Lições do continente

Publicado em ÍNTEGRA

VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)

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Com mais uma eleição de Cristina Kirchner na Argentina, tendo, a reboque agora, Alberto Fernandez do Partido Justicialista, o país vizinho parece encaminhar, mais uma vez, rumo ao passado. Para os analistas da política local, mesmo na condição de vice-presidente, será Cristina Kirchner que irá ditar os rumos ou os descaminhos do país, sendo Fernandez, um mero coadjuvante, usado apenas para dar uma aparência mais light à chapa.

Dessa forma, se repete na Argentina a tática já testada pela esquerda petista também no Brasil de usar uma espécie de poste para esconder quem de fato iria mandar no governo. Para a maioria dos argentinos, não há dúvida de que será Cristina e não Fernandez, seu antigo chefe de gabinete, quem irá governar os destinos de um país falido e sem crédito algum no mercado internacional.

Com essa eleição e mais a de Evo Morales, na Bolívia, ainda sob suspeita de fraude, assim como as disputas no Uruguai, que caminham para o segundo o turno, a América Latina vai assistindo a uma esquerda, que se acreditava morta, voltando pouco a pouco ao poder. Que importância esses eventos, vindos do passado, têm para o Brasil, ainda é cedo para avaliar. Depende do desenrolar dos muitos acontecimentos que estão em marcha no Brasil. Sobretudo da manutenção do apoio da população ao governo Bolsonaro. Dependerá também das repercussões que terão as próximas decisões do Supremo Tribunal Federal sobre a possibilidade de prisão em segunda instância. Nesse caso específico, com a possibilidade de libertação do principal personagem que ainda aglutina o que restou de esquerda em nosso país, as próximas eleições podem repetir a polarização entre um indicado por Lula e o atual presidente.

Será criada uma situação de enorme suspense, elevando ainda mais, às alturas, com o uso das suspeitíssimas urnas eletrônicas. Problema aliás que deverá ser resolvido o mais breve possível com o voto impresso para auditoria. Qualquer decisão diferente será brecha para corrupção. Um fato é inconteste: não se brinca com o eleitor. Ainda mais se a economia não mostrar, o quanto antes, uma acentuada melhora.

Não se deve ainda subavaliar a capacidade das esquerdas em cooptar apoios, prometendo o impossível para chegar ao poder. Dessa forma, caso o governo acalente a ideia de permanecer no comando do país em um segundo mandato, deve começar a analisar o que vem ocorrendo à sua volta nesses países e dessa observação colher as melhores estratégias. A instabilidade vivida por alguns países do continente, como Chile e Venezuela, também podem fornecer material para a adoção de estratégias tanto para a condução diária do governo, como para as próximas eleições. Quanto ao Mercosul, um bom conselho é deixá-lo de lado por enquanto, seguindo a orientação antiga que diz: “antes só do que sozinho.”

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Somos o que fazemos, mas somos, principalmente, o que fazemos para mudar o que somos.”

Eduardo Galeano, foi jornalista e escritor uruguaio

Foto: VEJA.com/Divulgação

 

 

Briga boa

Aneel complica a vida dos empresários que se dedicaram a vender energia alternativa. O Proinfa foi criado pela Lei 10.438/2002, tendo como objetivo a participação de fontes alternativas renováveis como centrais hidrelétricas, usinas eólicas e empreendimentos termelétricos à biomassa. Os empreendedores, sem vínculos societários com concessionárias de geração, transmissão e distribuição, deveriam receber estímulos. Como tudo deu certo, a Agência Reguladora de Energia Elétrica resolveu reduzir os subsídios para os consumidores que optaram pelos painéis solares. A Aneel pretende rever as regras da geração distribuída. Quem está de olho e promete lutar contra a mudança de regras é o deputado Charles Fernandes, do PSD baiano. Ele já disse que taxar a energia solar é inadmissível depois dos altos investimentos para baratear o consumo da energia elétrica.

Foto: aneel.gov.br

 

 

Menos outro

Certo que preparar um soro caseiro não tem mistérios. Um punhado de açúcar e uma pitada de sal em um copo d’água. Mas muitas mães reclamam que os postos de saúde deixaram de distribuir a mistura pronta para manter a hidratação das crianças.

Arte: pastoraldacrianca.org

 

 

Perigo

Pontas metálicas de uma base de concreto no Lago Norte, enterradas na grama, causam preocupação nos moradores. A demora da solução está mobilizando algumas pessoas para consertarem o local com as próprias ferramentas. Veja a foto a seguir.

 

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Coronel Dagoberto, estão sabotando sua administração em Brasília. Os Correios e Telégrafos nunca estiveram tão ruins, tão emperrados. (Publicado em 03/12/1961)

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