O jeitinho brasileiro

Publicado em coluna Brasília-DF

Os parlamentares descobriram, nos últimos dias, um motivo a mais para votar logo os projetos de suplementação orçamentária para o Fundo Nacional de Saúde. É que, encerrado o prazo de liberações voluntárias de recursos, no sábado, o governo achou uma brecha para continuar empenhando verbas: o repasse fundo a fundo, ou seja, sem precisar fazer convênios com prefeitos ao longo do período. Só na Saúde, serão R$ 730 milhões. Os recursos saíram de todas as áreas onde o governo não poderia empenhar para direcionar à saúde. Moral da história: ao longo da eleição, o governo continuará empenhando (separando) recursos para atender aos municípios no final do ano.

Eles têm a força (o dinheiro)
Presidentes dos partidos estão deitando e rolando. Em alguns casos, está no seguinte pé: ou faz aliança com quem eles querem, ou não tem dinheiro. Se continuar assim, a primeira missão do Congresso em 2019 será redefinir os financiamentos das campanhas. É grande o número daqueles que acreditam ter comprado gato por lebre quando da aprovação do fundo eleitoral. A ordem é retirar o poder dos comandantes partidários.

Cenários preocupantes
Já tem gente com medo da seguinte situação: o partido paga metade dos recursos prometidos e o candidato, então, vai à Justiça cobrar o resto. Nesse caso, uma liminar judicial, por exemplo, suspendendo os repasses do fundo eleitoral até que o assunto seja resolvido, arrisca comprometer toda a campanha.

Dória sob risco
Quem acompanha a candidatura de João Dória ao governo de São Paulo considera que ele tem que fazer tudo para tentar liquidar o pleito no primeiro turno. Sabe que, se houver dois turnos, a tendência de união dos adversários contra ele é grande.

Largados
O MDB de Minas Gerais está com um problemão para conseguir fazer alianças com os pré-candidatos a governador. O partido considera que o clima está pesado para seguir com o governador Fernando Pimentel.Também não tem aliança com o PSDB de Antonio Anastasia e tampouco quer apoiar Rodrigo Pacheco, o deputado que abandonou a legenda para ser candidato pelo DEM. Os deputados do partido estão pra lá de desanimados.

Custo & benefício
O presidente Michel Temer enfrentou inicialmente alguma dificuldade em encontrar um ministro do Trabalho. O primeiro convidado recusou. É que as incertezas sobre o que ocorreu na pasta e o fato de faltarem menos de seis meses para terminar o governo afastam os bons. Não são muitos os que podem se dar o luxo de largar a carreira para, em cinco meses, tentar consertar o que está errado por ali. Por isso, Eliseu Padilha foi nomeado interinamente.

O dilema do DEM/ O DEM tem feito o seguinte raciocínio: se o partido quiser preservar a biografia, seguirá com Geraldo Alckmin (PSDB). Se quiser ficar “pendurado”, segue com Ciro Gomes, que não tem o discurso reformista defendido pelo partido. A aposta é a de que, assim que o PT apresentar um candidato, o petista esvaziará Ciro Gomes.

Gilmar na cobrança I/ Na palestra que proferiu em Londres, o ministro Gilmar Mendes (foto) aproveitou para, nas entrelinhas, puxar as orelhas do Congresso. Ao citar o impeachment da presidente Dilma Rousseff, ele foi direto: “Temos 30 anos da Constituição, quatro presidentes eleitos, só dois terminaram o mandato. Há uma certa parlamentarização do presidencialismo. Estamos usando, talvez, o impeachment com outro viés”.

Gilmar na cobrança II/ O ministro fala da necessidade de normatizar o impeachment: “O curioso é que até agora não temos uma nova Lei do Impeachment. A atual é dos anos 50, adaptada a uma outra Constituição. Se o STF não interviesse fazendo uma lei do impeachment, talvez tivéssemos mais impasses naquele processo”.

Rubem Braga na telona/ O cineasta e jornalista Jorge Oliveira começa em outubro as filmagens de O voo da Borboleta Amarela — Rubem Braga, o cronista do Brasil. Depois do premiadíssimo Olhar de Nise, Jorge promete brindar os brasileiros com mais um registro histórico e literário. Três locações já estão definidas: em Cachoeira do Itapemirim, onde o escritor nasceu; no Rio de Janeiro e, ainda, em Braga, no Norte de Portugal, cidade de origem da família.

Uma janela para Lula

Publicado em coluna Brasília-DF

Depois das últimas decisões do ministro do Supremo Tribunal Federal Dias Toffoli a favor da liberdade de José Dirceu, o ex-presidente Lula está com esperanças de conseguir uma oportunidade para sair da prisão. É que, neste mês de recesso do Judiciário, Toffoli assumirá a presidência do STF por três ocasiões. O período mais longo será o de 23 a 27 de julho, quando o presidente Michel Temer irá, primeiramente, à reunião da Aliança do pacífico, em Puerto Vallarta, México, 23 e 24. De lá, seguirá direto para a cúpula dos BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), em Johannesburg, de 25 a 27. A Presidência da República ficará com Cármen Lúcia, a atual comandante do Supremo, e a do STF, com Toffoli.

As viagens de Temer ao México e à África ocorrerão em plena temporada de convenções partidárias para escolha dos candidatos a presidente da República. É quando o PT formalizará a candidatura de Lula e dobrará a pressão e as apostas para ver se consegue a liberdade do ex-presidente. Toffoli estará no comando do STF nesse período e, ainda, em 17 e 18 de julho, quando Temer irá a Cabo Verde. Fortes emoções muito perto de agosto, o mês da bruxa solta na política.

Se a moda pega, lascou
O que mais assustou o governo no caso do afastamento de Helton Yomura, do Ministério do Trabalho, foi, mais uma vez, a Justiça tirar de campo um funcionário de alto escalão do Poder Executivo. Há uma avaliação de que, se a moda pega, qualquer ministro sob investigação está arriscado em ter o mesmo destino.

Tá sobrando
Há quem se lembre que, hoje, tanto o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, quanto o de Minas e Energia, Moreira Franco, têm ações judiciais em curso. E o presidente vive em uma situação em que não pode prescindir deles, considerados do núcleo de poder do Planalto. Padilha, inclusive, assumiu o Ministério do Trabalho, como publicou o Blog da Denise em primeira mão ontem.

Esgotou
A nomeação de Padilha dá ao governo algum fôlego para tentar nomear um substituto até que resolva o problema de vez. O governo cansou de desgastes no Ministério do Trabalho. Há quem diga que a pasta tem problemas há tempos. Carlos Lupi, presidente do PDT, chegou a ser afastado pela então presidente Dilma Rousseff por suspeita de irregularidades.

Técnico, mas nem tanto
O presidente Michel Temer será aconselhado a oferecer o cargo do ministro do Trabalho a alguém de Minas Gerais. Se a bancada recusar, pelo menos, o presidente terá o discurso de que ofereceu. Em tempo: o deputado Saraiva Felipe (foto), que esteve cotado para ministro da Saúde, disse certa vez que, se fosse nomeado ministro,
não seria candidato a um novo mandato.

Marun defende Lula/ Sim é isso mesmo! Em entrevista ao programa Frente a Frente, da Rede Vida, o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, que é advogado, foi direto: “A lei é clara. No meu modo de ver, o presidente Lula ainda estaria respondendo o processo em liberdade”.

Marun acusa Lula/ Antes que o PT comemore, é bom saber que o ministro foi ainda mais incisivo quando perguntado se essa defesa incluía a candidatura: “Ele é condenado em segunda instância, e a Lei da Ficha Limpa é clara: não pode (ser candidato)”.

Imagina o Temer!/ Se Marun defende Lula, quem dirá o próprio chefe. “Tenho convicção de que não haverá terceira denúncia (contra Michel Temer)”, disse o ministro no mesmo programa, repetindo diversas vezes que Temer é um homem sério e honrado.

É hoje!/ Na Rússia, o Brasil tem time, tem técnico, tem craques e garra. Que os nossos bravos jogadores nos ajudem a acreditar que temos, realmente, a primazia nesse campo. Braasiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiilllllll!!!!!

Colaborou Luiz
Carlos Azedo

O medo de ficar sozinho

Publicado em coluna Brasília-DF

A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, e integrantes da cúpula petista passaram mais de três horas em reunião com a presidente do PCdoB, Luciana Santos, e outros dirigentes, tentando convencer os comunistas que, com ou sem Lula, o PT estará no segundo turno da eleição presidencial. Queriam, com isso, dar aos tradicionais aliados a senha para que desista da candidatura presidencial da deputada gaúcha Manuela D’Ávila e apoie o PT, mesmo sem saber ainda quem será o candidato. O PCdoB não disse nem sim, nem não. O partido está feliz com Manuela que, até aqui, não deu sinais de que sairá da disputa.

Paralelamente, os petistas começaram os movimentos para abrir um canal de conversa com o governador de São Paulo, Márcio França. Trabalha-se o exercício _ por enquanto é apenas um exercício e sem muita firmeza __ de retirar a candidatura de Luiz Marinho ao governo e apoiar a reeleição de França. Tudo para ver se tira do PSB a tendência de fechar com Ciro Gomes (PDT). São as esquerdas que, assim como o centro, também buscam uma união.

A senha

Com a decisão do DEM de não financiar a campanha presidencial de seu candidato para reforçar a perspectiva de eleição dos deputados e senadores, está dado o passe para que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, se quiser, possa anunciar nas próximas hora que não concorrerá à Presidência da República. O timing agora é do deputado.

A hora mais escura

Pré-candidato do PSDB à Presidência da República, Geraldo Alckmin ouviu do bloco PP-DEM-SD que qualquer decisão sobre apoio ao tucano só depois da Copa da Rússia. Nada a ver com os jogos da seleção. É que os partidos querem esperar, para poder ter mais confiança de que o ex-governador chega ao segundo turno. E até agora, o tucano não passa essa firmeza a seus potenciais apoiadores. Começa a surgir uma certeza de que ele terá que tirar votos de Jair Bolsonaro para chegar lá, o que não aconteceu nessa pré-temporada.

Chapa pura

O secretário nacional de Relações Institucionais, Marcelo Barbieri (MDB), deixa o cargo hoje no Planalto para poder ser candidato a vice na chapa de Paulo Skaf ao governo de São Paulo, se for necessário. O MDB, aliás, não está livre de lançar chapa pura em outras praças, porque, até aqui, há muita gente querendo distância do partido de Michel Temer. O cargo de Barbieri não é de ministro, portanto, atende a regra do funcionalismo em geral, que deve deixar o posto a três meses do pleito.

Tem o que mostrar

Em entrevista ao programa CB.Poder, o ministro da Secretaria Geral da Presidência da República, Ronaldo Fonseca, foi incisivo ao dizer que o MDB deve manter a candidatura de Henrique Meirelles e, ao mesmo tempo, aproveitar o programa eleitoral para mostrar o portfolio de obras terminadas pelo governo Michel Temer. É a esperança para tentar melhorar a popularidade presidencial nesses seis meses que restam de mandato.

CURTIDAS

Mudou de patamar/ O deputado Jair Bolsonaro (PSL-RJ) foi o mais aplaudido no encontro da Indústria. Aos poucos, vai modulando o discurso para aquilo que a plateia deseja ouvir. Não por acaso muitos o comparam hoje ao Ronaldo Caiado de 1989, quando candidatura presidencial como líder ruralista. Caiado não chegou ao segundo turno. Os grandes partidos ainda apostam que Bolsonaro não emplaca, mas não estão mais no ponto de desconsiderá-lo como adversário.

Simples assim/ Presente no lançamento do livro do ex-deputado Marcelo Barbieri ontem na Câmara, o ministro da Casa Civil do governo Itamar Franco, Henrique Hargreaves, comentava que certa vez uma jornalista lhe perguntou: “Se fosse no governo Itamar, como vocês resolveriam a greve dos caminhoneiros?”. A resposta dele foi direta: “Não teríamos esse problema, porque não deixaríamos chegar naquele ponto”.

Por falar em Barbieri…/ Foram mais de três horas com fila no lançamento do livro do ex-deputado, com representes de todos os partidos. Eis que, ao ouvir esse comentário, o um parlamentar saiu-se com esta: “Claro que seria assim. Ele é que cuida da liberação das emendas!”

E o Dória, hein?/ O ex-prefeito respondeu assim quando alguém lhe perguntou ontem a respeito da nota publicada na coluna, sobre as reuniões que ele tem mantido com outros partidos e conversas sobre “ser ungido” numa campanha presidencial: “Sou candidato em SP, Focado em SP, e serei eleito em SP. Geraldo será eleito ao Planalto. Com o meu voto”.

O grande eleitor

Publicado em coluna Brasília-DF

O candidato do PDT, Ciro Gomes, saiu de Salvador ontem com a certeza de que terá que estender o tapete vermelho a Lula — não aos erros do PT — para ampliar as chances de chegar ao segundo turno. Especialmente, depois de ouvir de um eleitor que votará em Ciro se o pedetista for o candidato de Lula. O petista encerra o semestre com maior número de intenção de voto nas pesquisas espontâneas. O ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad, apresentado numa única pesquisa como o candidato de Lula, chegou a 11%. Ou seja, há uma certeza entre os políticos de que quem Lula apoiar terá um “reforço”, quer uma parcela dos eleitores goste ou não.

Por essas e outras, quem vem com algum viés de esquerda nessa pré-campanha não atacará Lula. Esse é mais um motivo para o PT mantê-lo no papel de candidato enquanto a Justiça permitir.

Contagem regressiva I
A correria esta semana em Brasília promete, apesar do expediente espremido pelo jogo do Brasil nas quartas de final da Copa da Rússia, na próxima sexta-feira. Os parlamentares ficarão concentrados por causa do prazo dos repasses voluntários de recursos, leia-se emendas ao Orçamento. As liberações só podem ser feitas até sábado, 7 de julho. São mais de R$ 200 milhões.

Contagem regressiva II
Com jogo do Brasil e tudo, tem deputado prometendo ficar de plantão em Brasília, caso a emenda não seja liberada. Sabe como é, assim como no futebol, se vacilar na marcação, o adversário pode levar vantagem. No caso, recursos.

Reviravolta capixaba
O governador do Espírito Santo, Paulo Hartung (MDB),
não será candidato à reeleição.
A aposta dos aliados agora é o senador Ricardo Ferraço, do PSDB, que planejou concorrer a um novo mandato no Senado. Ferraço ainda não decidiu se concorrerá.

Bom para Geraldo
Uma candidatura de Ferraço ao governo estadual dá a Geraldo Alckmin (PSDB) um palanque importante no Espírito Santo. Aos poucos, o tucano vai montando uma estrutura forte nos estados. Porém, assim como no futebol, a parte técnica ajuda, mas não é suficiente para vencer o campeonato.

Estações separadas/ As vitórias do Brasil têm sido um alento para o governo, mas nada faz ressurgir as esperanças de melhora da popularidade presidencial. O brasileiro há tempos já separou o futebol da política. O povo quer o hexa, quer ver Neymar o melhor do mundo, mas o presidente continua impopular e o dólar subindo.

Enquanto isso, no MDB…/ O senador Romero Jucá (foto), comandante do partido, mais uma vez aproveitou as redes sociais para reforçar a candidatura de Henrique Meirelles. Em política, há um ditado: quando precisa afirmar muito que tem jogo, é sinal de dificuldades internas.

Reforço na zaga/ O jornalista Ilimar Franco, que estava na Secretaria-Geral da Presidência da República, integra a partir de hoje a equipe de coordenação da comunicação da campanha de Ciro Gomes. Sabe como é… Brincam alguns pedetistas que, ali, é assim: o candidato ataca e a comunicação defende.

Diplomacia na cobrança/ Os diplomatas brasileiros passarão a ter um sindicato, a partir de hoje. O Sindicato dos Diplomatas Brasileiros vai se chamar ADB Sindical e terá como primeira presidente a embaixadora Vitoria Cleaver.

Ajoelhou, tem que rezar

Publicado em coluna Brasília-DF

Quem trocou de partido com promessas de fartura quer o dinheiro na conta. Nesse sentido, deputados do PP e do MDB já avisaram às respectivas direções partidárias que, tão logo as contas de campanha sejam abertas, os tesoureiros terão que cumprir o acordo de transferir os recursos para financiamento das candidaturas. No PP, são R$ 2 milhões para cada deputado. No MDB, R$ 1,5 milhão. Falta um mês para o “pagamento” dessa “dívida”. A tensão na tesouraria dos partidos está grande.

Mina de ouro

O Ministério Público de São Paulo acompanha a distância o que acontece na Polícia Federal, onde está preso Laurence Casagrande Lourenço, ex-presidente da Dersa. Antes de ir para o governo de São Paulo, Laurence era diretor da Kroll, uma empresa que fez dezenas de investigações relacionadas a congressistas e para congressistas.

Mina de preocupação

O ex-diretor do Dersa Paulo Souza, o Paulo Preto, não delatou ninguém. Com Laurence, porém, ninguém tem certeza absoluta. Ainda mais agora que a Polícia Federal tem sinal verde para empreender delações premiadas sem a participação direta dos procuradores. O MP perdeu totalmente o controle do processo.

E tome desgaste

Tatiana, a filha do engenheiro Paulo de Souza, o Paulo Preto, incluiu o ministro de Relações Exteriores, Aloysio Nunes Ferreira, entre suas testemunhas de defesa. Para o governo, que já está com uma popularidade ínfima, não afeta. Mas para o PSDB de São Paulo é mais um incômodo. Afinal, CPI, Ministério Público e Polícia Federal são instâncias das quais os políticos geralmente querem distância.

“A segunda turma do STF é que
nem ambulância em congestionamento: sai cortando todo mundo e os motoqueiros vão atrás”

Paulo Delgado (PT-MG), ex-deputado, referindo-se à enxurrada de
habeas corpus concedidos nos últimos dias.

Tem limite

PSol e PCdoB apoiaram o ex-presidente Lula quando da prisão, mas a ordem é parar por aí. Eles querem Lula solto, mas farão, cada um, a sua campanha. O PCdoB, por sinal, está muito feliz com Manuela. E não pretende tirar a candidatura dela para fechar com o PT no primeiro turno.

CURTIDAS

Quadrilha na Papuda/ Ontem, Dia de São Pedro, teve festa junina no pátio do presídio. Geddel Vieira Lima ficou de fora. Ali, ao contrário do que ocorria nos tempos em que ele era ministrO no Planalto, xingar funcionário dá castigo.

Prato feito/ Os petistas não esperavam mesmo que Alexandre de Moraes (foto), relator de mais um pedido de liberdade do ex-presidente Lula, fosse soltar o ex-presidente. Agora, é aproveitar a decisão de Moraes e apostar no discurso de “perseguição” por parte dos tucanos e reforçar que o magistrado é ligado ao MDB, de Michel Temer, de quem foi ministro da Justiça, e ao PSDB, de Geraldo Alckmin. E levar alguns regalos para Lula, que não sai da cadeia tão cedo.

JK, um reencontro com o Brasil I/ Hoje é o último dia para assistir ao espetáculo JK, um reencontro com o Brasil, da cantora Gláucia Nasser, no auditório I do Museu da República, às 20h. Ingressos podem ser trocados
por 1kg de alimento.

JK, um reencontro com o Brasil II/ Quem assistiu, saiu de lá com uma injeção de ânimo e alguma lufada de esperança, não em candidatos, mas na força do brasileiro. #ficaadica

Sem o PSB, PT refaz o jogo

Publicado em coluna Brasília-DF

A guinada do PSB rumo ao PDT, de Ciro Gomes, deixa o PT numa situação complicada e sem muita perspectiva de alianças, a não ser tentar tirar Manuela D’Ávila do páreo para apoiar o pré-candidato do partido. Foi esse o movimento que levou Lula a chamar Fernando Haddad a Curitiba ontem. Embora o ex-presidente lidere as pesquisas e tenha um contingente de eleitores fiéis de fazer inveja a muitos, a condenação em segunda instância é uma espada sobre a candidatura. Haddad vai começar a trabalhar como potencial substituto de Lula. Embora o PT continue usando megafones para dizer que Lula é candidato e que vai registrar a candidatura, os movimentos de bastidores começaram a mudar de direção.

No PSB, a avaliação é a de que tanto o PT quanto a Rede, de Marina Silva, maltrataram muito os socialistas. Na Bahia, o governador pré-candidato à reeleição, Rui Costa, tirou a senadora Lídice da Mata da chapa. Em Pernambuco, o PT pede um cheque em branco nacional para apoiar a reeleição do governador Paulo Câmara. Quanto à Rede, o partido lançou um candidato contra Câmara. Ou seja, dos três potenciais candidatos mais à esquerda que o partido poderia apoiar, restou Ciro Gomes. Pior para o PT.

A senha do STF
O habeas corpus em favor de Eduardo Cunha é mais um sinal de que o Supremo Tribunal Federal não pretende deixar as prisões preventivas correrem soltas, como aconteceu no início da Lava-Jato com empresários e doleiros. Os investigados e réus que tentam a toda hora atrapalhar as investigações comemoram, enquanto o Ministério Público chia.

Nem a segunda
turma acalma
O presidente Michel Temer terá 79 anos quando terminar o mandato. Muitos achavam que ele poderia ficar tranquilo quanto a um possível pedido de prisão, por causa da idade. Porém, depois que Paulo Maluf cumpriu pena na Papuda aos 86 anos, ninguém se sente seguro.

Moral da pesquisa
O número que mais assombrou os aliados do Planalto, na CNI/Ibope, foi o de que 92% não confiam no presidente Michel Temer. A maioria dos aliados agora vai pedir encarecidamente que o presidente fique longe da campanha eleitoral.

Sobrou pra ele
À primeira vista, os políticos creditam a desconfiança em relação ao presidente Michel Temer registrada na pesquisa à greve dos caminhoneiros e seus reflexos. O tabelamento do frete rodoviário, por exemplo, desorganizou todo o setor de logística do país. No Norte, onde o transporte é fluvial, houve aumento do preço do frete das balsas. E o repasse dos reajustes vai bater no bolso dos consumidores.

Lista tríplice/ Os socialistas cotados para candidato a vice na chapa de Ciro Gomes são, nesta ordem: Márcio Lacerda (foto), ex-prefeito de Belo Horizonte, que se movimenta para ser candidato a governador; o deputado Júlio Delgado, líder da bancada na Câmara, e Luciano Ducci, ex-prefeito de Curitiba.

Doce veneno/ Apelidada pelos opositores de “musa do veneno” por causa do projeto da lei dos defensivos agrícolas em discussão no Congresso, a presidente da Frente Parlamentar de Agricultura, deputada Tereza Cristina (DEM-MS), recebeu outra versão: a do cantor Ritchie, de Menina Veneno. A música que diz assim: “Menina veneno/O mundo é pequeno/demais pra nós dois/ (…) Você tem um jeito sereno de ser/ Em toda a cama que eu durmo só dá você”.

Temer não confia/ O presidente Michel Temer não consegue entender por que 92% não confiam nele, conforme registrou a pesquisa CNI/Ibope divulgada ontem. Nem assessores palacianos entendem. Na avaliação governamental, os números só podem estar errados.

Novo hospital/ Brasília ganhará um novo hospital da Rede D’Or: O DF Star, com serviços e ambiente para aqueles que não querem estar num hospital com cara de hospital, mas sim de hotel cinco estrelas. A capital, aos poucos, vai tirando a imagem de que seu melhor serviço de saúde é a ponte aérea Brasília-São Paulo.

PT teme jogada ensaiada

Publicado em coluna Brasília-DF

O PT comemora as decisões da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal desconfiado de que Edson Fachin distribui o jogo para deixar Lula inelegível antes mesmo de o partido registrar a candidatura do ex-presidente e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) se pronunciar a respeito. O pulo do gato, na avaliação de juristas, está no fato de Fachin ter citado a Lei das Inelegibilidades ao levar o caso de Lula para o plenário da Suprema Corte. Os petistas ficaram irados.

A aposta no meio político é a de que a decisão do STF sobre Lula abrirá a temporada de escolha oficial dos candidatos a presidente entre os partidos de esquerda, em agosto, quando volta o STF. Emoção, no período eleitoral, pelo visto, não vai faltar. Assim como hoje, no jogo do Brasil. A diferença é que, enquanto o futebol une, a política vai separar.

Muita calma nessa hora
O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, tem sido o exemplo de sobriedade e reserva nesse período de vice-presidente. Porém, quem convive com ele garante que a tese da prisão em segunda instância só entrará novamente na pauta da Suprema Corte depois do processo eleitoral. Toffoli assume a Presidência do STF em 13 de setembro, quando a campanha presidencial já estará pelo meio. E não pretende tumultuar o processo com decisões que possam interferir no pleito.

Álvaro Dias versus Geraldo Alckmin
Os tucanos fizeram sua festa de 30 anos ontem com a certeza de que a caminhada do pré-candidato Geraldo Alckmin não será fácil. O ato dos 30 anos não foi á essas coisas. E, para completar, quem esteve com o senador Álvaro Dias, pré-candidato do Podemos, garantiu ao ex-governador de São Paulo que Dias não abre mão da disputa. Os dois caminham para afunilar a escolha entre os partidos de centro. Isso, claro, na hipótese de o ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles não conseguir emplacar sua candidatura no MDB.

O que eles querem
Os senadores do MDB vão cobrar o mesmo tratamento dado aos deputados federais na hora de distribuir os recursos de campanha. Ou seja, quem já tem mandato deve receber mais do que aqueles que tentam chegar ao Parlamento pela primeira vez. A direção partidária deixou essa decisão para julho.

Sinais
Quem esteve com o presidente Michel Temer disse que ele está muito abatido. A base aliada não é a mesma e até as visitas de deputados e senadores ao Planalto estão escassas. É como se fosse fim de festa. E é.

CURTIDAS

Sempre ele/ O senador Roberto Requião (MDB-PR) foi o único a se pronunciar de forma mais contundente contra a candidatura de Henrique Meirelles, na reunião da bancada de senadores do MDB.

Sempre eles/ Além de Requião, já se posicionaram abertamente contra Meirelles em reuniões partidárias Renan Calheiros (AL) e o presidente do Senado, Eunício Oliveira (CE).

Só com dinheiro/ Tem um saída: Se Meirelles garantir que vai se autofinanciar, ganhará pontos na convenção. Tudo porque sobrará mais dinheiro para a campanha de deputados e senadores.

Tite chamou?/ A semana da Câmara terminou no início da tarde de terça-feira. A Casa teve 262 em plenário e a duras penas. Quem chegasse de Marte poderia até achar que o técnico Tite convocou as excelências.

Depois dos hermanos… / Ontem, no cafezinho do plenário da Câmara só se ouvia o seguinte: Se a Argentina se classificou para as oitavas, o Brasil não pode ficar de fora. Brasiiiiiiiiiiilllllllllllll!

Contagem regressiva para a liberdade

Publicado em coluna Brasília-DF

A perspectiva de o ex-ministro José Dirceu poder assistir à final da Copa em casa é grande. Hoje, a 2ª Turma, que já soltou José Dirceu quando da outra prisão, analisará mais um pedido de liberdade do petista. Se tiver sucesso, conforme avaliam alguns juristas, será a senha para que a defesa de Lula jogue com tudo em prol de, no mínimo, uma prisão domiciliar.

O caso de Lula, avaliam juristas de peso, só não terá qualquer chance de sucesso se seus advogados continuarem em divergência. O memorial da defesa em relação ao tríplex, por exemplo, só chegou a alguns ministros da Suprema Corte há uma semana. Se continuar nesse ritmo, vai ficar difícil.

Limão & limonada
Ex-presidente da Casa e ex-líder do MDB, o senador Renan Calheiros faz o levantamento de todos os projetos que o Congresso aprovou no sentido de dotar o Ministério Público dos mais avançados mecanismos de investigação. Tudo para deixar claro que as leis aprovadas ali — e também as que estão em discussão — não são para encerrar a Lava-Jato.

Muito além dos votos
O alto índice de abstenção, votos nulos e brancos da eleição do último domingo no Tocantins, 51,83%, levou o mundo da política ao pânico. Se isso acontece na eleição presidencial, o futuro presidente terá o apoio de menos de 25% do eleitorado, considerando uma eleição em dois turnos, com disputa apertada.

Enquanto isso, no MDB…
A líder do partido no Senado, Simone Tebet (MS), chamou a bancada para uma reunião hoje. Alguns senadores vão aproveitar para medir como está o apoio ao pré-candidato a presidente da República, Henrique Meirelles, e, de quebra, ao presidente Michel Temer.

Alckmin na lida
O pré-candidato do PSDB à Presidência da República, Geraldo Alckmin, quer aproveitar o ato de aniversário de 30 anos do partido para afastar qualquer dúvida a respeito da sua candidatura.

Intervalo/ Depois da denúncia contra o
ex-procurador Marcelo Miller, acusado de ajudar a JBS enquanto ainda atuava na Procuradoria, a ordem é uma quarentena entre aqueles que deixam a PGR. Melhor assim.

Por falar em quarentena…/ O
“Cavalo Branco”, apelido que os encarcerados da Lava-Jato deram ao
ex-procurador-geral Rodrigo Janot (foto), dirá em breve que foi traído pelo “Maçaranduba”, alcunha do ex-procurador Marcelo Miller.

Vídeos & campanhas I / Circula nas redes sociais um vídeo apócrifo com imagens de atores nacionais contra a lei do Alimento Seguro, para os apoiadores, ou “lei do veneno”, conforme os adversários batizaram as mudanças na legislação dos defensivos agrícolas aprovadas ontem na comissão
da Câmara.

Vídeos & campanhas II/ A primeira imagem é de Aline Morais, dizendo que o Brasil é o um dos maiores consumidores de agrotóxico do mundo. Então, surge John Travolta e o carimbo “fake news” sobre a imagem da brasileira. Em seguida, vêm explicações por um locutor: o Brasil ocupa o 7º lugar no uso de defensivos agrícolas. Seguem-se, então, vários atores brasileiros, com explicações que contradizem as frases das celebridades nacionais. E ao final, “leia o PL. Não propague boatos comprados por celebridades”.

Lula e a guerra interna do STF

Publicado em coluna Brasília-DF

Corre nos bastidores do Supremo Tribunal Federal uma queda-de-braço que agora deságua no colo do ex-presidente Lula. De um lado, uma maioria na 2a Turma do STF que tendem a dar liberdade a presos em segunda instância. De outro, o grupo que não pretende soltar quem quer que seja, ainda que responder o processo em liberdade faça parte do arcabouço jurídico. No meio campo, há alguns, como o decano Celso de Mello.

Essa disputa sobre o que deve prevalecer para presos em segunda instância levou Edson Fachin a desistir de remeter os novos recursosLula à Segunda Turma. E com o caso seguindo direto para o plenário, o resultado não mudará. Nem tampouco a prisão domiciliar. E tudo só será pautado em agosto, quando a campanha oficial estiver nas ruas.

O PT agora vai refazer seu jogo. Com a certeza de que Lula solto é uma miragem no deserto. Enquanto os senhores do destino, os ministros do STF, não tiverem um rito único, será assim. Ora, plenário, ora Segunda Turma, que, aliás, mudará sua composição a partir de setembro: Sai Dias Toffoli, entra Carmen Lúcia. Aí, Fachin voltará a encaminhar os recursos para a Segunda Turma, com a certeza de que seus votos serão acolhidos. Até lá, o plenário quem cuidará de Lula. Se fosse outro, estava com tudo para ser analisado na Segunda Turma. É o vai-e-vem do Judiciário. Pior para Lula.

Tensão no STF

Publicado em coluna Brasília-DF

O PT prepara uma vigília em frente ao Supremo Tribunal Federal para esta terça-feira, quando a 2ª Turma julgará um novo pedido de liberdade do ex-presidente Lula, com suspensão dos efeitos da sentença, ou seja, a inelegibilidade. A ansiedade impera porque, até dentro do Supremo, há ministros preocupados com a possibilidade de a 2ª Turma optar por um meio-termo: deixar Lula aguardar fora da prisão o julgamento nas demais instâncias, mas não acolher o pedido de suspensão dos efeitos da pena, ou seja, a inelegibilidade. Afinal, uma coisa é suspender a execução da pena, algo possível. Porém, não dá para o Supremo dizer desde já que o presidente pode ser candidato, uma vez que essa questão tem que passar primeiro pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
» » »
Enquanto alguns ministros deixam transparecer suas preocupações, outros consideram que o PT pode fazer barulho, mas não conseguirá soltar Lula. É que, na prática, conforme avaliam juristas, não há diferença entre esse pedido de medida cautelar e os habeas corpus já julgados pelo STF, como aquele de 10 de maio, quando a 2ª Turma optou pela manutenção da prisão do ex-presidente. Na dúvida, os petistas vão fazer coro para dizer que o caso de Gleisi Hoffmann, absolvida num dos processos de corrupção, e o de Lula, já condenado, são iguais — mas não são. Gleisi é senadora e seu processo se baseava apenas em uma delação premiada. O caso do tríplex no Guarujá não ficou apenas na palavra do delator contra a do ex-presidente Na avaliação da Justiça, havia provas. É nesse clima de confronto que a 2ª turma analisará mais uma vez o destino de Lula.

Onde mora o perigo
Os partidos à esquerda não querem nem cogitar a hipótese de o STF soltar Lula, mas não lhe garantir a candidatura. É que, nesse caso, o petista prontamente percorreria o país nessa fase “apagando” os adversários de esquerda. Porém, não passaria a garantia da candidatura, considerada condição primordial para atrair aliados. Logo, o debate continuará travado e com o não-candidato no papel de favorito.

Onde mora a tática
Lula não está nem aí para a preocupação dos partidos de esquerda. Ele sabe que apenas um milagre fará dele candidato, mas vai jogar com o tempo. Como a campanha só começa em agosto, ele tem até lá para ver qual o melhor nome do PT para substituí-lo.

França na lida
O governador de São Paulo, Márcio França, vem aí com uma medida pra lá de polêmica: obrigar a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos a arcar com as despesas de transportes de seus usuários quando houver paradas no meio do trajeto, por falta de manutenção. “As pessoas pagam por um serviço e a Companhia vai precisar entregar. Seja de táxi, de Uber, Cabify ou que for”. Se a moda pega, muitas empresas terão que cumprir a entrega do transporte de qualidade ou ficar no prejuízo, pagando táxis para os usuários chegarem ao trabalho na hora.

E o Geraldo, hein?
A nova operação envolvendo investigações sobre o Rodoanel de São Paulo deixou mais uma vez Geraldo Alckmin na defensiva. E, justamente, no momento em que ele começava a quebrar resistências dos aliados e se aproximava de João Dória. No PSDB, há quem esteja convicto de que nada é por acaso. Embora o ex-governador negue qualquer envolvimento, nenhuma campanha presidencial consegue decolar quando fadada a passar horas explicando temas espinhosos. Vislumbra-se mais uma rajada de vento para tentar trocar o candidato tucano. Haja vista a romaria de partidos rumo à pré-candidatura de João Dória em São Paulo.

Quem vem lá/ O ex-ministro da Cultura Marcelo Calero (foto), que terminou por derrubar Geddel Vieira Lima (MDB-BA) do governo Temer, veio ao auditório do Correio Braziliense ontem cumprimentar o idealizador do RenovaBR, Eduardo Mufarej. Calero resistiu às pressões de Geddel para liberar a construção de um prédio, em Salvador, que havia sido embargada pelo Iphan. “O tempo, realmente, é o senhor da razão”, comentavam aqueles que reconheceram o ex-ministro.

Menos, Ana Amélia…/ Ao discursar logo depois do ministro Luiz Roberto Barroso (STF) no evento do RenovaBR, a senadora Ana Amélia Lemos (PP-RS) comentou que era um avanço ver um ministro do Supremo celebrado como um pop star. Da plateia, um jovem que frequentou a escola de formação política RenovaBR comentava com o colega ao lado: “Pode ser, mas é um perigo. Um juiz não pode fazer coisas populares ao arrepio da lei, e, às vezes, faz”.

Enrubesceu/ Num dado momento, Ana Amélia ainda deixou o senador Cristovam Buarque todo constrangido, quando perguntou a ele qual era o número do PPS, partido do senador. “Não pode, se não é propaganda antecipada”, disse Cristovam. Ana Amélia sorriu, lembrou que estavam num ambiente fechado e que ninguém estava pedindo votos, e a plateia soprou 23.! Risada geral.

Juiz & futebol/ Ministros dos tribunais superiores estavam em sessão durante o jogo da Argentina contra a Croácia. Restou a muitos colocar o aparelho celular no silencioso e dar aquela consultada básica, de vez em quando, para verificar o resultado. Não foram poucos que arregalaram os olhos, descrentes nas informações da internet. Hoje não tem sessão. Vamos Lá! Brasiiiiiillllll!