Uma coisa não exclui a outra

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Senado: parlamentares antigos terão regras de transição Foto: Daniel Marenco – Agência O Globo

 

Com a aproximação dos debates e votação da tão pretendida Reforma da Previdência no Congresso Nacional, proposta considerada pela maioria dos especialistas no assunto, como de caráter urgente, urgentíssimo, dada a saúde precária das contas públicas, um fato é indiscutível: apesar do aparente apoio que conta junto à população sem um ajuste profundo nos gastos do Tesouro Nacional, qualquer projeto reformista nessa e em outras áreas, por mais bem elaborados que sejam, não encontrarão, perante a opinião pública, uma aceitação fácil e majoritária.

Por ajustes nos gastos do Tesouro Nacional entende-se um corte drástico ou mesmo a supressão dos diversos privilégios gozados hoje por uma pequena minoria, encastelada na máquina pública e escudada por leis, feitas, obviamente, sob medida para a manutenção do status quo. Em outras palavras, mais fácil seria iniciar a reforma previdenciária pela ponta da pirâmide, cortando privilégios e velhos abusos consolidados de forma injusta na legislação, eliminando os altos salários, estabilidades inexplicáveis, vitaliciedades do tipo monárquicas de cargos, auxílios extras, biênios, quinquênios, décimos quartos, e por aí vai.

Já que se faz necessário um quantitativo de apoio de 3/5 no Congresso capaz de mudar o texto constitucional, para nele encaixar as novas regras, nada mais natural do que, previamente, limpar o terreno, removendo antigas e odiosas mordomias, custeadas, vejam só, pelo pessoal da base da pirâmide econômica. Uma coisa não exclui a outra.

Nesse caso, haveria uma espécie de pré-reforma, capaz de retirar entulhos de toda a ordem, acumulados ao longo de décadas e que fazem de nosso sistema não só um dos maiores do mundo, mas, sobretudo, um dos mais injustos e desiguais que se tem notícia no mundo contemporâneo.

À flagrantes desigualdades, vem se somar as diferenças e heterogeneidade das diversas regiões do país. Sabe-se que um homem ou uma mulher que viva no interior do Amazonas, certamente, não possui a mesma expectativa de sobrevida de um casal residente no Sul do país.

A divulgação contendo a relação das maiores aposentadorias do pais, inclusive para ex-governadores e ex-presidentes, dá uma mostra de que ainda temos muito o que avançar se quisermos a Previdência inserida nos parâmetros da justiça social e da ética.

 

 

 

A frase que não foi pronunciada:

“Qualquer mudança é bem-vinda, mas não contem comigo.”

Frase por trás das atitudes dos parlamentares, “representantes do povo”.

Charge do Amarildo

 

Segredo

Nota-se que Brasília guarda um tesouro que poucos conhecem. Apenas os mais antigos da capital e as autoridades bem informadas são os que se deleitam com a boa mesa do restaurante La Chaumière. Aconchegante como nenhum outro restaurante dessa cidade, esse é o metro quadrado onde a história do país é resolvida.

 

Bem cedo

Nenhum senador está na Casa no momento em que o senador Kajuru chega. Ele é um madrugador. Estaciona o próprio carro e cumprimenta com simpatia todos os funcionários.

Foto: Roque de Sá (Agência Senado)

 

Ele merece

Por falar em Senado, Wallace Sousa, terceirizado da limpeza, foi descoberto por Denis Soares, da TV Senado. Wallace é um autodidata e exímio desenhista. Certamente esse talento dará uma vida melhor ao rapaz.

 

Na raiz

Agefiz arregaçou as mangas e impediu que as invasões da Estrutural chegassem ao Parque Nacional. O mal precisa ser cortado pela raiz. E é esse o trabalho da Agefiz.

Foto: DER/Divulgação

 

Terrível

Domingo, 20 horas. O ônibus que vai de Sobradinho para a Rodoviária absolutamente lotado. Mas é óbvio: as empresas querem faturar sem aumentar o número de ônibus. Se houvesse mais transporte disponível não seria necessário implementar ônibus só para mulheres. O caso é que as longas distâncias de Brasília não geram os lucros esperados.

Charge do Bruno

 

Mudanças

Anos atrás, foi denunciado o descaminho da poupança dos trabalhadores, feito por políticos nomeados estrategicamente para o cargo de gestão dos Fundos de Pensão da Petrobrás, dos Correios, do BNDES, da Caixa Econômica Federal e do Banco Central.

 

 

Crime

O aparelhamento das agências reguladoras e de fiscalização tirou a capacidade precípua de resguardar os interesses dos trabalhadores e da sociedade em geral. Literalmente fecharam os olhos à lenta sangria dos recursos, perpetrados por mais de uma década nos principais fundos de pensão do país.

 

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Os lugares ainda vagos nos mercadinhos da W-4 deveriam ser entregues a donos de granjas em produção (em produção, vejam bem) para que pudessem oferecer preços que estabeleçam concorrência e melhores condições de aquisição para a população. (Publicado em 15.11.1961)

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