O caminho do meio para as universidades brasileiras

Publicado em ÍNTEGRA

VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)

Desde 1960, com Circe Cunha e Mamfil

jornalistacircecunha@gmail.com

Facebook.com/vistolidoeouvido

Instagram.com/vistolidoeouvido

 

Foto: Marcela D’Alessandro

 

Em resposta à atenciosa carta enviada a essa coluna pela leitora Maria Celeste Dominici e que reproduzimos abaixo, rebatendo algumas afirmações contidas no editorial “As universidades e o caminho do meio”, publicado em 14 de dezembro, esclarecemos que em momento algum classificamos alunos e professores da Universidade de Brasília como “manada”, quando dissemos que: “A abdução de entidades representativas tanto dos trabalhadores na educação como dos próprios alunos pelos partidos de esquerda contribuíram para um maior distanciamento entre a sociedade e essas instituições, fato esse que acabou servindo de pretexto também para um certo clima de animosidade entre o atual governo de direita e as universidades.” Na realidade, e isso é do conhecimento público, tanto os diretórios estudantis como os órgãos representativos dos professores, não só das universidades, mas dos ensinos de base e fundamentais, vêm, há anos, sendo controlados e orientados pelos partidos de esquerda, ligados à CUT e a outros sindicatos de classe.

O que o editorial destacou como fundamental para uma instituição pública de ensino, financiada muitas vezes por aqueles que jamais terão condições de frequentá-las, é que ela se mantenha equidistante das ideologias dos governos de plantão, pelo simples fato dessas entidades serem permanentes, ao contrário de governos que vêm e vão ao sabor da predileção dos eleitores. A questão da pluralidade política dentro das universidades ainda é uma questão a ser resolvida entre professores e alunos, até para que essas instituições alcancem a sua verdadeira universalidade. Segue a missiva que compartilhamos com os leitores.

“Quero comentar uns pontos de tua coluna de 14 de dezembro, “Universidades e o caminho do meio”. Uma universidade com espírito verdadeiramente científico lida com todas as correntes de pensamento se não, deixa de ser uma universidade. Considerar que os estudantes e professores podem ser abduzidos por partidos de esquerda (ou de direita, ou de centro) é considerar que são uma manada, e não pessoas com senso crítico.

Se há identificação maior com uma ou outra corrente é necessário entender quais são as razões. Talvez as gritantes desigualdades sociais, raciais, de gênero e etc. levem as pessoas a questionarem mais e serem menos propensas a apoiarem o sistema gerador de tudo isso. Você disse que as universidades estão em permanente confronto com as autoridades. Acho que sempre há divergências, o que é totalmente normal, principalmente em um país que, entra governo, sai governo, a administração é sofrível. Não diga que estudantes e professores são militantes!!! A universidade tem a obrigação de levar ao estudante o espírito crítico, para que não seja, como se dizia na minha época, uma vaca de presépio. Precisamos cada vez mais de massa crítica. Para se chegar à verdade, científica, política ou qualquer verdade é necessária capacidade de análise, de reflexão, de crítica. Impossível a maturidade sem capacidade de crítica. Esse governo que se instalou nos deixa em depressão, porque é difícil encontrar alguma ação positiva. Abraços, Maria Celeste Dominici.”

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“É uma exigência da natureza que o homem de tempos em tempos se anestesie sem dormir; daí o gosto de fumar tabaco, beber aguardente ou fumar ópio.”

Goethe (1820), poeta alemão

Goethe in the Roman Campagna (1786) by Johann Heinrich Wilhelm Tischbein | Reprodução

 

 

Aptidões

Dib Francis acaba de criar um grupo no WhatsApp, onde pessoas preocupadas com o destino da Cultura na cidade têm a oportunidade de discutir e amadurecer ideias sobre o assunto, para arregaçar as mangas e trazer de volta à Brasília a arte de todas as formas. Silvestre Gorgulho e Luizinha Dornas fazem parte do grupo como destaque. Pela história, pelas ideias e principalmente pela acolhida dos que conhecem o trabalho deles.

 

 

Fé demais

Contendas sobre o museu da Bíblia começam. O Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Distrito Federal não reconhece o Museu da Bíblia como sendo de autoria de Oscar Niemeyer. Isso é um problema, já que a responsabilidade técnica do projeto precisa de um nome. A pedra fundamental foi lançada.

Museu Nacional da Bíblia. Foto: Divulgação

 

 

Embrapa-DF

Celso Luiz Moretti assume oficialmente a Presidência da Empresa. A decisão foi anunciada pela ministra da agricultura, pecuária e abastecimento, Tereza Cristina.

Foto: Robinson Cipriano/Embrapa

 

 

Novidade

TJ-TO fez mais do que pediu a apelante. Investigação de paternidade. Reconhecimento de paternidade. Retificação para acréscimo do patronímico paterno sem prejuízo da paternidade socioafetiva.

 

 

Parceria

Muita gente reclama que para colocar crédito no bilhete único só é possível com dinheiro vivo. O GDF tem suas razões. Mas seria interessante que o BRB, CAIXA e BB disponibilizassem caixas eletrônicos perto das centrais com a possibilidade de sacar pequena quantia em trocado.

Foto: TV Globo/Reprodução)

 

 

Emocionante

Coisa boa é para ser divulgada. Em horário especial, a criançada diagnosticada com autismo é recebida pelo Papai Noel do Brasília Shopping. Sem aglomeração de pessoas, os pequenos ficam mais à vontade para realizar o sonho de trocar algumas ideias com o bom velhinho.

Karen Catite tira foto do filho, João, com o Papai Noel — Foto: Nicole Angel/ G1

 

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

É comum o cancelamento de voo por deficiência técnica. (Pouco passageiro para embarcar). É comum o atraso de aeronaves, durante horas. É comum a substituição de equipamento à última hora. Tudo isto, sem que a empresa relapsa se sinta na obrigação da mínima explicação ao passageiro. (Publicado em 12/12/1961)

It's only fair to share...Share on Facebook
Facebook
Share on Google+
Google+
Tweet about this on Twitter
Twitter
Share on LinkedIn
Linkedin