ARI CUNHA
Visto, lido e ouvido
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Outubro chega trazendo não só a estação mais festejada de todo ano, mas sobretudo a maior e mais importante campanha, realizada em todo o país, de combate ao câncer de mama. Não faz muito tempo que a simples menção a palavra câncer era considerada um verdadeiro tabu. O diagnóstico, confirmando a detecção dessa doença, em qualquer parte do corpo, significava, para uma imensa maioria, um atestado de morte certa, lenta, dolorosa.
Graças à intensificação, no Brasil e em todo o mundo, de campanhas de conscientização e de movimentos de combate ao câncer, uma série de iniciativas e de novos procedimentos começaram a chegar ao conhecimento da população, fazendo ver que o acompanhamento precoce e minucioso de casos suspeitos é tão importante quanto a mudança de hábitos de vida. Nesse sentido, tanto a campanha Outubro Rosa, de combate ao câncer de mama, como a campanha Novembro Azul, destinada a incentivar o diagnóstico precoce do câncer de próstata, são hoje reconhecidas como peças fundamentais no esclarecimento da população sobre esses males e a melhor terapia para cada caso, o que pode levar a tratamentos menos dolorosos e custosos e uma maior chance de controle total da doença.
Nos casos de combate ao câncer, uma doença que, por séculos, tem desafiado a medicina, quanto mais informação e esclarecimento, mais oportunidade de se livrar desse mal. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o Brasil deve registrar, nesse ano e no próximo, 600 mil novos casos de tumores. As estimativas das autoridades de saúde indicam que o câncer de pele continuará como o mais frequente, com 165 mil novas ocorrências. A seguir, afirma o INCA, estarão o câncer de próstata, com 68 mil novos casos e o câncer de mama com 59 mil ocorrências. São números relevantes e que indicam a necessidade de intensificação dessas campanhas de esclarecimento. O Câncer é a principal causa de morte em aproximadamente 10% das cidades brasileiras, sendo que as previsões apontam que daqui a uma década, os tumores malignos já respondam pela maioria dos óbitos no país, deixando as doenças cardíacas para trás.
Movimentos importantes como Todos Juntos Contra o Câncer, em parceria com o Conselho Federal de Medicina, também têm levado inestimável contribuição para o esclarecimento da população. Em Brasília, a cada ano, mil novos casos de câncer de mama são registrados.
A Lei 12.732 determina que o primeiro atendimento ao paciente oncológico, na rede pública de saúde, seja de, no máximo, dentro de 60 dias após o diagnóstico da doença. Tão importante como campanhas de esclarecimento e mudanças de hábitos para uma vida saudável, são os avanços recentes obtidos por pesquisadores e laboratórios de todo o mundo.
No início dessa semana, o Instituto Karolinska, de Estocolmo, outorgou o Prêmio Nobel de Medicina a dois cientistas por suas descobertas no campo da terapia contra o câncer. Aproveitando o próprio mecanismo que confere capacidade do sistema imunológico dos indivíduos para atacar as células cancerosas, o pesquisador norte-americano James P. Allison e o japonês Tasuku Honjo desenvolveram um tratamento que tem sido considerado revolucionário no tratamento dessa doença.
A imunoterapia, criada por esses dois cientistas, fazendo com que as 50 milhões de células do linfócito T passem a reconhecer, também, os tumores cancerígenos, constitui, segundo os organizadores do Nobel, um importante marco contra a doença. Um brinde à vida!
A frase que foi pronunciada:
“Se a vida começa aos 40, por que nascemos com tanta antecedência?”
Mafalda
Release
Em Brasília, o CCBB recebe, de 10 a 14 de outubro, o Festival Palhaças do Mundo – VI Encontro de Palhaças de Brasília, que chega para celebrar a graça e o poder das mulheres por meio da palhaçaria. A CiRcA Brasilina, com duas tendas montadas nos jardins do centro cultural, abre o picadeiro para a programação comemorativa do Dia das Crianças e também do aniversário do próprio CCBB, que completa 18 anos no dia 12 de outubro.
Absurdo
As calçadas na W3 Norte e Sul são um convite à ortopedia. O perigo é constante. Não custa muito dar segurança aos pedestres. Basta vontade política e administrativa.
Essa não
Anunciar que o índice de violência está diminuindo e manter a maior parte das delegacias fechadas à noite não é certo. No Lago Norte corre à boca miúda que a delegacia não abre à noite justamente por causa da violência. Será?
Idosos
No programa Tarde Nacional, o advogado, especialista em Direito do Consumidor, Dori Bocault conta os detalhes sobre os estelionatários que se aproveitam da ingenuidade dos idosos para dar golpes. Ouça a entrevista, no blog do Ari Cunha.
Link de Acesso ao áudio: Especialista fala sobre golpes mais comuns aplicados aos idosos
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Cooperando com a campanha “Ajude sua Cidade”, dos “Diários Associados”, a Floricultura Brasília exporá para venda, a preços baixos, mudas de plantas ornamentais em pequenas latas, prontas para o plantio, acompanhando instruções sobre o feitio do jardim. (Publicado em 31.10.1961)