O jornal escreveu antiSupremo. Leitores estranharam. Com razão. Em português, não se usa letra maiúscula no meio da palavra. Como fazer se houver necessidade de antepor um prefixo a nome próprio? Apela-se para o hífen: anti-Supremo, anti-Bolsonaro, anti-Lula, super-Maria, super-Trump, super-TCU.
Três regras de ouro
Fora nomes próprios, há três regras de ouro para emprego do hífen. Elas se referem aos prefixos.
- O H é majestoso. Não se mistura. Diante dele, o hífen pede passagem: super-homem, anti-higiênico, sobre-humano.
- Letras iguais se rejeitam. O hífen evita curtos-circuitos: anti–inflamatório, super–região, contra–ataque.
- Letras diferentes se atraem: autoescola, contrarregra, minissaia.
Há exceções? Há. Os prefixos co- e re- têm alergia ao hífen. Com eles, é tudo colado: coordenação, corréu, reeleição, reinstalação. E por aí vai.