Autor: Circe Cunha
“Petrobras e mensalão unidos pela delação de Delcídio.”
Mãe Dinah, de onde estiver
Atenção amigos de Paulo Rodrigues Esteves. Amanhã, a partir das 19h, no Dom Durica, o professor de matemática da UnB, cantor do Coro Sinfônico, atleta do Lago Norte, entre várias outras habilidades, convida a todos para o lançamento do livro Formação e formatura. Quem conviveu com ele pode ter uma surpresa. No fim do convite, o autor insinua: “Venha conferir, talvez você seja uma personagem!”
DNPM divulga que nove barragens de mineração inseguras estão localizadas no Amazonas.
Um fenômeno tem acontecido na educação brasileira. Crianças de altas habilidades cresceram. No Rio, a coordenadora pedagógica do Instituto Rogério Steinberg, voltado para educação de superdotados de baixa renda, explica que a identificação dessa categoria de alunos tem sido feita graças à capacitação dos professores. No censo escolar do ano passado, 13.308 alunos superdotados foram identificados pelo MEC.
Jaime Amorim do Detran-DF informa que um mutirão para vistoria será feito nessa semana. Basta acessar o agendamento no portal do departamento.
Por falar em Detran, as 137 barreiras eletrônicas espalhadas pela cidade estão desativadas por falta de renovação de contrato. Por via das dúvidas, é melhor manter a velocidade certa.
Foi incisiva a OAB contra a decisão do governo sobre a necessidade de autorização prévia do Ministério da Saúde para campanhas de doação de medula óssea. Na página da OAB-DF, a informação é explicativa: “Trata-se de uma situação que não apenas é absolutamente discriminatória e cruel, mas também ilegal e inconstitucional, a qual não pode continuar a existir em nosso Estado democrático de direito”.
A Novacap suspendeu o recebimento de qualquer fatura. Está completamente paralisada, a companhia que construiu a nova capital. (Publicado em
Diz o filósofo de Mondubim que quando a miséria entra pela porta, a vergonha sai pela janela. Durante o período da grande depressão de 1929, a lei da selva retornou às principais metrópoles do planeta. Principalmente naquelas em que a crença nos valores da civilização era mais aceita e difundida. Prostituição, contrabando, assaltos, falsificações e contravenções, entre outras, aumentaram assustadoramente. A miséria e a falta de perspectivas empurraram muitas pessoas e até famílias inteiras para o mundo do crime. Nunca se jogou e bebeu tanto como naquele período. As organizações do crime se fortaleceram e, com elas, aumentaram também os casos de corrupção nos serviços públicos. Nem instituições, como a polícia, e os políticos foram excluídos.
Por baixo da miséria material, fermentou-se o caldo da miséria moral. Juntas, essas mazelas. galgariam altos postos no comando das cidades. Poucas instituições ficaram totalmente a salvo da degradação geral. Numa análise mais detida, é possível constatar que a abdução da classe política, feita pelo submundo do crime, resultou num agravamento sem precedentes desse quadro e, na visão da época, tornou ainda mais difícil a solução para o caos instalado. Quando polícia e políticos começam a aparecer juntos na mesma manchete do noticiário, é sinal de que o Estado está em vias de ser dominado pela bandidagem.
Crises são as piores conselheiras. Na maioria das vezes, a saída rápida para um problema estrutural e complexo nunca é simples e quase nunca se resolve pulando a janela para fugir. Na crise atual em que está mergulhado o país, para muitos a maior desde sempre, não há nas soluções fáceis um remédio eficaz. Não será com arrochos improvisados nos impostos e outras maquinarias que a crise arrefecerá. Muito menos com a liberação dos jogos de azar e dos cassinos e bingos.
Na verdade, a exploração desses negócios, muitas vezes, é feita por pessoas com sérias dívidas com a Justiça e com longas fichas criminais. Usar a ideia de taxação sobre os jogos como estratégia para aumentar as receitas da União equivale a negociar a alma da nação, fazendo empréstimos junto à bandidagem, usando como garantia o bom nome dos cidadãos. Para um Estado onde a segurança pública não controla nem os chefões do crime confinados nas penitenciárias de segurança máxima, controlar os tentáculos da jogatina e seu enorme poder de influência parece até ficção do tipo realismo fantástico.
Em tempos de tanta aflição para o país, a alma precisa de alimento. Nossa colaboração:
Soneto da felicidade*
Odylo Costa Filho
A dor não foi em nós terra caída
que de repente afoga mas depois
cede à força das águas. Deus dispôs
que ela nos encharcasse não dissolvida.
Molhamos nosso pão quotidiano
na vontade de Deus, aceita e clara,
que nos fazia para sempre num.
E de tal forma o próprio ser humano
mudou-se em nós que nada mais separa
o que era dois e hoje é apenas um.
*A poesia foi lida na Biblioteca do Senado pelo senador Sarney, amigo de Odylo. Foi escrita em homenagem ao filho que foi assassinado um por jovem.