Categoria: ÍNTEGRA
“Sinto muito, meu povo. O caos na saúde e a precariedade na educação continuarão sendo nossa ferramenta para promessas de campanha.”
Político depois do soro da verdade.
Há exatamente um ano, mais de 40 mil haitianos entravam no Brasil. Sem estrutura para atender tanta gente, o país não conseguiu oferecer emprego, acesso à educação e à saúde. Mesmo assim, até hoje, não há casos de crimes cometidos por haitianos. Pelo contrário. Eles foram atacados em São Paulo, um deles foi agredido até a morte em Santa Catarina.
Um pequeno diário do senador Delcídio do Amaral tem deixado muitos atores políticos em situação de vulnerabilidade. Quem sabe que o cerco está se fechando é o ex-presidente Lula. Mas ao contrário do que muita gente pensa, o carisma de Lula faz a diferença. Na receita memória curta e na busca por heróis nacionais, é certa a volta por cima do presidente do povo.
Em programa de tevê, o ex- primeiro-ministro Santana Lopes estava sendo entrevistado no estúdio quando a âncora pediu licença para transmitir ao vivo a chegada do técnico de futebol José Mourinho. Lopes disse que fez sacrifício pessoal para estar ali, que falava de assunto sério e foi interrompido por matéria sem sentido, para um país de loucos. Levantou-se e saiu, deixando o pessoal do estúdio sem ação.
Mercados não correspondem aos índices de inflação divulgados. O aumento nos preços chega a duas vezes o valor que cobravam em outubro. Arroz a R$15 em um país com as dimensões do Brasil não faz o menor sentido.
Chagas Rodrigues, governador do Piauí: “Piauí não aceita nenhuma solução extralegal e defenderá a Constituição e a legalidade democrática”. (Publicado em 28/8/1961)
Chico Buarque, como a maioria dos compositores de sua geração, assumiu posicionamento político contundente contra o regime militar implantado a partir de 1964 no país. Por essa postura, pagou seu preço, com perseguição, censura e saída do país, para fugir de repressão ou coisa pior. Como todo cidadão brasileiro tem direito de defender essa ou aquela tese, apoiando ou criticando quem quer que seja. Nas composições escondia nas letras, com duplo sentido, o que tinha que ser dito. Cantava a liberdade enquanto o país reprimia palpites e impressões.
Ocorre que, como figura pública, o que ele pensa tem repercussão e alcance maiores do que das pessoas comuns. Se ele acha que deve abertamente apoiar o governo petista, é problema dele. Só que, dada a conjuntura atual, em que a polícia e a maioria da opinião pública estão no encalce das figuras de proa do lulopetismo, defendê-los exige, além de boa dose de ousadia e de muita lábia, disposição diuturna para contradizer manifestações contrárias de toda ordem.
O que ocorreu com o compositor, na madrugada de terça-feira, em frente a um restaurante no Leblon, na Zona Sul do Rio, foi a repetição de outros entreveros entre populares e pessoas que publicamente têm saído em defesa do atual governo. As hostilidades contra políticos desse partido têm sido tônica em diversos lugares, restaurantes, aeroportos e outras áreas de grande frequência de pessoas. Acontece com atores, músicos, empresários e com os próprios políticos.
Não foi a primeira e, com certeza, não terminará por aí. É importante lembrar que a semente dessa ojeriza contra o PT e petistas ilustres foi devidamente plantada por Lula, seu partido e seguido à risca pela atual presidente. Como diz um trecho da música Apesar de você, do próprio Chico: “Você que inventou este estado / E inventou de inventar/ Toda a escuridão/ Você que inventou o pecado/ Esqueceu-se de inventar / O perdão” . Chico, como outros ilustres brasileiros, infelizmente e por tempo indefinido, terão ainda de colher os frutos da cizânia que foi lançada em solo fértil por um partido que acreditou que podia tudo contra todos, o tempo todo.
“Se você faz uma declaração anual para o Fisco, faça várias durante o ano para quem você ama!”
Campanha publicitária do Citibank
João Carlos Souto, da Secretaria de Justiça e Cidadania mostra como é um sucesso o Programa Mãos Dadas pela Cidadania. Os internos em regime semiaberto que ficam no CPP passam o dia tomando sol enquanto trabalham. Têm como responsabilidade pintar meio-fio, muros, trocar lâmpadas pela cidade. A cada três dias trabalhados, um a menos na pena.
Ainda sobre esse projeto, é bom citar a estatística. Dos 90 internos que já participaram trabalhando para que a pena fosse diminuída, apenas dois não corresponderam às expectativas.