VISTO, LIDO E OUVIDO, criada desde 1960 por Ari Cunha (In memoriam)
Hoje, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade
jornalistacircecunha@gmail.com
instagram.com/vistolidoeouvido
Num futuro, não muito distante, as gerações que deverão ocupar o comando do país vão encontrar pela frente, desafios jamais imaginados, nem mesmo pelos mais inspirados contos de ficção científica. Serão problemas legados por nós, ou mais precisamente, por nossa incúria e desleixo com o trato do meio ambiente. O impacto humano causado por nossas atividades agrícolas intensivas, pela mineração sem controle, feita, na maioria das vezes por empresas estrangeiras que agem sem o menor sentido ético, as queimadas sem indiscriminadas, a derrubada das matas nativas, que continuam em ritmo acelerado, destruição contumaz de nascentes e rios, a poluição dos oceanos e uma série de outras atividades manifestadamente predatórias, visando o lucro acima de tudo e de todos, sempre cobra um preço.
Esse terá que ser pago pelas próximas gerações, sob pena de ter de abandonar o próprio planeta para sobreviver. Esse cenário catastrófico, produzido por nós agora, é agravado ainda pelas mudanças climáticas, que começam a tornar o planeta, um lugar, ainda mais inóspito para a vida humana.
A cada ano, os cientistas que se dedicam a pesquisar cenários futuros para nosso planeta, diante da intensa atividade humana no último século, vão apresentando estudos que alertam para a necessidade urgente de mudança de rumos, mudança de paradigmas, sem as quais, simplesmente não haverá futuro para ninguém.
Depois dos alertas feitos sobre as mudanças climáticas, mostrando um mundo revolto e cada vez mais avesso à vida humana, apresentado pelos painéis internacionais sobre o assunto e avalizado pelos maiores e mais respeitados cientistas atuais, chega a vez de um outro relatório também assustador que aponta para dias difíceis à frente para a humanidade, caso não se revertamos antigos procedimentos de exploração do planeta.
Há 5 anos, foi apresentado pela Plataforma Intergovernamental de Políticas Científicas sobre Biodiversidade e Serviços de Ecossistema (IPBES) das Nações Unidas, relatório alertando para a extinção iminente de um milhão de espécies de animais e plantas em todo o mundo. O estudo, feito ao longo de mais de três anos e que contou com a participação de 145 cientistas de 50 países, mostrou que a natureza, como a conhecemos hoje, está encolhendo globalmente num ritmo rápido, sem precedentes na história da humanidade. Durante esse tempo, foram revisados mais de 15 mil pesquisas científicas e outras diversas informações governamentais que dão conta de que mais de 40% das espécies de anfíbios, quase 30% dos corais que formam recifes e mais de um terço de todos os mamíferos marinhos estão seriamente ameaçados de extinção nos próximos anos. Desde 1900, diz o relatório, 20% da diversidade de espécies nativas, nos principais habitats terrestres, vem diminuindo. Ao mesmo tempo houve um aumento de mais de 75% das áreas urbanas.
Com isso os recursos hídricos tem diminuído também de forma sensível, sendo que 75% da água doce hoje é consumida pela agropecuária e por outras indústrias. Todas essas perdas, apontam os cientistas, foram ocasionadas pela atividade humana e decorrem diretamente do modelo de desenvolvimento econômico que temos adotado desde a Revolução Industrial e torna-se agora uma séria ameaça ao bem-estar do próprio homem.
O mais preocupante é que, dos cinco fatores apontados pelos cientistas e que nos levaram à essa situação alarmante, quais sejam, mudanças na forma de uso da terra e do mar, exploração de fontes naturais, mudanças climáticas, poluição e espécies invasoras, todas são praticadas e vistas por aqui, o que eleva , ao máximo, nossa responsabilidade nessa questão.
A frase que foi pronunciada:
“Tal como a poluição atmosférica, o risco de inundações é uma ameaça contra a qual o governo deveria proteger-nos.”
Barry Gardiner
Cuidados
Passou da hora de uma manutenção no Parque Olhos d’Água. Galhos caídos, focos de água, mato alto invadindo as pistas dos pedestres.
Até hoje
Por falar em parque, não há um parque público infantil bem montado no Lago Norte.
Muito triste
Com a aproximação do frio em Brasília, torna-se preocupante a situação dos moradores sem teto. Pouca ou nenhuma assistência. Crianças descalças, sacrifício para buscar água e barracos paupérrimos brotando por toda parte.
Solidariedade 1
Leonardo Silva, guia turístico em Gramado, no Rio Grande do Sul, que já atendeu centenas de visitantes de Brasília, posta no Instagram toda a ação que tem feito para socorrer as vítimas vizinhas. Veja mais no link Ajuda para as pessoas que perderam tudo nas chuvas do RS!. Toda a ação realizada, por meio das doações recebidas, será compartilhada, diariamente, nos histories do seu perfil oficial no Instagram e no da sua empresa.
Solidariedade 2
As fotos da Liga do Bem no Senado Federal são de impressionar. Todos ajudando a organizar toneladas de doações que serão enviadas para as vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul. Veja no link: Liga do Bem, do Senado, doa 5,5 mil cobertores a vítimas da chuva no RS
História de Brasília
Decidido na Câmara: não haverá eleições em Brasília. Medida honesta e de interesse público. Os candidatos (poucos e bons) já se atiravam sôbre os eleitores prejudicando a cidade, e deputados de outros Estados, com a mosca azul de Taguatinga viram seus castelos ruírem. (Publicada em 08.04.1962)