na canoa do PT, outro fincado na campanha de Jair Bolsonaro, está oficialmente com Geraldo Alckmin. A estratégia é: quem ganhar, puxa as demais alas do partido para o barco.

Roriz/ As despedidas ao governador Joaquim Roriz não deixaram dúvidas de que a disputa pela herança política está posta. Até aqui, nenhum dos antigos apoiadores e aliados conseguiu liderar politicamente o clã.