ARI CUNHA – In memoriam
Visto, lido e ouvido
Desde 1960
com Circe Cunha e Mamfil;
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Com o esgotamento dos recursos naturais, a poluição está entre a consequência mais perigosa para toda a humanidade nesse século e poderá levar a grandes ondas de migrações por toda a parte do mundo, aumentando e generalizando conflitos de toda a ordem.
De acordo com a ONU, o mundo necessitará produzir 50% a mais de alimentos para sustentar a população mundial até 2050, o que produzirá um impacto de tamanha proporção no meio ambiente que o planeta passará a não ser mais um espaço seguro para a humanidade. Atingimos um ponto tal, que os cientistas já pensam inclusive em abandonar os modos polidos e as estatísticas matemáticas, alardeando, em letras grandes: “Ajam agora, idiotas”.
Daqui para frente, as fontes renováveis terão que suprir 85% da demanda mundial de eletricidade, inclusive na produção de biocombustíveis. Não é possível mais esconder o problema dessa dimensão da população. Imagens comparativas feitas por satélites entre 1979 e 2018 mostram uma imensa redução do gelo no mar Ártico.
Uma outra representação mostra, de forma esclarecedora, a variação de temperaturas da superfície global, indicando que a temperatura no planeta aumentou muito desde 1884. 17 dos 18 anos mais quentes da história foram registrados nesse século. 2016 foi, até agora, o ano mais quente de toda a série medida. Para o futuro, as previsões são ainda piores. Incêndios e inundações passarão a fazer parte do cotidiano da humanidade. Até mesmo nas altas latitudes as temperaturas batem recordes.
Para o Brasil, os especialistas apontam que é chegada a hora de promover a redução de danos, melhorando a eficiência da produção agropecuária, incentivando políticas públicas que mudem os hábitos de consumo da população. E é num contexto complicado e sensível como esse, em que os destinos da humanidade estão em jogo, que os brasileiros precisam agir sem delongas.
Caso se confirmem as tendências que indicam vitória em segundo turno de Jair Bolsonaro, essa situação tende a ficar ainda mais complicada. No mês passado, o candidato do PSL à Presidência afirmou que, em caso de vitória de seu nome nas urnas, o Brasil poderá se retirar do Acordo de Paris de combate às mudanças climáticas.
Na avaliação de Bolsonaro, o pacto global do clima, acordado por vários países, é desfavorável ao Brasil porque obrigará o país a pagar um alto preço para atender as medidas propostas pelos cientistas do clima, que poderão afetar, inclusive, nossa soberania nacional. “Eu saio do Acordo de Paris se isso continuar sendo objeto. Se nossa parte for para entregar 136 milhões de hectares da Amazônia, estou fora sim”, afirmou o candidato.
Aprovado por 195 países em 2015, o Acordo de Paris, prevendo a redução na emissão de gases do efeito estufa é o maior e mais abrangente tratado na área de proteção do planeta. Abandonar esse Tratado, como fizeram os Estados Unidos, sob Donald Trump, significaria além de um desprezo com toda a humanidade, uma aposta no escuro sobre o futuro dos próprios brasileiros.
A frase que foi pronunciada:
“O crime organizado nos EUA gera mais de quarenta bilhões de dólares num ano e gasta pouquíssimo com despesas administrativas.”
Woody Allen
De pequeno
Servidores e colaboradores do Senado levarão a criançada para conhecer o viveiro da Casa. No dia 19, mês das crianças e dos servidores. Das 9h ao meio dia, todos vão participar de atividades, desde a Oficina de Educação Ambiental até explorações entre o verde.
Surpresa
Na base aérea da FAB é possível fazer a inscrição para pegar carona no avião. A ida pode dar certo. A volta seria responsabilidade do interessado.
Link para mais informações: Como viajar de graça nos aviões da FAB
Dispensável
Há políticos e artistas mal assessorados. É o caso de Roger Waters, do grupo Pink Floyd. Descortês e inconveniente ao se meter na política do país que visita. Além de desagradável, a intromissão do cantor pode causar violência que seria perfeitamente evitável se fizesse apenas o de que deveria fazer: cantar.
Novidade
Recém-publicado, um manual da Procuradoria Geral da República defende a manifestação de pensamento, o combate a propaganda irregular, monitorar e perseguir ilícitos que comprometam a integridade do processo eleitoral. A defesa dos meios que garantam a celeridade do pleito e o imediato processo a quem cometer condutas criminosas.
No lápis
Levantamento sobre o fundo partidário é conclusivo. Menos da metade recebeu verba do fundo. Por incrível que possa parecer, centenas que receberam R$ 1 milhão não foram eleitos.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
É uma interpretação real e corajosa do deputado democrata cristão, que tem chocado os círculos católicos que não admitem as alterações sociais que se desenvolvem, presentemente, em todo o mundo. (Publicado em 31.10.1961)