Mulheres e dinheiro

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Presidentes do MDB Mulher em diversos estados ameaçam recorrer direto ao Supremo Tribunal Federal para garantir a distribuição mais equânime dos recurso de campanha. Em Minas Gerais, por exemplo, a campanha mal começou e o dinheiro destinado a elas está acabando.
As mulheres do MDB calculavam que teriam à disposição, pelo menos, R$ 70 milhões em recursos do fundo partidário e que, tirando o valor destinado à campanha de seis deputadas federais
(R$ 12 milhões), restaria uma parcela expressiva para distribuição entre os estados, proporcional ao número de eleitores em cada um deles. Porém, não foi isso que ocorreu. As emedebistas de Minas Gerais prometem desembarcar em Brasília nesta quinta-feira para cobrar os recursos.

Em tempo: é bom os partidos se prepararem. É voz corrente no Judiciário que, se as mulheres forçarem a porta do cofre, os partidos que não definiram regras de distribuição não terão saída senão entregar os 30% dos recursos. E mais: se conseguirem uma liminar que determine cofre fechado até a decisão final da Justiça, adeus campanha para muitos candidatos.

Vai sobrar para ele
O marqueteiro Lula Guimarães é quem mais sentirá a pressão de estagnação do candidato Geraldo Alckmin nas pesquisas divulgadas nesta semana. Por ora, não há recomendação de troca, mas há, dentro do PSDB, quem deseje colocar alguém para acompanhar Lula de perto.

Haddad sob pressão
A baixa transferência de votos do ex-presidente Lula para Fernando Haddad faz crescerem dentro do PT as pressões da ala Construindo um Novo Brasil (CNB) para que o ex-prefeito de São Paulo seja “mais militante”, com maior diálogo com movimentos sociais. Um outro grupo, entretanto, considera que, se Haddad for por esse caminho, vai terminar disputando votos apenas com Guilherme Boulos (PSol).

Adeus, união
Depois dos ataques de João Doria a Márcio França nesta semana, em que o candidato do PSDB acusou o governador de fazer campanha dentro do Palácio dos Bandeirantes, acabou qualquer possibilidade de união num segundo turno, caso um dos dois esteja fora da final.

Muito esquisito/ A história de Jair Bolsonaro não divulgar a agenda de campanha foi considerada estranha até por seus apoiadores. Sabe como é: se o sujeito não quer ser acompanhado de perto no período eleitoral, vai ser difícil exercer a Presidência da República, na qual a vigilância é quase que 24h.

Já estava na conta/ O desfile de Ciro Nogueira com o PT no Piauí e o de José Rocha, do PR, com os petistas na Bahia já estavam previstos pela coordenação da campanha de Geraldo Alckmin. O importante é segurar o resto.

O último a sair/ Deputados consideraram normal a saída de Marcio Lacerda (foto) da disputa ao governo estadual. Desde que o caso foi para a Justiça, ele estava como um “cavalheiro solitário”, sem apoios e sem aliados. A aposta geral é a de que, por lá, como, aliás, a coluna já havia antecipado, a eleição será decidida no primeiro turno, entre Antonio Anastasia (PSDB) e Fernando Pimentel (PT).

Otavio Frias Filho/ A coluna se solidariza com familiares e profissionais da Folha de S.Paulo. Foi lá, sob o comando de Otavio Frias Filho, em São Paulo, e da dupla Gilberto Dimenstein e Josias de Souza, em Brasília, que comecei na profissão. Em 1986, era uma escola para ninguém botar defeito.

A preocupação de Bolsonaro

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A primeira rodada de pesquisas depois de registradas as candidaturas deixou todos preocupados, inclusive quem está na frente. Isso porque os números do Ibope indicam que quem mais ganha hoje com a saída de Luiz Inácio Lula da Silva do páreo é a candidata da Rede, Marina Silva, justamente aquela que o líder Jair Bolsonaro (PSL) não consegue enfrentar de peito aberto. Desde o debate da última sexta-feira, quando deixou o capitão da reserva sem resposta, ela povoa os pesadelos dos bolsonaristas.

Os petistas, por sua vez, comemoram de público, mas franzem a testa no privado. Eles sabem que Lula não será candidato. E consideram que Fernando Haddad precisa de, pelo menos, metade dos votos do ex-presidente e um pouco mais para chegar ao segundo turno. Por enquanto, as pesquisas não indicam essa preferência, uma vez que, na urna, não virá escrito “candidato apoiado por Lula” e sim o nome Haddad — isso na hipótese de o desfecho jurídico da candidatura ocorrer quando as urnas já estiverem programadas. Quanto aos demais, aguardam o horário eleitoral gratuito de rádio e tevê, apostando que, na TV aberta, o jogo será outro.

Precificado
Os partidos fizeram “cara de paisagem” para a condenação do ex-vice-presidente da Câmara André Vargas e farão o mesmo para outras que estão por vir. A Lava-Jato, avaliam, já está na conta de todas as legendas. A avaliação geral é de que o maior impacto foi na eleição de prefeitos. Agora, o motor do voto são outros: segurança, saúde e educação.

Roraima na campanha
Historicamente, os candidatos a presidente da República sempre desprezaram Roraima, um colégio eleitoral pequeno e distante. A maioria nem visitava. Agora, com a crise na fronteira com a Venezuela, o estado entrou no debate, numa linha semelhante ao da intervenção no Rio de Janeiro.

Se liga, Geraldo!
Até ontem, não havia uma linha sobre a candidata a vice, Ana Amélia Lemos, no site de campanha do tucano Geraldo Alckmin. Apenas as fotos dos dois. Para completar, o candidato ainda trocou o nome da vice durante sabatina da Record: chamou-a de… Kátia Abreu, do PDT, vice de Ciro Gomes. Há quem diga que Geraldo está deixando de usar um grande ativo, representado pela senadora gaúcha na chapa dele.

Se liga aí, ô!
Quem acompanhou o seminário Elas por Elas no Supremo Tribunal Federal (STF) e a presidente do TSE, ministra Rosa Weber, saiu convicto de que os partidos que fraudarem a inscrição de candidatas mulheres e o tribunal descobrir podem se preparar para sanções.

Vale a leitura I/ Chegam às livrarias de Brasília, nesta semana, os volumes Volta ao Poder, sobre as cartas que Getúlio Vargas (foto) trocou de 1946 a 1950 com a filha, Alzira Vargas. Alzirinha, como o pai a chamava, era assessora, guardiã dos segredos políticos, confidente e, por vezes, até protagonista da era getulista.

Vale a leitura II/ No período retratado nas cartas, Getúlio era um ditador deposto, exilado em sua fazenda, em São Borja (RS). Num tempo em que as ligações telefônicas eram difíceis, esses documentos formavam a ligação do ex-presidente com o mundo. A organização é de Adelina Moraes e Cruz e Regina da Luz Moreira.

Vale a leitura III/ Os dois volumes somam 912 páginas. O segundo tem 56 páginas destinadas à identificação de nomes e apelidos mencionados na correspondência entre pai e filha. O presidente Eurico Gaspar Dutra é “grão de bico”. O vice-presidente, Nereu Ramos, “pavão”. Atualmente, também existem apelidos. Nas planilhas que a Lava-Jato pegou com empresários que pagaram propinas. É, pois é.

Era encenação/ Desconfie sempre que um deputado disser que não será candidato a nada. Este ano, na Câmara dos Deputados, por exemplo, só 31 dos 513 não vão concorrer a um mandato eletivo.

Trair e Coçar…

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… reza o dito popular, é só começar. A imagem estampada do presidente do PP, senador Ciro Nogueira, na largada da campanha do candidato a vice-presidente, Fernando Haddad (PT), no Nordeste, foi lida entre os aliados de Geraldo Alckmin como um precedente preocupante. Pragmático, Ciro tem, inclusive, material de campanha ao lado de Lula e vai manter assim enquanto o ex-presidente figurar como cabeça de chapa, torcendo para colar o seu nome ao do petista.
Os amigos do piauiense usam a seguinte imagem para definir o comportamento dele: quando ele chega a Teresina, é de esquerda e petista, quando desce no aeroporto Juscelino Kubistchek, em Brasília, vira um político de centro, aliado de Geraldo Alckmin. Se todos os parceiros do tucano no Nordeste seguirem o mesmo caminho — a coluna, aliás já mencionou esse risco —, ele não terá quem faça a sua campanha. Aí, é que mora o maior perigo.

Sem intermediários
Pelo menos 18 delegados da Polícia Federal serão candidatos a um mandato na Câmara, país afora. No Distrito Federal, o nome dos policiais é Luciano Leiro, do PPS. A categoria chegou à conclusão que não basta prender os malfeitores da política. É preciso ocupar espaços para garantir uma vigilância mais de perto.

Ainda não “pegou”
A campanha ainda não chegou ao grosso da população. Levantamento da XP Investimento, publicado ontem, mostra que apenas 30% dos eleitores entrevistados estão muito interessados no pleito, 21% se dizem “mais ou menos interessados”, 19%, pouco interessados e 29% não estão interessados. Ou seja, ainda tem muito jogo pela frente.

À la Collor
Amigos do capitão reformado do Exército Jair Bolsonaro sonham repetir Fernando Collor, que foi para o segundo turno da eleição de 1989 contra o PT e, com os votos do PSDB, derrotou Lula na final. Naquela eleição, Leonel Brizola (PDT) transferiu todos os seus votos no Rio Grande do Sul e no Rio de Janeiro para o petista. O tucano Mário Covas foi de Lula, mas o eleitorado tucano se dividiu e grande parte apoiou Collor. Esse é o objetivo de Bolsonaro: chegar ao segundo turno com o PT e derrotar o partido Lula com o suporte dos simpáticos ao PSDB.

Preventivo
Foi esse histórico do eleitorado tucano que levou o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso a falar sobre o apoio do PSDB ao PT, em caso de segundo turno. Fernando Henrique quer evitar justamente que a história se repita e os eleitores tucanos terminem elegendo o minúsculo PSL de Bolsonaro para comandar o país. Por isso, dizem os amigos de FHC, ou o PSDB e aliados se engajam na campanha de Alckmin ou a realidade de apoiar um dos extremos vai se impor, como ocorreu em 1989.

Era tudo o que ele não queria/ O candidato do MDB, Henrique Meirelles, fez cara de paisagem para a carta de Eduardo Cunha (foto) à nação, aquela em que o ex-deputado exalta a filha, Danielle, candidata a deputada federal e declara voto em favor do emedebista. Sabe como é, se carregar Michel Temer de padrinho já está difícil, que dirá Cunha.

Olha a onda/ Alexandre Frota se apresenta em São Paulo como o “federal de Bolsonaro”. Todos tentam tirar uma casquinha das intenções de voto no capitão reformado do Exército. Se Bolsonaro perder fôlego daqui a alguns dias, muitos desses novos companheiros vão abandoná-lo rapidinho.

Prata da casa/ A procuradora Raquel Dodge voltou à infância, por algumas horas, em Morrinhos, a terra natal dela, onde ministrou, ontem, a aula inaugural do curso de direito da cidade, na Universidade Estadual de Goiás. Morrinhos, de 46 mil habitantes, praticamente parou para receber Raquel, filha da dona Ivone e do seu José. A contar pelas homenagens, os conterrâneos não têm do que reclamar do trabalho da procuradora.

Três em 100/ Ex-diretora do LabHacker da Câmara, a especialista em tecnologia da informação Roberta Rabay figura entre as 100 mais influentes personalidades do mundo em digital government. Além dela, há outros dois brasileiros: o secretário de Tecnologia e Informação do Ministério do Planejamento, Luís Felipe Sanlin Monteiro, e Tiago Peixoto, do Banco Mundial.

Colaborou Renato Souza

Doria, a escada de Haddad

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Candidato a governador por São Paulo, o ex-prefeito João Doria vai virar uma arma dos petistas contra o PSDB na eleição presidencial. Explica-se: Doria venceu o petista Fernando Haddad na disputa pela prefeitura paulistana e deixou o cargo para concorrer ao governo, o que fez crescer a rejeição ao tucano na capital. Agora, Haddad quer usar essa rejeição para ver se consegue arrancar votos de Geraldo Alckmin em São Paulo.

Vice na chapa de Lula a presidente da República, Haddad e seus estrategistas estão convencidos de que, se o ex-prefeito petista conseguir agregar esses eleitores decepcionados com Doria e somá-los ao contingente que hoje vota em Lula no Nordeste, a vaga no segundo turno da eleição estará garantida.

Data-limite
Mesmo com a largada oficial da campanha, ontem, os partidos mantêm a frieza em relação às pesquisas eleitorais de agosto. Como os comerciais na tevê só começam daqui a 15 dias, o maior estresse para quem estiver abaixo de dois dígitos só virá depois de fechada a primeira quinzena de setembro.

Por falar em estresse…
O PT tem trabalhado diariamente com pesquisas para medir o poder de transferência de votos de Lula para Fernando Haddad. Enquanto for alto, não muda a estratégia de manter o
ex-presidente candidato, e Haddad, mais conhecido.

Agora, vai
O Ministério da Cultura deu início às obras de reforma e modernização da Biblioteca Demonstrativa Maria Conceição Moreira Salles, fechada desde 2014. O investimento é de
R$ 1,764 milhão. O ministro Sérgio Sá Leitão contou que a área da biblioteca será, inclusive, ampliada para receber novidades, como espaço acessível
para cegos, lanchonete, palco para eventos e brinquedoteca. Esse terá o que mostrar ao fim do governo
Michel Temer.

Agora, foi
Depois de quatro anos de espera e de vai pra lá e pra cá, foram publicados no Diário Oficial da União o credenciamento e a habilitação do Centro Especializado de Reabilitação IV e Implantação Ortopédica para a Apae de Pirassununga (SP). O pedido foi feito em 2014 pelo deputado Nelson Marquezelli (PTB-SP) e agora, em plena campanha eleitoral, saiu do papel. Em política, nada é por acaso.

Ciro encara a realidade/ O candidato do PDT, Ciro Gomes, bem que tentou defender Lula na pré-campanha e lá vai. Porém, a sua entrevista de ontem mostra que se rendeu à realidade: os petistas de raiz jamais vão apoiá-lo num primeiro turno. Por isso, o pedetista começou a se referir à própria legenda como a esquerda ficha-limpa e incluiu na roda o PSB, do qual obteve apoios expressivos. Vai ser assim até o fim.

Retrato do momento/ Quem conhece o traçado de Brasília não ficou surpreso com o fato de o candidato do PSL, Jair Bolsonaro, aparecer como primeiro colocado na pesquisa do Correio Braziliense sobre intenção de voto no DF. A cidade — que há oito anos elegia Agnelo Queiroz (foto), do PT, governador, e deu no que deu — busca agora o oposto, de olho na preservação do patrimônio e na segurança pública. Em tempo: a pesquisa não reflete ainda o humor da cidade sobre o slogan “Mais Brasil, menos Brasília”, incluído no programa de governo do capitão reformado do Exército.

Retrato do futuro/ Bolsonaro, no entanto, não tem muito do que se orgulhar dessa performance, porque, em geral, quem ganha no primeiro turno em Brasília não vira inquilino dos palácios do Planalto e do Alvorada.

Retrato do passado/ Em 2014, Aécio Neves chegou em primeiro no DF; em 2010, no primeiro turno, foi Marina Silva (PV), que ficou fora da segunda rodada. E, em 2006, Geraldo Alckmin (PSDB), que perdeu no segundo turno para Lula.

Hoje tem/ Segunda rodada de debate dos presidenciáveis, desta vez, na Rede TV! Em 14 de setembro, será a vez de o Correio Braziliense promover o seu, em parceria com a TV Brasília. Prepare seu estoque de pipoca. Até outubro, muitos encontros virão.

Mantenha distância

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A partir de hoje, quando começa a campanha eleitoral, o presidente Michel Temer terá dificuldades em viajar o país para inspecionar obras ou qualquer outra atividade governamental. É que os aliados apontam o presidente como o pior cabo eleitoral. Em Pernambuco, por exemplo, o governador candidato, Paulo Câmara, trabalha para jogar Temer no colo de Armando Monteiro, candidato à vaga pelo PTB, com apoio do DEM e do PSDB e com dois ex-ministros de Temer na chapa: Mendonça Filho e Bruno Araújo. Armando, ex-ministro de Dilma Rousseff, trata de empurrar o presidente para o PSB de Paulo Câmara que, em parte, fechou com o impeachment de Dilma.

Piauí, a largada simbólica I

Candidato a vice na chapa do ex-presidente Lula, Fernando Haddad definiu o Piauí, governado por Wellington Dias (PT), para o primeiro grande ato da campanha na Região Nordeste. Conforme adiantou a coluna ontem, Haddad escolheu a região para fazer valer o bordão “Haddad é Lula, Lula é Haddad”.

Piauí, a largada simbólica II

Foi em solo piauiense, no município de Guaribas, que Lula lançou em 2003 o Fome Zero, precursor do Bolsa Família. À época, consistia em cupons que poderiam ser trocados por alimentos. Tudo será lembrado na visita de terça-feira, para sedimentar os votos entre os mais pobres.

A novela vai longe

A decisão do TSE sobre a candidatura de Lula não poderá ser feita “de ofício”, conforme queriam alguns ministros. É que, diante dos pedidos de impugnação, será preciso analisar caso a caso e tudo com direito a recurso no STF, onde estão as esperanças do PT de conseguir uma liminar. Ao saber da escolha de Luís Roberto Barroso para relatar o pedido de registro no TSE, um petista reagiu assim: “Pô, justo ele? Que falta de sorte”.

Nem vem

O ex-governador da Bahia, Jaques Wagner, aproveitou o registro da candidatura de Lula para dizer aos caciques do partido que parem com essa história de querer fazer dele candidato. O momento é de consolidar o nome de Fernando Haddad e a defesa do ex-presidente.

Enquanto isso, no PSDB…

Os tucanos não ficaram tão chateados assim com a movimentação petista dominando o noticiário. É que, no mesmo dia, Geraldo Alckmin foi prestar depoimento no inquérito civil que investiga caixa dois na campanha ao governo estadual. Embora não haja nada comprovado contra o governador, a notícia do depoimento, por si só, já é um desgaste.

O público de Afif/
O presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos, concentrou atenções e aplausos na solenidade de abertura do 30º Congresso da Abrasel — Associação Brasileira de Bares e Restaurantes — em especial, quando disse: “Não existe governo ruim para povo organizado”. Faz sentido.

Eterna lembrança/
Em todas as eleições surge um candidato que se diz inspirado em JK (foto). Desta vez, será o senador Álvaro Dias, que tem inclusive imagens gravadas em Minas Gerais, para exibir na campanha.

Por falar em JK…/ Se tem um que perdeu o apoio de qualquer integrante da família do ex-presidente Juscelino foi Jair Bolsonaro. Ao colocar o slogan “Mais Brasil, menos Brasília”, o ex-capitão mexeu com os brios dos brasilienses.

…foi plágio/ O mesmo slogan foi usado, no ano passado, como tema de um congresso da Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul.

A simbologia do MST

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De caso pensado, os petistas concentraram as manifestações de hoje no Movimento do Sem-Terra com dois objetivos: o primeiro, obviamente, está explícito, a defesa da liberdade de Lula e da candidatura do ex-presidente. Entretanto, o que os petistas querem de verdade, e só admitem em conversas bem reservadas, é reforçar o discurso daqueles que pretendem ver no segundo turno o ex-capitão Jair Bolsonaro, do PSL.
Até aqui, Bolsonaro tem defendido o enfrentamento direto com o MST. Com esse discurso, tirou votos do PSDB no setor do agronegócio, em especial, no Centro-Oeste. Agora, com a marcha do MST sobre Brasília, os petistas esperam mostrar força, mas também dar uma ajudinha a Bolsonaro a manter essa parcela do eleitorado que, em alguns casos, volta suas atenções para Alckmin. Afinal, os petistas, não só querem chegar ao segundo turno, como, de quebra, escolher o adversário.

E agora?

A turma do Paraná ficou atônita com a decisão da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal, de tirar das mãos de Sérgio Moro parte das delações da Odebrecht. Isso terminará por dar uma ajudinha a Guido Mantega que, essa semana, virou réu, suspeito de negociar medidas provisórias. Até descobrir o que pode ficar e o que não pode, dizem alguns procuradores, Mantega já terá escapado ileso desse processo.

Fica esperto, Geraldo

Parlamentares oriundos do Nordeste consideram difícil replicar a campanha de Geraldo Alckmin na região. É que, lá, Lula lidera, Bolsonaro e Marina surgem na casa dos dois dígitos e Alckmin tem por lá o que Henrique Meirelles consegue no plano nacional. Portanto, ou o tucano amarra o diálogo com os prefeitos, ou não terá quem faça sua campanha por lá.

Por falar em Nordeste…

Fernando Haddad e Manuela D’Ávila embarcam, na semana que vem, para estados da região. A ordem é começar a fazer pegar no eleitorado de Lula o bordão, “Haddad é Lula, Lula é Haddad”.

Olho nele

Os senadores Renan Calheiros (MDB) e Benedito de Lyra (PP) não tiram os olhos dos movimentos de Ronaldo Cunha, filho da ex-deputada Ceci Cunha (PSDB-AL), assassinada em 16 de dezembro de 1998. Quem conhece a política no estado acredita que um dos dois perderá a vaga ao Senado para o filho de Ceci. Para quem não se lembra, o ex-deputado Talvane Albuquerque (PFL-AL) foi condenado há 100 anos de prisão como mandante do crime. Ele não se conformava por ter perdido a eleição.

Se aplausos significam votos…/ O Diálogos da União Nacional das Entidades de Comércios e Serviços (Unecs) com os presidenciáveis teve três mais aplaudidos: Geraldo Alckmin, Ciro Gomes e Alvaro Dias. Fernando Haddad, do PT, e Henrique Meirelles, do MDB, não arrancaram tantos aplausos efusivos.

…/ Jair Bolsonaro não foi ao evento da Unecs. Os empresários comentavam em conversas reservadas que, quando a conversa requer uma visão mais aprofundada do programa de governo, o candidato do PSL dispensa convites e alega problemas de agenda.

Estrutura enxuta/ Candidato a vice na chapa de Lula, Fernando Haddad começa a campanha com assessoria formada por três pessoas: Ex-chefe de comunicação na prefeitura, Nunzio Briguglio, e, ainda, Laio Morais e Frederico Assis, que cuidará da agenda.

Só no filé/ Um dos homenageados do prêmio Congresso em Foco, o senador Magno Malta (foto), do PR-ES, não se fez de rogado. Quando a mestre de cerimônias anunciou que o jantar estava servido, ele fez cara de paisagem para a fila que se formava na ponta do buffet, ao lado dos pratos. Estrategicamente posicionado na outra ponta, onde estava o rechaud da carne, ele pediu um prato ao garçom e se serviu na contramão, sem a menor cerimônia.

Governo sem teto

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O presidente Michel Temer bem que tentou coibir aumento de despesas a partir do teto de gastos, mas, pelo que se vê, a medida não surtirá efeito. À exceção de Henrique Meirelles, um dos pais da ideia, a maioria dos candidatos se prepara para rever a regra. É que várias projeções indicam que, em 2021, para cumprir o teto, o país terá de reduzir as despesas abaixo do mínimo considerado necessário para o funcionamento da máquina pública. O Instituto Fiscal Independente (IFI), que divulgou relatório ontem, reforça essa visão e decreta que superavit só mesmo em 2022, ou seja, no último ano de mandato do próximo presidente.

A guerra da hora

Está um pandemônio entre as equipes dos candidatos a presidente da República. É que a Rede TV! planeja deixar um púlpito vazio na próxima sexta-feira para marcar o lugar do ex-presidente Lula. A maioria dos postulantes quer repetir o modelo adotado pela Band, que abriu o ciclo de debates na tevê.

Segundo round

Hoje tem reunião para tratar desse assunto do púlpito. Se prevalecer o lugar vazio no palco, a maioria vai brigar para que não sejam feitas perguntas para Lula.

A estreia de Haddad

O movimento em Brasília, amanhã, é pelo registro da candidatura de Lula, mas o que o mercado vai dar uma olhada mesmo é na fala de Fernando Haddad, hoje, no “Diálogo com os presidenciáveis”, promovido pela União Nacional das Entidades do Comércio e Serviços (Unecs). O mercado já calcula que o ex-prefeito será o candidato.

A mágoa de Ciro

Por mais que Ciro Gomes esteja cuidando da própria campanha, sem ligações com o PT no momento, ele não consegue disfarçar aos amigos a decepção com o ex-presidente Lula. Os mais fiéis escudeiros dele lembram que Lula, preso na carceragem, em Curitiba, recebeu Renan Calheiros, mas não o seu ex-ministro da Integração.

Chapa sem cabeça

A desistência da senadora Simone Tebet (MDB-MS) em concorrer ao governo do estado criou um problemão para o partido no berço político do ministro Carlos Marun. Oficialmente, a senadora não quer disputar porque pretende ter tempo para as filhas. Mas, nos bastidores, há quem diga que Simone não quer ser obrigada a ficar justificando os malfeitos que levaram o ex-governador para a cadeia. O desafio agora é encontrar quem queira assumir essa dura missão.

Mudança radical/ Quem se acostumou com o falante Luiz Fux no comando do Tribunal Superior Eleitoral pode se preparar para novos tempos. Amigos da nova presidente do TSE, ministra Rosa Weber, garantem que ela é adepta da máxima de que juiz só fala nos autos.

Pistas/ Agora, quem acompanha os votos da ministra assegura que os candidatos arriscam levar um pito, se forem reclamar do repasse de 30% de recursos para as mulheres. Rosa, em vários votos, defendeu que são necessárias medidas para fortalecer a participação da mulher na política.

O photoshop de Kátia Abreu/ O PDT planeja mudar a foto que a candidata a vice na chapa de Ciro Gomes, senadora Kátia Abreu (foto), do PDT-TO, publicou no Twitter como se fosse a oficial da campanha e terminou causando o maior alvoroço. Era apenas uma “prova”.

Saldo/ No fim das contas, os pedetistas acreditam que o saldo geral desse mimimi foi positivo. Ajuda a tornar a senadora mais conhecida do eleitorado.

Por falar em saldo…/ A marcha dos sem-terra em direção a Brasília para pressionar pelo registro da candidatura de Lula corre o risco de tirar votos do petista, por causa dos engarrafamentos quilométricos. Para compensar, os sem-terra comemoraram a chegada com um forró ontem à noite. De outra coisa, muitos brasilienses, invariavelmente, reclamam: barulho.

PT versus PT

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Com Fernando Haddad confirmado candidato do PT a presidente da República, o deputado Andres Sanchez (PT-SP) está a um passo de pedir desfiliação do partido. A bronca entre os dois é antiga e vem desde os tempos da Copa do Mundo. É que, quando Gilberto Kassab (PSD), hoje apoiador do tucano Geraldo Alckmin, era prefeito de São Paulo e a arena do Corinthians era promessa para sediar a abertura do Mundial, a prefeitura fechou um acordo com o clube para emissão de títulos (Certificados de Incentivos de Desenvolvimento, Cids). O Corinthians daria os títulos como forma de pagamento para a Odebrecht. A gestão Haddad, que veio logo depois, cumpriu o acordo e emitiu os títulos. O Ministério Público questionou a operação e os valores dos títulos caíram. A direção do clube queria que a prefeitura recomprasse os papéis pelo valor de face. A prefeitura rejeitou e o Corinthians ficou com o “mico” de R$ 420 milhões na mão.

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Sanchez não é o único insatisfeito com a escolha de Haddad. Há uma parcela do próprio partido que vai insistir em Jaques Wagner. Sinal de que, sem Lula, o PT tende a perder a aparente unidade e a expor suas divisões internas. E, reza a lenda, quem começa uma campanha às turras não chega a lugar algum. Haja visto o PSDB nas quatro últimas eleições.

Últimos atos
Ministros do Supremo Tribunal Federal reclamam em conversas reservadas que a presidente, ministra Cármen Lúcia, dividiu a Corte. Mal sabem eles que vem mais por aí. Além da defesa do fim dos penduricalhos salariais dos magistrados, ela prometeu ao filho de Wladimir Herzog que vai cobrar um posicionamento da Corte sobre o assassinato do jornalista nos porões da ditadura militar.

A “tomada de Brasília”
Os petistas querem aproveitar o registro da candidatura de Lula na próxima quarta-feira para testar seu poder de mobilizar multidões. Até aqui, o partido não conseguiu provocar uma comoção nacional pela liberdade de Lula. Se não conseguir agora, não haverá outra grande oportunidade.

Foro adequado
A tendência dos integrantes da Mesa Diretora da Câmara é levar o pedido de cassação de Paulo Maluf para o plenário da Casa. Em ano eleitoral, será a chance de os parlamentares como um todo dizerem que não compactuam com malfeitos. A ordem é sacrificar um para tentar preservar o todo.

Temer é brasileiro…
…Não desiste nunca de tentar melhorar a popularidade. Esse é um dos fatores que levaram o governo a antecipar para setembro os financiamentos de imóveis até R$ 1,5 milhão pelo FGTS. Agrada o segmento da construção civil e a parte do eleitorado considerada formadora de opinião.

CURTIDAS

O ânimo da tropa / Deputados e senadores não têm dúvidas de que Geraldo Alckmin, se chegar ao segundo turno, será presidente da República. Porém, para passar à segunda fase, terá que apresentar um desempenho melhor nas pesquisas para fazer com que as estruturas que o apoiam peçam votos para o candidato tucano. Até aqui, a sensação geral é a de que esse movimento está fraco.

Por falar em Geraldo…/ O candidato do PSDB foi aconselhado a evitar fotos ao lado de enroscados na Lava-Jato. Apoio não se rejeita. Porém, andar abraçadinho, não dá.

…quem está do lado dele, é ela/ Dona Lu Alckmin (foto) comentou com a coluna logo depois do debate que não terá agenda paralela. Circulará pela campanha sempre ao lado do marido. Pelo menos, por enquanto.

Dias dos Pais / Se você ainda tem seu pai por perto, não se esqueça de abraçá-lo hoje. Feliz Dia dos Pais a todos.


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Reajuste do Judiciário nas mãos do eleito

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Reajuste do Judiciário nas mãos do eleito

Todos os candidatos a presidente, sem exceção, prometem pedir revisão da proposta de Orçamento que o governo do presidente Michel Temer enviará ao Congresso em 20 dias. Nessa revisão, estará uma tentativa de acordo com o Poder Judiciário para baixar os 16% de reajuste salarial incluído na proposta que o Supremo Tribunal Federal mandará ao Congresso.

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Em tempo: presidente eleito, com a expectativa de poder em alta, costuma ter sucesso quando chama qualquer setor para diálogo. Lula fez isso com a classe empresarial e com os servidores públicos. Collor, com confisco da poupança e tudo, obteve uma trégua. Com o eleito e o Judiciário, não será diferente.

Lula e Collor

Em conversas reservadas, petistas consideram que não está tão ruim o fato de o candidato não poder participar dos debates. Há quem considere que, em 1989, Fernando Collor não participou dos debates de primeiro turno, chegou à final e ganhou a eleição. Lula e o vice, Fernando Haddad, ainda têm uma vantagem: não podem ser cobrados ou atacados pela ausência.

Pela raiz

O debate da Band, tradicionalmente, serve para dar ao mundo da política um cenário de quem são os candidatos mais promissores. Desta vez, fez crescer a certeza de que, embora Geraldo Alckmin não vá tão bem nas pesquisas quanto muitos esperavam, os adversários acreditam que ele pode chegar à final. A ordem entre os concorrentes é desgastá-lo agora, antes da temporada de propaganda eleitoral, quando o tucano vai prevalecer na telinha.

Limão & limonada

Na seleta plateia de empresários em São Paulo, Geraldo Alckmin explicou a aliança com o Centrão de um jeito que todos os presentes conhecem. “Criticam-me porque fiz aliança com partidos de centro, que todos queriam. Mas, para governar, é preciso ter apoio. É melhor fazer antes, porque é em torno de projeto de governo, do que depois ficar fazendo qualquer tipo de acordo”, disse. “Ainda me deu oportunidade de escolher uma pessoa maravilhosa, a senadora Ana Amélia.” A plateia se desdobrou em aplausos.

Alvaro e Rosso

A turma de Alvaro Dias (Podemos), que está com dificuldades de fortalecer os palanques estaduais, saiu do debate da Band comentando que Rogério Rosso (PSD) é uma das apostas para dar mais visibilidade ao candidato. Falta, porém, combinar com o restante do PSD, que fechou coligação com o tucano Geraldo Alckmin.

A hora deles I/ Fora dos debates, Fernando Haddad, do PT, e João Amoêdo, do Novo, terão a oportunidade de expor suas ideias a uma plateia do mundo real. Eles foram convidados pela União Nacional de Entidades de Comércio e Serviços (Unecs) a participar do diálogo com os presidenciáveis nesta terça-feira, em Brasília.

A hora deles II/ Haddad já confirmou presença, assim como Geraldo Alckmin, do PSDB; Marina Silva, da Rede; Alvaro Dias, do Podemos; e Henrique Meirelles, do MDB. Amoêdo, ainda não. Nem Jair Bolsonaro, do PSL. A Unecs congrega várias associações de comércio, atacadistas, bares, restaurantes, lojistas e por aí vai.

No popular/ Terminado o debate da Band, ficou a certeza de que o candidato do Patriota, Cabo Daciolo, vai animar o desfile dos presidenciáveis no quesito “caricatura” em nome de Jesus. Guilherme Boulos, do PSol, não fica atrás. Saiu dali com o título de melhor frase feita, depois de sacar os “cinquenta tons de Temer”, referindo-se aos adversários cujos partidos apoiaram o impeachment da presidente Dilma Rousseff.

Por falar em Daciolo…/ Há quem explique a participação dele no debate: é passar a ideia de que Jair Bolsonaro é um sujeito equilibrado e sereno. Faz sentido.

Cirão da massa/ Na plateia do debate, o deputado Beto Mansur (foto), do MDB, retrucou ao ouvir Ciro Gomes dizer que vai tirar todo mundo do SPC. “Vou votar no Ciro para pagar minhas dívidas! Pode escrever!”

Efeito cascata e janela para a Previdência

Publicado em coluna Brasília-DF

Na surdina, deputados e senadores comemoraram o reajuste de 16% aprovado por 6 a 4 pelo plenário do Supremo Tribunal Federal (STF). É que, com essa decisão, há um grupo que se sentirá mais à vontade para tratar do tema, depois que a eleição passar, propondo inclusive o mesmo percentual.

Há quem diga que, se os deputados seguirem o plano de buscar o mesmo reajuste, o presidente eleito, seja quem for, terá condições de apelar para as dificuldades orçamentárias e, antes mesmo de tomar posse, pedir que eles arrumem receita para não ampliar o deficit de
R$ 139 bilhões que espera o próximo governo. E, nesse sentido, leitor, saiba de antemão que quem vai pagar essa conta são os meus, os seus e os nossos.

É a bancada, estúpido!
A insistência de Lula para fazer do ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad candidato está diretamente relacionada à necessidade de o partido eleger de 10 a 14 deputados federais no estado, celeiro dos votos no país. A ideia é que com um candidato paulista à Presidência da República e ao governo estadual fica mais fácil.

Na ponta do lápis
O PT calcula que, se sair com pelo menos 10 deputados de São Paulo e eleger dois em cada um dos demais estados, terá condição de fazer a maior bancada e, com isso, tentar comandar a Câmara no ano que vem.

Tudo pelo partido
André Fufuca, do PP do Maranhão, que pediu vistas no processo do STF que pediu a cassação de Paulo Maluf (PP-SP), só deve entregar o caso para avaliação da Mesa Diretora depois da eleição. Espera, assim, ajudar o partido a não ficar em evidência pelos malfeitos de Maluf. O PP sonha em fazer uma grande bancada para mandar na Câmara, e em qualquer um que vencer a eleição. Investirá todo o fundo partidário nesse projeto. Maluf, se fosse cassado agora, seria um incômodo.

E eles conseguiram
O Senado ainda trabalhou ontem, mas, na Câmara, só quem conseguiu emplacar alguma coisa foi a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). Foi instalada a comissão especial da MP 843. A medida trata do programa Rota 2030, sobre as regras e incentivos para o setor automotivo.
A votação da MP, porém, é outra história. Vence em 16 de novembro, ou seja, haverá pouco tempo para análise depois da eleição.

Ligações/ À boca pequena, comentava-se ontem que o voto de Cristiane Alkmin pelo arquivamento do processo contra a Rodrimar no Cade está diretamente relacionado ao fato de a conselheira ter trabalhado para o grupo Libra, que também é favorável à taxação da entrega de contêineres aos terminais retroalfandegados.

Ligações II/ Para quem não se lembra, o grupo Libra é aquele de Gonçalo Torrealba, que chegou a ter a prisão decretada pelo ministro Luiz Roberto Barroso, do STF, na Operação Skala, a mesma que teve como alvo amigos do presidente Michel Temer.

Ligações III/ Torrealba foi muito ligado ao ex-deputado Eduardo Cunha, e não eram poucas as fotos do casal Cunha com Carina e Gonçalo Torrealba pelo mundo afora nos tempos de bonança, inclusive em Barbados, um paraíso natural e fiscal.

CB.Poder/ O deputado Paulo Teixeira (foto), do PT-SP, disse ao programa CB.Poder que a TV Globo foi culpada da sentença a Lula. Na avaliação dele, assim que “baixar a poeira”, a condenação em segunda instância será revista pelos tribunais superiores. O programa está disponível no Facebook do Correio Braziliense.