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VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)
Desde 1960, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade
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Com a aprovação pela Câmara dos Deputados da medida provisória possibilitando a privatização da Eletrobrás, mais uma vez vem à tona a questão da entrega, à iniciativa privada, de mais um patrimônio público, nesse caso um setor extremamente estratégico para o desenvolvimento do país, a preços, que todos sabem, nunca serão vantajosos para o Tesouro Nacional, tudo dentro de uma visão pseudo-liberal que, para os consumidores, repete o mote já conhecido de “socializar os justos e privatizar os benefícios”.
À semelhança de outras empresas estatais, corroídas pelo aparelhamento político e pela má gestão, a Eletrobrás entra no pacote mal amarrado da privatização, num momento em que as atenções da população estão voltadas para sobrevivência em face de uma pandemia que já matou quase meio milhão de brasileiros, em pouco mais de um ano. Mesmo países extremamente liberais, como os Estados Unidos, mantêm sob seu controle o setor de energia, por entender que essa é uma área de segurança nacional e de vital importância para a manutenção econômica daquele país.
No Brasil, como de costume, o labirinto da privatização de ativos públicos começa com a transformação dessas empresas em valhacouto de políticos e de apaniguados desses que lotam os conselhos diretores e outros postos de importância. Sem preparo técnico algum, esses intrusos vão para essas funções com a missão de abrir um canal por onde irão ser drenados recursos estatais para as respectivas legendas e seus caciques.
Com esse mecanismo de desconstrução lenta, a empresa começa a dar sinais de deficiência e a causar problemas para o próprio governo e principalmente para a população, que está na ponta desses serviços. Tão logo esses sinais chegam ao conhecimento público, via mídia e outros meios de imprensa, surgem os salvadores da empresa, com propostas para vendê-la a grupos privados interessados nesses “negócios da China”.
É como comprar galinha morta, dizem os entendidos. Ocorre, como no caso da Eletrobrás, que essa é uma empresa estratégica para o país e para os brasileiros. Da mesma forma como ocorre com o abastecimento de água, a energia é indispensável ao desenvolvimento do país.
Para aqueles que falsamente pregam que com a privatização terão um fim também o problema da corrupção e do aparelhamento nessas empresas, restam as lições vindas de outros países que passaram por processos semelhantes e que, ao invés de vender estatais estratégicas, sanearam a empresa e adotaram os melhores métodos de governança e de compliance, organizando e mantendo essas áreas sob estrito regime de integridade e eficiência e prestação de serviços de excelência a preços justos e transparentes.
Obviamente que existem empresas estatais que melhor ficariam nas mãos da iniciativa privada, mas, sem dúvida, esse não parece ser o caso da Eletrobrás, que entrou no corredor da morte da privataria açodada.
A frase que foi pronunciada:
“Essa é a técnica padrão da privatização: Corte o dinheiro, certifique-se de que as coisas não funcionam, de que as pessoas fiquem zangadas, então entregue ao capital privado.”
Noam Chomsky
Embrapa
Interessados em plantar maracujá no cerrado poderão receber instruções da Embrapa para este fim. No dia 25 deste mês, acontecerá a Reunião de Validação da cultura do Maracujá para o DF e Entorno, a partir das 15h, no portal https://conferenciaweb.rnp.br/webconf/zarc. Mais informações a seguir.
–> Zoneamento agrícola de risco climático para a cultura do Maracujá será validado na próxima terça (25)
Interessados na cultura do maracujá terão a oportunidade de participar na próxima terça-feira (25), às 15h, da Reunião de Validação da cultura do Maracujá para o DF e Entorno. O evento promovido pela Embrapa será realizado de forma on line e busca apresentar e validar os dados sobre Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc) para a cultura do maracujá nos estados do MT, MS, GO, AM, PA, RR, AC, AP, RO, TO e no DF. O Zarc é um instrumento de política agrícola e gestão de riscos na agricultura.
O encontro é destinado a produtores rurais, consultores técnicos, gestores públicos, representantes de cooperativas, de bancos e de empresas do setor privado ligadas ao tema. “A participação e contribuição desses atores é muito bem-vinda para o aperfeiçoamento dos resultados desse estudo que servirá para orientar políticas de crédito e securidade rural para o cultivo de maracujá no Brasil”, explica o pesquisador da Embrapa Cerrados, Fernando Macena. O acesso à reunião será feito por meio do link: https://conferenciaweb.rnp.br/webconf/zarc.
A metodologia do Zarc e os dados para as diferentes regiões serão apresentados pelo pesquisador da Embrapa e contará com a participação do corpo técnico do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Esse estudo é elaborado com o objetivo de minimizar os riscos relacionados aos fenômenos climáticos adversos e permite a cada município identificar a melhor época de plantio das culturas, nos diferentes tipos de solos e ciclos de cultivares.
Acesse aqui mais informações sobre o Zarc
Serviço:
Reunião de Validação da cultura do Maracujá para o DF e Entorno
Data: 25 de maio de 2021
Horário: 15h
Local: https://conferenciaweb.rnp.br/webconf/zarc
Juliana Caldas (MTb 4861/DF)
Embrapa Cerrados
Contatos para a imprensa
juliana.caldas@embrapa.br
Telefone: 61 3388 9945
Núcleo de Comunicação Organizacional – NCO
Boas novas
Parece que, dessa vez, as coisas começam a voltar ao normal. O fato de os Consulados dos EUA abrirem agendamento para emissão de visto a estudantes é um bom sinal. Não é novidade a exigência da apresentação do teste RT-PCR negativo. Muitos aeroportos do mundo ignoram o documento e fazem o teste in loco.
Abraço solidário
Realmente a Quitutices, da 315 Sul, é um Oasis aos celíacos. Com total confiança nos produtos vendidos, aqueles que não podem consumir glúten, têm nesse local a oportunidade de consumir alimento saboroso e feito pela chef Inaiá Sant’Ana. Agora, a confeitaria Quitutice, em comemoração ao Dia do Abraço, celebrado hoje, com o Complexo Gastronômico, promove campanhas para incentivar o Abraço Solidário: campanha para arrecadação de agasalhos, alimentos e produtos de higiene, destinados às comunidades carentes do Distrito Federal.
História de Brasília
Finalmente, no mesmo dia da posse, ia embora o ídolo. Juscelino deixava Brasília num DC-7C da Panair com destino a Paris. (Publicada em 02.02.1962)
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Desde 2005, quando estourou o escândalo do Mensalão, época em que a cúpula do Partido dos Trabalhadores usou o dinheiro público desviado para, literalmente, comprar parlamentares para que votassem a favor do governo, boa parte da população brasileira, surpreendida e profundamente decepcionada com a classe política, vem acompanhando, par i passo e com atenção redobrada, o cotidiano de corrupção em que se transformou o Estado desde a redemocratização.
Os vinte anos de governos militares não foram suficientes para fazer ver, à classe política, a importância e a ligação estreita existente entre ética pública e democracia para todo e qualquer projeto que favoreça a governança e a unidade nacional. Sem essa relação de respeito mútuo entre as elites dirigentes do país e a população, governo algum é capaz de lograr êxito em administrar uma nação.
A perda de credibilidade dos políticos, de modo geral, tem efeito direto sobre a qualidade de nossa democracia. Os seguidos episódios de malversação dos recursos públicos, desde a volta dos civis ao poder em 1985, têm efeito negativo sobre a imagem do país, dentro e fora do Brasil, e mais do que isso, têm favorecido, sobremaneira, os períodos de crise institucional, que, de tão frequentes, foram transformados em cíclicos.
Prova de que o mal desempenho da classe política tem suscitado crises sociais, econômicas e mesmo políticas é o fato de que não há um único governo, nesses últimos tempos, que não tenha sofrido desgastes públicos com a sequência, sem fim, de Comissões Parlamentares de Inquéritos (CPIs). A situação é esdrúxula em si. Há governo, há CPI. O pior com esse tipo de realidade surreal é que nem a composição dos membros dessas diversas CPIs, nem os governos investigados até aqui, conseguiriam obter a absolvição total caso fossem, de fato, submetidos aos rigores de um tribunal sério e isento.
Como cada governo que chega corresponde uma CPI específica e ruidosa, e como cada uma dessas Comissões Parlamentares de Inquérito, mesmo lavando a roupa suja em público, nada resultam em medidas práticas e realistas para sanear o Estado de modo definitivo, fica evidente que o desperdício do dinheiro público, em tantas transações suspeitas ao longo desses últimos 35 anos, é também gasto em Comissões que, ao fim e ao cabo, viram pó, tão logo são encerradas.
Ocorre que, sem elas, a coisa seria pior, se é que isso pode ainda ocorrer em se tratando de Brasil. Aconteça o que acontecer, daqui para sempre, a figura do ocupante do Palácio do Planalto, bem como dos governadores e prefeitos atuais, ficou na memória dos brasileiros como ligados diretamente à pandemia e todas às agruras que ela produziu, aconteça o que acontecer nessa CPI. Essa já é, em si, uma penalidade e tanto.
Frase que foi pronunciada:
“Perguntas simplórias sem contextualização, sem a compreensão do que nós estamos falando, não vai atender às pessoas que estão nos esperando. Eu vou responder todas as perguntas, sem exceção, e coloco de outra forma. Podem ter certeza, eu não vou ficar repetindo uma palavra. Eu vim com bastante conteúdo e eu pretendo deixar claro à população brasileira e a todos os senhores todos os fatos e verdades que aconteceram sob a minha gestão. Perguntas com respostas simplórias eu gostaria até que não fossem feitas. Me perguntem coisas com profundidade.”
Ministro Pazzuello na CPI do Covid
Debate
Celeuma forte entre o youtuber e comentarista político Caio Copolla e o deputado Kim Kataguiri. Veja a seguir.
Parceria
De piscinão para prainha, o governo busca parceria para a manutenção e segurança do local. Exemplo de desobediência às práticas sanitárias em tempos de pandemia, o local fica lotado de adultos e crianças sem máscaras e vende cerveja à vontade, na beira da estrada. É diversão garantida aos frequentadores e aborrecimento total aos moradores da redondeza.
Seca
No início da seca no DF, é preciso evitar as queimadas de quintal. Ainda é possível ver motoristas arremessando cigarros no asfalto, atitude de total desrespeito e perigo.
Trânsito
Por falar nisso, a Câmara Legislativa está com audiência pública online para debater a educação no trânsito. A chamada foi feita pelo deputado distrital Valdelino Barcelos (PP), presidente da Comissão de Transporte e Mobilidade Urbana (CMTU).
Hackers
Aconteceu em maio de 2011. Gerou a lei 12.737/12 e uma alteração no código penal. O fato típico era a violação da intimidade e a lei ganhou o nome de Carolina Dieckmann. Às vezes, a intimidade invadida por hackers pode servir até de prova para a Justiça. Só às vezes.
História de Brasília
“O que êle alegou como “forças terríveis, até agora ninguém sabe o que foi. E tem feito disto o segredo para não ficar esquecido. Disse agora que não tem medo de caretas, mas teve numa hora em que não deveria ter.” (Publicada em 02.02.1962)
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Deixando de lado, apenas por uns momentos, os muitos malefícios trazidos a todos pela pandemia, é possível encontrar, em meio ao caos que se instalou na vida de todos, alguns elementos que, por força das circunstâncias, acabaram gerando pontos benéficos indiscutíveis e que só poderiam existir em condições excepcionais como essa.
Tomando como ponto de partida a questão do trânsito no Brasil, um país reconhecidamente recordista em mortes nas estradas e que, por vários anos, tem ocupado a triste posição de 4º colocado no mundo nessa categoria, superado apenas por China, Índia e Nigéria, é preciso destacar que, durante a pandemia, tem havido uma expressiva redução nesses índices.
Em 2019, algo em torno de 40 mil pessoas perderam a vida em acidentes nas estradas do país. Em 2020, esse número caiu para menos de 35 mil. Uma redução que, embora não sinalize uma mudança de hábitos e, sim, uma diminuição no número de veículos circulando, tem servido para poupar vidas, desafogar leitos hospitalares e poupar recursos econômicos de toda a ordem.
Coisas do confinamento e do esfriamento do comércio, principalmente na área de transporte de mercadorias. Houve, além de uma diminuição do trânsito nas estradas do país, uma nítida diminuição do fluxo de automóveis nas zonas urbanas, aliviando os congestionamentos, reduzindo a poluição do ar, a poluição sonora e o excesso de acidentes em todas as vias de nossas cidades. São milhares de vidas poupadas e bilhões de reais economizados. Basta ver que a cada 10% de redução nos acidentes correspondem à economia de R$ 25 bilhões aos cofres públicos.
Há, também, dados trazidos pelo Índice de Exposição a Crimes Violentos (IECV), elaborado pelo Instituto Sou da Paz, que mostram que os crimes violentos sofreram retração de 11% em 71% dos municípios paulistas em 2020. O isolamento social foi responsável por esses números, na medida que a diminuição de circulação de pessoas nas cidades tem reflexos na dinâmica criminal, reduzindo as oportunidades de crimes.
Também no Mato Grosso do Sul houve redução geral da violência, com destaque para as mortes decorrentes de intervenção policial que foi de (-53%). Contrariamente ao que acreditava o próprio governo, que chegou a traçar cenários de saques e invasões de supermercados, boa parte dos estados brasileiros registrou, em 2020, diminuição no número de crimes diversos.
Diminuíram os indicadores de roubos e furtos nos domicílios em todo o país. Obviamente que são reduções que não alteram o fato de o Brasil ainda ser um dos campeões mundiais em violência, mas dão uma certa perspectiva de que há possibilidades reais em trazer os índices de violência para patamares próximos de países desenvolvidos.
Claro que esses indicadores não possuem a capacidade de esconder que estamos na iminência de atingir a cifra de quase meio milhão de mortes em decorrência da Covid-19 e outras doenças muitas vezes penduradas na conta da pandemia.
Deixando as estatísticas nacionais num canto, é preciso notar, com relação especificamente à capital do país, uma expressiva diminuição de mortes tanto no trânsito quanto nos crimes de forma geral. Em Brasília, em 2020, houve queda de nada menos do que 50% nos crimes de feminicídio. De acordo com levantamento da Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF) indica que, em 2020, foram registrados 11,4 homicídios por 100 mil habitantes, índice mais baixo desde 1980. Também efeitos trazidos pela pandemia. É o lado bom da coisa ruim.
A frase que foi pronunciada
“Todo mundo acha que nós criamos problemas com a China, menos a China.”
Ex-chanceler Ernesto Araújo
Estacionamento
Enorme área na Granja do Torto com postes de iluminação funcionando bem e iluminando o nada. Veja a seguir.
Sacrifício
Hoje, das 7h às 23h, o fornecimento de água na parte norte da cidade será suspenso. Lago Norte, Taquari e Sobradinho. “Os serviços vão aumentar a capacidade de transferência de água para a região norte e garantir maior confiabilidade na operação do sistema.”
Lógica científica
Se um governo não tem oposição é porque algo está errado. Durante os governos Lula e Dilma, não houve oposição que engrossasse a voz contra qualquer atitude suspeita, verba desviada, até a inutilidade de uma tomada com padrões novos foi recebida de braços abertos. Havia algo de podre e não era no governo da Dinamarca. É bom ver oposição a um governo que o povo apoia. A urna eletrônica com o voto impresso vai chancelar a vontade do brasileiro. Se deixarem…
História de Brasília
Mas havia esperança no país. Apenas meia dúzia de pelegos estrebuchava espumante, conta o homem. Forças Armadas, a favor. Povo a favor. Trabalhadores a favor. E veio a notícia bomba: o homem renunciou. (Publicada em 02.02.1962)
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Que futuro harmonioso caberia a um país que tem construído seu caminho histórico com base em mentiras, meias verdades e outras imaginações fantasiosas? Essa é uma questão cujas respostas só podem ser buscadas em exemplos, também históricos, fornecidos por outras nações, ao longo do tempo. O que se sabe, a priori, é que parece existir uma relação subjacente entre progresso material e a capacidade de dizer a verdade de modo franco e aberto.
A verdade parece também estabelecer um vínculo direto entre o que é projeto e realidade. Para os antigos, a verdade sempre esteve ligada ao conceito do belo e da harmonia, querendo significar que somente por meio do atributo da ética moral é que se obtém a evolução humana. Já os religiosos e todos os mestres da espiritualidade sempre destacaram a importância da verdade para uma vida plena de realizações. Para isso, chegavam, inclusive, a dizer que todo mal tem sua origem numa raiz comum que é a mentira.
Houvesse um ranking internacional de classificação de nações, cujo critério fosse a capacidade de seu povo e principalmente de seus líderes de dizerem a verdade, mesmo em momentos adversos e delicados, por certo, o Brasil ocuparia o final da lista. Sem mais delongas, somos o que somos. Ou seja, um país em que dizer uma mentira é tão fácil como dizer bom dia. Fomos, de fato, desde o período das capitanias hereditárias, no século XVI, construindo nossa caminhada ao longo do tempo apoiados em mentiras e outras enganações. Até mesmo antes de ocuparmos esse continente, que já possuía donos há milênios, fizemos os primeiros contados com os povos dessa terra com base em falsas promessas de intercâmbio e amizade, para depois escravizá-los de modo bárbaro, tomando-lhes o chão ancestral, sem qualquer traço de remorso.
Com as Capitanias Hereditárias, recebidas, por doação, das mãos do rei português D. João III, numa espécie de parceria público-privada, das 14 entregues, apenas duas prosperaram. As restantes malograram em falsas promessas, quando o confronto com a realidade selvagem, que nada mais era do que a verdade da situação, se antepôs às mentiras e ao pouco apreço dos donatários com uma tarefa dessa envergadura.
Só nesse período, excetuando as capitanias de São Vicente e Pernambuco, que obtiveram relativo sucesso, duzentos anos se passaram entre mentiras e enganações entre a Coroa e os donatários, com muitos, sequer, dando-se ao trabalho de aportarem por essas bandas. Com o sistema de Governo-Geral, e que resultaria na fundação da primeira capital do país na Bahia, em 1549, prosseguimos na mesma direção torta.
Desse período, o melhor retrato tirado da colônia talvez tenha sido feito por Pe. Antônio Vieira, com o “Sermão do Bom Ladrão” em 1655, onde o clérigo relata a situação de uma colônia que parecia já não ter remédio, tomados por “ladrões de maior calibre e de mais alta esfera e aos quais os reis encomendam o governo das províncias, ou a administração das cidades… e que furtam e enforcam”.
Apenas para ficar nesses primórdios de nossa história, muito antes do primeiro e segundo império, da proclamação da República e de outros fatos históricos, a maioria deles apoiados no alicerce da mentira e da enganação, que em um átimo de tempo nos conduziu ao ponto em que hoje estamos.
A frase que foi pronunciada:
“Um lado interessante da CPI do Covid são as amizades impossíveis sendo desenhadas pela conveniência.”
Dona Dita, pensando enquanto monta um tabuleiro de xadrez
Exemplo
José Antonio Reguffe é o parlamentar do DF, incluindo todos senadores e deputados, que mais destinou recursos de suas emendas ao Orçamento da União para a Saúde do DF. Só este ano, foram R$ 11,2 milhões. Foram R$ 8,2 milhões para a compra de equipamentos para os hospitais públicos do DF, como tomógrafos, ventiladores mecânicos e oxímetros. E mais R$ 3 milhões para custeio e aquisição de medicamentos para a rede pública de saúde do DF. “Estou cumprindo a minha obrigação, fazendo a minha parte e dando uma contribuição prática, dentro do que é da alçada de um parlamentar, para melhorar a saúde pública que a população tanto precisa”, disse o senador Reguffe.
Mecanismo
Faltam mecanismos, como o portal da transparência, onde a população possa acompanhar a verba destinada pelo parlamento ao executivo federal e local; onde foi efetivamente aplicada. Só esse mecanismo acompanhado por fiscais, auditores e população já bastaria como prestação de contas, atividade fundamental para quem recebe verbas. Ter as contas fechadas e aprovadas seria a condição para receber novas verbas. Simples assim.
Campanha
Agasalhos, cobertores, lençóis, em boas condições de uso podem ser doados na Administração do Lago Norte. A campanha do GDF tem as administrações como parceiras.
Dúvida
Por que as pessoas que defendem a segurança das urnas são contrárias ao voto impresso?
1. Não é para substituir. Trata-se de um custo que paga a democracia. Eletrônico + online = segurança máxima. Não há o que temer.
2. O sigilo do voto é mantido porque o eleitor confere em quem votou e deposita o impresso na urna.
3. Mais valem 2 horas na fila do que 4 anos em dúvida
História de Brasília
Veio a onda de bilhetinhos. Cometeu não cometeu o êrro de português no discurso de posse. Fica proibida qualquer luta de galo. O Jóquei Clube só funcionará aos domingos. Miss, sim, mas sem maiô. (Publicado em 02.02.1962)
Sem o Censo, Brasil perde sua principal bússola para sair da crise
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Como tem acontecido com certa frequência nesses últimos tempos, coube, mais uma vez, ao Supremo Tribunal Federal, interferir na seara do Executivo para lembrá-lo que, como manda a Constituição, o Governo Federal é obrigado a realizar o Censo, que na realidade deveria ter sido feito no ano passado, mas que, em decorrência da pandemia, não aconteceu. Desta feita, o Supremo cedeu para que o governo realize o Censo somente em 2022, mesmo diante dos cortes drásticos no orçamento do IBGE. Segundo a própria entidade, dos R$ 3.5 bilhões previstos, inicialmente, para a realização das pesquisas em todo o país restaram pouco mais de R$ 53 milhões, o que torna impossível a realização de um Censo dentro dos padrões minimamente aceitáveis.
Como, por lei, o Censo tem que ser realizado a cada dez anos, o IBGE irá se defrontar com dados e números fora dos padrões, principalmente em virtude da crise gerada pela pandemia, que afetou todos os índices de produção e de desenvolvimento humano. Com isso, o retrato que possivelmente emergirá do Brasil em 2022 poderá mostrar um país que já não conhecemos bem, ou que imaginávamos ter ficado num passado longínquo.
Para os estudiosos no assunto, a pandemia veio para reforçar, ainda mais, a necessidade e urgência de realização do Censo, de modo que o governo possa aperfeiçoar seu planejamento e ajustar melhor as políticas públicas em todas as áreas. Até mesmo com relação ao planejamento de vacinação da população. O Censo pode indicar o número exato de pessoas de uma determinada região, idade e outros dados que podem ser úteis no programa de distribuição de vacinas.
O fato é que, sem o Censo, o Brasil perde sua principal bússola capaz de indicar as possíveis saídas para a crise gerada pela pandemia. Além do fato meramente econômico e social, o Censo, segundo políticos da oposição, pode mostrar um Brasil que o atual governo não deseja ver e dar a conhecer aos brasileiros.
O eleitor, ao olhar a foto atual e real do país, pode, inclusive, mudar o destino de seu voto. Para os ex-presidentes do IBGE, Roberto Olinto e Paulo Rabello de Castro, a não realização do Censo é uma verdadeira tragédia para o país e uma perda da cidadania, uma vez que, ao não conhecer bem a realidade de cada lugar e de sua gente, não há possibilidade alguma do Poder Público realizar o que quer que seja em benefício do cidadão.
Num ponto todos concordam: a pandemia mudou muito o Brasil que conhecíamos até pouco tempo. Para esses especialistas, o apagão propiciado pela não realização do Censo em tempo pode ter consequências negativas de longo prazo, algumas, inclusive, já sem solução, devido ao atraso. O corte de 90% da verba destinada ao IBGE para o Censo, e que motivou o pedido de demissão da pesquisadora e presidente Susana Cordeiro Guerra, parece não ter despertado, até o momento, a atenção do presidente Bolsonaro para o perigo dessa decisão que afeta não só o futuro dos brasileiros, mas a continuidade ou não de sua gestão.
Um exemplo dessa importância vital do Censo pode ser conferido no SUS, neste momento de pandemia. É pelo Censo que o país pode avaliar e planejar visando aperfeiçoar o trabalho do Sistema Único de Saúde durante a virose e num período pós-pandemia também, de modo a torná-lo pronto para quaisquer eventualidades futuras.
Por essas e por outras, os especialistas e aqueles que compreendem a importância do Censo consideram que a discussão de verba para a realização dessas pesquisas tão importantes e que são chave para o país não passa de leviandade do atual governo. Para alguns, como Sérgio Besserman, também ex-presidente do IBGE entre 1999 e 2003, sem o Censo não há bom senso. “Só com a perda de eficácia das políticas públicas, diz representará muito mais dinheiro do que será economizado nesse corte dos recursos para o Censo.”
Também para Paulo Rabello de Castro, que dirigiu o IBGE, o custo para a realização do Censo é muito barato, em relação aos seus resultados a longo prazo. “Imagina como é barata a realização do Censo no Brasil e quantas centenas de jovens brasileiros serão empregados. É uma estupidez não realizar o Censo, é uma marca da nossa estupidez nesse momento triste da nossa história”.
A frase que foi pronunciada:
“Espero que todos vocês preencham o formulário do censo quando ele chegar pelos Correios no próximo mês. Se você não devolver o documento, a área em que vive pode receber menos dinheiro do governo e você não gostaria que isso acontecesse, gostaria?”
Andy Rooney, do programa 60 minutos da CBS.
Verde que te quero
Park Way, com grandes áreas de preservação ambiental, sempre despertou a cobiça de especuladores. Veja, a seguir, matérias e documentos publicados sobre o assunto.
–> CONTRA PROJETO DE LEI QUE DEVASTA ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL NO DISTRITO FEDERAL
–> PROJETO DE LEI (Do Senhor Deputado DELMASSO – REPUBLICANOS/DF)
Convite
Terezinha Célia Kineipp Oliveira assume a diretoria de aposentados da Amatra 10. Veja mais sobre a posse dos novos membros da instituição a seguir.
História de Brasília
Veio depois, a esperança. Um governo honesto, correto e duto para todo mundo. Nas repartições, todos procuravam trabalhar, o que nem sempre acontecia. Os primeiros inquéritos foram violentos, e apareceram como uma bomba. (Publicado em 02.02.1962)
Ninguém tem razão quando o assunto é política cultural do Estado
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Não seria preciso que a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) ingressasse com Ação Civil Pública (ACP) contra o Governo Federal, a quem acusa de promover uma política sistemática de desmonte da cultura brasileira, para que os brasileiros tomassem ciência de que essa área vem sendo severamente sucateada dia após dia.
Primeiro porque, por essa via, a questão perde muito de sua seriedade e urgência, descambando para o terreno da rinha política partidária, levantando suspeitas de que a ACP faz parte de uma vingança pessoal, movida pelo próprio presidente da entidade, Felipe Santa Cruz, ligado ao Partido dos Trabalhadores e acusado por advogados de transformar a Ordem em legenda de esquerda. Hoje, é sabido que qualquer ação, que parta da atual presidência da OAB contra o Governo Federal, perde muito de sua importância jurídica e institucional, por conta, justamente, da partidarização política excessiva da entidade e, particularmente, pelos desentendimentos entre o atual presidente e o Planalto.
Nesses últimos tempos, nem mesmo um diálogo institucional existe entre o Governo e a OAB. É o preço a ser pago, pela sociedade e pela classe artística, pela falta de isenção política ideológica da ordem versus a miopia política que tomou conta do Executivo. Não seria necessário, aqui, citar a máxima segundo a qual é pela qualidade cultural dos eleitores que se conhece a cultura do eleito. Nesse ponto, a maioria dos eleitores do atual presidente suspeitavam, ao menos, que, por suas declarações e pelo seu passado, avesso a questões da cultura e das artes, cedo ou tarde, ele promoveria, nesse setor, uma espécie de caça às bruxas contra a classe artística do país, mormente àquela que vinha, incansavelmente, criticando seu governo, desde o primeiro dia.
Por outro lado, tem sido essa mesma classe artística, tradicionalmente ligada aos movimentos de esquerda, que, em governos passados, lograram obter as maiores verbas destinadas aos projetos de cultura, principalmente a partir da gestão de Gilberto Gil frente à pasta da Cultura, via Lei Rouanet. Houve, nesse caso, uma flagrante perseguição política a esses artistas por parte do governo, o que não é segredo para ninguém, dados os inúmeros pronunciamentos nesse sentido, feitos pelo próprio presidente recentemente.
A questão aqui é que essa medida anunciada pela OAB perde muito de seu caráter cívico, diminuindo a importância do problema a uma mera disputa política, o que também contribui para retirar o vigor da questão e sua necessidade para o cidadão. Cultura é alimento do intelecto e do espírito. Nenhuma civilização sobre o planeta jamais logrou êxito e desenvolvimento prescindindo da produção cultural de seu povo e da contribuição de outras nações. É preciso ver ainda que, por detrás dessa ACP, reúnem-se a maioria dos partidos de oposição ao governo, o que confere mais matizes ideológicos a uma questão tão séria e que diz respeito a todos.
Temos aqui mais um caso típico, nesse governo e nesses tempos estranhos, em que a nenhuma das partes deve ser dada a razão. Nem o governo, nem a OAB, muito menos a oposição política. A questão da produção cultural, deveria, num país democrático e sério, ser afeta diretamente à classe artística, por meio de um ministério ou secretaria apto e isento politicamente para gerir essas demandas, que deveriam ainda contar com a solidariedade da sociedade e com a participação do empresariado, por meio de isenções fiscais realmente eficazes e transparentes.
Subsídios governamentais, ainda mais quando o Executivo é ocupado por políticos de visão extremada e avesso à arte e à cultura, podem sofrer desses contratempos e dessas perseguições. O que pode haver nessa questão de maior concretude é que se abra agora uma discussão sobre as possibilidades dos caminhos a serem trilhados e a blindagem da produção cultural contra esses eventuais favoritismos de momento, para que nossas artes não sofram processos de descontinuidade por motivos alheios aos criadores e aos artistas em geral.
A frase que foi pronunciada:
“Quem disse que a paz não tem preço?”
Bolsonaro lembrando que Lula nunca teve oposição
Tecnoaprendizagem
A Comissão de Desenvolvimento Econômico Sustentável, Ciência, Tecnologia, Meio Ambiente e Turismo (CDESCTMAT), da Câmara Legislativa do Distrito Federal, está discutindo as profissões do futuro. A deputada do Novo, Júlia Lucy, acredita que a pandemia mostrou o descompasso entre a demanda do mercado e a oferta da educação. Colocar o DF no mapa da tecnologia nacional é o grande objetivo do embate.
Sonho possível
Ainda nessa comissão, o especialista em jogos eletrônicos, David Leonardo, usou sua experiência para mostrar como é possível conjugar habilidades e conhecimento com o prazer de aprender. Outro ponto importante destacado é a importância da conexão entre as disciplinas, o que enriquece a experiência e estimula a capacidade intelectual dos alunos.
Não deve, não teme
Engana-se a Organização Mundial da Saúde quando diz que o esperado relatório sobre a origem do Covid aponta para a inocência do país asiático. Na verdade, o que é esperado pelos cidadãos do mundo é a abertura da pesquisa em questão para todo e qualquer país que queira participar.
História de Brasília
Mas nem a mesma faixa existe. Um motorista levou consigo como recordação. Pelo menos é o que a gente ouve dizer. À noite, pela televisão e pelo rádio, veio a grande revelação. O país, que vivia num clima de otimismo excitante deixou cair o queixo ante as declarações de pessimismo do presidente. (Publicada em 02.02.1962)
VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)
Desde 1960, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade
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“Com ciência e consciência”
Perdidos
Muito triste ver tantos profissionais perdidos sem saber como se reinventar. O número de suicidas não é divulgado. Deveria.
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É certo que, em um dia, não muito distante, alguns ou muitos dos figurões envolvidos nas maiores trapaças de corrupção de nosso tempo revelarão, em suas “memórias”, todo o imenso cipoal de negócios escusos que, durante as duas primeiras décadas de nosso século, quase levaram o Brasil à falência. Principalmente os protagonistas centrais de Operações como a Lava Jato e congêneres.
Até mesmo integrantes das altas cortes do Judiciário, que nesses episódios tiveram participações contra e a favor dos delinquentes de colarinho branco, terão muito a revelar quando esse dia chegar. Basta apenas que um desses personagens, acometido pelos remorsos que a idade avançada traz em sua bagagem volumosa, venha a ter um surto de sinceridade pré morte, confessando tudo para aliviar o peso excessivo de suas lembranças para a viagem eterna.
A partir daí, como num processo desembestado de inércia, todos contarão o que viram e ouviram, até para não ficarem diminuídos nessa trama farsesca. Por certo, haverá aqueles que, por pretenso dever ideológico, nada dirão. Ou, se vierem a narrar suas façanhas, o farão não no papel de vilão, mas travestido do mais nobre dos ideais. Para esses farsantes, a idade avançada tratou de transformá-los não em velhos, mas em velhacos, com todas as suas rugas e resmungos falsos.
Esse, enfim, seria um processo natural de passar o país a limpo e expor os fatos tal como eles ocorreram e não como imaginam a justiça, a mídia e os bajuladores. O método correto para repor as coisas em seus devidos lugares, como fazem os países civilizados, expondo toda a verdade ao público, para que histórias como essas não voltem a se repetir, deveria ser feito nos tribunais, dando, a cada um desses famigerados protagonistas, a pena segundo a atuação de cada um.
Mas, em se tratando do Brasil inzoneiro e do “jeitinho”, o que parecia, num primeiro momento, uma verdadeira revolução de costumes, mandando todos os implicados direto para o xadrez, virou uma ciranda em que, aos poucos, cada um foi sendo posto em liberdade, revendo todo o gigantesco processo, como se nada tivesse ocorrido de fato.
Pelas firulas e as filigranas jurídicas, um a um foi sendo solto, de volta às ruas e, potencialmente, a novos crimes. Pelas mesmas brechas os juízes e rábulas fizeram das leis o seu avesso e hoje condenam aqueles que ousaram condenar gente tão poderosa. Quando esse dia chegar, é quase certo que muitos desses emplumados advogados de defesa, enriquecidos com os honorários oriundos do farto butim, talvez venham a revelar, ao público, as confissões inconfessáveis de seus clientes.
De certo, sabe-se apenas que, quando esse dia chegar – se chegar – a maioria dos membros dessa verdadeira quadrilha estatal já estará, para fins da justiça e da lei redigidas pelos homens, anistiada, perdoada, arquivada, prescrita e até esquecida. Mas terá, de fato, acertado as contas com o cidadão de bem que tudo acompanhou perplexo? Terá acertado as contas com a ética pública? Estará, de fato, perdoada pela história?
A frase que não foi pronunciada:
“Receita perigosíssima: coloque na mesma panela de assuntos o Coronavírus, política e dinheiro. Certamente esses ingredientes juntos não salvam vidas.”
Dona Dita pensando com os botões que, na sua idade, nunca havia presenciado a doença ideológica.
Armadilhas
São muitas as localidades no DF em que o hábito de recolher os excrementos dos animais durante o passeio ainda não existe. Há que se fazer uma campanha nesse sentido para convencer as pessoas que ainda não pensam no bem comum.
Susto
Com um batalhão perto, não justifica assaltos acontecerem no Deck Norte. Meliantes se aproveitam da falta de policiamento para furtar transeuntes. É preciso redobrar a presença.
Solidariedade
Santos inocentes é uma instituição que abriga adolescentes grávidas ou mulheres sem apoio algum para criar seus filhos. Neste momento, a necessidade é enorme. Cobertores, fraldas, alimentos… Contatos: 99437321 ou 3359287.
Colheita
Anos atrás, era comum pescadores trazerem filhotinhos de jacarés e soltar no lago. Dê uma espiada no vídeo a seguir para ver as surpresas nessas águas doces.
História de Brasília
Parece tão pouco tempo. A avalanche de carros de São Paulo dominando a cidade, a sede de vingança se espraiando por toda a parte. A solenidade de manhã no Palácio do Planalto, o pessoal da CMTC com um retrato do homem e um kepi que não chegou a ser entregue. (Publicada em 02.02.1962)
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Assim como a noite segue o dia, todos os prognósticos feitos acerca da entrada espetacular do Centrão no governo Bolsonaro davam conta de que, mais cedo ou mais tarde, não tardariam a surgir os escândalos de corrupção pelo mau uso e até os desvios de recursos públicos na máquina do Estado. Esta é, em última análise, o que acabou se transformando a expressão criada pelo cientista político Sérgio Abranches, denominada “presidencialismo de coalizão”.
Só que com uma diferença básica: no artigo publicado, ainda antes da promulgação da Constituição em 1988, Abranches se referia à possibilidade de vir a ser formado, no sistema político nascente, uma espécie de combinação entre o modelo tradicional de presidencialismo de caráter imperial, onde o Executivo se sobressaia no comando do país, passando, depois da Carta, a se submeter, até para viabilizar o próprio governo, às diretrizes propostas por um conjunto multipartidário com assento no Congresso. Como tudo neste país tende para a deformação, com o princípio do “presidencialismo de coalizão” não foi diferente.
Na verdade, é possível afirmar que as brechas e lacunas existentes na Lei Maior, e mesmo aspectos do caráter de nossa classe política, centrada na ideia de trocas e negociação de vantagens imediatas, possibilitou o surgimento institucional do mais puro modelo fisiológico de toma lá dá cá. Junte-se essa anomalia política ao fato da existência, ainda, de uma grande quantidade de empresas estatais, e está formada a mais letal e perniciosa mistura, capaz de não só dilapidar o bem e os esforços públicos, mas, acima de tudo, facilitar a perpetuação de crises institucionais cíclicas, quer pelas ameaças de impeachment, quer pela possibilidade de o Legislativo vir a usurpar dos poderes próprios do Executivo.
Para complicar ainda mais uma situação que, em si, já é por demais delicada e instável, abre-se também, nesse desconcerto da nossa República, as seguidas intromissões do Judiciário no Executivo, por meio do que ficou conhecido por judicialização da política.
É, nesse Inferno de Dante, que o presidente Jair Bolsonaro tem que se enquadrar para governar minimamente. Ideologias à direita ou à esquerda pouco importam nesse esquema de governança do país. Todos, invariavelmente, acabam em escândalos que logo são amainados pela cumplicidade e por um nefasto espírito de corporativismo, em que todos se protegem e irmanam.
O escândalo da vez envolve a empresa estatal Codesvasf, uma das joias desejadas por nove em cada 10 políticos do Nordeste. Por isso mesmo, entra e sai governo e a empresa permanece em destaque no organograma do Estado. Obviamente que não são só os R$ 3 bilhões de um orçamento secreto a criar o mais novo escândalo. Nos governos petistas, as oportunidades estavam mais centradas na Petrobras. Deu no que deu.
Agora, está sendo a vez da empresa de desenvolvimento do Vale do São Francisco. Todas as estatais, sem exceção, sofrem por um processo tremendo de loteamento político, o que, em resumo, acaba por direcionar todas as estratégias dessas empresas aos caprichos e desejos da classe política, deixando em segundo plano os reais interesses nacionais.
Com o presidencialismo de coalizão deformado, desde sua origem, somados à política de porteira aberta das estatais para a classe política e à flagrante imiscuição de um Poder sobre outro, não surpreende que o Brasil siga aos tropeços, sem presente e nem futuro à vista.
A frase que foi pronunciada:
“A aprovação foi possível porque houve o mesmo balcão sujo de negócios. É vergonhoso identificar a mesma situação que acontecia no governo de FHC, com parlamentares pensando mais nos seus negócios pessoais e políticos do que nos interesses da maioria da população.”
Heloísa Helena, então senadora, em 4 de junho de 2004, no início da gestão petista. Registro da Agência Senado.
Segunda
Quem precisou do Detran não conseguiu acessar os serviços pela Internet. Sistema fora do ar.
Padaria Portuguesa
Na padaria da 709 Norte, um novo golpe. Confira sempre o valor da compra com o valor do recibo do cartão. Quem precisa de óculos para ler está levando prejuízo sem saber. Veja a seguir.
Mais um
Ao fazer o cartão do Atacadão, no final da Asa Norte, em busca de descontos, o cliente que pensa ser um cartão exclusivo do mercado engana-se. É um cartão de crédito, e a informação só é dada no final do atendimento.
História de Brasília
Ontem, ninguém comemorou, mas todo o mundo lembrou que fazia um ano que o sr. Jânio Quadros assumia o poder, recebendo a faixa das mãos do dr. Juscelino. (Publicado em 02.02.1962)
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Foram para bem distante aqueles tempos em que oficiais de alta patente eram reconhecidos por serem indivíduos dotados de um sentimento avesso ao medo e às ameaças do inimigo. Contudo, a ausência prolongada de guerras e de conflitos sangrentos, onde a coragem e o destemor são o que restam como escudo contra os obuses e o avanço da morte, fez mal aos nossos militares. Nossos guerreiros são treinados virtualmente e em ritos enfadonhos e teóricos dentro dos quartéis, onde a burocracia cotidiana e monótona passou a ser a única batalha diária a ser vencida.
A paz, prolongada, portanto, ao representar o que de pior pode suceder ao oficialato e às tropas, conferiu-lhes uma certa resignação, além de uma notável inanição para a ação. Com resultado dessa falta de ventos a enfurnar as velas, as belonaves permanecem estacionadas no porto, acumulando ferrugem. A inércia faz mal às tropas, tira-lhes o ímpeto guerreiro e os conduz ao vale da preguiça.
Na ausência dessa agitação bélica, enfraquece-se também o caráter, roubando-lhes o ânimo e a alma. É no movimento que se fazem as batalhas. Pior do que esse marasmo prolongado que arrasta nossas forças em armas para a estagnação e a decadência, é que, com ele, perde-se a possibilidade de fazer do preparo contínuo, um escudo contra os obuses e o sibilar das balas traçantes de fuzil a cortar o céu, rente à cabeça. A única batalha a ser travada é contra o pachorrento cotidiano de atividades burocráticas e torturante, prolongado por um relógio de ponto preguiçoso.
É nesse cenário paradisíaco e pachorrento que são travadas as batalhas diárias de nossos bravos soldados. Terminado o expediente, o armistício diário é mais uma vez assinado, com o retorno das tropas aos seus lares. A guerra contra o inimigo de mentira é o que existe de maior intensidade e dentro dos quartéis. A paz, tão ensejada pelos cidadãos comuns, e que tanto bem-estar traz à nação, é mortal para as tropas e para os comandantes.
De certo modo, é até possível observar que a ausência de conflitos armados, ao roubar os hormônios dos combatentes, deixa para trás uma tropa de mofinos, descartada como objeto usado. Talvez tenham sidos esses fatores e mais alguns outros bizarros motivos que acabaram por produzir generais e outros comandantes de alta patente que, sem o menor pudor e pendor, vergam seus espinhaços aos desígnios inconsequentes e irracionais de políticos e outros aventureiros aboletados nos Três Poderes, e que deles exigem atos humilhantes e pouco dignos.
Essa seria não uma, mas inúmeras carapuças que bem se acomodam sobre as cabeças de generais e outros áulicos estrelados, como é o caso do general Pazuello, tristemente amedrontado e acuado de se apresentar perante à Comissão Parlamentar de Investigação, para falar o que é obrigação ética e disciplinar de um militar: dizer a verdade.
No tempo em que existiam generais de coragem cívica e bélica, uma convocação dessa natureza seria respondida com a presença imponente do depoente, devidamente paramentado, acompanhado de duas maletas, uma contendo documentos e recibos comprobatórios e outra, mas cumprida, a acomodar um bastão de madeira ou algo pior, para o caso de algum atrevidinho ousar denegri-lo em público.
Eram outros tempos, em que os homens se respeitavam ou no protocolo civilizado, ou no porrete, não levando desaforo para casa, ainda mais de gente com ficha suja nas delegacias. A esses e outros altos oficiais que hoje desempenham papel nos gabinetes do Poder Executivo, colocados em posição subalterna e constantemente humilhados por grosserias e outras pilherias vindas de pessoas claramente desclassificadas e sem poder ético para tal, fica a certeza de que a ausência de guerra fez muito mal a todos da caserna.
A frase que foi pronunciada:
Discurso do General Montgomery:
“Não fumo, não bebo, não prevarico e sou herói.”
Winston Churchill ouviu o discurso e, com ciúme, retrucou:
“Eu fumo, bebo, prevarico e sou chefe dele.”
Parque Nacional
Se os candangos não fizerem nada, a Água Mineral, parque com piscinas de água natural e vários hectares de verde, deixará de ser propriedade da cidade. Os idosos que iam tomar sol todos os dias, fazer exercícios, nadar estão dentro de casa perdendo a imunidade. Da mesma forma em que a comunidade se uniu para defender o Parque Olhos d’Água, precisa se unir para salvar a Água Mineral.
Tentativa
Sobre o assunto, Chico Santana publicou um texto onde informa que o Ministério Público Federal arquiva representação que tentava impedir privatização. Veja no link MPF arquiva representação que tentava impedir privatização.
História de Brasília
Novacap, Mãe de Todos – Até bem pouco tempo, tudo que se queria em Brasília era com a Novacap. Um ministro queria um faqueiro, ar condicionado, um deputado queria uma estrada, madame queria um jardim, os visitantes queriam um ônibus, tudo enfim, era com a Novacap. (Publicada em 10.06.1972)