Formação e formatura

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Atenção amigos de Paulo Rodrigues Esteves. Amanhã, a partir das 19h, no Dom Durica, o professor de matemática da UnB, cantor do Coro Sinfônico, atleta do Lago Norte, entre várias outras habilidades, convida a todos para o lançamento do livro Formação e formatura. Quem conviveu com ele pode ter uma surpresa. No fim do convite, o autor insinua: “Venha conferir, talvez você seja uma personagem!”

Novidade

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Um fenômeno tem acontecido na educação brasileira. Crianças de altas habilidades cresceram. No Rio, a coordenadora pedagógica do Instituto Rogério Steinberg, voltado para educação de superdotados de baixa renda, explica que a identificação dessa categoria de alunos tem sido feita graças à capacitação dos professores. No censo escolar do ano passado, 13.308 alunos superdotados foram identificados pelo MEC.

Medula

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Foi incisiva a OAB contra a decisão do governo sobre a necessidade de autorização prévia do Ministério da Saúde para campanhas de doação de medula óssea. Na página da OAB-DF, a informação é explicativa: “Trata-se de uma situação que não apenas é absolutamente discriminatória e cruel, mas também ilegal e inconstitucional, a qual não pode continuar a existir em nosso Estado democrático de direito”.

Conjunturas na lente

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Diz o filósofo de Mondubim que quando a miséria entra pela porta, a vergonha sai pela janela. Durante o período da grande depressão de 1929, a lei da selva retornou às principais metrópoles do planeta. Principalmente naquelas em que a crença nos valores da civilização era mais aceita e difundida. Prostituição, contrabando, assaltos, falsificações e contravenções, entre outras, aumentaram assustadoramente. A miséria e a falta de perspectivas empurraram muitas pessoas e até famílias inteiras para o mundo do crime. Nunca se jogou e bebeu tanto como naquele período. As organizações do crime se fortaleceram e, com elas, aumentaram também os casos de corrupção nos serviços públicos. Nem instituições, como a polícia, e os políticos foram excluídos.

Por baixo da miséria material, fermentou-se o caldo da miséria moral. Juntas, essas mazelas. galgariam altos postos no comando das cidades. Poucas instituições ficaram totalmente a salvo da degradação geral. Numa análise mais detida, é possível constatar que a abdução da classe política, feita pelo submundo do crime, resultou num agravamento sem precedentes desse quadro e, na visão da época, tornou ainda mais difícil a solução para o caos instalado. Quando polícia e políticos começam a aparecer juntos na mesma manchete do noticiário, é sinal de que o Estado está em vias de ser dominado pela bandidagem.

Crises são as piores conselheiras. Na maioria das vezes, a saída rápida para um problema estrutural e complexo nunca é simples e quase nunca se resolve pulando a janela para fugir. Na crise atual em que está mergulhado o país, para muitos a maior desde sempre, não há nas soluções fáceis um remédio eficaz. Não será com arrochos improvisados nos impostos e outras maquinarias que a crise arrefecerá. Muito menos com a liberação dos jogos de azar e dos cassinos e bingos.

Na verdade, a exploração desses negócios, muitas vezes, é feita por pessoas com sérias dívidas com a Justiça e com longas fichas criminais. Usar a ideia de taxação sobre os jogos como estratégia para aumentar as receitas da União equivale a negociar a alma da nação, fazendo empréstimos junto à bandidagem, usando como garantia o bom nome dos cidadãos. Para um Estado onde a segurança pública não controla nem os chefões do crime confinados nas penitenciárias de segurança máxima, controlar os tentáculos da jogatina e seu enorme poder de influência parece até ficção do tipo realismo fantástico.

A poesia que foi pronunciada:

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Em tempos de tanta aflição para o país, a alma precisa de alimento. Nossa colaboração:

Soneto da felicidade*

Odylo Costa Filho

A dor não foi em nós terra caída

que de repente afoga mas depois

cede à força das águas. Deus dispôs

que ela nos encharcasse não dissolvida.

Molhamos nosso pão quotidiano

na vontade de Deus, aceita e clara,

que nos fazia para sempre num.

E de tal forma o próprio ser humano

mudou-se em nós que nada mais separa

o que era dois e hoje é apenas um.

*A poesia foi lida na Biblioteca do Senado pelo senador Sarney, amigo de Odylo. Foi escrita em homenagem ao filho que foi assassinado um por jovem.