Categoria: coluna Brasília-DF
Bolsonaro ainda não bateu o martelo para o comando da Infraestrutura, área crucial
Com mais da metade dos ministros definida, Jair Bolsonaro está com dificuldades de fechar uma área crucial para alavancar a economia: a Infraestrutura. Ao que tudo indica, ele vai deixar para anunciar mais ao final. Assim, quando o futuro ministro chegar, o desenho de estatais a serem preservadas e as que serão extintas rapidamente estará pronto. Nesse sentido, é bom muitos dos alinhados ao atual governo ficarem espertos, porque, quem for se mexer para determinadas estatais, pode terminar sem nada. A EPL, por exemplo, como aliás já foi dito aqui na coluna, está com os dias contados.
O jeitão de Rodrigo Maia
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, colocou a necessidade de equilíbrio dentro do Poder Legislativo como principal bandeira de campanha. Assim, pretende atrair todos os partidos, em especial, os da oposição. Até aqui, as legendas que se reuniram ontem, PSB, PV, PPS, PDT e PCdoB, que não abandonou o bloco, admitem esse desenho.
Faltam os “russos”
O PT ainda não definiu. Seus líderes consideram que ainda é cedo para fechar qualquer apoio a candidaturas. Por enquanto, os petistas caminham sozinhos.
PSL resiste a Maia
A reunião do PSL, ontem, deixou transparecer a dificuldade do partido em apoiar a reeleição do presidente da Câmara, Rodrigo Maia. Significa que o deputado do DEM será, a cada dia, mais empurrado para o jogo com os partidos fora do governo Bolsonaro. Só tem um probleminha: Bolsonaro quer o DEM no chamado “núcleo duro” do seu governo. Logo, precisará fazer algum agrado à legenda, uma vez que a escolha de ministros não é considerada um gesto partidário. Gesto partidário se faz no Parlamento.
Turismo pressiona
A demora do presidente eleito, Jair Bolsonaro, em definir os setores de Infraestrutura e de Indústria e Comércio fez aumentarem pressões para manutenção de alguns ministérios. Na área de Turismo, por exemplo, o Conselho Nacional do setor enviou uma carta ao futuro chefe de Estado com uma moção de apoio à permanência da atual estrutura com status de ministério. O documento diz ser um “retrocesso” extinguir ou fundi-lo com outra pasta uma área responsável pela criação de um a cada cinco empregos no mundo e que representa ainda 10,4% do PIB global.
Palacianos da “primeira fase”
Quem conhece bem o funcionamento da política aponta que dos ministros palacianos pelo menos um tem prazo de validade: Onyx Lorenzoni. Nos últimos 25 anos, nenhum ministro da Casa Civil permaneceu todo o período de governo no cargo. A exceção é nesse pequeno período de dois anos, Eliseu Padilha. Quanto ao Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e secretaria-geral da Presidência da República, a longevidade parece maior.
Noiva ilustre I/ Advogados e médicos com escritório no complexo Brasil XXI, no coração de Brasília, ficaram intrigados, dia desses, com a presença de uma noiva no heliponto do Hotel Meliá. Era Denise Veberling, que se casa, hoje, com o futuro ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, no Clube do Congresso.
Noiva ilustre II/ Denise não chegou de helicóptero. Advogados que foram pesquisar, descobriram que a noiva de Lorenzoni pediu e obteve autorização para usar o heliponto como cenário para as fotos com o vestido que usará no casamento. No local, ficaram apenas ela, o fotógrafo e um segurança. As fotos, aliás, dizem na transição do governo, estão guardadas a sete chaves. Afinal, o noivo não pode ver o vestido antes da hora.
Palácios do poder I/ A primeira-dama, Marcela Temer (foto), apresentou o Alvorada inteiro a Michelle Bolsonaro, porém, não mencionou por que preferiu morar na Granja do Torto, residência do vice-presidente. É que tanto Marcela quanto o presidente não gostaram da energia do local.
Palácios do poder II/ A alguns amigos, Temer contou que ele e Marcela ouviam barulhos estranhos na madrugada, como se o local fosse mal-assombrado. Eu, hein.
Hoje tem!/ A festa de premiação do prêmio Engenho de Comunicação, o dia em que o jornalista vira notícia. O Correio é finalista em várias categorias: melhor veículo impresso, melhor cobertura de Brasília, melhor coluna (com dois finalistas, Brasília-DF, assinada por mim, e Entrelinhas, assinada por Luiz Carlos Azedo). Esta 15ª edição do prêmio terá, ainda, uma homenagem especial à jornalista Liana Sabo, que comanda a coluna Favas Contadas e completa 50 anos de bom jornalismo nas mais diversas áreas. Aos jurados, nossos agradecimentos.
Para evitar uma nova Lava-Jato, presidente da Petrobras responderá diretamente a Paulo Guedes
Pelo andar da carruagem, vem por aí um esvaziamento do futuro ministro de Infraestrutura. A escolha do presidente da Petrobras antes do ministro de Minas e Energia, ou do de Infraestrutura, por exemplo, mostra que o setor de petróleo responderá diretamente a Paulo Guedes. Na primeira fase do governo Lula, para desgosto da então ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, o presidente da Petrobras respondia direto ao Palácio do Planalto. Quando ela ocupou a Presidência, também deixou a Petrobras sob o comando palaciano. O resultado foi a Lava-Jato. Bolsonaro quer evitar isso. Além da Petrobras, empresas importantes devem responder direto à área econômica.
Núcleo duro
O presidente eleito, Jair Bolsonaro, pretende fazer o comando estratégico político de seu governo com PSL, DEM e PRB. Só tem um probleminha: ainda não avisou aos presidentes
dos partidos.
Pior para Rodrigo
A escolha de Luiz Henrique Mandetta, do DEM, para ministro da Saúde representará mais um motivo para que os partidos de centro resistam à reeleição
de Rodrigo Maia para a Presidência da Câmara. O PP encabeça esse movimento.
Leitura geral
Deputados estão convencidos de que o presidente eleito, Jair Bolsonaro, não quer Rodrigo no comando da Câmara. Porém, se trabalhar contra, pode animar muitos a apoiar o democrata.
Falta convencer o PT
Rodrigo Maia é visto como um nome capaz de agregar os partidos de esquerda, parte do centro e buscar uma Câmara mais equilibrada.
Se os partidos de esquerda forem inteligentes, podem ter aí a primeira derrota do presidente eleito.
Ô, vício!/ Um dos locais onde o futuro ministro da Saúde pode ser encontrado sempre na Câmara é o… fumódromo. Do lado de fora do Salão Negro.
Se chamar, ele vai/ Sondado por líderes religiosos se aceitaria ser indicado para assumir o Ministério da Educação, o senador eleito e atual deputado federal Izalci Lucas (PSDB-DF) está bem ciente dos desafios que teria pela frente. No evento Diálogo entre Poderes, promovido pela Associação Brasileira de Relações Institucionais (Abrig), nessa terça-feira, sentenciou: “Economia é fichinha. O desafio maior do país é mudar a educação”.
O governo quer o PSDB/ Ainda no evento da Abrig, a deputada eleita Joice Hasselmann (foto), do PSL-SP, revelou que uma das condições para apoiar João Doria no segundo turno ao governo de São Paulo foi o compromisso de ele tomar o PSDB. “Bolsonaro precisa de uma base forte. A eleição acabou, a hora é de construir pontes”, afirmou a deputada eleita.
E ainda dá pitaco no comando tucano/ Joice foi além e declarou ser favorável à eleição do ex-ministro Bruno Araújo para a presidência da legenda, como Doria estaria defendendo nos bastidores.
Corte de cargos em estatais no governo Bolsonaro será maior que o previsto
Coluna Brasília-DF/ Por Denise Rothenburg
O pacote de medidas que o novo governo prepara para concessões na área de infraestrutura e cortes de cargos em estatais será maior do que o imaginado inicialmente. E a justificativa para isso é o atraso na votação da reforma previdenciária e as dificuldades para cumprir a “Regra de Ouro” — aquela que impede o governo de fazer empréstimos para pagamento de despesas correntes, por exemplo, salários de servidores.
A Regra de Ouro, aliás, será objeto hoje da conversa do presidente eleito com os ministros do Tribunal de Contas da União (TCU). A Corte de contas deseja saber, de forma transparente, o que Jair Bolsonaro pretende fazer com essa norma. A depender do que se ouve na equipe de transição, é cortar gastos e cumprir a lei.
Um jantar amargo
Líderes partidários viram com desconfiança o fato de o presidente da Casa, Rodrigo Maia, marcar um jantar com os novos parlamentares. Alguns ficaram com a impressão de que Rodrigo passou a atuar “no varejo”, desprezando o papel de líderes e coordenadores partidários.
Deixa o homem trabalhar
Rodrigo Maia avisou aos amigos que o jantar é um gesto de apreço àqueles que chegam ao Congresso no ano que vem. Os mais chegados ao presidente da Casa, entretanto, não negam: É, sim, um ato de campanha.
Noves fora…
Rodrigo Maia até agora tem ao seu lado o DEM e o PSDB. Os demais querem saber o que vão levar em troca e correm o risco de não entregar os votos. É que, num cenário pulverizado, os líderes não têm mais controle sobre as bancadas.
PCdoB fica com o PT
O PCdoB de Manuela D’Ávila desistiu do bloco com PSB, PDT, PPS, PV e quem mais chegar. Embora a união seja apenas para o funcionamento parlamentar, os comunistas estão com receio de terminar servindo de escada para o pedetista Ciro Gomes.
CURTIDAS
Até aqui…/ Bolsonaro cumpre o que diz. Os nomes anunciados indicam que o presidente eleito não se desviou do que prometeu na campanha: formação da equipe sem toma-lá-dá-cá com os congressistas e carta branca para o futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, chamar quem quiser para compor o governo.
O pulo contra Renan/ Renan Calheiros sabe que tem um movimento pelo voto aberto, no Senado, para escolher o presidente da Casa , conforme relatou o senador Lasier Martins (PSD-RS) ao blog da Denise, no site do correiobraziliense.com.br. A reação virá.
Enquanto isso, na sala do ex- juiz…/ Sérgio Moro vai afunilando as escolhas para a sua equipe. Érika Marena, a delegada que batizou a Lava-Jato, é considerada nome certo para a área de recuperação de ativos no Ministério da Justiça.
Ele gostou/ O presidente da ONG Contas Abertas, Gil Castello Branco, não achou ruim ter seu nome citado por engano pelo vice-presidente eleito, general Hamilton Mourão. “Fiquei honrado em ser presidente da Petrobras por três segundos!”, comentou Gil com um amigo.
Debate/ A Associação Brasileira de Relações Institucionais e Governamentais (Abrig) promove hoje mais uma edição do Diálogo entre os Poderes, com a presença do senador eleito Izalci Lucas (PSDB-DF, foto) e da deputada eleita Joice Hasselmann (PSL-SP), às 8h30, no Hotel Kubitschek Plaza. Vão debater os primeiros 200 dias do governo Bolsonaro e a busca de uma agenda legislativa. Quinta-feira, 22, será a vez de Rodrigo Maia abrir evento semelhante, em São Paulo.
Com o presidente Michel Temer enfraquecido e um número expressivo de deputados e senadores limpando gavetas, a influência do Poder Executivo sobre o Legislativo caiu ao ponto de ninguém mais ter o comando fechado das bancadas nas votações deste fim de ano. Nessa batida, a pauta-bomba não saiu de cena, apesar da conversa entre o economista Paulo Guedes e o presidente do Senado, Eunício Oliveira. Só na Câmara, são quase R$ 14 bilhões incluídos em vários projetos, em benefícios fiscais que ainda podem ser votados nas próximas semanas. E, subsídio, sabe como é, depois que aprova, para tirar é uma novela.
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Enquanto isso, medidas provisórias vão caducando. A MP que facilita a privatização de empresas de saneamento, por exemplo, vence nesta segunda-feira e não há acordo para votação. A oposição comemora, e os governos, o de hoje e o do ano que vem, se mostram preocupados. Será mais um tema para retomar em 2019.
Lula arrependido
Aliados do ex-presidente Lula dizem que, só agora, depois da eleição, é que ele passou a avaliar que, talvez, teria sido melhor aceitar a linha do ex-presidente e ex-ministro do Supremo Tribunal Federal Sepúlveda Pertence, de buscar a prisão domiciliar. Porém, ainda não autorizou seus advogados a seguirem nessa direção. Já tem gente pensando em dizer que essa seria a única saída no momento.
Setor problema
Em todos os governos, desde a redemocratização, a área de infraestrutura dá dor de cabeça aos governantes. E com Jair Bolsonaro não será diferente. Está uma queda de braço na equipe de transição pela indicação do futuro ministro, depois que o general Oswaldo Ferreira recusou o cargo. Será mais uma disputa para Bolsonaro arbitrar, como o fez na Agricultura.
Economia em alta
A reação do mercado em relação ao nome de Roberto Campos Neto para a presidência da Banco Central compensou o susto com o novo chanceler, Ernesto Araújo, visto com reservas dentro do Itamaraty. Porém, nem só de críticos vive Araújo: “Quem o critica é porque não compra um novo livro há, pelo menos, 15 anos”, diz o ex-deputado Paulo Delgado, sociólogo, que é só elogios ao estudioso e aplicado Ernesto Araújo.
Siga o sogro
Ernesto Araújo é genro do embaixador Luiz Felipe Seixas Corrêa, com uma vasta experiência na carreira diplomática, um dos mais respeitados da velha guarda do Itamaraty. Ou seja, escola para caminhar ao centro e fazer uma gestão equilibrada não falta ao futuro chanceler.
CURTIDAS
Mourão é pop/ O vice-presidente eleito, general Hamilton Mourão, fez o maior sucesso no feriadão, ao ser reconhecido na academia de um condomínio de Brasília. Foi cumprimentado, tratou todo mundo com a maior simpatia e não se recusou a posar para fotos ao lado dos moradores.
Renan, o jeitoso/ Logo depois da eleição, o senador Renan Calheiros enviou os parabéns aos novos senadores com quem conseguiu algum contato. Ele, da parte dos senadores, e Fábio Ramalho (MDB-MG), da parte da Câmara, saíram na frente no corpo a corpo com os novatos.
Recondução garantida/ O MDB já acertou a permanência do deputado Baleia Rossi (foto), de São Paulo, no cargo de líder da bancada no ano que vem.
Futuro duvidoso/ Agora, quando chegar a hora de escolher o novo presidente do partido, a bancada vai se pintar para a guerra. Tem muita gente incomodada com a prorrogação do mandato de Romero Jucá até setembro.
Ao ficar preocupado apenas com a Previdência, Paulo Guedes ‘cedeu’ ao aumento para ministros do STF
Coluna Brasília-DF/ Por Denise Rothenburg
Paulo Guedes calou, logo concedeu
É bom o futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, ficar mais esperto, porque muita coisa vai passar por baixo da ponte que ele montou com o mantra “Previdência, Previdência e Previdência”. Na última terça-feira, durante conversa reservada das autoridades, o presidente do Senado, Eunício Oliveira, quis saber dele se havia alguma preocupação com o Orçamento de 2019. Guedes respondeu que sua preocupação era a Previdência.
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Nesses termos, os senadores presentes se sentiram à vontade para cumprir a parte deles no acordo que havia sido selado entre o presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, e o presidente Michel Temer em agosto, quando da elaboração do Orçamento do próximo ano. Agora, Temer vai esperar a decisão do Supremo a respeito do auxílio-moradia, que deve ser restrito a casos específicos, mediante apresentação de nota fiscal de pagamento do aluguel.
A meia-volta de Renan
Numa conversa, dia desses, em Brasília, Renan Calheiros comentou com políticos que está “contando votos”. Se ele sentir que tem espaço para conquistar a Presidência da Casa agora, não abrirá a vaga para a atual líder do MDB, Simone Tebet (MS).
Habilidosa e necessária I
A futura ministra da Agricultura, Tereza Cristina, foi recebida entre os políticos como “mais um golaço” do presidente eleito, Jair Bolsonaro. Ela já chegou em busca de uma pacificação com o presidente da UDR, Nabhan Garcia, que pretendia indicar o futuro ministro e perdeu espaço para a Frente Parlamentar de Agricultura (FPA), presidida pela deputada.
Habilidosa e necessária II
Filiada ao DEM, partido do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, Tereza será fundamental, ainda, no suporte à articulação política, a cargo de Onyx Lorenzoni. Ela tem o mapa da bancada do agronegócio e pontes com outros partidos essenciais para aprovação de reformas, em especial, a da Previdência.
Antes que Moro chegue
Como a coluna adiantou logo depois da eleição, os senadores começaram a se movimentar para ver se aprovam a lei do abuso de autoridade ainda neste ano. Tem muita gente achando que, depois da posse do presidente eleito, Jair Bolsonaro, e, por tabela, do ministro da Justiça, Sérgio Moro, vai ficar mais difícil.
CURTIDAS
Melhor assim I/ O adiamento da viagem do deputado Eduardo Bolsonaro (foto) foi visto como uma das medidas mais acertadas do parlamentar até aqui. Quem deve ter o primeiro contato oficial com o governo dos Estados Unidos deve ser o próprio presidente eleito ou os futuros ministros de Relações Exteriores e da Economia. Filho de presidente eleito não é posto para missão oficial.
Melhor assim II/ A outra decisão acertada de Eduardo foi aproveitar a reunião reservada das autoridades no gabinete de Eunício Oliveira, na terça-feira, para pedir desculpas ao presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, sobre exageros verbais no calor da campanha. Toffoli, relatam senadores, disse que esse assunto estava encerrado.
Melhor assim III/ Por esses dias, aliás, Eduardo vem sendo nominado entre os colegas como “Eduardinho paz e amor”. Que Deus conserve!
Fabinho liderança em ação/ O novo ano não começou, mas o primeiro vice-presidente da Câmara, Fábio Ramalho (MDB-MG), já está em plena movimentação, com um grupo de moças encarregado de receber os parlamentares que prontamente ganham um convite para os fartos almoços de comida mineira que o deputado costuma oferecer em sua residência.
Rodrigo Maia não fica atrás/ Na Presidência da Câmara não tem sido diferente. Deputados que chegam têm sido recebidos com tapete vermelho na residência oficial.
Domínio do DEM coloca reeleição de Maia para presidente da Câmara em risco
Coluna Brasília-DF/ Por Denise Rothenburg
DEM dominante põe Maia em risco
Ok, o PSL tem a Presidência da República, mas é nos quadros do DEM que o presidente eleito vai, aos poucos, montando seu governo. O anúncio do nome da deputada Teresa Cristina (DEM-MS) para o Ministério da Agricultura, embora não tenha nada a ver com o partido, tem tudo para representar um balde de água fria sobre a candidatura do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, à reeleição. Especialmente, se combinado com as afirmações dos deputados do PSL. “Maia já deu o que tinha de dar. Não terá o voto do PSL”, diz a deputada Bia Kicis (DF), aliada de Jair Bolsonaro há muitos anos, praticamente repetindo a declaração do senador eleito, Major Olímpio, que não escolherá o futuro comandante da Câmara, mas tem voz ativa no partido.
O DEM, entretanto, não teve qualquer influência na nomeação dos ministros e usará isso para dizer que Rodrigo Maia tem todo o direito de postular a reeleição. Se brincar, está dada a senha para que a oposição tente impor ao presidente eleito uma derrota no Parlamento logo depois da posse. Afinal, dizem alguns parlamentares, se ele nomeia quem quer, o Congresso, pode a seu bel prazer, escolher seu presidente sem dar satisfação ao Poder Executivo.
Liquida Temer I
Começou esta semana uma verdadeira romaria ao 3º andar do Planalto, mais precisamente na sala do assessor especial Marcelo Barbieri (MDB-SP). Ele está ajudando na área de liberação das emendas parlamentares. É que ninguém quer correr o risco de cair nos chamados “restos a pagar” para o ano que vem e ouvir um “é melhor ‘já ir’ se acostumando a pão e água”.
Liquida Temer II
A procura pelas emendas chegou ao ponto de fazer o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, cancelar a maior parte da agenda ontem para cuidar apenas dessa seara. Daqui até 31 de dezembro, essa é a prioridade do governo.
Liquida tudo
Somado ao aumento de teto salarial do Supremo Tribunal Federal (STF) e seu impacto de R$ 5 bilhões, a tendência é ampliação do deficit para o ano que vem. Porém, o reajuste faz parte do acordo para o fim do auxílio-moradia dos magistrados e afins a partir do ano que vem, assim que o reajuste passar a valer. A cobrança começa já.
Trabalho dividido
As funções do Ministério do Trabalho serão distribuídas para várias pastas, da área social ao desenvolvimento industrial.
Música para Ilan
A independência do Banco Central cantada aos quatro ventos pelo futuro governo vem sendo apresentada como uma doce melodia para tentar convencer o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, a permanecer no cargo, a fim de promover essa independência nos próximos dois anos.
Noronha no páreo I / A visita do presidente eleito, Jair Bolsonaro, ao Judiciário ontem, deixou em muitos a certeza de que, a preços de hoje, o presidente do Superior Tribunal de Justiça, João Otávio Noronha, é considerado pule de dez para assumir uma vaga no Supremo Tribunal Federal.
Noronha no páreo II / O presidente do STJ foi um dos poucos a não dar tanta importância à frase de Eduardo Bolsonaro sobre ser preciso apenas “um cabo e um soldado” para fechar o Supremo Tribunal Federal. Aliás, o deputado acompanhou o pai na visita ao STF e ao STJ.
Enquanto isso, no Planalto… / Os militares fizeram a maior festa para o futuro chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno. E ainda ficaram impressionados com o fato de Jair Bolsonaro bater continência para o presidente Michel Temer. “Não foi aquela continência displicente. Foi para valer, certinha!”, comentou um militar do atual governo.
… tem festa / A escolha da deputada Teresa Cristina para Agricultura foi comemorada por mais de 40 prefeitos de municípios sul-mato-grossenses que estavam, ontem à tarde, no gabinete de Carlos Marun. Eles estão certos de que continuarão com interlocução privilegiada no futuro governo.
Bolsonaro quer criar um órgão acima dos ministérios só para tratar de infraestrutura
Coluna Brasília-DF/ Por Denise Rothenburg
Um Planalto “turbinado”
O presidente eleito, Jair Bolsonaro, está disposto a criar um órgão central dentro do Palácio do Planalto, acima dos ministérios, para cuidar da infraestrutura. A função será orientar o presidente a dirimir e arbitrar as disputas que surgem quando os projetos do setor esbarram em questões indígenas, ambientais e outras que possam ser trazidas à baila pelo Ministério Público ou pelo próprio governo. Hoje, conforme avaliação da futura equipe, as coisas nessa área de infraestrutura custam a sair, não só por falta de recursos, mas porque muitos ficam de mãos atadas e não conseguem enfrentar essas disputas jurídicas, nem mesmo as agências reguladoras. Ainda falta definir, entretanto, como será essa espécie de “câmara de arbitragem” palaciana.
Até aqui, está praticamente definido que esse Ministério da Infraestrutura abarcará as ações que hoje estão a cargo dos Transportes. Minas e Energia, porém, será mantida à parte. É que o setor elétrico e, mais ainda, petróleo e mineração são considerados complexos demais para ficarem atrelados ao todo da Infraestrutura. O desenho será fechado até o fim da semana que vem.
De onde vem a pressão
A transferência da embaixada brasileira em Israel de Tel Aviv para Jerusalém tem toda a torcida da bancada das igrejas pentecostais. Bolsonaro, pelo visto, para não ferir suscetibilidades diplomáticas do mundo árabe, terá de arrumar outro “sideshow” para seus aliados.
Por aí, não
Além da questão da embaixada de Tel Aviv, o presidente eleito já foi aconselhado a não mexer com o Acordo de Paris sobre o clima nem provocar a China na questão de Taiwan. Ou seja, sobrou para o “sideshow” o regime cubano.
Moro, o ministro eleito
Já tem muita gente no ambiente parlamentar dizendo que, antes mesmo da posse do presidente eleito, a principal organização de comunicação do país já apresentou seu candidato à sucessão dele: Sérgio Moro. O futuro ministro da Justiça ganhou direito a transmissão ao vivo de sua primeira entrevista e um bloco inteiro do Jornal Nacional. Resta saber como o presidente eleito reagirá.
Enquanto isso,nas conversas políticas…
Entre os temas da conversa de hoje entre Bolsonaro e o presidente Michel Temer estarão a reforma da Previdência e a necessidade de suspender a intervenção no Rio de Janeiro, caso haja votos para aprovar algo este ano. Vale lembrar que o governador eleito do Rio, Wilson Witzel, já declarou que não quer a prorrogação da intervenção, mas pretende manter os militares no estado por mais 10 meses.
Na muda/ O presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, cancelou todas as entrevistas pré-agendadas para os próximos dias. É que, no papel de árbitro e pacificador entre os Poderes, Toffoli não pretende dar chance de gerar qualquer mal-entendido com o futuro governo.
Por falar em STF…/ A segurança hoje foi toda reforçada para a visita do presidente eleito, Jair Bolsonaro, marcada para 10h. Até os jornalistas credenciados terão de passar pelo detector de metais, algo que nem sempre acontece.
E o “livrinho” reina…/ Onde o presidente eleito pisa, se fala em “Constituição”. Hoje, com Dias Toffoli, não será diferente. O presidente do STF vai presentear Bolsonaro com um exemplar da edição comemorativa, para marcar os 30 anos da promulgação, e com um livro sobre os bastidores da elaboração do texto.
Governo Temer em São Paulo/ Depois do anúncio dos ministros Rossieli Soares (Educação) e Sérgio Sá Leitão (Cultura) para o secretariado do governador João Doria, sempre que um ministro de Michel Temer vai a São Paulo, alguém pergunta: “Que secretaria você vai assumir?” Os ministros, meio constrangidos, ainda respondem: “Parece que acabaram as vagas”.
Com perfil mais ‘suave’, Flávio Bolsonaro é mais interlocutor do que o irmão Eduardo
Coluna Brasília-DF/ Por Denise Rothenburg
Os filhos de Jair: um morde, o outro assopra
Os irmãos Bolsonaro com mandato no Congresso praticamente já definiram o papel e o estilo de cada um no Legislativo, pelo menos, na primeira fase do governo do pai, o presidente eleito, Jair Bolsonaro. O senador eleito Flávio Bolsonaro chega de forma mais suave, disposto a, primeiro, conhecer o Senado e repetindo a muitos a frase que a coluna ouviu, outro dia, de aliados do presidente eleito: “Pato novo não mergulha fundo”. Eduardo, reeleito deputado por São Paulo, retorna à Câmara dos Deputados cobrando, em entrevista ao SBT, um comandante “mais trator” para dirigir a Casa, o que soou para muitos como um chega pra lá em Rodrigo Maia, portador de um perfil mais moderado.
As particularidades tornam o senador eleito muito mais interlocutor do que o deputado. Há quem aposte, desde já, que os partidos tendem a “empoderar” quem se mostra mais afável e “isolar” quem chega de forma mais agressiva. Se o pai não fizer diferença entre os filhos, os parlamentares farão. Faça sua aposta.
O que mais preocupa I
Atual e futuro governo estão hoje concentrados em evitar a aprovação da chamada pauta-bomba. É esse o tema que o presidente eleito, Jair Bolsonaro, vai tratar de forma mas alentada com os congressistas esta semana.
O que mais preocupa II
Há duas questões prontas para ir a voto. Uma delas é o veto ao projeto de lei que permitia a volta ao Simples de empresas que não quitaram seus tributos. O futuro governo não deseja a aprovação de nada que agrave a situação fiscal para 2019, um ano que certamente será de sacrifícios.
Doria em circulação
No périplo que fará por Brasília esta semana, o governador eleito de São Paulo, João Doria, terá encontros com outros colegas “novatos”: Ibaneis Rocha, do Distrito Federal, e Romeu Zema, de Minas Gerais. Há quem diga que se trata de um pé na ação mais nacional.
Amarras para o futuro
Doria planeja se tornar uma espécie de porta-voz dos estados junto ao governo Jair Bolsonaro. Há quem acredite que essa posição pode projetá-lo para, daqui a quatro anos, se for o caso, concorrer à Presidência da República. O fato de ter colocado Gilberto Kassab no Gabinete Civil foi visto como um passo nessa direção.
O conselheiro I/ No entorno de Jair Bolsonaro, há quem aposte que o embaixador Ernesto Fraga Araújo será o assessor internacional do Planalto, assim como o foi Marco Aurélio Garcia para Lula. Porém, o estilo de Araújo está mais para o do empresário Augusto Frederico Schmidt, braço direito de Juscelino Kubistchek.
O conselheiro II/ Schmidt sugeriu a Operação Pan-Americana, um projeto de ajuda no desenvolvimento da América Latina, que JK apresentou ao governo dos Estados Unidos, em 1958.
Não conte com eles/ O PSB não vai se juntar à oposição pura e simples capitaneada pelo PT. Os socialistas fecham essa legislatura com 21 deputados e elegeram 32. Agora, querem uma “oposição propositiva”.
Portos em debate/ A pouco menos de dois meses para o fim do governo, o ministro dos Transportes, Portos e Aviação Civil, Valter Casimiro Silveira (foto), vai abrir, nesta quinta-feira, em Brasília, o 5º Encontro da Associação dos Terminais Portuários Privados, com a missão de explicar aos maiores investidores do setor os desdobramentos do Plano
Nas conversas com aqueles que deseja levar para o governo, o presidente eleito, Jair Bolsonaro, tem feito a seguinte afirmação aos mais reticentes: “Olha: depois, se der errado, você vai ficar com dor na consciência por não ter feito a sua parte pelo Brasil. É a chance que temos, com carta branca para trabalhar”. Assim, quem conversa com ele fica sem jeito de recusar. Quem for para a Saúde, por exemplo, terá o poder de indicar a Fundação Nacional de Saúde, os secretários, os diretores da Agência Nacional de Saúde e da Vigilância Sanitária, sem precisar dar satisfações aos partidos políticos.
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Foi essa a conversa que funcionou com Sérgio Moro, que terá ainda um braço do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) sob sua jurisdição para ajudar no combate à corrupção e ao crime organizado. Isso dá ao juiz o poder de avaliar as movimentações financeiras suspeitas. Outros nomes desse porte virão.
Toque feminino no governo
Jair Bolsonaro foi aconselhado a levar a senadora Ana Amélia Lemos, candidata a vice na chapa de Geraldo Alckmin, para compor o seu governo. Ana Amélia, que ficará sem mandato a partir de fevereiro, é da bancada do agronegócio e surge agora como cotada para a Agricultura. Outro nome, também da bancada feminina, é o da deputada Tereza Cristina, atual presidente da Frente Parlamentar do Agronegócio (FPA). Ele ainda não bateu o martelo, mas já foi avisado por aliados de que é bom ter alguma mulher no primeiro escalão. Ambas estão no radar.
A janela da Previdência
Se for para aprovar alguma coisa dentro da reforma da Previdência, terá que ser antes de 12 de dezembro. Essa é a data marcada para a cirurgia em que o presidente eleito vai recompor o intestino, para que possa estar em condições de tomar posse em 1º de janeiro.
Orçamento em revisão
Paralelamente à reforma previdenciária, os responsáveis pela transição de governo começaram a rever o Orçamento. Estão convencidos de que ou se parte para as parcerias público-privadas, ou não haverá recursos para investimentos.
PT na lida
Os petistas vão colocar todo o seu pessoal se revezando, no plenário da Câmara e em entrevistas às agências internacionais, para passar a ideia de que o convite ao juiz Sérgio Moro foi um “pagamento” pela condenação de Lula. Em tempo: não foi o juiz que prendeu Lula e, sim, o Tribunal Regional Federal (TRF) da 4ª Região.
CURTIDAS
A cotação de Moro I/ O fato de as casas de câmbio em Brasília terem zerado seus estoques de dólares, ontem, conforme noticiou o Blog do Vicente, passou a impressão de algo diretamente relacionado ao anúncio de Sérgio Moro para o Ministério da Justiça. A princípio, não há relação entre esses dois temas.
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A cotação de Moro II/ Na porta da casa de Bolsonaro, uma senhora desfilava ontem com um boneco Super Moro, nos mesmos moldes do famoso Pixuleco. Era um tal de “nosso herói” para cá, “lindão” para lá. O juiz pensou inclusive em dar entrevista ao lado de Paulo Guedes (foto). Porém, desistiu. Aliás, a presença de Paulo Guedes seria para explicar a parte relativa ao Coaf dentro do Superministério da Justiça e da Segurança Pública.
Por enquanto, eles aguentam/ Parte da vizinhança do presidente eleito, Jair Bolsonaro, está contando os dias para que ele fique definitivamente em Brasília. Nada contra o vizinho ilustre. É que já tem gente cansada da parafernália eletrônica da imprensa na porta do condomínio.
Depois, arranja outro lugar/ Um vizinho que chegava de bicicleta foi direto, quando um jornalista comentou que ele podia se acostumar com aquela movimentação todas as vezes que o presidente estivesse no Rio: “Ele que vá para a base da Marinha, como os outros”. O problema é que se tem algo que Bolsonaro pretende ser nesse governo é diferente dos antecessores.
Esquerda dividida: PDT e PSB pretendem deixar de lado a hegemonia do PT
Coluna Brasília-DF/ Por Denise Rothenburg
A disputa da oposição
Enquanto o presidente eleito, Jair Bolsonaro, monta a equipe e conversa com os partidos de centro, os de esquerda se dividem entre o PT e os outros. O bloco capitaneado pelo PDT e PSB pretende deixar de lado a hegemonia petista nesse campo político. Os petistas reclamam de isolamento, mas, pelo andar da carruagem, apesar dos 47 milhões de votos de Fernando Haddad e da eleição da maior bancada, a avaliação geral dos partidos de centro-esquerda é a de que o ciclo do PT está esgotado.
Em tempo: a contar pelo raciocínio dos partidos de centro e centro-direita, essa avaliação de esgotamento do ciclo petista pode ser equivocada. Em conversas reservadas, os caciques dizem que a hora é de ajudar o presidente eleito, Jair Bolsonaro, para que dê tudo certo e o PT não tenha chance de uma volta triunfal em quatro anos.
O Sr. Energia
As estantes vazias ao fundo da sala do professor Luciano de Castro, que leciona na Universidade de Iowa, nos Estados, deram ontem a certeza de que ele já está com tudo pronto para voltar ao Brasil. Ele será o Czar do setor elétrico no governo Jair Bolsonaro. É hoje uma das maiores autoridades brasileiras nesse tema.
Vai dar ruim
Se o juiz Sérgio Moro sair hoje da casa do presidente eleito, Jair Bolsonaro, como futuro ministro da Justiça, há quem aposte que Luiz Inácio Lula da Silva vai deitar e rolar na audiência do próximo dia 14 de novembro e que o magistrado perderá a isenção inerente ao cargo que ocupa.
Marcação de estilo
As idas e vindas do presidente eleito, Jair Bolsonaro, sobre a fusão de ministérios só termina em dezembro. Até lá, as pressões e contrapressões continuam com força total. Há quem diga, inclusive, que essa discussão definirá o estilo: se bater o pé e não mexer em nada, poderá caracterizar autoritarismo. Recuar um pouco, faz parte de um governo marcado pelo diálogo e que aceita quando está errado. Ceder em tudo, entretanto, pode denotar fraqueza. Quem o conhece garante que ele ficará no meio-termo.
Enquanto isso, no STF…
Conforme antecipou a coluna Brasília-DF, o Supremo Tribunal Federal votou unido a favor da liminar da ministra Cármen Lúcia garantindo a liberdade de pensamento e de expressão nas universidades. Todos os atos que vieram nesse sentido, de assegurar a democracia, terão a aprovação geral.
Por falar em democracia…
Bolsonaro aproveitará a viagem a Brasília, na semana que vem, para reforçar a mensagem de paz e harmonia entre os Poderes. Da parte do presidente eleito, a ordem é tirar de cena qualquer vínculo do futuro governo à pecha de fascismo que opositores tentam lhe impor.
Renan na muda/ Reeleito, o senador Renan Calheiros (foto) disse à coluna que, “no momento”, não se coloca para disputar a Presidência do Senado. Como um bom político, primeiro vai sentir o terreno.
Marta na lida/ Embora não tenha se candidatado a um novo mandato, a senadora Marta Suplicy (MDB-SP) está disposta a ajudar Simone Tebet (MDB-MS), caso a líder deseje concorrer ao comando da Casa. Marta mantém uma boa interlocução com parte do PT e dos partidos de oposição.
Enquanto isso, no plenário…/ Chamou a atenção a conversa entre a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, e o senador Aécio Neves, no plenário. Ambos serão deputados no ano que vem.
Recesso à frente/ O feriadão deve se prolongar para a semana que vem. É que em 7 de novembro termina o prazo para que parlamentares prestem contas dos gastos de campanha. Tem muita gente que será obrigada a ficar no estado para terminar esse serviço.