VISTO, LIDO E OUVIDO, criada desde 1960 por Ari Cunha (In memoriam)
Hoje, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade
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Há razões suficientes para crermos que, no cerne de muitos discursos, que abordam o tema família, como sendo um dos fatores a impedir o avanço de certas ideologias políticas, escondem-se estratégias inconfessáveis, que visam, primeiramente, retirar, dos indivíduos, todo e quaisquer traços da figura paterna e sua importância na introdução da lei e da ordem simbólica na vida da criança.
A abolição da família é, antes de tudo, nessas pregações políticas niilistas, a destituição da figura paterna e sua substituição por algo vago e irreal do tipo “pai da pátria”. Há um consenso pacífico, entre psicólogos e psicanalistas, que a função paterna é fundamental para a formação ou estruturação do sujeito. Para justificar o desmonte da família, como sendo, “algo atrasado, que deve ser combatido” para o avanço das ideias progressistas, vale tudo, inclusive alcunhar a família de “burguesa” e perpetuadora da luta de classes. Nada mais irreal.
Nesse combate insano e até mesmo autodestrutivo, vale invocar, como foi feito por uma deputada, o incesto, apenas para desmontar a ordem familiar e, sobretudo, a figura paterna. A ausência paterna, em sentido amplo, induz a problemas na constituição psíquica, contribuindo para a ausência de identificação e outras dificuldades que, na vida adulta, são ainda mais ampliadas, dando margem para a dominação do cidadão e sua submissão a algo etéreo como o Estado.
A criação para o mundo é função do pai. A mãe educa para a vida, o que é outra coisa fundamental. Em ambos os papeis, a figura do Estado é nula. Fôssemos fazer um levantamento em todos os consultórios de psicologia ou psicanálise, sobre que assuntos são tratados na maioria dessas consultas, veríamos que o pai está sempre no centro dessas conversas, quer pelo excesso, quer pelo vazio.
As primeiras e mais fundamentais leis são passadas no seio da família, geralmente pelo pai, que, para isso, estabelece também as primeiras obrigações, sendo, a mais fundamental, o respeito às leis e normas da casa. Num mundo em que a cultura Woke e o feminismo tentam, por todos os meios, destruir a família e, sobretudo, um dos seus alicerces, que é o pai, mostrado aqui como indutor do patriarcalismo, é preciso, com urgência, restabelecer a ordem contra o caos, colocando cada coisa em seu lugar. Para esses movimentos e para os chamados progressistas, é preciso retirar o pai da equação família. Matá-lo simbolicamente, se preciso for. Sem liderança natural, a família está à mercê de outras forças, entregue às vontades de outros líderes externos que, em relação a esse agrupamento, não mantêm qualquer sentimento ou laços afetivos. Ou seja, o que o Estado ideologicamente politizado quer da família é apenas sua força de trabalho, não importando seu destino final.
Diferentemente do pai, que deseja a perpetuação da união desse grupo, pois mantêm com ele laços de sentimentos e tem nessa relação a razão de sua própria existência. Há aqui um embate destrutivo entre a família e o Estado ideologizado, que leva este a desejar o desmanche da família, desconhecendo que, com esse intento, está buscando seu próprio fim, desfazendo com os pés o chão que lhe dá sustento. Nesse caso, buscar um pai, fora da família, como último recurso para a sobrevivência, é o que deseja esse tipo de Estado, ao criar a ideia do pai imaginário ou um pai fantasmagórico. Como recompensa por essa entrega e rendição, o Estado dá-lhes o estritamente necessário para que sobrevivam num mundo de ilusão e renúncias.
A frase que foi pronunciada:
“Não me lembro de nenhuma necessidade da infância tão grande quanto a necessidade da proteção de um pai.”
Freud
Um susto no Lago Norte. Estrondos altíssimos na QL 1, Conj. 8. Era a PMDF que estava no local acionada pelo COPOM (Centro de Operações da Polícia Militar). Um artefato explosivo foi encontrado num depósito. Uma equipe especializada do Bope foi até lá e resolveu realizar a detonação controlada. A Polícia Civil iniciou a investigação sobre os artefatos.
Quase 13
Sexta-feira foi diferente para os moradores da Asa Norte e para quem transitava por lá. Sem luz nas casas, lojas e semáforos, a população se virou como pôde. Pior foram os funcionários da Neoenergia feridos, mesmo com toda a proteção exigida por lei.
História de Brasília
A pista da rampa da Câmara que está interrompida em virtude da construção do anexo será liberada ao tráfego na próxima semana. (Publicada em 15.04.1962)