Vexame

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“Será exigido seus dados de acesso”, diz formulário de inscrição do Enem. Baita erro de concordância. O verbo deve concordar com o sujeito — seus dados de acesso. Na ordem direta ou inversa, o plural se impõe: Seus dados de acesso serão exigidos. Serão exigidos seus dados de acesso. 

Erramos

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“No chamado sistema proporcional, são computados os votos obtidos pelo partido ou coligação e, depois, os de cada candidato”, escrevemos na pág. 2. Reparou no modismo? Por que “chamado” sistema proporcional? Sistema proporcional é o nome da modalidade descrita. Melhor: No sistema proporcional, são computados os votos…  

Filho de peixe

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O verbo da moda? É reaver. Com a Operação Lava-Jato, dólares da corrupção depositados no exterior voltaram para o Brasil. Viva! Que venham muitos, muitos mais. A recuperação do dinheiro virou manchete. Muitos escreveram “reaviu”. Cochilaram. Pra conjugar o trissílabo como manda a gramática, a informação da paternidade é pra lá de bem-vinda. Reaver é filhote de haver. Significa haver de novo, recobrar, recuperar. O […]

Leitor pergunta

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Gostaria de saber a classe gramatical da palavra “velho” nas seguintes frases: a) João é um velho amigo. b) João é um amigo velho. (Marise Cruz Galdino) Em ambas as frase, Marise, velho é adjetivo: restringe o substantivo amigo. A colocação lhe muda o sentido. Velho amigo é amigo antigo, do peito. Amigo velho, amigo idoso. Outros adjetivos mudam de sentido segundo a colocação. É […]

Erramos

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“Oposição promete entregar amanhã, à PGR, pedido de abertura de ação penal contra a presidente”, escrevemos na pág. 3. Reparou? Ao separar o verbo do objeto, cometemos frasecídio. Melhor ressuscitar o período. Xô, vírgula! Assim: Oposição promete entregar amanhã à PGR pedido de abertura de ação penal contra a presidente.  

Janene morreu. Cadê prova?

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Macabro? O adjetivo causa arrepios. Quer dizer fúnebre. Mas nós o associamos a sombrio, assustador, tétrico, horripilante. Ninguém sabe ao certo o berço da palavra. Há quem diga que vem do árabe. Mas a maior parte dos estudiosos aposta no francês. No século 18, a obra Dance macabre, pra lá de popular na Europa, representava a morte. A alegoria inspirou-se no martírio dos irmãos Macabeus, […]

Puxão de orelhas

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O repórter escreveu por do sol. Bobeou. O revisor não viu. Leitores atentos se deram conta do descuido. Entre eles, Flatônio José da Silva. Eis a correção: “A reforma ortográfica manteve dois acentos diferenciais. Um: pôde. O chapéu distingue o passado do presente de poder (ontem ele pôde, hoje não pode). O outro: pôr. O monossílabo diferencia o tônico verbo pôr da átona preposição por: […]

Por que citar?

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“Costumo recorrer, nos meus artigos de jornal, a citações frequentes, não apenas como adorno do texto, mas como apoio. A citação nada mais é, por vezes, do que um pensamento coincidente, indicativo de que outro escritor, antes de nós, pensou o que também pensamos — e lhe deu força, com a vantagem da precedência. A concordância, nesses casos, obriga à citação, com o destaque do […]