Papa Francisco pede mais orações para ele. Saibam a razão

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“Só em sua própria terra, entre seus parentes e em sua própria casa, é que um profeta não tem honra”. Marcos 6:4

Notícias vindas do Vaticano confirmam as previsões, feitas à época da escolha do Papa Francisco para comandar os destinos da Igreja Católica no mundo, de que esse seria um Pontífice bem diferente de todos os que haviam passado pelo trono de Pedro. Diferente e avesso ao conservadorismo reinante desde sempre naquele Estado.

Com posições pessoais, um tanto liberais para o establishment local, Francisco vem compreendendo, aos poucos, como será difícil administrar a sede central da igreja, adormecida por séculos de contradições e onde o poder temporal e as disputas materiais de pessoas e grupos em nada se diferencia de outros Estados.

A oposição ao atual papa é visível aos olhos de todos, mesmo daqueles que não estão acostumados ao dia a dia da Santa Sé. Existem rumores cada vez maiores de que Francisco esteja sendo, para usar uma imagem familiar, “fritado” aos poucos, com intuito de desacreditá-lo e de enfraquecer suas posições. Tramas políticas sempre fizeram parte da História do Vaticano e muitos foram os papas que, por não enfrentá-las com rigor, acabaram em desgraça.

Embora amado por milhões, Francisco não tem encontrado acolhida pacífica dentro da sede da Igreja. Meses atrás a cidade do Vaticano e em seu entorno amanheceu repleta de cartazes apócrifos criticando o Papa por ter destituído os chefes das congregações, removido sacerdotes, enfraquecido a Ordem de Malta e dos Franciscanos da Imaculada, além de ter ignorado cardeais. “Onde está sua misericórdia?”, perguntava o cartaz. Aqueles que sempre gozaram de privilégios no Vaticano, vivendo como verdadeiros magnatas, rodeados de mordomias, veem na figura de Francisco uma ameaça que deve ser removida o mais rápido possível.

Após sua chegada houve uma reestruturação e um enxugamento das finanças do Vaticano. Para tanto Francisco nomeou gente de sua estreita confiança para a tarefa monumental. Criou comissões para debelar os vários casos de abuso sexual de crianças dentro da Igreja, revelando sua tolerância zero contra esses criminosos.

Por outro lado, o papa não tem poupado críticas severas ao capitalismo excludente. Além disso tem seu dedo na aproximação de Cuba com os EUA. É dele também os esforços para encerrar os conflitos de décadas entre o governo da Colômbia e os guerrilheiros das Farc.

Por sua postura em favor de uma igreja mais tolerante em questões familiares, como o divórcio e principalmente com relação aos católicos homossexuais, o papa tem sido perseguido e criticado abertamente pela ala mais ortodoxa do catolicismo. O papa, dizem seus detratores, é vigário de Cristo na Terra, mas não é Cristo.

Para essa ala conservadora, a igreja se encontra agora imersa na confusão e desorientada. Para muitos especialistas em Vaticano, o papa vem sendo alvo de uma forte oposição nos campos teológicos, institucionais e políticos. Para Francisco é chegada a hora de a igreja aceitar a realidade da sociedade contemporânea de modo a não se distanciar muito do mundo atual, perdendo com isso parte considerável de fiéis em toda a parte.

Fazer ajustes de percurso numa instituição que por mais de dois séculos se mantém firme em suas posições, é, para muitos, um movimento perigoso e que pode abalar as estruturas da igreja. De todas as oposições, a mais dura de ser enfrentada é a oposição política. Num mundo em que as posições de direita parecem se erguerem, as atitudes do papa Francisco assustam e são consideradas uma ameaça ao status quo, dentro e fora do Vaticano.

O arco de grupos que vêm agindo abertamente contra Francisco vai desde os fabricantes de armas até os governos conservadores na Europa e EUA. Suas posições em prol da ecologia e de um mundo mais fraterno incomodam muitas lideranças mundo afora. A verdade é que os tempos de mudanças chegaram ao Vaticano para desestabilizar todos aqueles que estavam confortavelmente instalados e desfrutando de todos os privilégios.

À semelhança de Cristo, Francisco veio para confundir e sacudir a poeira milenar. Dessa forma vai se cumprindo o dito bíblico: Portanto, qualquer que me confessar diante dos homens, eu o confessarei diante de meu Pai, que está nos céus. Mas qualquer que me negar diante dos homens, eu o negarei também diante de meu Pai, que está nos céus. Não cuideis que vim trazer a paz à terra; não vim trazer paz, mas espada. Mateus 10, 32-34.

Talvez seja por esse motivo que Francisco vem repetidamente pedindo a todos que orem por ele.

A frase que foi pronunciada

“Engana-se quem acha que a riqueza e o status atraem inveja… as pessoas invejam mesmo é o sorriso fácil, a luz própria, a felicidade simples e sincera e a paz interior.”

Papa Francisco

Como ficou

» Aquele caso de sequestro que aconteceu no Conic rendeu à sequestradora 2 anos e 6 meses de reclusão em regime inicial semiaberto. A sequestradora se aproximou da mãe da criança, Arlete Bastos da Silva, que na ingenuidade pueril pensou ter feito uma forte amizade.

Novidade

» Membros do Executivo, Legislativo, CNJ e TSE que compõem o Comitê Gestor de Identificação Civil Nacional decidiram que o CPF será adotado como número público de identificação do cidadão brasileiro. Se o CPF dos membros do comitê também forem expostos é porque a ideia é boa.

Ideal & real

» Rodrigo Rollemberg sempre foi uma pessoa sorridente, alegre, apreciador da música e poesia. Está visivelmente abatido. É preciso ter nervos de aço para governar. Fosse somente governar seria simples. Mas não é. Mesmo na cerimônia da inauguração da Farmácia de alto custo do Gama, que é uma iniciativa de valor inestimável, o governador parecia triste.

Pratas da Casa

» Por falar nisso foi uma beleza a entrega do prêmio aos ganhadores do Festival de Música das Escolas Públicas do DF. O Centro de Convenções Ulysses Guimarães emanava alegria. Esse tipo de iniciativa é importantíssima para a cidade. Mobilizar estudantes para a criação é um passo certo de um futuro mais promissor. Os alunos ganhadores são do Centro de Ensino Médio 414 de Samambaia Norte. Linda voz, Allany.

História de Brasília

Um dos pontos a que deu mais ênfase o sr. Diogo Lordello em seu discurso na posse do presidente da Novacap, é no que se refere às relações entre a Companhia e a Prefeitura. (Publicado em 07.10.1961)

As letras frias da lei

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Reunidos numa mansão, em um bairro nobre de São Paulo, os mais caros advogados criminalistas do país, que têm, em sua lista de clientes, nove entre dez personagens denunciados ou presos na Operação Lava-Jato, resolveram unir forças contra o que chamam de abusos cometidos pelo juiz Sérgio Moro e pelos procuradores do Ministério Público. A intenção do grupo é criar um instituto para fazer frente às investidas do grupo de Moro, para quem esses requintados advogados nunca lograram qualquer êxito em suas pretensões em livrar seus clientes do laço apertado da Justiça.

Com o advento estrepitoso da Lava-Jato, os mais requintados escritórios de advocacia do país enxergaram, apressadamente, nessa ocasião a oportunidade de ouro de aumentar ao infinito os honorários milionários. Acostumados, desde sempre, a livrar gente do colarinho branco de embaraços com a lei, arrastando para o nunca a punição desses fidalgos, por meio da indústria de liminares, esses seletos advogados começaram a sentir na pele, pela primeira vez, o sentido do art.5º da Constituição, que diz que todos são iguais perante a lei.

Fechados em suas redomas de vidro, os causídicos não se deram conta dos novos tempos trazidos por juízes jovens que vão tomando assento nos tribunais de Justiça. São magistrados que têm não apenas uma formação técnica sobre o direito, mas, sobretudo, cuidam para que as leis não se afastem das intenções propostas pelo legislador, deixando de lado interpretações pessoais e outras avaliações de cunho subjetivo.

O juiz maleável aos argumentos das partes e sensível à alta condição social do acusado parece estar com os dias contados. Por muito tempo, o conhecimento empírico das leis pareceu valer menos do que o conhecimento pessoal de cada juiz. Eram tempos em que não se viam malfeitores das altas esferas sociais atrás das grades. Prisão era coisa para preto e pobre. A proximidade perigosa entre magistrados e advogados, tornados amigos íntimos nos salões da corte, não faz mais sentido. Da mesma forma, hoje, tornou-se absolutamente condenável que esses impolutos advogados, defensores prediletos de gente fina enrolada com as leis, recebam honorários cuja origem é a mesma que levou seus clientes às barras da Justiça.

Interceptados, como pombos-correio, servindo de pontes entre presos e o mundo exterior, muitos advogados se valem de suas funções para atropelar a Justiça, extrapolando o mister, na ânsia de pôr em liberdade quem, no fundo, sabe não possuir condição alguma para tal.

A frase que foi pronunciada

“Viver é isto: Ficar se equilibrando o tempo todo, entre escolhas e consequências.”

Sartre

Ecad

» Na página do Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad) há um aviso de que tudo vai mudar. Sintonia, harmonia e parceria com acordes em arte e negócio são o que promete o mais misterioso organismo criado pela Constituição de 1988. Aguarde as novidades, adverte.

Adote

» Não compre alho, tenha tomatinhos cereja em casa, faça chás sem gastar, são dicas práticas para quem deseja ter uma hora doméstica até em apartamento. Em tempos de crise, um pequeno espaço é suficiente para economizar.

Novidade

» Por falar em plantas, a stevia (Stevia rebaudiana) é fácil de cultivar em qualquer vaso. Substitui perfeitamente o açúcar, não tem caloria. É promessa para desbancar a cana-de-açúcar.

Jovens

» Brasília vai sediar os Jogos Escolares da Juventude, que acontecerão entre os dias16 e 25 deste mês. O GDF recupera a pista de atletismo do Cief e prepara o Centro Integrado de Educação Física para receber os atletas. Esporte e artes são o caminho para uma juventude saudável. Luís Carlos Ferreira, diretor do centro, recebe todo o apoio necessário para que o evento seja um sucesso.

Release

» É preciso ter uma formação profissional multidisciplinar para trabalhar na área de gestão do esporte com sucesso. O domínio de marketing, administração, gestão de negócios, eventos e educação física é fundamental. Para os interessados, a Contec promoverá, no auditório da sede em Brasília, nos dias 11 e 12 próximos, um evento intitulado Workshop — gestão e incentivo ao esporte através de recursos públicos no Brasil. Entre o público-alvo estão gestores de entidades esportivas, administradores de clubes, federações, confederações, além de organizadores de eventos esportivos.

História de Brasília

O melhor depoimento jornalístico sobre a crise surgida com a renúncia do sr. Jânio Quadros está mutilado. É o do jornalista Reinaldo Ribeiro, secretário de imprensa do sr. Mazzilli. Forças políticas estão fazendo tudo para que o jornal não publique certos detalhes. (Publicado em 7/10/1961)

Sem concorrência, companhias aéreas impõem preços extorsivos

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Em qualquer setor da economia em que inexiste concorrência nem atuação de órgãos verdadeiramente reguladores, a fixação dos preços obedece à lógica do lucro máximo e da ética mínima. Embora os motivos sejam fundamentados na relação oferta/demanda, próprias do livre mercado, nas situações em que a usura e deslealdade prevalecem, as desvantagens aos consumidores ficam claramente evidenciadas.

As novas regras que passam a valer a partir de agora nas empresas aéreas sobre a franquia de bagagens, justamente às vésperas das férias de fim de ano, quando famílias viajam para longas temporadas longe de casa, representarão uma mina de ouro para as poucas empresas de aviação que têm permissão para operar no país.

Livres de concorrência, as companhias aéreas impõem preços extorsivos, tratam mal seus passageiros e, pior, não temem punição alguma dos órgãos reguladores, como a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), transformadas ou deformadas em agências de proteção das empresas. O consumidor não tem a quem reclamar. Ao contrário do que prometeram, quando anunciaram a redução de até 50% nos preços das tarifas aéreas, por causa da nova modalidade de cobrança — R$ 10 por quilo nas bagagens despachadas —, o que houve, de fato, foi um reajuste de 22%, isso apenas em setembro, enquanto a inflação de todo o ano de 2017 deverá ficar em torno do centro da meta (3%).

A Anac, como sempre, não se pronunciou. O monopólio do tipo cartelizado praticado pelas poucas empresas aéreas que voam pelo Brasil adentro tem sido extremamente danoso aos consumidores, que, nesse jogo desigual, se encontram totalmente desamparados até pelo Código do Consumidor. O capitalismo predatório praticado por empresas monopolistas em muitos setores da economia, mesmo naqueles em que existem órgãos reguladores específicos, evidencia a pouca valia das agências criadas para coibir abusos.

Antes de tudo, é preciso lembrar que, no mercado regulado, não tem lugar para a usura. Se é para prevalecer o livre mercado, como alardeiam as agências reguladoras, torna-se necessário também a concessão desse mercado para outras empresas internacionais. Consumidores de norte a sul do país, há muito tempo, clamam pela entrada de novas empresas aéreas no Brasil, mas, até aqui, o lobby poderoso das companhias nacionais tem prevalecido sobre a vontade soberana dos passageiros.

Com a aproximação da alta temporada, em que os preços dos bilhetes vão às alturas, os tumultos nos aeroportos serão obviamente generalizados, podendo descambar para a violência. O fato é que dada a situação atual, em que uma passagem Brasília/Fortaleza chega a custar o mesmo que voo Rio/Paris, nenhuma fórmula vinda das empresas ou dos órgãos reguladores terá o condão de acabar com os abusos, se não for considerada a hipótese da entrada de novas empresas no transporte aéreo de passageiros. Sem concorrência, os passageiros vão continuarão a ver navios.

A frase que foi pronunciada

“Consumidor ofendido, serviço desprezado.”
Nizan Guanes

Enem
» Patrícia Rezende, professora de pedagogia bilíngue do Instituto Nacional de Educação de Surdos, comenta o tema de redação “Desafios para Formação Educacional de Surdos no Brasil”. Ela diz que a primeira luta é dar maior visibilidade aos desafios enfrentados pelos surdos. A sociedade não os percebe porque a deficiência não é visível. Até desperta uma ponta de impacto negativo ao interlocutor que se acha desprezado quando, no entanto, não foi ouvido, ou irritação em ter que repetir mais de uma vez o que foi falado.

Dia a dia
» Por falar em surdez, Darc Brasil nos conta que depois de aprender o alfabeto em libras ajudou a colega de trabalho durante o exame de vista. Aí está um detalhe para as clínicas oftalmológicas atentarem.

Cuidados
» Todos os motoristas têm obrigação de proteger os ciclistas. Mas deve haver a contrapartida dos ciclistas em pedalar no espaço adequado, e não entre os carros em faixas inadequadas.

EMB
» Escola de Música de Brasília confirmou que haverá o Curso Internacional de Verão. Em boa hora. Brasília precisa dessa injeção de ânimo depois de um ano tão tenso.

Para começar
» Se desrespeitar os direitos humanos é mais sério que uma nota zero, está na hora de providenciar atendimento nos prontos-socorros dos hospitais públicos, de ter uma educação pública em que os filhos de autoridades sejam alfabetizados com os filhos de gente simples.

História de Brasília
A reunião dos presidentes de Institutos com o sr. João Goulart terminou com uma ofensa ao Plano Hospitalar de Brasília. Os institutos farão estudos, que apresentarão ao presidente, para a construção do Hospital da Previdência Social. (Publicado em 7/10/1961)

Velhice

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No Brasil envelhecer significa também enfrentar novos desafios e novos riscos, principalmente devido aos problemas sociais presentes na nossa realidade diária o que acarreta ainda mais desigualdades com relação a outros grupos etários, a outras realidades sociais, demográficas e epidemiológicas.
Chama a atenção dos pesquisadores o fato de que em todos os níveis de renda , de escolaridade dos idosos tem se mostrado comum os casos de violência contra esses indivíduos, com o agravante de que esses casos só tem crescido ao longo tempo. “Em medida considerável, o tempo do idoso do DF tem sido preenchido por violência, uma violência tão cruel quanto endêmica, que deixa a céu aberto a debilidade de seus amores e os fins de vida mais funestos do que se poderia esperar”, diz o estudo intitulado Mapa da Violência Contra a Pessoa Idosa no DF que reúne pesquisas realizadas ao longo de dez anos de existência da Central Judicial do Idoso (CJI) , organizado pelo TJDFT, MPDFT e DPDF.
Considerada um projeto pioneiro nessa área a Central Judicial do Idoso-CJI tem buscado acolher a pessoa idosa, em toda a sua complexidade, estimulando sua participação na defesa de seus próprios interesses. De acordo com seus criadores a CJI trabalha subsidiando as autoridades do sistema judiciário, orientando e prevenindo situações de violência e violação da pessoa idosa e promovendo a análise multidisciplinar das situações de negligência, abandono, exploração ou outros tipos de violência, buscando soluções de consenso para conflitos e encaminhando a demanda aos órgãos competentes. Para tanto, como ressaltam seus coordenadores a CJI tem investido no fortalecimento dessa rede de proteção social, através da interlocução e integração entre as diversas instituições públicas.
Para a Organização Mundial de Saúde a violência contra a pessoa idosa é caracterizado pelo “uso intencional da força ou do poder real , podendo resultar em lesão , morte ou dano psicológico, deficiência de desenvolvimento ou privação”. O Estatuto do Idoso , instituído em 2003, (Lei 10741/03), define em seu art. 19 parágrafo primeiro a violência contra o idoso como qualquer ação ou omissão praticada em local público ou privado que lhe cause morte, dano ou sofrimento físico ou psicológico. Segundo os dados do Disque 100 – Módulo Idoso, fornecidos pela Secretaria de Direitos Humanos, o DF que sempre havia figurado nas primeiras posições pelo número de registros de denúncias, apareceu em 2016 na décima posição com 419,50 casos. Houve , segundo os especialistas, uma redução entre os anos 2015 e 2016. Em 2013 foram 1.188 registros de denúncias apenas no serviço Disque 100, sendo 417 na CJI. Por região administrativa Ceilândia aparece com 16,47% dos casos, seguido de Taguatinga com 10,92% e Brasília com 10,35%. É preciso notar que Ceilândia é a cidade com maior número de idosos (166.000) em relação a população total que era em 2015/16 de aproximadamente 980. 000 habitantes.
Estudos comprovam que a violência contra os idosos não está relacionada diretamente a questões econômicas ou a pobreza, mas a múltiplos outros fatores como a violência estrutural, a violência da discriminação e a violência da negligência que negam aos mais pobres o aceso a serviços de saúde e assistência de qualidade . O fato é que a pobreza na idade avançada tende a aumentar a dependência produzida por condições físicas e psicológicas, como atesta Cecília Minayo.
Temos assim que a violência contra os idosos de baixa renda podem ser do tipo estrutural, interpessoal e institucional. O que explica, em parte, o aumento da violência contra os idosos é, segundo Ladya Maio em sua obra Desafios da Implementação de Políticas Públicas de Cuidados Intermediários no Brasil, “que a família brasileira não tem mais condições de ser a única protagonista nem de exercer sozinha a tarefa pela complexidade dos cuidados demandados pelos idosos, seja pela falta de condição financeira, seja pela ausência de parentes que possam compartilhar esse mister, pela necessidade de trabalho externo, principalmente em razão da mudança do papel social exercido pelas mulheres, ou de problemas derivados da violência intrafamiliar.”
Trata-se de um problema de grandes proporções se formos avaliar as verdadeiras condições oferecidas hoje pelo Estado às populações idosas e de baixa renda. A verdade é que , diferentemente do que ocorre no Distrito Federal onde já existe uma superestrutura para, pelo menos avaliar esse problema previamente, o atendimento adequado aos idosos no Brasil ainda tem muito que progredir. A Central Judicial do Idoso já é o primeiro passo de um bom caminho.
A frase que foi pronunciada:
“A velhice é a paródia da vida.”
Simone de Beauvoir

HISTÓRIA DE BRASÍLIA 05/11/2017

Há um velho político mineiro que diz sempre: governar mal, não é bom. Não governar, é muito pior. E o governo está com medo de tomar uma atitude, escolher um Homem, colocá-lo na Prefeitura, e dar-lhe meios para concluir a obra. (Publicado em 06.10.1961)

Velhice candanga

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Como se morre de velhice ou de acidente ou de doença, morro, Senhor, de indiferença./ Da indiferença deste mundo onde o que se sente e se pensa não tem eco, na ausência imensa./ Na ausência, areia movediça onde se escreve igual sentença para o que é vencido e o que vença. /Salva-me, Senhor, do horizonte sem estímulo ou recompensa onde o amor equivale à ofensa. /De boca amarga e de alma triste sinto a minha própria presença num céu de loucura suspensa. /Já não se morre de velhice nem de acidente nem de doença, mas, Senhor, só de indiferença.
Cecília Meireles, em ‘Poemas (1957)

Quem costuma caminhar hoje em dia pelas Super Quadras tradicionais de Brasília, já se habituou com a presença constante de grupos de enfermeiras e cuidadoras transitando pelo local. Trata-se de uma categoria que até pouco tempo só se via em hospitais e casas de repouso, mas que, de uns tempos para cá passaram a se tornar mais visíveis e constantes.
De fato, já é possível constatar que a velhice, chegou enfim para muitos candangos e pioneiros que por aqui desembarcaram na época da construção da capital. Em alguns desses endereços inclusive foram feitas mudanças para se adaptarem aos novos tempos. Alguns apartamentos foram transformados inclusive em mini hospitais com todo o aparato médico para se ter mais conforto.
Nas áreas externas rampas de acesso e corrimões já aparecem instalados estrategicamente em variados pontos, facilitando a movimentação e segurança desses moradores. Obviamente essa é uma realidade para poucos, mas que já se instalou no cotidiano do Plano Piloto. Nas regiões administrativas e nas áreas do entorno ,a realidade não difere do restante do país e é cruel. Com ou sem conforto, a realidade é que o Distrito Federal caminha a passos largos para , nos próximos 16 anos , segundo a Codeplan, se tornar uma cidade com as mesmas características típicas de países envelhecidos.
Pelo Censo de 2010 existiam na cidade aproximadamente 200 mil pessoas idosas ou quase 8% da população total daquela época. Em 2012, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), esse número já era de 326 mil idosos ou 12,8% da população. Neste contexto é possível observar que o crescimento da população idosa tem sido mais do que o dobro (9,8%) do restante do país (4,8%).
Por outro lado se verifica também que o Distrito Federal apresenta ainda a maior expectativa de vida de todo o país, algo em torno de 77, 57 anos de vida em média, isso lá em 2014 .
Para 2030 a previsão do IBGE é que se chegue a 80,92 anos para as mulheres e 77,30 para os homens. Dentro dos aspectos sociodemográficos do envelhecimento no DF, preparado pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios em conjunto com o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios e com a Defensoria Pública do Distrito Federal “As mulheres representam 57% da população idosa, chegando a 63% no grupo etário de 80 anos ou mais (IBGE, 2011), reforçando o perfil mundial de feminização da velhice, que é uma manifestação do processo de transição de gênero que acompanha o envelhecimento populacional em curso em todo o mundo. Estatísticas da Organização Mundial de Saúde (OMS) indicam que o número de mulheres já supera o de homens em todo o mundo.” Num futuro bem próximo essa será também a realidade do Brasil.
No DF a faixa etária com maior quantidade de idosos (31,9%) se situa entre 60 a 64 anos. Segundo a Codeplan a escolaridade de 60,4% desses idosos é baixa. Apesar disso, a renda dessa população idosa é considerada alta, com mais de cinco salários mínimos. Este fato explica , em parte porque muitos idosos ainda assumem o papel de chefes e provedores de família. “a ideologia da velhice como decadência, doença ou problema, no caso brasileiro, está repleta de contradições e não corresponde ao imenso e crescente espaço ocupado pelas pessoas idosas na família, na economia e em outras instâncias, ainda que isso não fique claro no reconhecimento que a sociedade lhes deve. Tanto é assim, que a contribuição da renda da população idosa na composição da renda nacional já constituía, em 2003, a expressiva cifra de 30%, tendo os homens aportado 65,2% para o rendimento das famílias e as mulheres, 59,6%”, afirma Maria Cecília Minayo, da Escola Nacional de Saúde Pública. Contribui também para essa realidade o fato de que a Previdência social cobre, 77% da população idosa , formada, na sua maioria por funcionários públicos federais e estaduais aposentados pelos regimes anteriores que contavam com maiores vantagens de o atual. Em todo o Brasil o número de pessoas idosas vivendo sozinhas era em 2014 de mais de 6,7 milhões, com 40% formado por mulheres.
O envelhecimento da população do DF acompanha o fenômeno mundial com a diferença que nos países desenvolvidos esse fato não é motivo para grandes preocupações do ponto de vista de assistência, muito mais organizada, racionalizada e eficaz.
A frase que foi pronunciada:
“ A velhice denuncia o fracasso da nossa civilização.”
Simone de Beauvoir

HISTÓRIA DE BRASÍLIA 04/11/2017
Não nomeou ninguém do PSD Goiano, com medo da repercussão; não nomeou ninguém da equipe técnica de Brasília, com medo da repressão do governador Mauro Borges. Busca um estranho, sem ver que este terá que trazer nova equipe, adaptar-se às condições de trabalho, para depois começar a pensar em governar. (Publicado em 06.10.1961)

Lampião e os políticos enjaulados

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Vai ficando cada vez mais claro para todo mundo, que os sistemas penal e jurídico brasileiro não estavam nem um pouco preparados para se ajustar a nova realidade trazida pela Operação Lava Jato e congêneres. Principalmente com relação a prisão de grandes figurões da república. Acostumados ,por décadas, com a leniência da justiça , contando ainda com a blindagem dos cargos , o compadrio cúmplice de seus pares e sob a proteção dos mais caros escritórios de advocacia do país, muitos de nossos políticos vêm , de longa data, saqueando o Estado, através da transformação dos partidos em verdadeiras lavanderias de propinas.
Contando ainda com apoios discretos em toda a parte, a prisão desses personagens de ponta tem sido uma dor de cabeça para todos aqueles que ainda acreditam na efetividade da justiça. A entrada e saída advogados, sem qualquer fiscalização nos presídios, tem mostrado o quanto é fácil para essa gente, mandar e receber recados, montar estratégias para desacreditar juízes íntegros, ameaçar agentes da lei, subornar carcereiros, e urdir estratégias mais desleais para escapar das garras da lei.
O correto e mais sensato, seria afastar esses figurões de seus feudos e capitanias , mandado-os para presídios bem distantes de seus currais eleitorais, onde não possuam ascendência . Colocá-los sobre estrita vigilância, deveria ser a primeira providência. Não se trata aqui de revanchismo tolo , mas da simples constatação de que esse tipo de preso , por sua influência e pelo poder que ainda exerce sobre muitos de seus comparsas ainda livres , é de extrema periculosidade para a sociedade.
Não são bandidos comuns, pés de chinelo, mas gente que conhece os meandros do Estado, a culpa de cada um e não raro contam com a simpatia cordial nas altas cortes. As seguidas ameaças, veladas ou não, feitas aos membros do judiciário por estes presos, por si só, já bastariam para enquadrá-los sob o mais severo regime disciplinar.
A ameaça aqui, é que a livre comunicação entre os que estão enjaulados e seus pares do lado de fora , que ainda estão com assento nos Legislativos do país, possa ensejar a confecção de leis de anistias, de abuso de autoridade, ou outras que impeçam a prisão já em segunda instância. É preciso não subestimar o poderio desse tipo de preso, muito menos sua capacidade de influir para soterrar as operações do Ministério Público e da Polícia Federal. Ingenuidade pensar que este indivíduos passem a maior parte do dia lendo poesia e escrevendo diários sobre suas experiências pessoais.
Estes novíssimos presidiários estão diuturnamente tramando, ameaçando, articulando e bolando planos para manter o status quo antigo onde, do alto de seus postos, roubavam um país inteiro, levando milhões de brasileiros a mais vil miséria. Sem educação, sem saúde, sem segurança. Taxas, impostos, água, luz, gasolina, preços cada vez mais altos galgando na passividade da população.
Não se sabe ainda o valor exato da dinheirama desviada dos cofres públicos por estes sujeitos. O óbvio é que pela situação em que se encontra o país, do ponto de vista econômico, social , ético e político, o montante rapinado empurrou o país para a mais profunda crise de toda a sua história. Não é pouca coisa. Por isso todo o cuidado é pouco.
O caso do Rio de Janeiro é o mais simbólico. Por se tratar de uma antiga capital federal e cartão de visita do país, é neste estado da federação que estão caracterizados, da melhor forma possível, o quão nefasto pode ser o desvio de conduta das autoridades e quão danosas são as repercussões, quando pessoas designadas pela população para cuidar do Estado se transformam em bandidos e membros de quadrilhas que fariam hoje o bando de Lampião ser visto como dançarinos de alguma festa de São João.

A frase que foi pronunciada:
“Por detrás de uma grande fortuna há um crime.”
Honoré de Balzac

Polinizar o saber
Curso de capacitação prepara os técnicos da Emater para a AgroBrasília de 2018 que terá como destaque a criação de abelhas. Álvaro Castro, gerente de Metodologia e Comunicação Rural explica: “Temos muitos extensionistas com especialização, mestrado e doutorado. Este foi o primeiro curso em que estamos aproveitando nosso próprio saber para disseminar entre os demais”, explicou.

Emprego
Atenção garotada que quer trabalhar. O aeroporto está com vagas para atendentes. É só entrar no FB para buscar os detalhes.

Insulto
Quando a Receita Federal anunciou que a revista da Organização da Aviação Civil Internacional destacou o Sistema de reconhecimento facial, novidade adotada pela instituição, o leitor paulista Roberto Galvão comentou: “Em contrapartida, os políticos caras de pau mais conhecidos e reconhecidos do mundo, nunca caem em malha nenhuma né?”

HISTÓRIA DE BRASÍLIA 03/11/2017
Ao ponto em que as coisas chegaram, a reconquista da confiança no empreendimento é uma obra dificílima, e precisa de um grande comandante, que saiba merecer a confiança de todos. E o governo não vê isto, e o governo não enxerga, não compreende, foge, esguia-se, e teima em procurar um estranho. (Publicado em 06.10.1961)

Por uma Bienal Brasília

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Com o título, concedido agora pela Organização das Nações Unidas para a Ciência e Cultura (Unesco) ,de Cidade Criativa do Design, aumentam, ainda mais, as responsabilidades de Brasília, em manter o status de Patrimônio Cultural da Humanidade, atribuída a capital dos brasileiros por essa mesma entidade há exatos trinta anos. Com a concessão desse título pela Unesco, torna-se quase uma obrigação moral e uma necessidade prática a criação, pelo GDF, de uma escola pública de design, desde a base até os níveis mais avançados.

Infelizmente a sociedade ainda não despertou para a necessidade de se criar por aqui uma Bienal de Design, e que a exemplo do festival de Brasília do Cinema Brasileiro, que já anda na sua 50ª edição, ajudaria , sobremaneira , a divulgar, para o país e para o mundo a sofisticação e o alto profissionalismo de nossa produção artística.

Reconhecimento importa principalmente em responsabilidade de dirigentes e da população. Com o mérito de mais esse título, é oportuno que se retomem algumas discussões sobre o estado da arte na capital, incluindo aí desde a preservação do patrimônio material, até a preparação adequada das novas gerações para dar prosseguimento o estudo, preparação e prática cotidiana do fazer arte. Para tanto é fundamental que sejam reintroduzidas em todas as escolas públicas o ensino das artes. Todas elas. Não apenas para preencher lacunas e atender as exigências mínimas da grade curricular imposta pelos burocratas da educação, mas como condição essencial para a formação do cidadão, naquilo que ele tem de mais precioso que é a capacidade de interpretar o mundo ao seu redor, extraindo dele o que ele tem de mais valioso e educativo.

A capital das artes precisa, antes de tudo aceitar a responsabilidade de ser também a capital do ensino das artes. Brasília, onde o ensino e prática das artes seja reconhecida como um referencial para o restante do país e quiçá para o mundo. Houvesse prosseguido seu trabalho, dentro do que foi preconizado na sua formulação original desde Paulo Freire até Anísio Teixeira e outros educadores, o modelo da Escola Parque ,seria facilmente reconhecido hoje como o maior celeiro de artistas do país, não devendo nada aos grandes centros de artes espalhados pelo mundo afora. É preciso reconhecer qeu o título concedido vem muito do trabalho realizado pelos artistas que colaboraram lá atrás na construção de Brasília. Gente como Athos Bulcão, Burle Marx, Ceschiatti, Bruno Giorgi, Marienne Peretti, Sérgio Camargo, Alfredo Volpi, , Joaquim Tenreiro, Sérgio Rodrigues, Lúcio Costa, Oscar Niemeyer e muitos outros. O maior problema no caso da produção artística persiste ainda na sua atrelação antiga aos ditames do governo.

Há ainda entre nós um compadrio entre arte e governo. O que se mostra necessário, numa terra de escassos mecenas e de fundações com esse sério propósito, é também o calcanhar de Aquiles de nossa produção. Como bem ressaltaram os técnicos da Unesco, a concessão desse título é um fator estratégico não só para o desenvolvimento urbano sustentável e a inclusão social, mas sobretudo para salientar a importância das artes na construção de uma cidade mais humana e fraterna. Brasília surgiu exatamente dessa junção entre arte e arquitetura, portanto seu destino natural parece ser prosseguir nesse mesmo modelo, aliando ao bom urbanismo o que de melhor nossos artistas produzem.

 

A frase que foi pronunciada:

“ Qualquer coisa que encoraje o crescimento de laços emocionais tem que servir contra as guerras.”

Sigmund Freud

Muito boa

Essa vale compartilhar. Foi revivida por Gaudêncio Torquato. Ele conta que Ronaldo Cunha Lima não quis o nome Raquel para a filha. Avisou que seria Glauce. E explicou a razão foneticamente:
– “Quando ela pedir alguma coisa e não souberem bem o que é, vão dizer : Qué qui Raqué qué?”

Sem ofensa

Fernando Henrique Cardoso e Luciano Huck vistos almoçando juntos em São Paulo parece ser um sinal de acreditar que os brasileiros ainda não têm discernimento para votar. Um candidato que nunca administrou um povoado, uma cidade ou um estado precisa ser proibido de se candidatar a gerir um país.

PEC 1886/12

Difícil acreditar que passaria na Câmara a Proposta de Emenda à Constituição dando aos militares o direito a greve e livre associação sindical. Um grupo que mais parecia estrangeiro comentava na porta do plenário que o que seria justo era dar aos homens da defesa de todo o mundo o direito de optar pela própria vida negando servir em guerras, onde os interesses em jogo não são propriamente dos soldados nem da população.

Mais assoreamento

Chegam as chuvas e as obras do Trevo de Triagem Norte andam em passo de tartaruga. Parece que só há trabalhadores em horário comercial.

Plantar água

Por falar na TTN vejam que incoerência. De um lado o racionamento d’água e de outro mais uma nascente sufocada. Dessa vez a do Parque Vivencial visto logo após a Bragheto. Natural seria o GDF cercar todas as nascentes do DF, e em parceria com a UnB ,Parques e Jardins e administrações replantar a mata ciliar dos locais.

HISTÓRIA DE BRASÍLIA 02/11/2017

Mora em Brasília o homem que a construiu. Cercado de toda a sua equipe, conhecendo todas as particularidades da grande obra que assombrou o mundo, é um soldado que bem poderia ser convocado. (Publicado em 06.10.1961

É tudo o que o país não precisa

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Saíram recentemente os resultados do Índice de Confiança na Justiça (ICJBrasil), pesquisa produzida pela Escola de Direito de São Paulo da Fundação Getulio Vargas, sobre a confiança dos brasileiros em suas instituições. Alguns dados chamam atenção, como a queda na avaliação da Justiça, uma vez que houve significativa redução em comparação com pesquisas realizadas em anos anteriores e, de forma geral, houve queda na confiança da população brasileira em quase todas as instituições avaliadas.

O que surpreende, contudo, é que, ao mesmo tempo que se observou uma queda geral no índice de confiança da população nas instituições, a confiança depositada nas redes ou mídias sociais, em um período de um ano, apresentou significativo aumento de 61%. Saiu da décima posição no ranking no índice de confiabilidade para atingir a terceira posição.

Nas primeiras pesquisas, somente estavam incluídas as seguintes instituições: Forças Armadas, Igreja Católica, Ministério Público, imprensa escrita, grandes empresas, emissoras de TV, polícia, Poder Judiciário, governo federal, Congresso Nacional e partidos políticos. Ou seja, eram aproximadamente 11 instituições avaliadas. Nas últimas pesquisas foram incluídos: o Supremo Tribunal Federal, como instituição distinta do Poder Judiciário, as redes sociais, distinta de Imprensa e televisão, por exemplo, e os sindicatos. São agora 14 instituições.

O brasileiro continua a confiar primeiramente nas Forças Armadas, e depois nas igrejas. A novidade é que, logo em terceiro lugar, confia nas mídias sociais, isto é, a internet, o Facebook e Twitter, por exemplo. Essa confiança nas mídias sociais vem antes da confiança na imprensa escrita, em quarto lugar, e das próprias emissoras de TV, em 5º em lugar.

Esse resultado é surpreendente. Em geral, um dos argumentos no embate entre imprensa e mídias sociais é que os jornais e revistas, por exemplo, tinham filtros editoriais de credibilidade e veracidade. O leitor confia no jornal porque confia nos critérios de seus filtros. E as mídias sociais, como representam um território de liberdade maior, veiculariam notícias inverídicas, muita opinião sem sentido, e até fake news.

Não parece ser o caso. Uma das responsáveis pela pesquisa, a professora Luciana Gross tem uma explicação consistente para esse fenômeno. As pessoas confiam mais em quem elas conhecem melhor. E mutuamente se sintonizam. Elas conhecem as pessoas que lhes enviam notícias e opiniões por meio do Facebook, da internet e do Twitter.

Sem mencionar que as mídias sociais têm maior liberdade de expressão, e comunicam também e fortemente emoções, sentimentos, humor, crítica, por exemplo. Foi o que se viu no debate recente do Supremo sobre o papel da raiva na decisão de um ministro.

Mesmo tendo a mídia tradicional tratado desse debate com cautela, assim não o fizeram as mídias sociais, nas quais houve grande repercussão. O debate entre ministros se transformou em trend topics, com nítida vantagem para o ministro Luís Roberto Barroso. Como se ele simbolizasse melhor, o ideal de Justiça e de comportamento dos internautas.

Outra novidade a ser destacada é o fato de a confiança no Poder Judiciário e no Supremo Tribunal Federal apresentar números iguais. Ambos têm apenas 24% de confiança dos cidadãos. E estão em nono e décimo lugares, em um total de quatorze instituições. Somente à frente dos Sindicatos, do Congresso Nacional, dos Partidos Políticos e do Governo Federal.

Como não temos ainda uma série histórica é difícil interpretar essa igualdade de confiança entre Supremo e Poder Judiciário. Pesquisa realizada, havia uns poucos anos, por Luci de Oliveira e por mim, evidenciava que era o Supremo Tribunal Federal que, de alguma forma, chamava mais a atenção dos internautas, competindo apenas com temas criminais, como, na época, o caso do goleiro Bruno, o que pode estar se confirmando.

Na confiança dos cidadãos, o Supremo molda o Poder Judiciário, embora essa seja apenas a ponta do iceberg. Mas esse resultado também sugere duas outras explicações. A crescente atenção que alguns ministros concedem às mídias sociais, alguns com Facebook e Twitter. E a excessiva centralização da produção de justiça no Supremo.

A frase que foi pronunciada

“Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, por sua origem ou ainda por sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender, e se podem aprender a odiar, elas podem ser ensinadas a amar.”

Nelson Mandela

Parque

» Na audiência pública do Zoneamento Ecológico-Econômico, Tânia Batella falou em nome de 20 entidades comunitárias do DF, de Taguatinga ao Lago Norte. A urbanista, presidente da Frente de Defesa do Sítio Histórico do DF, proclamou o apoio da frente à criação do Parque Ecológico do Mato Seco.

Release

» Na ocasião, a subsecretária de Planejamento e Monitoramento Ambiental, da Secretaria do Meio Ambiente, Maria Silvia Rossi, explicou que se trata de um zoneamento de riscos. “Ele (o ZEE) vem para antecipar problemas”, resume. O documento busca o desenvolvimento sustentável do território e leva em conta as características ambientais e socioeconômicas de cada região.

Fake News

» Tão grave está a situação de notícias mentirosas pela Internet que o STF, pela voz do ministro Alexandre de Moraes, sugere que a regulamentação da propaganda eleitoral on-line seja feita pelo Tribunal Superior Eleitoral. E avisa aos espertos que tentarem impedi-lo: regulamentar é organizar e não censurar. Além do Judiciário, a Abin, Google, Facebook e Ministério da Defesa estão envolvidos no assunto.

Saúde

» Em discussão na Comissão de Direitos Humanos do Senado está a obrigatoriedade de hospitais, clínicas, postos de saúde e outros estabelecimentos afins oferecer orientação sobre aleitamento materno. O projeto é da senadora Lúcia Vânia.

História de Brasília

Mora em Brasília o homem que a construiu. Cercado de toda a sua equipe, conhecendo todas as particularidades da grande obra que assombrou o mundo, é um soldado que bem poderia ser convocado. (Publicado em 6/10/1961)

Avaliação Nacional de Alfabetização mostra o óbvio

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Especialistas em educação são unânimes em reconhecer que é catastrófico o quadro apresentado pela Avaliação Nacional de Alfabetização (ANA). O estudo mostra que mais de a metade dos alunos do 3º ano do ensino fundamental, crianças na faixa entre 8 ou 9 anos, apresentou nível insuficiente em testes de leitura e em matemática.

Para os educadores, as causas do cenário crítico estão centradas na descontinuidade das iniciativas traçadas nos planos e na implementação de políticas erradas para o setor. Em outras palavras, muda-se o governo e os planos e metas elaborados para a educação, que deveriam ser, persistentemente, seguidos dentro de uma estratégia cientificamente calculada, deixam de existir da noite para o dia.

O que ocorre no ensino básico, em que 55% dos alunos apresentam nível insuficiente em leitura e em operações simples de matemática, se estende para o ensino médio e atinge as universidades. Políticas públicas para esse setor, como bem lembrou o gerente de Todos Pela Educação, Gabriel Corrêa, devem ter bom plano, boa implementação e continuidade ao longo de vários governos para que funcionem e mostrem resultados. Justamente, tudo que não é feito.

A praga da ideologia política, que nem dentro da máquina de governo parece funcionar a contento, é estendida, sem cerimônia, à educação, desestruturando um edifício que necessita de anos para ser erguido e consolidado. O problema, neste caso, não está no solo fértil da infância, mas na cabeça dura e despreparada dos dirigentes adultos. Ao transformar os anos iniciais do ensino público em laboratório de testes, incluindo releituras do cotidiano com viés político-ideológicos, o que se tem, como produto, são alunos sem a formação básica necessária e pouco distantes do analfabetismo completo.

O pior é que essa falha no processo inicial de alfabetização se estende para os anos seguintes, favorecendo os índices de evasão escolar pela incapacidade de muitos em acompanhar o desenvolvimento e aprofundamento dos assuntos. Neste caso, os alunos sem base permanecem como alicerces expostos de um edifício inconcluso e abandonado. O que se tem dessa mistura entre currículos e grades de ensino sem metodologia adequada, permeada de improvisação ideológica e partidária, é o que apresentam os variados exames, como ANA, Enem, Pisa e outros instrumentos de aferição da qualidade de nosso ensino. Invariavelmente, eles mostram a miséria de nossas escolas públicas.

A doutrinação política, tão ardorosamente defendida por entidades de classe da educação, ao impedir que nossas crianças desenvolvam uma utopia própria do futuro, apresentam a elas um mundo antigo e maniqueísta, que nem os adultos acreditam mais. Ao trocar a educação pela doutrinação, transformando as escolas em partidos, o que se tem é isso aí, lamentavelmente.

A frase que foi pronunciada

“A alegria não chega apenas no encontro do achado, mas faz parte do processo da busca. E ensinar e aprender não pode se dar fora da procura, fora da boniteza e da alegria.”

Paulo Freire

Convite

» Nas comemorações do Jubileu da Casa do Pequeno Polegar, haverá o lançamento do livro Casa do Pequeno Polegar: uma vida, muitas histórias. Em 11 de novembro, às 20h, no auditório do Colégio Mackenzie, na QI 5 do Lago Sul. Como parte do evento, Mayse Braga fará uma palestra motivacional.

Inócuo

» Ação rápida e eficiente conseguiu frear um dos menores que tentaram furtar a loja de celulares no Shopping Boulevard. Ferido pelo segurança, o jovem foi ao hospital tratar dos ferimentos, será apreendido e, em breve, estará de volta às ruas.

Padaria

» Pão de grão, anotem esse nome. No Lago Norte, CA 5, ainda é um ponto tímido, mas que promete. Para os apreciadores de pães fica a dica.

Decepção

» Numa conversa com Lêda Ramalho, ela contou a decepção que teve com o acompanhamento da Abreu, empresa de turismo conceituada. Os motoristas arremessando as malas na frente do hotel, os guias apressados deixavam as pessoas para trás. Uma lástima.

Ação tímida

» Caracaraí, em Roraima, tem 700 casos de malária registrados em 10 meses. De acordo com o secretário municipal de Saúde, Joniel de Sousa, ações de combate e prevenção da doença estão sendo feitas na sede e no interior do município. Ele afirmou que profissionais foram encaminhados às regiões rurais para coletar amostra do material usado para identificar a malária.

História de Brasília

O desespero se apossa do comércio, paralisado pela falta de pagamento, pela Novacap, de suas dívidas. (Publicado em 6/10/1961)

Sem água, sem vida

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Os cientistas lembram que o Cerrado abriga as nascentes de 8 das 12 regiões hidrográficas brasileiras e responde por um terço da biodiversidade do Brasil, com 44% de endemismo de plantas. Por outro lado a redução desse bioma irá alterar os regimes de chuvas, impactando não só o agronegócio, mas a existência da própria capital do país. Essa situação é ainda mais calamitosa no Norte de Minas Gerais , que pode, em menos de duas décadas, se transformar em deserto, inviabilizando economicamente mais de um terço de todo o estado. O desmatamento, a monocultura e a pecuária intensiva, em conjunto com as condições climáticas adversas já levaram a pobreza e a miséria mais de 142 municípios mineiros, o que já afeta mais de 20% da população desse estado.
É preciso que todos compreendam que o que garante de fato a produção agrícola e a pecuária no Brasil é o equilíbrio ambiental. Sem ele não há formação de chuvas por evapotranspiração e por conseguinte, não há água para plantas e animais, inviabilizando absolutamente tudo. A destruição do bioma Cerrado trará repercussões catastróficas para o país. Segundo alguns cientistas que a décadas estudam o Cerrado, nessa região, as raízes atuam como gigantescas esponjas, absorvendo as águas das chuvas e levando-as a recarregar os aquíferos, favorecendo a maioria dos grandes rios da América do Sul. São as águas desses aquíferos, como Guarani, Urucuia e Bambuí, que alimentam desde as represas de São Paulo, como o próprio Rio São Francisco.
Especialistas alertam inclusive que o incêndio que devasta agora o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, considerado o maior de todos os tempos, trará sérias consequências para o abastecimento dessas reservas subterrâneas. O caminho das águas vai das raízes esponjosas para os lençóis freáticos e desses para os aquíferos, num ciclo sem fim. Neste caso e mais uma vez, os cientistas estão de acordo com a sentença : a destruição do Cerrado, significa a destruição dos rios num curto espaço de tempo, sendo que a reposição da vegetação original e diversa é tarefa das mais impossíveis. A destruição da vegetação levou ao desaparecimento de abelhas e vespas nativas, fundamentais para o processo delicado de polinização das plantas do Cerrado, impedindo sua reprodução.
Esta situação alarmante teve início ainda nos anos setenta com a expansão das fronteiras da agropecuária sobre o Cerrado. No caso da crise hídrica que afeta o Distrito Federal, a utilização das águas subterrâneas para a irrigação da lavoura no entorno da capital, vem prejudicando enormemente a recarga desses aquíferos o que agrava , ainda mais, o problema da escassez de água na capital. Como na natureza tudo parece estar interligado dentro um sistema harmônico, a insuficiência na recarga de águas dos aquíferos, acaba prejudicando as próprias nascentes que começam a desaparecer, uma a uma, num efeito em cadeia, o que acaba por comprometer gravemente o abastecimento de córregos e rios.
A cada ano aumenta o número de municípios pelo interior que declaram situação de emergência por conta da falta de água. Este ano foram 872 nesta condição. O que os latifundiários do agronegócio não compreenderam ainda é que com a destruição do Bioma Cerrado, toda a atividade agropastoril desaparecerá junto. Nem a criação de caprinos será viável neste cenário de destruição. Estamos todos, conscientemente destruindo o chão sob nossos pés . O aumento da população e do consumo, a destruição do meio ambiente , a resposta seca da natureza concomitante aos efeitos do aquecimento global. A poluição crescente e o descaso das pessoas e dirigentes, tudo leva a crer que entramos num ciclo descendente que parece preparar nosso próprio fim.

A frase que não foi pronunciada:
Por favor deixe como está abaixo

” EnCerrado. Acabou-se o que era doce.”
Pensamento do Rio Doce enquanto vê a incompetência brasileira em gerir as águas.

Pesquisa
Em 2016 a Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílio (PDAD) 2016, feita pela CODEPLAN mostrou que o Lago Norte se destaca pela quantidade de moradores com alta escolaridade. Do total de residentes no local, naquele ano cerca de 56% possuíam nível superior completo, incluindo especialização, mestrado e doutorado.

Participação
Aconteceu sob a coordenação da Arquidiocese de Brasília o Seminário de Formação Política que visa aprofundar a relação entre a fé e a política e a vocação ao serviço público. Ontem foi o III Círculo de Formação Política com o tema:” O poder político: Câmara Legislativa e suas funções”. O debate girou em torno de como os católicos podem atuar para melhorar a política brasiliense. Informações pelo email imprensa@arquidiocesedebrasilia.org.br

HISTÓRIA DE BRASÍLIA 29/10/2017
A expressão “crédito de confiança” está obsoleta, e ao invés disto, o que fazemos é crer em seu prestígio junto ao governo, para que a Novacap possa cumprir com os seus compromissos. As dívidas estão muito altas, e não se sabe até quando as máquinas estarão paralisadas à espera de obras. (Publicado em 06.10.1961)