Vírgula 7

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A frase tropeça. Basta provocar o adjunto adverbial que está quietinho, lá no fim da oração. Pra se dar conta da malícia malandra, uma condição se impõe – entender o lugar de cada termo. Como diz o povo sabido, cada macaco no seu galho. Vaivém. A língua detesta monotonia. Daí por que termos da oração têm liberdade de passear no enunciado. Saem do quadradinho que […]

Português, senhores

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Parece que as pessoas copiam o que vem do inglês e aplicam em nossa língua achando que está tudo bem. Vale o exemplo do decimal. Em português, só a vírgula tem vez. Mas muitos teimam em usar o ponto: 1,2 milhão de turistas (não 1.2 milhão), 3,76kg (não 3.7kg), 55,4m (não 55.4m). Vamos combinar? O Brasil precisa ressuscitar o versinho que foi famoso no século […]

Bobeira

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O secretário de Segurança do Amazonas admitiu “que houveram problemas na segurança do presídio”. Bobeou feio. O verbo haver, no sentido de existir, é impessoal. Sem sujeito, fica teimosamente na 3ª pessoa do singular: Houve problemas de segurança nos presídios. Há cinco pessoas na sala. Haverá tempestades no fim de semana.  

Vírgula 6

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Às vezes, a gente se vê diante de uma enrascada: *Meu filho Marcelo estuda na universidade. Marcelo é termo restritivo ou explicativo? Depende. Do quê? Do antecedente do termo Marcelo. Eu tenho um filho ou mais de um? Se um, o termo é explicativo. Pede vírgulas. Se mais de um, restritivo. Nada de vírgula. Exemplos não faltam: Minha mãe, Rosa, mora em São Paulo. Minha […]

Vírgula 5

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“A crase não foi feita pra humilhar ninguém”, escreveu Ferreira Gullar. “Nem a vírgula”, completou José Cândido de Carvalho. O autor de O coronel e o lobisomem sabia das coisas. Nos tempos em que a escola ensinava e aluno aprendia, ele entendeu as manhas da língua. Uma das descobertas foi a engenhosidade da vírgula. Descobriu que há situações e situações. O sinalzinho não cai do […]

Erramos

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“A Anvisa aprovou o registro do medicamento Mevatyl composto por dois princípios ativos da maconha”, escrevemos na pág. 5. Faltou a vírgula. O sinalzinho é obrigatório na separação dos termos explicativos. Melhor: A Anvisa aprovou o registro do medicamento Mevatyl, composto por dois princípios ativos da maconha.

Ter que ou ter de?

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Ora aparece a duplinha ter de. Ora, ter que. Quando usar uma ou outra? Ter de e ter que são irmãzinhas gêmeas. Atualmente não há diferença entre uma ou outra. Ambas indicam obrigação de fazer alguma coisa: Com o horário de verão, temos de (ou temos que) acordar uma hora mais cedo. Você tem de decidir (ou tem que) que roupa usar.

Vírgula 4

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A língua é igualzinha às pessoas. Não por acaso, convenhamos. Ela traduz nosso jeitão, a forma de cada um pensar e se exprimir por meio das palavras. Na expressão, existem estruturas mais simples e estruturas mais complexas. A escolha de uma ou outra diferencia os textos. São mais sofisticados os que dão preferência à coordenação. E mais acessível os que homenageiam a coordenação. O ideal? […]

Vírgula 3

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Há termos coordenados que suscitam perguntas mais frequentes que outros. Um deles é o etc. As três letrinhas dão nó nos miolos. Muitos arrancam os cabelos só de pensar no enfrentamento. Melhor respirar, parar e acreditar que, no fundo, se trata de cortina de fumaça. Basta conheceras as manhas do trio. Aí, a resposta vem fácil como andar pra frente. Etc. Sabia? Etc. é recurso […]