Mar de lama

Publicado em ÍNTEGRA

VISTO, LIDO E OUVIDO Criada por Ari Cunha (In memoriam)

Desde 1960 Com Circe Cunha  e Mamfil

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Charge do Cazo

Por sua extensão territorial, pela multiplicidade de cidades e mesmo pelo elevado contingente populacional, o Brasil é um país que requer a realização permanente de grande número de obras públicas de infraestrutura variadas de pequeno e grande portes, apenas para atender às necessidades presentes. Com isso, milhares desses empreendimentos, financiados, obviamente, com recursos do contribuinte são executados a cada ano, nas diferentes regiões do país. Fiscalizar, conforme manda o manual de boas práticas da administração, essa quantidade de obras, algumas de elevada complexidade técnica, exige dos órgãos de controle pessoal preparado e em número suficiente para dar conta de uma tarefa desse tamanho.

Para acrescentar alguns complicadores à complexa equação, há ainda a existência de inúmeros casos de malversação dos recursos. Ou seja, entre o projeto na prancheta e a finalização da obra vai um extenso e tortuoso caminho. É justamente nesse desvão da estrada burocrática que o dinheiro dos cofres públicos vai minguando, minguando até desaparecer por completo, normalmente deixando a obra inconclusa. A finalização fica como legado para a futura gestão.

Ao analisar só o aspecto corriqueiro em nosso país, tem-se, ao fim de cada ano, centenas de obras públicas inacabadas para serem corroídas pelo tempo, o que eleva às alturas os prejuízos para os cidadãos. Quando ocorre da obra pública ser definida como de grande porte, os prejuízos, pelos números astronômicos, passa a receber a tarja de “incalculável”, sendo, automaticamente, debitada na conta dos contribuintes no quesito deficit público. Com essa rotina histórica, vimos, desde 1500, construindo o Brasil. Com isso, vamos nos movendo para frente, dando dois passos adiante e um para trás. Pelas consequências brandas contra os envolvidos diretamente nesses casos escandalosos, é de se presumir que esse é ainda, depois de cinco séculos, um grande negócio, capaz de enriquecer, em apenas quatro anos, todo um clã político. Com as parcerias público-privadas, pensadas, inicialmente, para serem um alívio para o contribuinte, o aroma inebriante emanado pelo dinheiro público fácil, passou a atrair enxames de empreiteiras, logicamente, interessadas também nessas facilidades.

À fiscalização rarefeita veio se juntar uma miríade de administradores políticos sem remorsos ou escrúpulos, eleitos e absolvidos a cada quatro anos, devidamente assessorados pelos mais gananciosos e aéticos empresários de que se tem notícia. Não espanta, pois, a eclosão diária de todo o tipo de escândalos de corrupção, bem como notícias dando conta da morte de centenas de trabalhadores, sepultados por milhões de metros cúbicos de lama. Talvez, seja esse mesmo o tão propalado mar de lama de que tanto falam.

 

A frase que foi pronunciada:

“Se falarmos com calma, de maneira profissional, permita-me chamar a atenção para o fato de que a Rússia fornece armas ao governo legítimo da Síria, em total conformidade com as normas do direito internacional. Não estamos violando nenhuma regra ou norma.” 

Vladimir Putin, presidente da Rússia

Charge do Elvis Braga Cartunista

 

Fio terra

São mais de 50 milhões de descargas elétricas por ano no Brasil. Os dados são do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – INPE. Com o verão, as descargas elétricas aumentam a possibilidade do corte repentino da energia. O INPE mostra, cientificamente, que é preciso levar a sério o aterramento nas edificações para evitar perdas materiais e eliminar o risco de choques que colocam vidas em risco.

 

Orientações

Hoje, ainda em comemoração ao Dia do Farmacêutico, comemorado no último dia 20, quem passar pela Rodoviária Interestadual, das 9h às 12h, poderá ver o Conselho de Farmácia do DF em ação. O foco será idosos com doenças crônicas e crianças. “Esperamos poder atender cerca de 3 mil pessoas com exames de glicemia, de pressão, orientações quanto ao uso correto de medicamentos e distribuição de material informacional”, disse a presidente da autarquia, Dr.ª Gilcilene Chaer.

Imagem: Maurício de Sousa

 

Presença

Por falar nisso, a presidente do CFDF lembrou muito bem: é obrigatória a presença de um responsável técnico de nível superior durante o funcionamento das farmácias. Essa foi uma conquista que precisa ser preservada e cobrada.

 

 

Invasões

Atrás do Colégio do Sol, no Lago Norte, havia uma placa sinalizando que a área era de proteção ambiental. Agora há casas e muros altos. Essa é uma área de vários Núcleos Rurais. Muitos deles invadidos pela grilagem. E a administração do Lago Norte fica por ali.

 

Autoestima

Bonito ver o alto astral das moças e senhoras que limpam as ruas da cidade. A roupa quente e o trabalho pesado não as impedem de trabalhar maquiadas, com adereços e bem penteadas.

Foto: facebook.com/sludf

 

Dietas

Dietas que vão e vêm raramente são tratadas pela importância que trazem em relação à saúde bucal. O Conselho de Odontologia de São Paulo mostra como a alimentação adequada reflete nos dentes, gengivas e hálito. Um dos exemplos foi o jejum intermitente onde a pessoa tem o pH diminuído, o que interfere na acidez da boca.

Imagem: minhavida.com.br

 

Contraste

Imaginem o que é uma pessoa depender da hemodiálise e não poder ir à clínica porque o governo local não liberou a verba. O Ministério da Saúde já fez a lição de casa. São milhares de pacientes renais que dependem das clínicas de diálise, que prestam serviço ao SUS, que estão no terceiro mês trabalhando sem receber. A realidade é: quando o governo local deixa de cumprir as obrigações o povo que se vire, já o oposto é bem diferente.

Charge do Marcos

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Os tampões das galerias pluviais da tesourinha do Hospital Distrital estão obstruídos, e uma enorme poça esteve formada durante todo o dia de ontem. Se hoje chover novamente, a situação se agravará. (Publicado em 09.11.1961)

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