Potes de mágoas

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O senador Aécio Neves esteve com o presidente Michel Temer e, no encontro, ficou patente que os dois têm muita coisa em comum. Primeiro, dizem aliados de Temer, houve a certeza de que a relação entre o senador e o ex-governador Geraldo Alckmin vai de mal a pior. Aécio não gostou nada de ver Geraldo Alckmin dizer com todas as letras que o mineiro não deveria concorrer a um novo mandato. Temer não perdoa Alckmin por causa dos cinco votos de São Paulo a favor da última denúncia apresentada por Rodrigo Janot. Era uma votação para matar ou morrer, e o então governador paulista não levantou um dedo para salvar o presidente da República. Há quem diga que essa união será mais um problema para Geraldo Alckmin, além das questões de São Paulo (leia notas criatura versus criador).

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As palavras união e probidade, aliás, estiveram na reunião do PSDB ontem à tarde. Alckmin lembrou que o PT defende até quem está condenado e preso, enquanto “nós não defendemos nem os que não são nem réus”. Citou apenas o próprio caso, de quem mora no mesmo apartamento, de menos de 150 m², há 25 anos. “Nossas posses são as mesmas e isso deveria ser suficiente. Foi uma questão de campanha que já está superada”, disse, referindo-se ao processo que responde na Justiça Eleitoral em São Paulo. O senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) estava do lado. Ninguém tocou no nome de Aécio Neves.

Esqueceram dela

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, não pretende deixar quieta a decisão da segunda turma do Supremo Tribunal Federal, de tirar das mãos do juiz Sérgio Moro a parte da delação da Odebrecht sobre o sítio de Atibaia atribuído a Lula. A ideia na Procuradoria é recorrer assim que for publicado o acórdão.

Criatura versus criador I

O ex-governador Geraldo Alckmin e o ex-prefeito de São Paulo João Doria, ambos do PSDB, tiveram uma conversa nada amistosa no último domingo. Alckmin saiu da casa de Doria contrariado e com cheiro de ameaça. Aliados do ex-prefeito voltam a insuflar uma pré-candidatura a presidente da República. O ex-prefeito, entretanto, sempre responde assim: “Tem gente dizendo que eu quero ser candidato a presidente, mas é mentira, viu?” E, até aqui, é mentira mesmo. O PSDB não cogita substituir seu pré-candidato a presidente. Porém, a turma do prefeito vai forçar a porta.

Criatura versus criador II

Doria quer que Alckmin o ajude a construir uma aliança mais forte e também auxilie na campanha. Se o ex-governador não o fizer, arrisca ter o ex-prefeito jogando contra. Aliás, a situação de São Paulo foi lembrada na reunião de ontem do PSDB como algo que Alckmin precisa administrar com todo o cuidado e paciência. Afinal, enquanto Márcio França (PSB) junta partidos, Dória faz movimentos mais nacionais. O maior risco nessa situação é não ter nem Doria nem França dedicados a pedir votos ao tucano na eleição presidencial.

Por um fio

Nos bastidores da sessão em homenagem ao ex-deputado Luís Eduardo Magalhães, a mesma turma do DEM que aplaudia de forma efusiva o presidente da Casa, Rodrigo Maia, comentava: “Hoje, só quem segura a pré-candidatura de Rodrigo à Presidência da República é o próprio Rodrigo”.

Discretíssimo/ Jair Bolsonaro foi à sessão de homenagem póstuma ao ex-deputado Luís Eduardo Magalhães. Na maior parte do tempo, não tirou os olhos do celular e, de quebra, não se mostrava muito bem-humorado quando alguém se aproximava dele e do filho.

Lembrado/ Ausente à sessão por problemas de saúde, o professor Di Gênio, dono do colégio Objetivo e um dos maiores amigos do ex-deputado, foi citado no discurso de Heráclito Fortes (foto).

Dinheiro parado?/ Ao contrário do que foi dito aqui, o presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PI), apresentou
R$ 210 mil como “numerário em caixa” nas eleições de 2010. Agora, tinha R$ 200 mil. Ter dinheiro em casa não é crime. Mas, o sujeito não gasta nem aplica… Quem pode, pode, né?

Por falar em dinheiro… / A classe política costuma dizer que, depois dos R$ 51 milhões de Geddel Vieira Lima (MDB-BA), essa história de R$ 200 mil em casa é “troco”.

“Agora vai”

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Os petistas comemoraram a decisão do ministro Edson Fachin de levar o recurso do ex-presidente Lula para a segunda turma do Supremo Tribunal Federal (STF), na qual os julgamentos sobre soltura de presos da Lava-Jato costumam ter uma chance maior de sucesso. O que enche os petistas de esperança é que quatro dos cinco ministros que integram a segunda turma votaram a favor do habeas corpus de Lula em plenário, no início do mês.
Os petistas estão tão confiantes que já traçaram inclusive alguns planos, como, por exemplo, levar o ex-presidente ao Nordeste, onde a receptividade será muito diferente daquela que Lula encontrou no Sul do país.

Risco total
No Planalto, o ambiente político a partir da derrocada da MP 808, da reforma trabalhista, é considerado preocupante. O principal pilar do governo Michel Temer é apoio congressual para levar projetos importantes adiante, ainda que
tenha deixado de lado a reforma da Previdência. Se não consegue sequer votar uma MP, arrisca perder o lastro
que resta.

Jogo de empurra
O governo aponta o dedo para os congressistas, que, por sua vez, culpam o Poder Executivo pela queda da MP 808. Sinal de que a base não está tão unida quanto parece.

Carta-reforço
A tal carta, em que Lula diz ao partido para ficar à vontade nos movimentos eleitorais, foi vista por setores do partido como um jogo de cena para levar o PT a reforçar a pré-candidatura do ex-presidente. E assim o partido fez. Afinal, ninguém tem dúvidas de que o PT vai rachar no dia em que Lula deixar de ser o candidato. Aliás, já estava rachando.

Alckmin refaz os planos
Havia alguns dias, o ex-governador Geraldo Alckmin se dizia meio constrangido em procurar partidos que têm pré-candidatos a presidente da República para propor alianças. Agora, diante da corrida em que todos conversam com todos, ele mudou de ideia. Vai buscar todos. A prioridade é o DEM, de Rodrigo Maia, que já está de conversa com Alvaro Dias. Há quem diga que a próxima onda será a do senador paranaense. Dias, entretanto, não tem pressa. Seus aliados esperam que essa onda só venha em setembro, precisamente, nas vésperas da eleição.

Segura eles!/ Os comandantes regionais do MDB vão se reunir hoje com o presidente Michel Temer no Alvorada. A ordem é saber como está a montagem dos palanques regionais e promover uma reaproximação entre os diretórios do governo federal.
Só se for no laço/ Em muitos casos, os prefeitos já debandaram. Em São Paulo, há uma maioria com Márcio França (foto) e com a candidatura de Geraldo Alckmin a presidente da República.

Por falar em Márcio…/ O governador paulista tem dito que a ordem dos fatores no partido é a seguinte: primeiro, Joaquim Barbosa terá que dizer se deseja ser candidato. Se quiser, aí caberá à legenda decidir.

Mal ou bem…/ O PSB e seu pré-candidato vão ocupando espaço nesse lusco-fusco, quando os candidatos ainda não estão em campanha, porém, a política gira em torno da eleição. O PSB, que era considerado meio carta fora do jogo, agora, entrou.

“Limonada esperta”

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A pré-candidatura do presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), à Presidência da República passou a respingar óleo quente no governo. Há quem considere que ele tem sido muito “tolerante” com a obstrução do PT e ao PSol, prejudicando as votações na Casa. Enquanto isso, os apoiadores de Rodrigo, especialmente os deputados do PP, usam a pré-candidatura para colocar a espada no pescoço do governo.

Aliás, o jogo de Rodrigo com o PT e o PSol fez soar no PP a desconfiança de que o atual presidente da Câmara atua para manter as portas abertas com os petistas para o caso de concorrer a um novo mandato de deputado federal e, por tabela, mais um a presidente da Câmara. Os pepistas, que se consideram mais espertos que todos os demais partidos, não reclamaram com o presidente da Casa e fizeram do limão uma limonada. Mantiveram o apoio a Rodrigo, porém, certos de que esse período pré-eleitoral é o último para arrancar alguma coisa do Planalto. Se Rodrigo decolar mais à frente e se mostrar viável enquanto candidato a presidente, o partido o apoiará. Senão, buscará outro campo. O problema aí é a esperteza comer o esperto.

Preocupou
O “problema de agenda” que, segundo a Procuradoria Geral da República, tirou a procuradora Raquel Dodge da solenidade de entrega da medalha Ordem do Rio Branco deixou os aliados do presidente Michel Temer um pouco mais apreensivos. Porém, avaliam, não dá para morrer de véspera. A única coisa a fazer é seguir trabalhando.

Se for assim, Joaquim vai
A pesquisa de intenção de voto divulgada neste fim de semana pelo site Poder360, feita pelo instituto DataPoder 360, foi vista pelo PSB defensor da candidatura do jurista Joaquim Barbosa como mais um argumento para insistir na empreitada. Jair Bolsonaro (PSL) na liderança, na casa dos 20%. Joaquim, em segundo, entre 13% e 16%, acima de Marina Silva, Ciro Gomes, Álvaro Dias e Geraldo Alckmin. Para completar, Joaquim ainda bate o ex-capitão no segundo turno, por três pontos, acima da margem de erro.

O Real e o mensalão
Desde a pesquisa Datafolha divulgada na semana passada, os políticos não tiram os olhos da onda Joaquim, conforme o leitor da coluna pôde acompanhar. Os partidos de esquerda temem que o ministro, relator do mensalão, termine cooptado pelos mais conservadores. Foi o que ocorreu com Fernando Henrique Cardoso em 1994, quando o PT negou apoio ao Plano Real e o então PFL concedeu os votos e o respaldo eleitoral.

Por falar em esquerda…
Quem acompanha os movimentos dos partidos com viés de esquerda alerta que a prisão de Lula levou tanto o PT quanto o PCdoB a jogar fora o respeito às decisões judiciais. Agora, ambos começam a fazer o mesmo em relação à prisão em segunda instância. Nesse ritmo, daqui a pouco virá uma campanha deles para soltar Eduardo Cunha, Geddel Vieira Lima, Rodrigo Rocha Loures, Henrique Eduardo Alves e quem mais chegar.

E o Geraldo, hein?
O PSDB de Geraldo Alckmin sabe que a sua fase agora não é das melhores. Porém, acreditam os tucanos, dá para melhorar até junho. O problema, entretanto, alertam os outros, é o afastamento dos demais partidos de centro. Se essas legendas conseguirem encontrar um caminho mais seguro até lá, será adeus, Geraldo.

CURTIDAS

Palavras/ Artistas que tiverem a honra de ter Fernanda Montenegro na plateia e, depois, receberem a visita dela no camarim, fiquem atentos aos termos usados pela papisa do teatro brasileiro para se referir à atuação. Amigos avisam que, se ela disser “incrível”, é melhor ensaiar mais ou rever o texto.

Vírgulas/ O ministro Joaquim Barbosa custou a convencer alguns de que era a sua família que resistia à candidatura presidencial. Ao responder a uma pergunta sobre qual o motivo pessoal de não assumir de ver a pré-candidatura, se era de foro íntimo, ele disse “não minha familía”. Na verdade era, “não, minha família”.

Chôro na ONU/ Reco do Bandolim é um dos convidados para o evento das Nações Unidas que reunirá os países de Língua Portuguesa, em 05 de maio, em Nova York, quando se comemora o Dia da Língua Portuguesa. Além de mostrar a maestria de sua música, fará uma palestra sobre a história do chorinho. Para os brasileiros que vivem por lá será uma chance de contato com as raízes.

Sucesso lá fora/ Não é a primeira vez que Reco vai se apresentar para seletas plateias. No período do Forum Mundial da Água, o governo do DF, por medidas de segurança, quis manter fechado o Clube do Chôro, ao lado do Centro de Convenções. O Banco Mundial insistiu que ficasse aberto para oferecer um pouco da música brasileira às autoridades estrangeiras. Foram dois dias de shows para os convidados do Bird e outro para o Rotary Internacional, enquanto os “santos de casa” queriam o clube fechado.

Falar para segurar

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O pronunciamento do presidente Michel Temer não tem como alvo apenas a população. É um recado direto ao Ministério Público, de forma a tentar evitar uma terceira denúncia, e à classe política. “A cada notícia negativa que aparece, é mais um que se afasta”, constatam alguns ministros. O MDB sente cheiro de esvaziamento — foi o partido que mais perdeu deputados no período em que era possível trocar de partido sem sanções legais — e começa a ver seus aliados conversando entre si sobre cenários eleitorais, meio que deixando o partido escanteado.

Apesar dos movimentos eleitorais, é consenso no partido que o presidente Michel Temer está mais preocupado em terminar o mandato de forma altiva do que partir para um projeto reeleitoral sozinho. Para isso é preciso exorcizar o fantasma da terceira denúncia e colocar em alto e bom som as boas notícias que o governo colecionou na seara da economia. Embora ainda tenha muito caminho para percorrer, principalmente no quesito emprego, há um consenso entre os analistas de que o país saiu do atoleiro.

E, pelo menos, esse legado Temer pretende adicionar à biografia.

Sem jogo político I

Quem conhece a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, não estranhou o pedido de arquivamento de denúncias contra deputados do PP por falta de provas. Afinal, segurar inquérito por anos a fio, sem oferecer denúncia, é, no fundo, um uso eleitoral do MP. E isso a atual procuradora já avisou que não vai permitir.

Sem jogo político II

A forma técnica como a procuradora-geral trata os processos é que tira o sono do governo. Afinal, se ela apresentar uma denúncia contra o presidente Michel Temer, o emedebista estará fora do jogo eleitoral definitivamente e, de quebra, terá dificuldades em concluir esses oito meses de mandato.

Te cuida, Geraldo

No evento da Lide, no Recife, o senador Álvaro Dias, do Paraná, pré-candidato a presidente pelo Podemos, aproveitou para conversar com vários parlamentares. Sentou-se ao lado do primeiro vice-presidente do Senado, Cássio Cunha Lima.

Por falar em Álvaro…

O senador não conversa só com os tucanos e continua em busca de um vice para a sua chapa. Dia desses almoçou com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). O ex-governador Geraldo Alckmin segue com algum constrangimento em acelerar as conversas com os partidos que têm pré-candidato e, nesse ritmo, vai perdendo terreno para o paranaense.

CURTIDAS

Candidato/ O grupo de situação da OAB-DF ainda não definiu quem lançará para comandar a instituição, mas a oposição, sim. Com escritório em Brasília desde 2001, Max Tedesca (foto) preside o Ipod (Instituto de Popularização do Direito), que busca traduzir a linguagem rebuscada do Direito e seus conceitos para jovens carentes. É ainda autor do livro 2038, a instituição da cleptocracia num futuro não muito distante, uma ficção que praticamente antecipou o que vemos hoje no noticiário político.

Apoiadores/ Tedesca não está sozinho na pré-campanha. Na última eleição da OAB-DF, concorreu como candidato a vice-presidente do advogado Paulo Roque, hoje candidato ao Senado. No último sábado, quando do lançamento da pré-campanha, fechou vários apoios, entre eles, o do presidente da OAB de Taguatinga, Lairson Bueno, e de Alda Corrêa, viúva do ex-ministro Maurício Corrêa.

Prioridades/ Antes de reunir os pré-candidatos a presidente da República, em 4 de julho, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) fará um seminário na véspera sobre governança e segurança jurídica. Esses são hoje os dois braços que mais preocupam o setor produtivo brasileiro.

Muita calma nessa hora/ Este fim de semana tem convenção do PTB. Roberto Jefferson defenderá que o partido sinalize desde já um apoio ao ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, do PSDB. Vai ser difícil.

Brasília, sua linda, parabéns para você!


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Casamento “arranjado”

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É assim que um grupo expressivo do PSB recebe o potencial candidato a presidente da República Joaquim Barbosa em seu primeiro encontro partidário. Ele, hoje, é a ponte para o partido não se esfacelar na eleição de 2018. No momento, uma coligação com o PSDB, ideal para o governador de São Paulo, Márcio França, implode o partido. Uma aliança com o PT, como deseja o governador de Pernambuco, Paulo Câmara, levará para o mesmo caminho. Barbosa deixa o PSB a salvo desse esfacelamento no primeiro turno. O fato de estar num partido com mais tradição na política lhe transforma ainda no único novato com condições de chegar ao segundo turno.

A tendência do PSB hoje é aceitar a candidatura, se Joaquim assim quiser. Porém, se ele insistir em só dizer sim se houver “amor”, leia-se unanimidade, por parte do PSB, o casamento não vai ocorrer. Ali, a ordem é aquela que num passado não muito distante norteou muitos dos casamentos da nobreza: um arranjo para preservar a herança. A resposta a essa equação, Joaquim e o PSB só darão entre fim de maio, início de junho. Talvez, até lá, muitos dos “padrinhos” já tenham assumido outros compromissos.

Candidato versus partido

O pré-candidato do PRB à presidente da República, Flávio Rocha, teve uma demonstração, esta semana, de que precisa acertar e muito os ponteiros em seu partido. Ele defende o cadastro positivo e o seu partido terminou engrossando a obstrução que levou ao adiamento da votação. Quem avalia a capacidade de liderança dos postulantes ao Planalto registrou o descompasso.O do PSC, Paulo Rabelo de Castro, também precisa se agarrar no mesmo serviço. Os partidos de ambos estão com problemas em fazer valer as ideias dos seus postulantes.

Era assim ou…

A decisão de Edson Fachin de conceder prisão domiciliar de ofício a Paulo Maluf foi jogo combinado para evitar que a Suprema Corte terminasse aceitando novos recursos por parte dos réus. Na visão de aliados do ministro, assim Maluf fica como uma exceção por causa do seu estado de saúde e fim de conversa. A porteira para dois recursos continuou fechada.

Ser ou não ser

Do Japão, onde está em viagem oficial pelo Senado, o senador Antonio Anastasia voltou a refletir sobre a candidatura ao governo de Minas.

Calma, Gleisi, calma

As críticas da presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann, ao envio do caso do ex-governador Geraldo Alckmin à Justiça Eleitoral é vista por quem entende do traçado como um tiro no pé. Afinal, o caso dela pode ter o mesmo destino, se for considerado dinheiro de campanha.

Fechada em copas/ A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, evita ao máximo as audiências com políticos. Especialmente aqueles que ela sabe que vão reclamar do trabalho dos procuradores.

Reclama com o Bispo!/ O resultado do estilo portas fechadas na Procuradoria é que vão todos reclamar no Supremo Tribunal Federal, onde as ações contra os políticos deságuam.
Festa/ O ex-ministro José Eduardo Cardozo (foto) reuniu um grupo de amigos, em sua maioria advogados, para comemorar o aniversário num restaurante de Brasília. À mesa, a expectativa era a de que o Supremo Tribunal Federal daria um alívio a Paulo Maluf ontem. Ficou abaixo do que eles queriam.

Lembram dele?/ Mineiro de Paracatu, Joaquim Barbosa tem um jeitão parecido com o do ex-presidente Itamar Franco, que era de alguns rompantes, mas saiu do governo com aprovação. Privilégio de poucos no Brasil.

E o MDB esquece o “3 em 1”

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Henrique Meirelles deixou o Ministério da Fazenda e se filiou ao MDB com desejo de concorrer à Presidência da República, mas, já no primeiro grande jantar da bancada na Câmara, não foi sequer convidado. Alguns parlamentares mais apressados saíram felizes, dizendo que finalmente a pré-candidatura de Michel Temer decolou. Nada disso. O MDB está a cada dia mais ciente das dificuldades do atual presidente. Mas tem que deixar o nome de Temer na roda para evitar que a maioria esfarele mais rápido nesse ambiente nebuloso.

Quanto a Meirelles, quem lê a coluna constantemente sabe que ele já é chamado de “três em um” por muitos do MDB: Tem dinheiro para financiar a própria campanha, tem o discurso da defesa do governo e, para completar, pode ser abandonado caso não decole nas pesquisas. Ou seja, vai bem com o mote da pré-campanha, “o tiozinho que resolve”. Os entusiastas da candidatura do ex-ministro comentam que, se Lula e Temer chamaram Meirelles para resolver os problemas da economia, o eleitor em outubro pode fazer o mesmo. Só tem um probleminha: se o MDB continuar se esquecendo dele, não vai ser o eleitor quem vai se lembrar.

Preocupante
O MST faz uma série de ocupações simultâneas nesta semana para ver se cria um clima pela libertação de Lula, uma vez que a população não se mobilizou. Já foram oito ocupações de fazendas, estradas e até uma repetidora de tevê nos últimos
dois dias.

Cássio na área I
No papel de presidente do Senado nestes dias em que Eunício Oliveira viaja ao Japão, o senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) colocou em pauta tudo o que estava represado. Entrou até mesmo um projeto que prevê multas para empreiteiras que não cumprem os prazos de entrega dos imóveis. O MDB se mobilizou e conseguiu tirar o projeto de pauta. Temporariamente.

Cássio na área II
O protagonismo de Cássio fez acender o sinal de alerta no MDB. Se o partido não fizer a maior bancada de senadores na eleição deste ano e os tucanos arrematarem a Presidência da República, adeus comando do Senado.

Por falar em Senado…
Nos bastidores do MDB, o que preocupa mesmo hoje é o destino de Milton Lyra, lobista preso na operação Rizoma. Ele teve dois pedidos de habeas corpus negado. A torcida dos emedebistas agora é para que o caso caia para algum ministro mais maleável do Superior Tribunal de Justiça e siga na mesma linha para o Supremo Tribunal Federal.

Batman versus Superman/ Procuradores e policiais voltam a se enfrentar pelo protagonismo das investigações, na discussão do novo Código de Processo Penal em tramitação no Congresso. Ontem, no CB.Poder, o presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República, José Robalinho (foto), foi direto: “O relator, que é policial, mexe em algo que já estava sacramentado, que é poder de investigação do Ministério Público. Se o fizer, força-tarefa, como a da Lava-Jato, acaba”, alerta.

Injeção de desânimo/ Entre os bilhetes que Lula recebeu, um foi do ex-ministro José Dirceu, falando da prisão, do período que passou em Curitiba. Como pode voltar para lá em breve, Dirceu termina na linha do “daqui a pouco estaremos juntos”. Para quem não vê a hora de voltar às conversas políticas, não foi lá muito animador.

Sai pra lá, tristeza/ Um dos visitantes de Lula chegou a ficar com os olhos marejados. O ex-presidente foi logo dizendo: “Não quero ver ninguém chorando aqui”. Faz sentido.

Lula e Temer/ Antes de se dedicar à leitura de Homo Deus, do filósofo israelense Yuval Noah Harari, Lula leu Sapiens, do mesmo autor. Ficou tão impressionado quanto o presidente Michel Temer.

Duas certezas

Publicado em coluna Brasília-DF

As pesquisas divulgadas nessa semana não farão com que os partidos corram esbaforidos em busca de alianças. A ordem agora, passada a prisão de Lula e o prazo de filiações partidárias, é cada um continuar no seu quadrado, tentando aumentar o cacife para uma negociação mais vantajosa quando chegar a hora. Até o Solidariedade, que estava sem candidato a presidente, lança amanhã o nome de Aldo Rebelo no rol dos presidenciáveis para ver o que acontece mais à frente.

Até aqui, duas certezas nessa pré-campanha: 1) Lula não será candidato, apesar de o PT ainda o colocar como o seu plano para outubro. 2) A esquerda não se unirá em torno de um único nome. “Chance zero de Marina ser vice de Joaquim Barbosa ou de estarmos aliados ao PT”, diz Pedro Ivo, porta-voz nacional da Rede de Marina Silva. Ela será candidata independentemente de pesquisa, de Lula e de quem mais chegar. Os partidos de centro, entretanto, tendem a ser mais pragmáticos. Porém, vão esperar mais um pouco. Sabe como é, em tempo de investigações, cautela e caldo de galinha são os ingredientes da hora. Antes do dia dos namorados, ninguém vai propor casamento.

Olho neles
A prisão de vários personagens na “Encilhamento”, que investiga fraudes no regime próprio de previdência dos municípios, colocou muita gente em Brasília sob alerta. É que, entre os investigadores, há quem esteja convicto de que era nessa seara que os sobreviventes do petróleo continuaram seus negócios. Não por acaso, estava no rolo Meire Poza, que trabalhava com Alberto Youssef.

Com ou sem P…
… MDB não vai. Quem acompanha com uma lupa os partidos de centro para saber com quem seguir a partir de julho descarta de pronto uma aliança com o MDB. Nada contra o ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles. O problema é que ninguém quer ficar explicando os milhões de Geddel Vieira Lima. A avaliação geral é a de que o fato de o MDB não ter expulsado Geddel é sinal de que tem muita coisa para a sigla colocar sob o tapete.

Apostas no escuro
O centro da política hoje está dividido entre Rodrigo Maia (DEM-RJ) e o ex-governador Geraldo Alckmin. Se a intervenção no Rio não servir de rampa para a decolagem de Maia, vai sobrar Alckmin nesse campo. Há quem, desde já, preveja inclusive um segundo turno entre Ciro Gomes e Geraldo Alckmin.

Cabral virou Geni
Até Marcinho VP, considerado o chefe do Comando Vermelho, chama Sérgio Cabral de traidor: “O maior Judas que eu já conheci. O maior facínora”, disse ele em entrevista ao jornalista Domingos Meirelles, direto da prisão de Catanduvas. De facínora, Marcinho VP entende.

Salvos pela guerra
Os ataques dos Estados Unidos à Síria serviram de escudo para que políticos brasileiros, em especial o presidente Michel Temer, evitassem falar das mazelas domésticas na Cúpula das Américas, em Lima.

Sonho de Gleisi/ Muita gente estranha o comportamento da presidente do PT, Gleisi Hoffmann, quando se fala em candidato alternativo. Há quem jure que ela deseja ser a candidata, caso Lula não possa concorrer. Ocorre que ela tem problemas semelhantes aos do ex-presidente, ou seja, tem o que explicar à Justiça.

Pesadelo de Temer/ Ninguém no quadro partidário dá hoje um vintém pela candidatura do presidente Michel Temer a mais um mandato. Nem a maioria do MDB, que hoje cuida mais da própria vida do que de qualquer campanha presidencial.

Data marcada/ A Confederação Nacional da Indústria (CNI) já marcou o tradicional encontro dos presidenciáveis com os pesos-pesados do PIB nacional para 4 de julho. Só tem um detalhe: não sabe ainda quem chamará. Comentário da coluna: pode esperar, pelo menos, mais um ou dois meses para expedir os convites.

Programa novo/ O cientista político Lucas de Aragão virou entrevistador. Ele estreia nesta segunda-feira um programa no site da revista GQ, com a presença do ex-ministro Henrique Meirelles.

Joaquim e José

Publicado em coluna Brasília-DF

Se o PT quiser apoiar a candidatura de Joaquim Barbosa à Presidência da República, o ministro aposentado do Supremo não terá o menor problema em recebê-los em seu palanque. “Apoio não se recusa”, tem dito ele a interlocutores. É estabelecido um programa, fazendo com que todos sigam à risca o que for traçado. Da parte do PT, até o ex- ministro José Dirceu, que teve em Barbosa seu principal algoz no processo do mensalão, não faz objeções. Falta combinar com os “russos”.
A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, não topa. Comenta-se no PT que ela chegou a colocar o dedo na cara do ex-ministro Jaques Wagner, por causa das declarações em defesa de uma candidatura única das esquerdas. Há quem diga que, com Gleisi no comando, não tem acordo com o PSB.

Demorou, perdeu

O Congresso perdeu a chance de reduzir o foro privilegiado e ganhar um discurso para os próprios deputados ao longo da campanha, separando a maioria dos atuais congressistas daqueles envolvidos no petrolão. Agora, porém, é tarde. Quem vai cuidar do tema é o Supremo Tribunal Federal. Assim, restará mais um desgaste para os congressistas.

Boca fechada…

… Não entra mosca. Por isso, Joaquim Barbosa está quieto. Não é hora de falar sobre o habeas corpus de Lula, de prisão em segunda instância. O neossocialista está dedicado a montar a sua própria estrutura de pré-campanha e terminar as conversas para quebrar resistências internas.

Por falar em resistências internas…

O desejo de parte dos socialistas, em especial, os ligados ao governador de São Paulo, Márcio França, é que Barbosa seja candidato ao governo do Rio de Janeiro. Porém, se o jurista demonstrar um bom desempenho nas pesquisas, ninguém vai tirá-lo mais da corrida presidencial. Vale lembrar que chegava a dois dígitos quando não era filiado a partido político. A tendência agora, avaliam alguns, é ampliar.

No embalo do Datafolha

A depender dos números que apresentar nas pesquisas que sairão neste fim de semana, o PSB vai começar as conversas sobre alianças presidenciais em torno de Joaquim Barbosa na cabeça de chapa. No partido, reina, desde Eduardo Campos, o ditado popular: quem chega primeiro bebe água limpa.

E o Doria, hein?/ Agora que virou réu na ação popular que pede a suspensão da PPP para troca da iluminação pública de São Paulo, o ex-prefeito João Doria (foto) abriu um flanco aos adversários. Essa PPP é a mesma que provocou a demissão de Denise Abreu por suspeita de recebimento de propina. Denise saiu, mas os pagamentos foram mantidos.

Eles têm medo/ Aliados de Jair Bolsonaro (PSL) temem que ele seja este ano o que Ciro Gomes foi em 2002. Ciro ganhou uma onda positiva e perdeu força quando fez um comentário machista a respeito da mulher, Patrícia Pillar. Agora, Bolsonaro está denunciado por racismo.

Por falar em Ciro…/ De olho nos movimentos do PT, que já vê com simpatia até o nome de Joaquim Barbosa, o juiz do mensalão, eis que surge um pedido de Ciro Gomes (PDT) para visitar Lula. O pedetista achava que os votos do ex-presidente iriam para o seu colo sem muito esforço. Agora, percebe que não será assim tão fácil. Por isso, quer cortejar o líder, coisa que Joaquim não fará.

Discretíssima/ A presidente da República em exercício, Cármen Lúcia, manteve a tradição de não despachar na mesa de trabalho presidencial.

Doria na pressão

Publicado em coluna Brasília-DF

Incomodado com a parceria entre o PSDB do presidenciável Geraldo Alckmin e o PSB do governador candidato de São Paulo, Márcio França, o ex-prefeito João Doria passa a cobrar do ex-governador uma postura mais clara em defesa da sua pré-candidatura ao governo do estado. Nos meandros do discurso, Doria diz que vai apoiar o nome do partido ao Planalto e coisa e tal, mas começa a dizer que Alckmin é “mais inibido”, não é de “subir no palanque para fazer o enfrentamento”, e que ele (Doria) é mais aguerrido.

Para bons entendedores do próprio PSDB, o recado está dado: ou Geraldo Alckmin entra de cabeça na campanha de Doria, ou o candidato a governador pelo PSDB vai levar seu pessoal a pedir que o ex-prefeito seja o candidato do partido a presidente da República, como forma de dar ao PSDB uma postura mais aguerrida na campanha presidencial. As cobranças começaram mais cedo do que os alckministas esperavam. E Geraldo que durma com um barulho desses.

Onde mora o perigo
Não é bem Paulo Preto que preocupa parte do PSDB. E sim os demais presos na mesma operação da PF. Um deles está há quatro dias nas dependências da Polícia Federal. Se o ex-diretor do Dersa não falar, a aposta é a de que outros falarão.

Onde reside a esperança
O governo não tira os olhos da intervenção no Rio de Janeiro. Acredita-se, no entorno de Michel Temer, que, se ela der certo e as investigações chegarem logo aos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco e de seu motorista, os governistas terão alguma chance de sucesso nas campanhas estadual e federal.

Milton, o canal
A prisão de Milton Lyra na operação Rizoma, a mesma que levou o petista Marcelo Sereno para trás das grades, voltou a deixar os emedebistas insones. Há quem diga que pode vir daí uma delação capaz de fazer balançar a campanha dos senadores do partido.

Serenidade
Além do enrosco na Lava-Jato, Milton Lyra e Marcelo Sereno têm em comum o gosto pelos vinhos caros. Gostavam de ostentar preciosidades da ordem de US$ 1,5 mil a garrafa.

Vão se preparando
Se alguém tinha alguma dúvida sobre a disposição do Supremo Tribunal Federal de apoiar as decisões da Lava-Jato, o 7 a 4 em favor da manutenção de Antônio Palocci na prisão dissipou qualquer dúvida. Quem está preso que vá se acostumando com o aperto.

“Chama o tio, que ele resolve” / Numa roda de conversas em São Paulo, empresários sugerem esse slogan para a campanha presidencial do ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles (foto)

Pensando bem…/ Embora descrentes das chances de Meirelles ser candidato a presidente da República, empresários consideram que o mote de campanha de Meirelles está dado: todos os últimos presidentes o chamaram para pedir um socorro na hora que o bicho pegou na economia. A única que não chamou se deu mal. Levou os indicadores para o fundo do poço.

Susto na PF I/ Agentes da Polícia Federal tomaram um susto ontem no edifício-sede, em Brasília. Tudo porque adolescentes passaram atrás do prédio conhecido como Máscara Negra batendo forte nos vidros.

Susto na PF II/ O estrondo foi tal que policiais chegaram a fazer uma vistoria para ver se havia sido alguma pedra. Quando viram que se tratava de um grupo de jovens, deram meia-volta e desistiram da perseguição. Não deve ser fácil trabalhar num prédio que simboliza a instituição alvo de mau-olhado de tantos figurões de Brasília.

Relator empoderado

Publicado em coluna Brasília-DF

Se teve um vitorioso ontem no Supremo Tribunal Federal (STF) antes mesmo de terminada a sessão foi o ministro-relator da Lava-Jato, Edson Fachin. Ele ganhou da maioria dos colegas o direito de levar qualquer pedido de habeas corpus diretamente ao plenário da Suprema Corte, sem necessidade de se dirigir diretamente à 2ª Turma, onde a maioria do colegiado, composto por Gilmar Mendes, Dias Toffoli, Ricardo Lewandowski, Celso de Mello e Fachin, tem libertado os enroscados na Lava-Jato, como fizeram com José Carlos Bumlai. Aliás, foi depois da liberação de Bumlai que Fachin decidiu levar o caso Palocci ao pleno. Agora, dizem aqueles que conhecem Fachin, é bom o pleno da Casa se acostumar, porque outros pedidos virão.
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Em tempo: A onda do plenário do STF criada a partir do caso do ex-ministro Antonio Palocci indica que, ali, vai ser difícil liberar os encarcerados da Lava-Jato. Em outras palavras, o ex-presidente Lula vai esperar um bom tempo para sair da cadeia.

Mudança dos ventos
Depois de horas fechado com representantes do MDB paulista, o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, seguiu para São Paulo. O partido, que tem em Paulo Skaf seu pré-candidato a governador e em Brasília mantinha conversas com o ex-prefeito João Doria, está cada vez mais próximo do governador Márcio França. Marun foi até lá dar um freio de arrumação. A ordem é esperar mais um pouco para ver como é que fica.

Duas leituras
A saída de 13 deputados do MDB, provocada basicamente por problemas regionais, será fartamente explorada como uma baixa por causa das denúncias envolvendo o presidente Michel Temer e seus amigos. Ninguém quer ser obrigado a explicar a prisão dos dois ex-presidentes da Câmara indicados pelo partido, Eduardo Cunha e Henrique Eduardo Alves, nem os R$ 51 milhões de Geddel Vieira Lima.

A onda é renovar
Candidato da oposição a presidente da Confederação Nacional do Comércio, o deputado Laércio Oliveira adota as mesmas bandeiras que prometem nortear as eleições de outubro. Boa gestão de recursos públicos e renovação. A eleição da CNC é em setembro, quando a campanha política estará pegando fogo. Laércio vai propor, por exemplo, a máximo de dois mandatos para que alguém possa presidir a instituição. O atual presidente, Antônio Santos, está lá desde 1980 e apoia José Roberto Tadros.

Disputa acirrada
Com o empate técnico entre os concorrentes, cada um joga com as armas que tem. Tadros se apega a Santos, enquanto Laércio Oliveira lembra seus projetos na Câmara, como o que instituiu o trabalho intermitente e a relatoria do projeto da terceirização.

E o climão continua/ Enquanto o ministro Gilmar Mendes expunha seu voto sobre a necessidade de o plenário analisar o pedido de HC de Palocci, Edson Fachin digitava em seu laptop.

E nos bastidores…/ Os advogados estão a cada dia mais boquiabertos com o STF. Recusar análise de um habeas corpus a alguém preso preventivamente há mais de um ano deixou muitos à beira de um ataque de nervos.

E a economia, hein?/ Eduardo Guardia aproveitou a transmissão de cargo para confirmar toda a equipe e ver se acalma o mercado. Melhor assim.

Suprapartidário/ O novo ministro do Esporte, Leandro Cruz, conseguiu reunir quase todos os ex-ministros da pasta na transmissão de cargo. Tudo porque criou uma galeria para estampar as fotos daqueles que já comandaram o ministério. Lá estavam Orlando Silva, Aldo Rebelo, George Hilton e, óbvio, Leonardo Picciani, (foto), que sai do governo para concorrer a um mandato de
deputado federal.

Faltou um/ Na galeria constam apenas aqueles que ocuparam o cargo a partir do governo Lula (antes o ministério era ‘extraordinário’). Do rol de ex-ministros do período Lula-Dilma-Temer, apenas Agnelo Queiroz não compareceu. Mandou dizer que estava doente.