Categoria: português
Olho vivo, marinheiro de poucas viagens. A expressão agradece, mas dispensa a preposição em. Xô! Assim: O Copom anunciou a manutenção da taxa Selic alto e bom som. Proclamou os vencedores alto e bom som. O delegado disse alto e bom som o que pensava da tragédia que se abateu sobre o Flamengo.
Dupla ou trio? Com o numeral, dois é pouco, três é bom. Depois de ambos, o substantivo deve ser antecedido de artigo: ambos os senadores, ambos os países, ambas as provas.
Reparou? Com o tal achar, o enunciado fica fraco, inconvincente. Em vez de “Acho que o Brasil entrará num período de crescimento sustentado”, basta “O Brasil entrará num período de crescimento sustentado”. Mais: o particularmente, que costuma acompanhar o verbo molengão, também sobra: (Eu, particularmente, acho que) O Brasil entrará num período de crescimento sustentado. (Acho que) A reforma da Previdência será aprovada no primeiro […]
“A reforma da Previdência é manchete de Norte a Sul do país”, escreveu o jornal. É verdade. Jornais, rádios, tevês, internet só falam no assunto. Mas a frase tem um problema. Trata-se do emprego das maiúsculas. No caso, elas usurpam o lugar das minúsculas. Norte, Sul, Leste, Oeste, quando pontos cardeais, são nomes próprios. Mas, se definem direção ou limite geográfico, cessa tudo o que […]
Acredita? Ontem o porquê provocou polêmica no Twitter. O pomo da discórdia foi esta frase: “Nota-se porque o Brasil está no nível de educação em que está”. Um seguidor questionou a grafia. Muitos palpitaram. Uns disseram que era junto. Outros, separado. Alguns, com acento. Uns poucos, sem o chapeuzinho. E daí? Melhor saber o porquê dos porquês. Use: Por que nas perguntas diretas: Por que […]
O plural dos substantivos compostos tem lógica. Para acertar sempre, basta entendê-la. Eis dois exemplos: 1. Ambos os elementos vão para o plural se os dois forem variáveis: cirurgiões-dentistas, tenentes-coronéis, águas-fortes, cabeças-chatas, barrigas-verdes, cartões-postais, altos-relevos, más-línguas, baixos-relevos, redatores-chefes, segundas-feiras, primeiros-ministros, pesos-penas, meios-termos, os surdos-mudos. 2. Se, havendo dois substantivos, o segundo der ideia de finalidade, semelhança ou limitar o primeiro, impera a dose dupla – […]
Um pé de moleque. Dois… Um joão-de-barro. Dois… Adeus, dúvida. Só o primeiro elemento vai para o plural se preposição ligar as palavras: pés de moleque, pernas de pau, joões-de-barro, mulas sem cabeça, câmaras de ar, pães de ló, fogões a gás, estrelas-do-mar. Atenção Quando o segundo elemento estiver no plural, mantém-se o plural dele e flexiona-se o primeiro se for flexionável: mestres de obras. […]
Não varia o substantivo formado por palavras invariáveis ou o que tiver o último elemento já no plural: os leva e traz, os diz que diz, os faz de conta, os bota-fora, os topa-tudo, os ganha-perde, os pisa-mansinho, os saca-rolhas, os salva-vidas.
A Lava-jato ganhou companhia. É a Lava-toga. A primeira investiga a corrupção na Petrobras. A segunda, a corrupção no Judiciário. Ambas jogam no mesmo time: são palavras compostas por um verbo (lava) mais um substantivo (jato e toga). Como formar o plural da duplinha? Só o segundo membro do casal se flexiona: Lava-jatos e lava-togas. Grave isto Só o último elemento vai para o plural […]
A dúvida pintou na redação do jornal. A matéria falava da forte chuva que despencou sobre a cidade, dos ventos de 110 quilômetros por hora, do tombo de mais de 200 árvores, dos deslizamentos e alagamentos generalizados. O cenário era caótico. A questão: a cidade emergiu ou imergiu? Emergir = vir à tona. Imergir = mergulhar. Ora, a cidade imergiu no caos. Depois, emergiu. Curiosidade […]